sexta-feira, 30 de novembro de 2012

GOVERNO AMIGO

A título excepcional, o nosso amado governo vai dar tolerância de ponto nos dias 24 e 31 de Dezembro. Assim, temos muito mais tempo para gastar em compras e/ou para dar um saltinho a Punta Cana à conta do subsídio de Natal que não recebemos. Obrigado, eterno líder do amado governo!

AS GAFES (?) DE PASSOS EXPLICADAS

Depois da entrevista de Passos Coelho, em que admitiu vir a taxar o ensino origatório, foi a vez de Nuno Crato ter que vir explicar a gafe do chefe.
A paciência começa a esgotar-se. Para o povo, que não para o inquilino de Belém, que se entretém (digo eu) a facebookar ou a tentar inventar uma qualquer piadola a disparar 'de improviso' num próximo acto inaugural de um chafariz em Pulo do Lobo ou na Cova da Coelha.

A INSATISFAÇÃO DO ESCORPIÃO


Após votação do OE-2013, Portas não parece satisfeito.
E ainda desconhecia que era considerado a 3.ª figura do governo, depois de Gaspar e Passos, por esta ordem.
O escorpião vai atacar ou perdeu o veneno?

(foto: Público)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PIADAS MUITO CARAS

Aquela de um hotel de luxo em Albufeira, de capitais alemães, há muito previsto ser construido, poder ser considerado como contrapartida dos submarinos é piada? Se é, é de muito mau gosto e muito cara. Se não é, pior ainda. E os saloios, como convém  a uns quantos, aguentam.

PASSOS COELHO NO SEU MELHOR

Não (ou)vi, porque não avisado (e se avisado, se calhar também não (ou)via, porque de desgraças já estou até aqui) a entrevista do nosso, salvo seja, primeiro-ministro, ontem, à TVI. Do que li, ressalta-me a admissibilidade por ele manifestada de o ensino obrigatório poder ter que vir a ser comparticipado, isto é, pago, pelos alunos, melhor, pelos pais dos alunos, já que, diz que disse Passos, a Constituição não o impede, logo, permite-o.
Espere aí: o ensino é obrigatório mas tem que ser pago? Por alma de quem? Vamos voltar aos anos 30/40 do século passado em que só era obrigatória - sem controle, aliás - a frequência da 3.ª classe, para aprender a escrever e a ler o nome e a contar pelos dedos, e quando foram encerradas as chamadas Escolas Normais, que formavam os professores ditos primários? É isto que este governo se propõe e nos propõe?
Esta gente só pode estar louca e deve ser internada rapidamente no Júlio de Matos ou no Magalhães de Lemos.
À especial atenção do inquilo de Belém, que detém o poder para determinar o internamento, se não estiver entretido no Facebook ou a memorizar uma intervenção de improviso numa das suas poucas saídas da toca.

Que crueldade!


Notícia cruel: o número de crianças das escolas que passam fome aumentou 30%. Já não são 10.000, mas 13.000.
Como é possível? O primeiro-ministro, o ministro das Finanças e Paulo Portas, líder do outro partido da coligação que apoia o Governo, não têm vergonha? Esta situação é inadmissível. E ainda não contente com isto, Passos Coelho ainda vem ameaçar os portugueses, dizendo que vai haver cortes nas verbas do Estado para a Educação. Que crueldade!

Não podemos regressar aos tempos do Estado Novo!


Não vi a entrevista que ontem o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho deu à TVI. Confesso que não tinha conhecimento dela e, ocasionalmente, não iria vê-la, já que pouco ou nada vejo na TVI, a não ser alguns jogos de futebol, e poucos.
De qualquer modo, já ontem na SIC Notícias e na RTP Informação, e hoje em vários noticiários, ouvi excertos da entrevista e vários comentários à mesma, que me levam a dizer que fiquei muitíssimo preocupado com o estado a que o país vai chegar. Não tenho dúvidas de que se nada for feito para que o Governo não leve à avante esta loucura de atacar o chamado estado social, a saúde e a educação, Portugal voltará em termos económicos e sociais aos piores tempos do salazarismo, com o brutal aumento da pobreza, com o ressurgir do analfabetismo e da mortalidade infantil, com a destruição do Serviço Nacional de Saúde, de modo a que teremos outra vez a situação cruel de só se poderem tratar aqueles que têm dinheiro; os outros voltarão a depender da boa vontade das misericórdias, ou morrerão.
Ora, eu não quero, e muitos portugueses também não querem, voltar ao passado. Por isso é preciso arrepiar caminho e tudo fazer para que não seja cometida tamanha loucura. A Sociedade Civil tem que dar o grande grito de revolta. Não podemos regressar aos tempos dos piores anos do Estado Novo!  

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Que vai fazer o PS?


E o PS; O que vai fazer o PS se o Presidente promulgar o Orçamento do Estado sem o mandar ao Tribunal Constitucional?
Pelos vistos, institucionalmente, nada. O Senhor Seguro não quer associar-se a uma possível iniciativa de deputados do partido, que pretendem pedir ao Tribunal Constitucional a fiscalização sucessiva do Orçamento. Diz ele, que a direcção do partido prefere ”mover-se no terreno político”. Eu pergunto: O que é isso? Então um partido como o PS não se move no terreno político quando pede ao TC que se pronuncie sobre a constitucionalidade de qualquer diploma?
Espero, no entanto que, a exemplo do que já fizeram em relação ao OE de 2012, um grupo de deputados do PS recorra ao Tribunal Constitucional. E, como eu, muitos portugueses também o exigem.  

terça-feira, 27 de novembro de 2012

E agora, Dr. Cavaco?


