sexta-feira, 30 de novembro de 2012
GOVERNO AMIGO
A título excepcional, o nosso amado governo vai dar tolerância de ponto nos dias 24 e 31 de Dezembro. Assim, temos muito mais tempo para gastar em compras e/ou para dar um saltinho a Punta Cana à conta do subsídio de Natal que não recebemos. Obrigado, eterno líder do amado governo!
AS GAFES (?) DE PASSOS EXPLICADAS
Depois da entrevista de Passos Coelho, em que admitiu vir a taxar o ensino origatório, foi a vez de Nuno Crato ter que vir explicar a gafe do chefe.
A paciência começa a esgotar-se. Para o povo, que não para o inquilino de Belém, que se entretém (digo eu) a facebookar ou a tentar inventar uma qualquer piadola a disparar 'de improviso' num próximo acto inaugural de um chafariz em Pulo do Lobo ou na Cova da Coelha.
A paciência começa a esgotar-se. Para o povo, que não para o inquilino de Belém, que se entretém (digo eu) a facebookar ou a tentar inventar uma qualquer piadola a disparar 'de improviso' num próximo acto inaugural de um chafariz em Pulo do Lobo ou na Cova da Coelha.
A INSATISFAÇÃO DO ESCORPIÃO
Após votação do OE-2013, Portas não parece satisfeito.
E ainda desconhecia que era considerado a 3.ª figura do governo, depois de Gaspar e Passos, por esta ordem.
O escorpião vai atacar ou perdeu o veneno?
(foto: Público)
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
PIADAS MUITO CARAS
Aquela de um hotel de luxo em Albufeira, de capitais alemães, há muito previsto ser construido, poder ser considerado como contrapartida dos submarinos é piada? Se é, é de muito mau gosto e muito cara. Se não é, pior ainda. E os saloios, como convém a uns quantos, aguentam.
PASSOS COELHO NO SEU MELHOR
Não (ou)vi, porque não avisado (e se avisado, se calhar também não (ou)via, porque de desgraças já estou até aqui) a entrevista do nosso, salvo seja, primeiro-ministro, ontem, à TVI. Do que li, ressalta-me a admissibilidade por ele manifestada de o ensino obrigatório poder ter que vir a ser comparticipado, isto é, pago, pelos alunos, melhor, pelos pais dos alunos, já que, diz que disse Passos, a Constituição não o impede, logo, permite-o.
Espere aí: o ensino é obrigatório mas tem que ser pago? Por alma de quem? Vamos voltar aos anos 30/40 do século passado em que só era obrigatória - sem controle, aliás - a frequência da 3.ª classe, para aprender a escrever e a ler o nome e a contar pelos dedos, e quando foram encerradas as chamadas Escolas Normais, que formavam os professores ditos primários? É isto que este governo se propõe e nos propõe?
Esta gente só pode estar louca e deve ser internada rapidamente no Júlio de Matos ou no Magalhães de Lemos.
À especial atenção do inquilo de Belém, que detém o poder para determinar o internamento, se não estiver entretido no Facebook ou a memorizar uma intervenção de improviso numa das suas poucas saídas da toca.
Espere aí: o ensino é obrigatório mas tem que ser pago? Por alma de quem? Vamos voltar aos anos 30/40 do século passado em que só era obrigatória - sem controle, aliás - a frequência da 3.ª classe, para aprender a escrever e a ler o nome e a contar pelos dedos, e quando foram encerradas as chamadas Escolas Normais, que formavam os professores ditos primários? É isto que este governo se propõe e nos propõe?
Esta gente só pode estar louca e deve ser internada rapidamente no Júlio de Matos ou no Magalhães de Lemos.
À especial atenção do inquilo de Belém, que detém o poder para determinar o internamento, se não estiver entretido no Facebook ou a memorizar uma intervenção de improviso numa das suas poucas saídas da toca.
Que crueldade!
Notícia
cruel: o número de crianças das escolas que passam fome aumentou 30%. Já não
são 10.000, mas 13.000.
Como
é possível? O primeiro-ministro, o ministro das Finanças e Paulo Portas, líder
do outro partido da coligação que apoia o Governo, não têm vergonha? Esta
situação é inadmissível. E ainda não contente com isto, Passos Coelho ainda vem
ameaçar os portugueses, dizendo que vai haver cortes nas verbas do Estado para
a Educação. Que crueldade!
Não podemos regressar aos tempos do Estado Novo!
Não
vi a entrevista que ontem o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho deu à TVI.
Confesso que não tinha conhecimento dela e, ocasionalmente, não iria vê-la, já
que pouco ou nada vejo na TVI, a não ser alguns jogos de futebol, e poucos.
De
qualquer modo, já ontem na SIC Notícias e na RTP Informação, e hoje em vários
noticiários, ouvi excertos da entrevista e vários comentários à mesma, que me
levam a dizer que fiquei muitíssimo preocupado com o estado a que o país vai chegar.
Não tenho dúvidas de que se nada for feito para que o Governo não leve à avante
esta loucura de atacar o chamado estado social, a saúde e a educação, Portugal
voltará em termos económicos e sociais aos piores tempos do salazarismo, com o
brutal aumento da pobreza, com o ressurgir do analfabetismo e da mortalidade infantil,
com a destruição do Serviço Nacional de Saúde, de modo a que teremos outra vez
a situação cruel de só se poderem tratar aqueles que têm dinheiro; os outros
voltarão a depender da boa vontade das misericórdias, ou morrerão.
Ora,
eu não quero, e muitos portugueses também não querem, voltar ao passado. Por
isso é preciso arrepiar caminho e tudo fazer para que não seja cometida tamanha
loucura. A Sociedade Civil tem que dar o grande grito de revolta. Não podemos
regressar aos tempos dos piores anos do Estado Novo!
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Que vai fazer o PS?
E
o PS; O que vai fazer o PS se o Presidente promulgar o Orçamento do Estado sem
o mandar ao Tribunal Constitucional?
Pelos
vistos, institucionalmente, nada. O Senhor Seguro não quer associar-se a uma
possível iniciativa de deputados do partido, que pretendem pedir ao Tribunal
Constitucional a fiscalização sucessiva do Orçamento. Diz ele, que a direcção
do partido prefere ”mover-se no terreno político”. Eu pergunto: O que é isso?
Então um partido como o PS não se move no terreno político quando pede ao TC
que se pronuncie sobre a constitucionalidade de qualquer diploma?
Espero,
no entanto que, a exemplo do que já fizeram em relação ao OE de 2012, um grupo
de deputados do PS recorra ao Tribunal Constitucional. E, como eu, muitos
portugueses também o exigem.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
E agora, Dr. Cavaco?
Foi
hoje aprovado na Assembleia da República, com os votos dos deputados da
coligação que apoia o governo (com excepção de um deputado do CDS eleito pela
Madeira), o Orçamento do Estado para o ano de 2013. É considerado por muita
gente especializada na matéria, entre os quais vários professores de economia e
finanças, como um orçamento inexequível e cujas consequências serão arrasadoras
para a economia do país. Portugal e os portugueses, sobretudo os da classe
média, vão empobrecer
Pois
bem, se muitos dos deputados que votaram a aprovação do orçamento violaram a
sua consciência por razões de disciplina partidária (um louvor ao deputado Rui
Barreto do CDS que votou contra), o Presidente da República, Dr. Cavaco, não
precisa de violar a sua. Todos sabemos que Cavaco Silva se fartou de fazer
reparos a muitas medidas agora impostas no orçamento e várias vezes disse que o
povo não aguentava mais austeridade. Ora, embora aprovado no Parlamento, o
orçamento só se poderá considerar válido após a promulgação do mesmo pelo
Presidente, que tem o poder de o mandar para o Tribunal Constitucional, pedindo-lhe
que se pronuncie sobre eventuais inconstitucionalidades que o mesmo possa
conter. Caso contrário, se não o fizer, o Presidente trai as expectativas da
maioria dos portugueses. Portanto, Dr. Cavaco: Agora é a altura própria para agir.