Foi hoje aprovado na Assembleia da República, com os votos dos deputados da coligação que apoia o governo (com excepção de um deputado do CDS eleito pela Madeira), o Orçamento do Estado para o ano de 2013. É considerado por muita gente especializada na matéria, entre os quais vários professores de economia e finanças, como um orçamento inexequível e cujas consequências serão arrasadoras para a economia do país. Portugal e os portugueses, sobretudo os da classe média, vão empobrecer
Pois bem, se muitos dos deputados que votaram a aprovação do orçamento violaram a sua consciência por razões de disciplina partidária (um louvor ao deputado Rui Barreto do CDS que votou contra), o Presidente da República, Dr. Cavaco, não precisa de violar a sua. Todos sabemos que Cavaco Silva se fartou de fazer reparos a muitas medidas agora impostas no orçamento e várias vezes disse que o povo não aguentava mais austeridade. Ora, embora aprovado no Parlamento, o orçamento só se poderá considerar válido após a promulgação do mesmo pelo Presidente, que tem o poder de o mandar para o Tribunal Constitucional, pedindo-lhe que se pronuncie sobre eventuais inconstitucionalidades que o mesmo possa conter. Caso contrário, se não o fizer, o Presidente trai as expectativas da maioria dos portugueses. Portanto, Dr. Cavaco: Agora é a altura própria para agir. E, desta vez, não pode assobiar para o tecto, como tantas vezes tem feito.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

IR À LÃ...

...e ficar tosquidado.
Foi o que aconteceu a Artur Mas, na Catalunha. Antecipou eleições e, ganhando, perdeu.
E agora?

REGRESSO AOS MERCADOS


O regresso aos mercados anunciado pelo Vítor Gaspar está a caminho....

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A senhora chanceler e o seu ordenança (?)


Hoje, fartei-me de ver nos jornais on-line, e em muitas reportagens transmitidas nas televisões, imagens da cimeira de Bruxelas, onde os dirigentes europeus discutiam as linhas gerais do orçamento comunitário para 2014-2020.
Pois bem, se eu tinha dúvidas de que o nosso primeiro-ministro é um “lambe botas” de Frau Merkel, hoje fiquei com a certeza. Lá se via Passos Coelho quase sempre ao lado da chanceler alemã, incluindo nas fotografias oficiais do conjunto dos dirigentes. Sempre a olhar para a senhora, mostrando-se pronto a servir as suas solicitações. Mais parecia um ordenança às ordens de Sua Exa a senhora Chanceler. Será que é mesmo?

Mais défice..., mais austeridade..., mais pobreza


Foram divulgados hoje os dados da execução orçamental reportados ao final do mês de Outubro. E, é claro, como não há milagres, o défice das contas do Estado agravou-se. De tal modo, que a dois meses do final do ano já está muito perto do valor que tinha sido fixado para o final de 2012.
Quer dizer: os portugueses continuam a contribuir cada vez mais para que as contas se possam equilibrar. Há cortes, e sérios, nas pensões de reforma e nas remunerações dos funcionários públicos, não foram pagos subsídios de férias, o valor com as prestações sociais são cada vez mais pequenos, os impostos vão aumentando, as taxas moderadoras pagas pelas prestações de saúde são cada vez maiores e …, o défice continua a aumentar todos os meses. E porquê? Porque só estes talibãs neoliberais que nos governam não querem encarar a realidade: Chegamos a um ponto que, quanto mais austeridade, mais o défice e a dívida aumentam. E os portugueses, sobretudo os que trabalham por conta própria, vão empobrecendo a cada dia que passa.
Mas, pensando bem, não será isto que os gajos querem?  

CARAS DE PARVO


(recebida por email)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

PRESÉPIO

Estou desapontado.
Diz que o Papa Bento XVI disse que na gruta onde nasceu o Menino não havia vaca, burro ou qualquer outro animal. Não sei como é que ele sabe, já que é suposto não ter assistido ao acontecimento.
De qualquer modo, o meu presépio iria ficar muito mais pobre sem os bichos. Vou mantê-los, mesmo sujeito a excomunhão.

É preciso saber toda a verdade


Ontem fomos surpreendidos com a notícia de última hora, segundo a qual Nuno Santos, o então director de informação da RTP, tinha pedido a demissão do cargo, a qual foi aceite imediatamente pelo Conselho de Administração. Mais tarde era noticiado que o motivo da demissão teria sido a entrega à PSP de imagens não editadas ou exibidas da manifestação junto ao Parlamento no dia da Greve geral, e da carga policial então ocorrida.
Entretanto, Nuno Santos garantiu que com o seu conhecimento ou autorização nenhumas imagens saíram da empresa para qualquer entidade estranha à mesma. Mas o Conselho de Administração, ao contrário, garante que foram facultadas imagens dos incidentes a estranhos, sem ter sido consultado ou informado. E agora, quem fala verdade, Nuno Santos ou a Administração liderada pelo senhor da Ponte que, apesar de ser considerado pelos seus compadres Relvas & Companhia um bom gestor, já provou que de comunicação social em geral e de televisão em particular muito pouco ou nada percebe? De qualquer modo é urgente que se apure a verdade, pois podem estar em causa comportamentos ilegais (para não lhes chamar pidescos) de muita gente, incluindo da PSP. Os cidadãos, mesmo aqueles que se portam mal, não podem estar sujeitos a escutas ou captação e posterior visualização de imagens sem autorização de quem de Direito.
E já agora: Porque não pôr a hipótese de Nuno Santos ter caído numa cilada? Não é estranho que Relvas já tenha vindo dizer que não teve qualquer intervenção no caso de cedência de imagens da RTP?
Será que não?   

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

COMO DIZ? - 2

Leio que o vice-presidente dos CTT afirmou que a privatização da empresa "vai trazer benefícios para o país", no que acredito piamente.
Porém, a notícia é incompleta (os média são incompetentes), já que não relata os anunciados benefícios para "o país", onde, suponho, me incluo. É pena.

COMO DIZ?