E, desta vez, não pode assobiar para o tecto, como tantas vezes tem feito.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
IR À LÃ...
...e ficar tosquidado.
Foi o que aconteceu a Artur Mas, na Catalunha. Antecipou eleições e, ganhando, perdeu.
E agora?
Foi o que aconteceu a Artur Mas, na Catalunha. Antecipou eleições e, ganhando, perdeu.
E agora?
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
A senhora chanceler e o seu ordenança (?)
Hoje,
fartei-me de ver nos jornais on-line, e em muitas reportagens transmitidas nas
televisões, imagens da cimeira de Bruxelas, onde os dirigentes europeus discutiam
as linhas gerais do orçamento comunitário para 2014-2020.
Pois
bem, se eu tinha dúvidas de que o nosso primeiro-ministro é um “lambe botas” de
Frau Merkel, hoje fiquei com a certeza. Lá se via Passos Coelho quase sempre ao
lado da chanceler alemã, incluindo nas fotografias oficiais do conjunto dos
dirigentes. Sempre a olhar para a senhora, mostrando-se pronto a servir as suas
solicitações. Mais parecia um ordenança às ordens de Sua Exa a senhora
Chanceler. Será que é mesmo?
Mais défice..., mais austeridade..., mais pobreza
Foram
divulgados hoje os dados da execução orçamental reportados ao final do mês de
Outubro. E, é claro, como não há milagres, o défice das contas do Estado
agravou-se. De tal modo, que a dois meses do final do ano já está muito perto do
valor que tinha sido fixado para o final de 2012.
Quer
dizer: os portugueses continuam a contribuir cada vez mais para que as contas
se possam equilibrar. Há cortes, e sérios, nas pensões de reforma e nas
remunerações dos funcionários públicos, não foram pagos subsídios de férias, o
valor com as prestações sociais são cada vez mais pequenos, os impostos vão
aumentando, as taxas moderadoras pagas pelas prestações de saúde são cada vez
maiores e …, o défice continua a aumentar todos os meses. E porquê? Porque só
estes talibãs neoliberais que nos governam não querem encarar a realidade:
Chegamos a um ponto que, quanto mais austeridade, mais o défice e a dívida
aumentam. E os portugueses, sobretudo os que trabalham por conta própria, vão
empobrecendo a cada dia que passa.
Mas,
pensando bem, não será isto que os gajos querem?
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
PRESÉPIO
Estou desapontado.
Diz que o Papa Bento XVI disse que na gruta onde nasceu o Menino não havia vaca, burro ou qualquer outro animal. Não sei como é que ele sabe, já que é suposto não ter assistido ao acontecimento.
De qualquer modo, o meu presépio iria ficar muito mais pobre sem os bichos. Vou mantê-los, mesmo sujeito a excomunhão.
Diz que o Papa Bento XVI disse que na gruta onde nasceu o Menino não havia vaca, burro ou qualquer outro animal. Não sei como é que ele sabe, já que é suposto não ter assistido ao acontecimento.
De qualquer modo, o meu presépio iria ficar muito mais pobre sem os bichos. Vou mantê-los, mesmo sujeito a excomunhão.
É preciso saber toda a verdade
Ontem
fomos surpreendidos com a notícia de última hora, segundo a qual Nuno Santos, o
então director de informação da RTP, tinha pedido a demissão do cargo, a qual
foi aceite imediatamente pelo Conselho de Administração. Mais tarde era
noticiado que o motivo da demissão teria sido a entrega à PSP de imagens não
editadas ou exibidas da manifestação junto ao Parlamento no dia da Greve geral,
e da carga policial então ocorrida.
Entretanto,
Nuno Santos garantiu que com o seu conhecimento ou autorização nenhumas imagens
saíram da empresa para qualquer entidade estranha à mesma. Mas o Conselho de
Administração, ao contrário, garante que foram facultadas imagens dos
incidentes a estranhos, sem ter sido consultado ou informado. E agora, quem
fala verdade, Nuno Santos ou a Administração liderada pelo senhor da Ponte que,
apesar de ser considerado pelos seus compadres Relvas & Companhia um bom
gestor, já provou que de comunicação social em geral e de televisão em
particular muito pouco ou nada percebe? De qualquer modo é urgente que se apure
a verdade, pois podem estar em causa comportamentos ilegais (para não lhes
chamar pidescos) de muita gente, incluindo da PSP. Os cidadãos, mesmo aqueles
que se portam mal, não podem estar sujeitos a escutas ou captação e posterior
visualização de imagens sem autorização de quem de Direito.
E
já agora: Porque não pôr a hipótese de Nuno Santos ter caído numa cilada? Não é
estranho que Relvas já tenha vindo dizer que não teve qualquer intervenção no
caso de cedência de imagens da RTP?
Será
que não?
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
COMO DIZ? - 2
Leio que o vice-presidente dos CTT afirmou que a privatização da empresa "vai trazer benefícios para o país", no que acredito piamente.
Porém, a notícia é incompleta (os média são incompetentes), já que não relata os anunciados benefícios para "o país", onde, suponho, me incluo. É pena.
Porém, a notícia é incompleta (os média são incompetentes), já que não relata os anunciados benefícios para "o país", onde, suponho, me incluo. É pena.
COMO DIZ?
Diz que disse que "é necessário ultrapassar o estigma que afastou Portugal do mar, agricultura e indústria".
E quem é que diz que disse? Se não sabe, não palpite, pois há uma enorme probabiliodade de errar.
Foi Cavaco Silva, nem mais, hoje, 21 de Novembro de 2012.
O venerando PR deveria apontar o dedo ao responsável pelo afastamento do país de tal desígnio para vergonha pública do autor. E não fui eu, juro.
E quem é que diz que disse? Se não sabe, não palpite, pois há uma enorme probabiliodade de errar.
Foi Cavaco Silva, nem mais, hoje, 21 de Novembro de 2012.
O venerando PR deveria apontar o dedo ao responsável pelo afastamento do país de tal desígnio para vergonha pública do autor. E não fui eu, juro.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
O todo poderoso Gaspar
Não
tenho paciência para ouvir o ministro Gaspar. Não suporto o cinismo com que ele
fala, aquele tom de voz e aquele sorrisinho que eu classifico como os do
verdadeiro sacana. Por isso, propositadamente, não vi ou ouvi a conferência de
imprensa.
Parece
que a determinada altura uma jornalista o interpelou chamando-lhe “sr
primeiro-ministro”. É verdade que Louçã Gaspar não é, de facto, o
primeiro-ministro, mas é ele, de facto, que manda nos outros ministros e
ministérios e na política do Governo. Não nos podemos esquecer do célebre
episódio entre ele e o ministro Álvaro, em que, após Álvaro ter insistido que
era preciso investir no crescimento económico, já depois de Gaspar lhe ter dito
“não há dinheiro”, se virou para ele e lhe perguntou em tom sarcástico: “Qual
destas três palavras não entendeu?”
Pois
bem, Gaspar é mesmo para a Troika e, porque não dizê-lo, para os outros ministros,
para os jornalistas, para os líderes das bancadas dos partidos do PPD e do CDS,
e até para a senhora Merkel e o senhor Wolfgang Schauble, o verdadeiro líder e
ideólogo da política do governo. Para estes, Passos Coelho não passa de um bom
rapaz, mas com um perfil de político medíocre.
Eu
até suspeito que, no seu íntimo, Loução Gaspar se esteja sempre a lembrar de um
professor universitário que foi chamado para a pasta das Finanças também num
momento difícil para as contas públicas, que geriu o ministério com mão de
ferro e, mais tarde, se tornou no homem todo poderoso de Portugal. Seu nome:
António de Oliveira Salazar. Só que os tempos são outros e a História não se
repete. Felizmente, digo eu.