Diz que disse que "é necessário ultrapassar o estigma que afastou Portugal do mar, agricultura e indústria".
E quem é que diz que disse? Se não sabe, não palpite, pois há uma enorme probabiliodade de errar.
Foi Cavaco Silva, nem mais, hoje, 21 de Novembro de 2012.
O venerando PR deveria apontar o dedo ao responsável pelo afastamento do país de tal desígnio para vergonha pública do autor. E não fui eu, juro.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O todo poderoso Gaspar


Não tenho paciência para ouvir o ministro Gaspar. Não suporto o cinismo com que ele fala, aquele tom de voz e aquele sorrisinho que eu classifico como os do verdadeiro sacana. Por isso, propositadamente, não vi ou ouvi a conferência de imprensa.  
Parece que a determinada altura uma jornalista o interpelou chamando-lhe “sr primeiro-ministro”. É verdade que Louçã Gaspar não é, de facto, o primeiro-ministro, mas é ele, de facto, que manda nos outros ministros e ministérios e na política do Governo. Não nos podemos esquecer do célebre episódio entre ele e o ministro Álvaro, em que, após Álvaro ter insistido que era preciso investir no crescimento económico, já depois de Gaspar lhe ter dito “não há dinheiro”, se virou para ele e lhe perguntou em tom sarcástico: “Qual destas três palavras não entendeu?”
Pois bem, Gaspar é mesmo para a Troika e, porque não dizê-lo, para os outros ministros, para os jornalistas, para os líderes das bancadas dos partidos do PPD e do CDS, e até para a senhora Merkel e o senhor Wolfgang Schauble, o verdadeiro líder e ideólogo da política do governo. Para estes, Passos Coelho não passa de um bom rapaz, mas com um perfil de político medíocre.
Eu até suspeito que, no seu íntimo, Loução Gaspar se esteja sempre a lembrar de um professor universitário que foi chamado para a pasta das Finanças também num momento difícil para as contas públicas, que geriu o ministério com mão de ferro e, mais tarde, se tornou no homem todo poderoso de Portugal. Seu nome: António de Oliveira Salazar. Só que os tempos são outros e a História não se repete. Felizmente, digo eu.


A avaliação da troika


Já ontem, mas fundamentalmente hoje, não se fala noutra coisa se não na 6ª. avaliação da Troika. Ora, só alguém muito distraído, ou caído das nuvens, poderia duvidar que a Troika, ou se quisermos os funcionários de quinta categoria das três instituições que a compõem, pudesse fazer uma avaliação diferente das outras cinco anteriores.
Sabe-se que o memorando original (o assinado pelo governo Sócrates, com o apoio e concordância dos partidos que constituem a desgraçada coligação que nos governa) foi negociado em condições muito difíceis. Talvez por isso, já previa medidas de austeridade que, sabiam eles, iriam abanar a economia portuguesa. Com a chegada ao poder deste governo de matiz neoliberal, cujo primeiro-ministro fez uma declaração de fé que queria ir para lá das medidas austeras do memorando e apontou como solução o empobrecimento, a Troika “esfregou as mãos” e concluiu que estavam encontrados os carrascos (para não lhes chamar cretinos) que iriam pôr os portugueses (sobretudo a classe média) a pagar os juros usurários do empréstimo acordado, fiquem ou não na miséria. Pois bem, chegados a Portugal, os homens da Troika sentem a contestação do povo; a crítica exacerbada dos partidos da oposição; o desemprego a aumentar; os hospitais sem dinheiro para fazerem face às despesas; mais gente na rua a pedir esmola; e filas grandes nas chamadas “sopas dos pobres” …, concluem: estamos no bom caminho!
Por isso, como poderia a troika dar avaliação negativa?                   

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

RTP/RDP

Alberto da Ponte afirma que a RTP, para atingir o objectivo de serviço público, tem que ficar com dois canais, e a RDP, idem, com 3 estações, contrariando a estratégia do ministro Relvas (ó Relvas, vai estudar comunicação social!).
Querem ver que o Alberto da Ponte vai ser despachado (*) com a devida indemnização?

(*) consultar o dicionário

CRÓNICAS DO ZÉ GIL

EMPIRISMO




Gil Monteiro*



Em tempos de crise, algo tem de mudar mesmo. Pode uma empresa comercial manter, por muitos anos, os mesmos resultados? Não. Por a sua sociedade de garagens não dar lucro ou perda é que o Zeferino descobriu que o cunhado o andava a tramar.

Estamos em fase de regressar aos campos, e voltar “a tratar da vida”, como se aprendeu com os pais e avós; ainda que tenhamos eletricidade e computador! Mas, perdeu-se a venda (taberna) do Pirolito, e a solenidade da missa dominical, por falta de sacerdote, substituído pela Ana do viúvo a fazer as rezas na capela. As leiras e lameiros vão deixar de ter silvas, voltando a produzir milho e feno para os animais, pelo menos para um burrito simpático, livre da extinção! Nas “novas” hortas da Richave, iremos encontrar couves, nabos e feijão, com fartura. O trator do Jorge não vai impedir o uso do gravano, para a rega das plantas aromáticas de estimação, junto ao ribeiro da Senhora da Veiga!

Os citadinos estão a aprender, por experiência, que é preciso mudar de hábitos e reciclar o mais possível os objetos usados. A Maria Fernanda tem caprichado nos guisados, graças à utilização de ervas aromáticas, criadas na varanda e marquise do andar virado a nascente. A pequena horta até já produziu favas miúdas! A última inovação foi o cultivo de alfaces, no interior de garrafões de água, rasgados numa face e com as tampas. Como a prateleira tem vários “vasos” de cápsulas de cores diferentes e as alfaces de tons e crescimentos diversos, o efeito visual é lindo! Enquanto os regressos aos campos vão tardando, as habitações citadinas vão passando a rurais, com telhados (terraços) transformados em jardins, como já se vê na cidade do Porto. Sim, pois nas cidades frias, como Toronto no Canadá, encontramos grandes e bonitos jardins nas caves.