A avaliação da troika
Já
ontem, mas fundamentalmente hoje, não se fala noutra coisa se não na 6ª.
avaliação da Troika. Ora, só alguém muito distraído, ou caído das nuvens,
poderia duvidar que a Troika, ou se quisermos os funcionários de quinta
categoria das três instituições que a compõem, pudesse fazer uma avaliação
diferente das outras cinco anteriores.
Sabe-se
que o memorando original (o assinado pelo governo Sócrates, com o apoio e
concordância dos partidos que constituem a desgraçada coligação que nos
governa) foi negociado em condições muito difíceis. Talvez por isso, já previa
medidas de austeridade que, sabiam eles, iriam abanar a economia portuguesa. Com
a chegada ao poder deste governo de matiz neoliberal, cujo primeiro-ministro fez
uma declaração de fé que queria ir para lá das medidas austeras do memorando e
apontou como solução o empobrecimento, a Troika “esfregou as mãos” e concluiu
que estavam encontrados os carrascos (para não lhes chamar cretinos) que iriam
pôr os portugueses (sobretudo a classe média) a pagar os juros usurários do
empréstimo acordado, fiquem ou não na miséria. Pois bem, chegados a Portugal,
os homens da Troika sentem a contestação do povo; a crítica exacerbada dos
partidos da oposição; o desemprego a aumentar; os hospitais sem dinheiro para
fazerem face às despesas; mais gente na rua a pedir esmola; e filas grandes nas
chamadas “sopas dos pobres” …, concluem: estamos no bom caminho!
Por
isso, como poderia a troika dar avaliação negativa?
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
RTP/RDP
Alberto da Ponte afirma que a RTP, para atingir o objectivo de serviço público, tem que ficar com dois canais, e a RDP, idem, com 3 estações, contrariando a estratégia do ministro Relvas (ó Relvas, vai estudar comunicação social!).
Querem ver que o Alberto da Ponte vai ser despachado (*) com a devida indemnização?
(*) consultar o dicionário
Querem ver que o Alberto da Ponte vai ser despachado (*) com a devida indemnização?
(*) consultar o dicionário
CRÓNICAS DO ZÉ GIL
EMPIRISMO
Gil Monteiro*
Em tempos de crise, algo tem de mudar mesmo. Pode uma empresa comercial manter, por muitos anos, os mesmos resultados? Não. Por a sua sociedade de garagens não dar lucro ou perda é que o Zeferino descobriu que o cunhado o andava a tramar.
Estamos em fase de regressar aos campos, e voltar “a tratar da vida”, como se aprendeu com os pais e avós; ainda que tenhamos eletricidade e computador! Mas, perdeu-se a venda (taberna) do Pirolito, e a solenidade da missa dominical, por falta de sacerdote, substituído pela Ana do viúvo a fazer as rezas na capela. As leiras e lameiros vão deixar de ter silvas, voltando a produzir milho e feno para os animais, pelo menos para um burrito simpático, livre da extinção! Nas “novas” hortas da Richave, iremos encontrar couves, nabos e feijão, com fartura. O trator do Jorge não vai impedir o uso do gravano, para a rega das plantas aromáticas de estimação, junto ao ribeiro da Senhora da Veiga!
Os citadinos estão a aprender, por experiência, que é preciso mudar de hábitos e reciclar o mais possível os objetos usados. A Maria Fernanda tem caprichado nos guisados, graças à utilização de ervas aromáticas, criadas na varanda e marquise do andar virado a nascente. A pequena horta até já produziu favas miúdas! A última inovação foi o cultivo de alfaces, no interior de garrafões de água, rasgados numa face e com as tampas. Como a prateleira tem vários “vasos” de cápsulas de cores diferentes e as alfaces de tons e crescimentos diversos, o efeito visual é lindo! Enquanto os regressos aos campos vão tardando, as habitações citadinas vão passando a rurais, com telhados (terraços) transformados em jardins, como já se vê na cidade do Porto. Sim, pois nas cidades frias, como Toronto no Canadá, encontramos grandes e bonitos jardins nas caves.