Mas, a força da crise está a levar à reutilização das vestimentas guardadas nas arcas! Passaram a estar mesmo na moda, agora que é estapafúrdio é chique! Os adolescentes até as botas de atanado do avô levaram para a faculdade. E, talvez por saturação, metem na mochila umas sandes caseiras, e poupam uns cêntimos na cantina. “No poupar está o ganho!”, disse o Joaquim para os filhos.

Ouvi um ilustre capitalista dizer numa entrevista:

– Os meus filhos sabiam bem o valor do tostão, quando foram para a Escola.

O conhecimento empírico é útil, quando bem utilizado e sem discordar das ideias inatas. Nem todos os atos podem ser científicos. A educação e o ensino têm muito de imitação, mas o Mundo é feito de mudanças.

Se a formação dos jovens foi, é e será o maior atributo de uma comunidade, estamos a caminho, numa sociedade envelhecida, duma formação efetiva dos séniores – voltar à Escola é preciso!

Os idosos são, constantemente, bombardeados:

– Ativa o cérebro, mexe as pernas, passeia, vai a espetáculos, lê, faz palavras cruzadas, resolve problemas de sudoku...

As cidades estão a ser dotadas de parques recreativos, e as marginais marítimas apresentam boas e bonitas pistas pedestres e de bicicletas, mas a plena mobilidade só numa aldeia pacata, onde a febre de andar motorizado não chegou, resulta em pleno.

Se Jean-Bastiste Lamarck enunciou, empiricamente:

– O uso dos órgãos desenvolve-os, o não uso atrofia-os; ...

É necessário combater a atrofia!





Porto, 13 de novembro de 2012







*José Gil Correia Monteiro

Jose.gcmonteiro@gmail.com

ARTISTA



O ministro das Finanças considerou hoje que a redução de 4% para 3,5% da sobretaxa em sede de IRS prevista no orçamento é um «resultado favorável que é muito bem-vindo».

«Este resultado é um resultado favorável que é muito bem-vindo, que mostra o valor de um processo de preparação e de discussão do orçamento no Parlamento», afirmou Vítor Gaspar.



O ministro explicou que esta mudança faz parte de um processo que começou no quinto exame regular, quando «ficou acordado e foi publicitado que havia margem para substituir medidas do lado da receita por medidas do lado da despesa».



«Foi negociado desde o primeiro momento uma cláusula que permite a substituição de medidas do lado da receita por medidas do lado equivalente ao lado da despesa. Este esforço foi um esforço constante desde o quinto exame regular. O Governo neste contexto conseguiu identificar poupanças adicionais de despesas no montantes de 300 milhões de euros que permitiram manter a cláusula de salvaguarda do IMI», explicou o governante.

(TSF)

Este gajo é um artista de 1.ª classe. Quando será que Hollywood lhe atribuirá um Óscar?







MODA - TRELAS TEUTÓNICAS


(Recebida por email)

domingo, 18 de novembro de 2012

CAVACO E O ORÇAMENTO

Quando, depois de ouvir os seus conselheiros e assessores, que fará Cavaco com o OE/2013?
- Veta?
- Promulga, sem mais?
- Promulga, com uma mensagem à AR?
- Suscita preventivamente as eventuais inconstitucuionalidades?
- Promulga e suscista a eventual inconstitucionalidade sucessiva?

Por mim, tenho um palpite...

DESCONTOS NO IRS

O Gaspar e o adjunto Passos são, afinal, muito nossos amigos, como se comprova com o desconto de 12,5% na sobretaxa do IRS, anunciada de 4% e diminuida para 3,5%.  Nos tempos que correm, 12,5% de desconto é muito, muito bom. Estou-lhes grato e digo: muito obrigado pela prenda antecipada de Natal.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Não há para o povo; mas há para os boys!


Falavam dos boys dos outros, mas os boys deles são tratados como lordes.
Foi hoje noticiado que cerca de 1500 boys e girls desta desgraçada coligação que nos governa receberam subsídio de férias, ao contrário dos outros servidores do Estado e dos reformados cujas reformas são pouco maiores do que o salário mínimo. Então, a lei não é para todos? Pelos vistos não é, desde que se pertença a esta rapaziada de cartão partidário, filhos ou familiares muito próximos de antigos dirigentes partidários, alguns deles mesmo antigos governantes. “Gente bem”, que mora nas zonas ricas das grandes cidades. Muitos deles gente jovem que, como muitos outros jovens tanto ou mais qualificados, estaria a engrossar o número de desempregados. E que auferem remunerações mensais muitíssimo acima da média.
Mas, se esta situação já era uma vergonha, pior e mais vergonhoso é o facto de o Governo confrontado há mais ou menos dois meses com o facto, ter admitido terem sido apenas contemplados pouco mais do 130 assessores. Ora, afinal de contas o número indicado mais do que decuplicou. Repito: situação vergonhosa!


QUERO A MINHA REFORMA



Não garanto a autenticidade, mas está bem apanhada
(recebida por email)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PREOCUPADOS

"Estou muito preocupado",

 diz o Venerando e o...



...o António Sala!

DIZ QUEM SABE

Rui Rio sublinhou ontem que "um poder político desacreditado" está mais vulnerável à influência de interesses privados.


O presidente da Câmara do Porto contou ontem - num colóquio da Faculdade de Economia do Porto sobre "O Estado social ao Estado liberal" - que, em determinada altura da sua vida política, esteve envolvido no estudo de uma reforma da segurança social. Esse esqueleto de reforma nunca chegou a sair do papel. Os motivos? "Nunca os direi, pelo menos enquanto as pessoas envolvidas estiverem vivas".

Nunca se referindo ao que estava em causa nem aos contornos do caso, Rio afirmou apenas que, "se os portugueses soubessem o que se passou" teriam ainda mais motivos que os que já lhes assistem para desconfiarem do papel dos políticos no desenrolar da vida do país. "As pessoas ficariam abismadas", conclui, para não mais se referir ao assunto.

Já antes, na sua intervenção inicial, Rio tinha afirmado que "Temos uma crescente incapacidade política para resolvermos os problemas que temos à frente. E um poder político desacreditado e interesses corporativos mais fortes e capazes de influenciar" a vida de todos, colocando interesses particulares à frente do interesse público.

(Diário Económico)














quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Tanto trabalho!


Afinal o homem não aparece, mas está mesmo a trabalhar!
Hoje lá apareceu o nosso venerando Chefe de Estado, a mandar umas “labecas” sobre a greve geral, dizendo que a greve é um direito que deve ser respeitado, etc, etc, (tudo lugares comuns), mas que ele, S Exa o Presidente, não deixou de trabalhar (que gargalhada que eu dei!...). E, assim, lá estava reunido com o Presidente da Colômbia, em visita ao nosso país, “para que no futuro o crescimento do PIB seja maior e o desemprego menor”. É obra; este Presidente não para! Até tinha um ar cansado. Tinha, tinha!

Coragem, senhor primeiro-ministro?


Já não estranhos quando ouvimos o primeiro-ministro dizer um qualquer disparate, a pensar que está a dizer uma coisa acertada.
Vem isto a propósito do elogio que Pedro Passos Coelho resolveu dar aos trabalhadores “que tiveram a coragem de ir trabalhar”. Como, senhor primeiro-ministro? Os trabalhadores que resolveram não fazer greve só podiam ir trabalhar, não acha, senhor primeiro-ministro. Quer dizer: aqueles cidadãos trabalhadores que, por opção consciente e usando um direito que lhes assiste, resolveram não aderir à greve, foram, naturalmente e como fazem todos os dias, trabalhar, como é seu dever. Não o fizeram por um acto de coragem. Do mesmo modo, aqueles que aderiram à greve, fizeram-no usando um direito constitucionalmente estabelecido, por convicção e não por falta de coagem para irem trabalhar. O senhor, senhor primeiro-ministro, como não tem sentido de Estado e é um político medíocre, nem dá conta que está a faltar ao respeito aos cidadãos. E já agora, senhor primeiro-ministro, os desempregados não precisam de coragem. Precisam é de um governo que acabe com esta criminosa austeridade e adopte medidas que promovam o crescimento económico do país e crie empregos.
Coragem, senhor primeiro-ministro é coisa que o senhor não tem pois, caso contrário, já teria encostado os elementos da Troika à parede e fazia-lhes ver que as medidas adoptadas não resultaram em parte alguma do Mundo, incluindo na Irlanda, puseram a Grécia no estado calamitoso em que se encontra e que ao contrário dos objectivos que traçaram para Portugal, o défice, a dívida pública, o desemprego e a miséria não param de aumentar.
E já agora que fala de coragem, senhor primeiro-ministro, lanço-lhe um desafio: vá amanhã visitar os estivadores do porto de Lisboa, por exemplo. Mas…, não vai, pois não? É que, como diz o povo: “quem tem cú, tem medo”. E o senhor tem cú, não tem senhor primeiro-ministro?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

sábado, 10 de novembro de 2012

Uma vergonha, senhor primeiro-ministro


Corre já há dois ou três dias a notícia de que nas escolas portuguesas cerca de 10 000 crianças passam fome.
Não tem vergonha disto, senhor primeiro-ministro? Naturalmente que o senhor sabe que o problema é doméstico. Quer dizer: as famílias estão a empobrecer de forma progressiva, devido à maldita austeridade a que estamos sujeitos, e começa a não ter dinheiro, sequer, para comer. Isto é uma vergonha, senhor primeiro-ministro. Estamos a voltar aos tempos do Estado Novo, mais propriamente aos tempos do Doutor Salazar. Este equilibrava as contas públicas porque pouco ou nada gastava com a Saúde, a Educação e as Prestações Sociais. E não tardará muito que volte a aparecer nas escolas a famosa figura da “Caixa Escolar”, uma espécie de mealheiro onde os meninos ricos e os meninos remediados (mais estes, pois os meninos ricos andavam em colégios para não conviverem com os ranhosos nem apanharem piolhos) contribuíam com dinheiro que depois servia para ajudar os meninos pobres. Resultado: Portugal era o país europeu com mais percentagem de analfabetos, com uma percentagem muito pequena de cidadãos licenciados ou com um curso superior, com uma elevada mortalidade infantil e com uma esperança de vida inferior à média dos outros países ditos civilizados. Tudo começou a melhorar já com Marcelo Caetano e a melhorar muito depois do 25 de Abril. Infelizmente, com este desgraçado governo estamos regressar ao passado, a não ser que Passos Coelho resolva emigrar e ir fazer parte do staff da senhora Merkel, que ele tanto admira. Já agora, que leve consigo o Gaspar. Parece que a senhora Merkel está a precisar de dois lacaios.   

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Todos os cidadãos têm direito ao bom nome


Não conheço pessoalmente o deputado do PS Ricardo Rodrigues. Nunca o cumprimentei, nunca falei com ele, nem sequer estive próximo dele. Por outro lado, a SIC (sobretudo a SIC – Notícias, dado que o canal generalista, tal como todos os outros canais generalistas dos restantes operadores, só dá “lixo”) é a estação televisiva que mais vejo. No entanto fiquei bastante satisfeito com a notícia, hoje conhecida, que nos dá conta que o Supremo Tribunal de Justiça condenou a SIC a indemnizar Ricardo Rodrigues em 115 mil euros, por ofensa à honra e dignidade deste deputado, ao divulgar notícias que, conforme provado, eram falsas.
Já é tempo de se acabarem os julgamentos e as condenações na praça pública, por causa de notícias que mais tarde se descobre serem falsas. Todos os cidadãos têm direito ao bom nome e não é justo que vejam goradas as suas expectativas por causa de calúnias sem fundamento que correm na Comunicação Social.
Mas esta condenação a que a SIC foi sujeita, não repara os prejuízos causados ao ofendido e, sobretudo, não castiga o jornalista ou os jornalistas caluniadores. É tempo de responsabilizar os jornalistas que publicam notícias falsas que supostamente lhes são dadas a conhecer por alguém que não dá a cara e a quem eles chamam “fonte”. O dever de informar não se pode sobrepor ao sagrado direito do bom nome, da honra e da dignidade das pessoas. Não vejo que possa ser de outra forma num Estado de Direito.