Mas, a força da crise está a levar à reutilização das vestimentas guardadas nas arcas! Passaram a estar mesmo na moda, agora que é estapafúrdio é chique! Os adolescentes até as botas de atanado do avô levaram para a faculdade. E, talvez por saturação, metem na mochila umas sandes caseiras, e poupam uns cêntimos na cantina. “No poupar está o ganho!”, disse o Joaquim para os filhos.
Ouvi um ilustre capitalista dizer numa entrevista:
– Os meus filhos sabiam bem o valor do tostão, quando foram para a Escola.
O conhecimento empírico é útil, quando bem utilizado e sem discordar das ideias inatas. Nem todos os atos podem ser científicos. A educação e o ensino têm muito de imitação, mas o Mundo é feito de mudanças.
Se a formação dos jovens foi, é e será o maior atributo de uma comunidade, estamos a caminho, numa sociedade envelhecida, duma formação efetiva dos séniores – voltar à Escola é preciso!
Os idosos são, constantemente, bombardeados:
– Ativa o cérebro, mexe as pernas, passeia, vai a espetáculos, lê, faz palavras cruzadas, resolve problemas de sudoku...
As cidades estão a ser dotadas de parques recreativos, e as marginais marítimas apresentam boas e bonitas pistas pedestres e de bicicletas, mas a plena mobilidade só numa aldeia pacata, onde a febre de andar motorizado não chegou, resulta em pleno.
Se Jean-Bastiste Lamarck enunciou, empiricamente:
– O uso dos órgãos desenvolve-os, o não uso atrofia-os; ...
É necessário combater a atrofia!
Porto, 13 de novembro de 2012
*José Gil Correia Monteiro
Jose.gcmonteiro@gmail.com
Gil Monteiro*
Em tempos de crise, algo tem de mudar mesmo. Pode uma empresa comercial manter, por muitos anos, os mesmos resultados? Não. Por a sua sociedade de garagens não dar lucro ou perda é que o Zeferino descobriu que o cunhado o andava a tramar.
Estamos em fase de regressar aos campos, e voltar “a tratar da vida”, como se aprendeu com os pais e avós; ainda que tenhamos eletricidade e computador! Mas, perdeu-se a venda (taberna) do Pirolito, e a solenidade da missa dominical, por falta de sacerdote, substituído pela Ana do viúvo a fazer as rezas na capela. As leiras e lameiros vão deixar de ter silvas, voltando a produzir milho e feno para os animais, pelo menos para um burrito simpático, livre da extinção! Nas “novas” hortas da Richave, iremos encontrar couves, nabos e feijão, com fartura. O trator do Jorge não vai impedir o uso do gravano, para a rega das plantas aromáticas de estimação, junto ao ribeiro da Senhora da Veiga!
Os citadinos estão a aprender, por experiência, que é preciso mudar de hábitos e reciclar o mais possível os objetos usados. A Maria Fernanda tem caprichado nos guisados, graças à utilização de ervas aromáticas, criadas na varanda e marquise do andar virado a nascente. A pequena horta até já produziu favas miúdas! A última inovação foi o cultivo de alfaces, no interior de garrafões de água, rasgados numa face e com as tampas. Como a prateleira tem vários “vasos” de cápsulas de cores diferentes e as alfaces de tons e crescimentos diversos, o efeito visual é lindo! Enquanto os regressos aos campos vão tardando, as habitações citadinas vão passando a rurais, com telhados (terraços) transformados em jardins, como já se vê na cidade do Porto. Sim, pois nas cidades frias, como Toronto no Canadá, encontramos grandes e bonitos jardins nas caves.