POESIA DO ZÉ GIL

A MORTE


Razão da vida

Temos que assumir

Vê-la surgir

Contas feitas

No momento de partir.

Lembrando o passado

Em vários filmes

Cenas antigas ou recentes

Cessar funções vitais

Banda desenhada e mais.

Episódios espaçados

Tomam o pensamento

É preciso cortar cenas

Refletir o lamento.

Cinema em episódios

Novelas em capítulos

Tempo dos fascículos

Ver só os títulos!

A vinda da morte

Será filme palpitante

Com duelo final

Entre herói e mandante.

Tiro certeiro, o pó da parada

Regresso ao nada!



Porto, 16/10/12 jose.gcmonteiro@gmail.com José Gil

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Coitado, afinal está farto de trabalhar..., na sombra!


Finalmente o Presidente apareceu, para inaugurar um Hotel de luxo. Não falou muito, apesar de ter sido bombardeado com muitas perguntas pelos jornalistas, mas lá foi dizendo que não se deixará influenciar na sua análise do Orçamento do Estado por “qualquer palpite que venha daqui ou de acolá”, e que o debate sobre a refundação do Estado deve envolver todos. E mais, pelos vistos S Exa está farto de trabalhar “na sombra”, sem os mediatismos que outros procuram. Coitado…, tinha mesmo um ar cansado!                                                                                                                                                                                                                                                              

Primeiro preocupe-se com a crise. E depois...


Há dois ou três dias atrás, talvez pressionado pelas críticas que o consideram um Presidente ausente, que nada faz ou diz sobre a actual crise que se vai agravando e, também, para dar um sinal aos portugueses que pode estar em Belém a ver navios, mas vai ouvindo os “ruídos” que vão aparecendo na sociedade portuguesa, Cavaco Silva fez saber que também está preocupado com o problema da muito baixa natalidade em Portugal. Não que tivesse aparecido a falar à Comunicação Social nem, pasme-se, que tivesse usado o Facebook. Desta vez mandou um seu assessor, neste caso o ex-ministro de Durão Barroso, David Justino, para manifestar aos portugueses o quanto está preocupado com a falta de nascimentos. É verdade que a baixa natalidade traz problemas para o futuro, sobretudo quando o número de nascimentos é inferior ao número de óbitos. A continuar esta situação daqui a uns anos vai haver mais idosos que jovens e a sustentabilidade da Segurança Social fica em enorme risco.
Pois bem, não é mau que Cavaco se preocupe com este problema da falta de nascimentos. Mas, até para criar condições que permitam ataca-lo, devia primeiro resolver o problema da crise. Como é possível fomentar a natalidade num país onde a população empobrece todos os dias? Como pode um casal pensar em ter um filho, se sabe que neste momento não há futuro, e que em qualquer momento pode cair numa situação em que nem sequer tem dinheiro para comer?
Portanto, senhor Presidente: Faça qualquer coisa. Dê aos portugueses um sinal de que podem contar consigo. A situação social está a tornar-se insustentável, ou acha que não?    

sábado, 3 de novembro de 2012

MODELOS

Tenho apreço pelo matemático Nuno Crato, não tanto pelo ministro, que me parece uma barata tonta.
Leio algures que vai "importar" da Alemanha um qualquer modelo de ensino profissional, tipo pret à porter, para aplicação em Portugal. Estas coisas são vendidas no mercado aberto e concorrencial e toda a gente as pode usar, como se de um par de chinelos chineses se tratasse? Para bem do Nuno Crato e do ensino, espero que resulte.
Já agora: quanto custa o "modelo"? E o Gaspar autorizou? Ou trata-se de um brinde da Merkel, que vem aí um dia destes?

ESTES GAJOS ESTÃO LOUCOS

O hospital de Matosinhos envia centenas de cartas a utentes dos seus serviços reclamando créditos prescritos.

O Fisco envia, no mesmo dia, 115 cartas registadas com aviso de recepção a notificar o mesmo devedor sobre a mesmíssima dívida.

É só fazer as contas. Mas alguém, no meio disto tudo, ganha "algum" - os CTT, apetecidos que são.

Estes gajos estão loucos.

E o Aníbal continua a contar os navios a entrar ou a sair da barra, ou a recordar as vacas sorridentes dos Açores.

CULTURA E O COLISEU DO PORTO

Não me tinha dado conta da passagem de Francisco José Viegas (que aprecio como escritor), pelo governo. Fiquei hoje a saber que ex-Secretário de Estado da Cultura emitiu um despacho a qualificar o Coliseu do Porto como "monumento de interesse público".
Obrigado, JMV. Só por isso valeu a pena passar pelo governo.

OS MILIONÁRIOS E OS OUTROS

De o Jornal de Negócios:

"Um proprietário que tenha uma bela casa, com valor fiscal de um milhão de euros, vai pagar uma taxa de solidariedade de pelo menos 5.000 euros este ano e 10.000 euros de 2013 em diante. Um grande proprietário, que tenha um portefólio de dez, 20 prédios, no valor de nove milhões de euros, não pagará taxa de solidariedade nenhuma, apesar de ser bem mais abastado do que o primeiro. Faz sentido?


1. Um proprietário que tenha uma bela casa, com valor fiscal de um milhão de euros, vai pagar uma taxa de solidariedade de pelo menos 5.000 euros este ano e 10.000 euros de 2013 em diante. Um grande proprietário, que tenha um portefólio de dez, 20 prédios, no valor de nove milhões de euros, não pagará taxa de solidariedade nenhuma, apesar de ser bem mais abastado do que o primeiro. Faz sentido?

Não faz, mas é o que resulta do novo "pacote para os ricos" que entrou esta semana em vigor. A nova lei vem dizer, entre outras coisas, que quem tenha imóveis destinados à habitação com um valor patrimonial tributário igual ou superior a um milhão de euros terá de pagar uma taxa extra, em sede de imposto de selo. Esta taxa será de 0,5% ou 0,8% este ano e de 1% de 2013 em diante, e acumula com o IMI. Contudo, faz incidir a tributação sobre cada prédio, em vez de recair sobre o conjunto dos valores patrimoniais tributários dos prédios afectos à habitação.

Ou seja, quem tenha uma rica propriedade, é castigado. Quem seja um rico proprietário fica de fora, desde que cada imóvel individualmente considerado não toque no limite mágico do um milhão de euros.

Corolário desta habilidosa forma de legislar: o importante não é taxar os ricos, é fazer parecer que os ricos são tributados".

Comentários para quê? São artistas portugueses armados em legisladores.

LIDO

"O dr. Cavaco Silva, que, segundo corre por aí, é o Presidente da República, desapareu. Não se vê na televisão. Os jornais não falam nele. Anda calado como um rato e escondido atrás de uma cortina. A populaça supõe que o bom do homem continua em Belém a olhar para o Tejo e a contar navios. Mas não tem a certeza. Há gente, armada de binóculos, que o tenta descobrir sem o mais vago resultado. E há gente que perde o seu tempo e a sua paciência a especular sobre o que lhe sucedeu, se de facto lhe sucedeu alguma coisa. Já se demitiu sem ninguém saber? Emigrou? Caiu num poço? É um grande mistério. Um facto é certo: Portugal elegeu um senhor magrinho para resolver os sarilhos da pátria e, agora que precisa dele, ele não está cá."

Vasco Pulido Valente, in Público de hoje

Demolidor.
De facto, a populaça, como diz Vasco, interroga-se sobre o que é feito do PR, desaparecido em combate. Nem notícias do homem mesmo no seu Facebook. A senhora PGR já  mandou a PJ para a rua, a investigar? E dão alvíssaras a quem o encontrar, dead or alive?

Uma vergonha; uma humilhação; um Presidente a ver navios!


É uma vergonha que estejam em Portugal uns funcionários de quinta linha do FMI e do Banco Mundial a estudar com o Governo a chamada reforma do Estado que, na linguagem patética do primeiro-ministro, consistiria numa refundação do memorando assinado com a Troika. Não se pode admitir que sejam estrangeiros, alguns dos quais oriundos de países não europeus, e que nada conhecem do nosso país, da nossa cultura, da nossa história recente e dos anseios das nossas gentes, a quererem-nos impor reformas que abalariam as estruturas do nosso Estado e que destruiriam muitas conquistas sociais, pelas quais muitos portugueses lutaram desde o 25 de Abril de 1974. Para além de vergonhosa, esta atitude do desgraçado governo que nos governa é, como lhe chamou Francisco Louçã, uma humilhação nacional.
E quem pode travar esta humilhação, antes que o povo se sinta traído, se farte, e comece a fazer asneiras? Será, naturalmente, o Presidente da República. Mas onde está Cavaco Silva que ninguém sabe dele? Como diz hoje Vasco Pulido Valente no seu artigo “Opinião” no jornal Público: “Portugal elegeu um senhor magrinho para resolver os sarilhos da pátria e, agora que precisa dele, ele não está cá”.
Triste sorte a nossa: estamos a ser governados por um bando de talibãs neoliberais que para tomarem o poder nos enganaram, e que agora descobrimos que temos um Chefe de Estado “ausente” que, como também diz VPV, deve estar em Belém a olhar para o Tejo e a contar navios.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um susto para Jardim


Parece que o reinado do ditador da Madeira levou hoje um tremendo abalo. E aconteceu mesmo dentro do próprio partido, o que era impensável ainda há muito pouco tempo. Até que enfim que apareceu quem o enfrentou e que apenas perdeu por 88 votos.
Lá veio Jardim, com um semblante que indicava ter apanhado um valente susto a que se seguiu um enorme alívio, mostrar a sua falta de espírito democrático. Para ele o outro candidato e aqueles que nele votaram são outro PPD (o mau) que ele desvaloriza e insulta. Triste conceito de democracia tem Jardim. Para ele democracia verdadeira seria votar num só candidato ou numa só lista, tal como no tempo de Salazar em Portugal, ou nos países de Leste nos tempos da “cortina de ferro”.
Espero que os outros partidos da Madeira reflitam neste resultado eleitoral e concluam que, afinal, até será possível derrotar aquele ditador de meia tigela.  

Negociar com gente desta? Não obrigado


A prova provada (passe a redundância) de que estes talibãs da irmandade do Gaspassos que nos governam, são uns trapaceiros, foi o que se passou com o convite do primeiro-ministro ao PS para participar numa refundação do memorando, tendo em vista cortar na despesa (leia-se no Estado Social) quatro milhões de euros. Pois muito bem, Passos Coelho até escreveu uma carta a Seguro, para dar a entender que a coisa era séria, mas entretanto (soube-se pela boca de Marques Mendes) já estava a estudar o assunto com técnicos do FMI e do Banco Mundial. Isto, meus amigos, é próprio de gente rasteira, sem palavra, sem princípios e, sobretudo, sem honra.
Ora, parece que Seguro já lhe respondeu. De certo que não lhe chamou o que ele merecia, mas espero que, com toda a firmeza, lhe tenha dito que com gente desta não há possibilidade de diálogo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