Mas, a força da crise está a levar à reutilização das vestimentas guardadas nas arcas! Passaram a estar mesmo na moda, agora que é estapafúrdio é chique! Os adolescentes até as botas de atanado do avô levaram para a faculdade. E, talvez por saturação, metem na mochila umas sandes caseiras, e poupam uns cêntimos na cantina. “No poupar está o ganho!”, disse o Joaquim para os filhos.
Ouvi um ilustre capitalista dizer numa entrevista:
– Os meus filhos sabiam bem o valor do tostão, quando foram para a Escola.
O conhecimento empírico é útil, quando bem utilizado e sem discordar das ideias inatas. Nem todos os atos podem ser científicos. A educação e o ensino têm muito de imitação, mas o Mundo é feito de mudanças.
Se a formação dos jovens foi, é e será o maior atributo de uma comunidade, estamos a caminho, numa sociedade envelhecida, duma formação efetiva dos séniores – voltar à Escola é preciso!
Os idosos são, constantemente, bombardeados:
– Ativa o cérebro, mexe as pernas, passeia, vai a espetáculos, lê, faz palavras cruzadas, resolve problemas de sudoku...
As cidades estão a ser dotadas de parques recreativos, e as marginais marítimas apresentam boas e bonitas pistas pedestres e de bicicletas, mas a plena mobilidade só numa aldeia pacata, onde a febre de andar motorizado não chegou, resulta em pleno.
Se Jean-Bastiste Lamarck enunciou, empiricamente:
– O uso dos órgãos desenvolve-os, o não uso atrofia-os; ...
É necessário combater a atrofia!
Porto, 13 de novembro de 2012
*José Gil Correia Monteiro
Jose.gcmonteiro@gmail.com
ARTISTA
O ministro das Finanças considerou hoje que a redução de 4% para 3,5% da sobretaxa em sede de IRS prevista no orçamento é um «resultado favorável que é muito bem-vindo».
«Este resultado é um resultado favorável que é muito bem-vindo, que mostra o valor de um processo de preparação e de discussão do orçamento no Parlamento», afirmou Vítor Gaspar.
O ministro explicou que esta mudança faz parte de um processo que começou no quinto exame regular, quando «ficou acordado e foi publicitado que havia margem para substituir medidas do lado da receita por medidas do lado da despesa».
«Foi negociado desde o primeiro momento uma cláusula que permite a substituição de medidas do lado da receita por medidas do lado equivalente ao lado da despesa. Este esforço foi um esforço constante desde o quinto exame regular. O Governo neste contexto conseguiu identificar poupanças adicionais de despesas no montantes de 300 milhões de euros que permitiram manter a cláusula de salvaguarda do IMI», explicou o governante.
(TSF)
Este gajo é um artista de 1.ª classe. Quando será que Hollywood lhe atribuirá um Óscar?
domingo, 18 de novembro de 2012
CAVACO E O ORÇAMENTO
Quando, depois de ouvir os seus conselheiros e assessores, que fará Cavaco com o OE/2013?
- Veta?
- Promulga, sem mais?
- Promulga, com uma mensagem à AR?
- Suscita preventivamente as eventuais inconstitucuionalidades?
- Promulga e suscista a eventual inconstitucionalidade sucessiva?
Por mim, tenho um palpite...
- Veta?
- Promulga, sem mais?
- Promulga, com uma mensagem à AR?
- Suscita preventivamente as eventuais inconstitucuionalidades?
- Promulga e suscista a eventual inconstitucionalidade sucessiva?
Por mim, tenho um palpite...
DESCONTOS NO IRS
O Gaspar e o adjunto Passos são, afinal, muito nossos amigos, como se comprova com o desconto de 12,5% na sobretaxa do IRS, anunciada de 4% e diminuida para 3,5%. Nos tempos que correm, 12,5% de desconto é muito, muito bom. Estou-lhes grato e digo: muito obrigado pela prenda antecipada de Natal.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Não há para o povo; mas há para os boys!
Falavam
dos boys dos outros, mas os boys deles são tratados como lordes.