FERIADOS E NEGÓCIOS

Este foi o último (!) ano em que o dia foi considerado feriado.
Quando muitas famílias se deslocam pelo país a visitar os túmulos dos seus familiares falecidos, os maquinistas da CP fazem greve e nem asseguram os serviços mínimos. Ouvi um dirigente do seu sindicato afirmar que não iriam trabalhar "de borla". Quê, a CP cortava-lhes o salário do dia?
Os vendedores de flores e velas afirmaram que o "negócio" esteve mau, que as pessoas compraram menos e do mais barato.
Para o ano vai haver combóios, mas ninguém (*) viajará (os maquinistas irão receber o "seu", né?) e não haverá flores nem velas para ninguém.
Tudo a bem da produtividade, já se sabe.
(*) Mentira, os juízes e magistrados podem viajar e os desempregados também

"ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA"

Não faltará muito para cairmos naquele mundo louco descrito por José Saramago (a quem roubei o título).
Leio, vejo e ouço os mais desvairados comentários sobre o mesmo tema, e temo. Ninguém se entende seja sobre o que for. Há soluções (teóricas?) para tudo, dizem uns. Os problemas que nos afligem não têm solução, avançam outros.
Saímos do euro ou nele devemos manter-nos e a que preço?
Os ministros e deputados da maioria desdizem-se uns aos outros todos os dias.
Vamos tomando conhecimento de que mais uma "medida" vai ser tomada para, no dia seguinte, nos virem dizer: "não, não foi isso que foi dito, é um pouco menos duro". Uf, ainda bem! Se até o banqueiro Ulrich diz que o burro ainda aguenta maior carga e menos feno....
Os 'conselheiros' do FMI "já cá estão!", terá dito, ufano, o grande minorca Marques Mendes, que parece ser a voz do dono em segredos mal guardados. Os partidos da oposição, particularmente o PS, mostram-se espantados e indignados. Portugal já nem é um protectorado, é uma quinta de férias de ricos endinheirados.
O primeiro-ministro torna público que escreveu uma carta a Seguro, a quem nunca deu cavaco sobre o andamento das negociações com a troika, a pedir a sua assinatura num papel em branco, o que este recusa timidamente, género "agarrem-me se não bato-lhe".
Vasco Lourenço fala em guerra na Europa.
O Cardeal Policarpo confirma a sua opinião de que "isto" não vai lá com manifestações de rua. Talvez uma procissão ou uma missa resolvam os problemas. Os fieis decidirão de acordo com a prédica.
O CDS-Madeira vota contra o OE e o paulinho das feiras, que não queria este OE, afirma que os estatutos do partido são para cumprir por todos os militantes.
Cavaco Silva, desaparecido em combate (*) (ordens da Merkel?) bem poderia demitir o governo Gaspar-Relvas-Passos (por esta ordem), dissolver a AR e entregar o País a quem a troika entendesse. No mínimo, poupam-se uns bons milhões de euros.
Entretanto, a Merkel diz, ao deitar, em voz baixa, com um olho no tecto e outro no mapa na parede do seu quarto: "Adolfo, vês como se conquista a Europa? Eras um amador".
(*) Mentira, já que um dia destes entregou uma comenda a um actor.

Um Governo que não respeita a memória


Portugal é, sem dúvida, um Estado laico. Mas desde há muitos anos que muitos portugueses, crentes e não crentes, aproveitam o Feriado de 1 de Novembro – dia de Todos os Santos - para lembrarem os seus entes queridos que já morreram. E, por isso, neste dia os cemitérios enchem-se de pessoas que vão prestar uma pequena homenagem àqueles que não esquecem, pois estão eternizados na sua memória.
Desgraçadamente, este governo dos talibãs da irmandade do Gaspassos não respeita a memória e, para fazerem a vontade à Sra Merkel e aos funcionários de 5ª. categoria da Troika, como alguém já lhes chamou, resolveu cortar aos feriados e, de entre eles, o do Dia de Todos os Santos. Será que os tipos  pesam que esta medida ridícula vai contribuir para o crescimento económico? Se calhar, pensam. Coitados! 

Procura-se


PROCURA-SE



Há um descontentamento latente entre os portugueses; há cada vez mais portugueses descontentes a protestar nas ruas; há Conselheiros de Estado, de todos os quadrantes, a criticar as medidas de austeridade que nos são impostas pelo Governo e que qualificam a proposta de Orçamento com os mais violentos adjectivos; e…, onde está o Presidente, que ninguém o vê ou o ouve? É que já nem no Facebook. Procura-se!

O desgraçado Orçamento


Com os votos da maioria (menos um deputado) foi ontem aprovada, na globalidade, a desgraçada proposta do Orçamento do Estado para 2013. E o meu adjectivo de desgraçada é bem mais suave do que outros que já a qualificaram, muitos dos quais ocuparam cargos preponderantes nos partidos da maioria e em governos anteriores apoiados pela mesma. E se é verdade que os deputados, em matérias essenciais, estão obrigados à disciplina partidária, também o é que não devem, mesmo nessas matérias, violentarem a sua consciência. Ora, vimos, ouvimos e apercebemo-nos que muitos deputados em muito pouco estavam de acordo com os princípios deste orçamento e alguns mostraram-no, por assim dizer, publicamente. E não foram só deputados do CDS. Por exemplo: Miguel Frasquilho, que já foi Secretário de Estado num governo de coligação PPD/CDS, fartou-se de mostrar o seu descontentamento. Poderá dizer que votou a aprovação por disciplina partidária, mas não me consta que tenha feito declaração de voto esclarecendo que só por isso (disciplina partidária) o fez. Mas muito pior do que ele foi aquela cambada de deputados do CDS, incluindo também na cambada o malabarista do seu líder – Paulo Portas. Até parecia que tinham sido os mentores do orçamento. Que regozijo o deles! Provavelmente já fazem parte do grupo de talibãs da irmandade do “Gaspassos” (do Gaspar mais o Passos). Que coerência a destes sacripantas!
Mas é justo salientar a atitude do deputado Rui Barreto do CDS – Madeira que, mesmo com a ameaça de expulsão do partido, votou contra a orientação pantomineira do partido e do seu líder Portas.