Foi
hoje noticiado que cerca de 1500 boys e girls desta desgraçada coligação que
nos governa receberam subsídio de férias, ao contrário dos outros servidores do
Estado e dos reformados cujas reformas são pouco maiores do que o salário
mínimo. Então, a lei não é para todos? Pelos vistos não é, desde que se
pertença a esta rapaziada de cartão partidário, filhos ou familiares muito
próximos de antigos dirigentes partidários, alguns deles mesmo antigos
governantes. “Gente bem”, que mora nas zonas ricas das grandes cidades. Muitos
deles gente jovem que, como muitos outros jovens tanto ou mais qualificados,
estaria a engrossar o número de desempregados. E que auferem remunerações
mensais muitíssimo acima da média.
Mas,
se esta situação já era uma vergonha, pior e mais vergonhoso é o facto de o
Governo confrontado há mais ou menos dois meses com o facto, ter admitido terem
sido apenas contemplados pouco mais do 130 assessores. Ora, afinal de contas o
número indicado mais do que decuplicou. Repito: situação vergonhosa!
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
DIZ QUEM SABE
Rui Rio sublinhou ontem que "um poder político desacreditado" está mais vulnerável à influência de interesses privados.
O presidente da Câmara do Porto contou ontem - num colóquio da Faculdade de Economia do Porto sobre "O Estado social ao Estado liberal" - que, em determinada altura da sua vida política, esteve envolvido no estudo de uma reforma da segurança social. Esse esqueleto de reforma nunca chegou a sair do papel. Os motivos? "Nunca os direi, pelo menos enquanto as pessoas envolvidas estiverem vivas".
Nunca se referindo ao que estava em causa nem aos contornos do caso, Rio afirmou apenas que, "se os portugueses soubessem o que se passou" teriam ainda mais motivos que os que já lhes assistem para desconfiarem do papel dos políticos no desenrolar da vida do país. "As pessoas ficariam abismadas", conclui, para não mais se referir ao assunto.
Já antes, na sua intervenção inicial, Rio tinha afirmado que "Temos uma crescente incapacidade política para resolvermos os problemas que temos à frente. E um poder político desacreditado e interesses corporativos mais fortes e capazes de influenciar" a vida de todos, colocando interesses particulares à frente do interesse público.
(Diário Económico)
O presidente da Câmara do Porto contou ontem - num colóquio da Faculdade de Economia do Porto sobre "O Estado social ao Estado liberal" - que, em determinada altura da sua vida política, esteve envolvido no estudo de uma reforma da segurança social. Esse esqueleto de reforma nunca chegou a sair do papel. Os motivos? "Nunca os direi, pelo menos enquanto as pessoas envolvidas estiverem vivas".
Nunca se referindo ao que estava em causa nem aos contornos do caso, Rio afirmou apenas que, "se os portugueses soubessem o que se passou" teriam ainda mais motivos que os que já lhes assistem para desconfiarem do papel dos políticos no desenrolar da vida do país. "As pessoas ficariam abismadas", conclui, para não mais se referir ao assunto.
Já antes, na sua intervenção inicial, Rio tinha afirmado que "Temos uma crescente incapacidade política para resolvermos os problemas que temos à frente. E um poder político desacreditado e interesses corporativos mais fortes e capazes de influenciar" a vida de todos, colocando interesses particulares à frente do interesse público.
(Diário Económico)
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Tanto trabalho!
Afinal
o homem não aparece, mas está mesmo a trabalhar!
Hoje
lá apareceu o nosso venerando Chefe de Estado, a mandar umas “labecas” sobre a
greve geral, dizendo que a greve é um direito que deve ser respeitado, etc,
etc, (tudo lugares comuns), mas que ele, S Exa o Presidente, não deixou de trabalhar
(que gargalhada que eu dei!...). E, assim, lá estava reunido com o Presidente
da Colômbia, em visita ao nosso país, “para que no futuro o crescimento do PIB
seja maior e o desemprego menor”. É obra; este Presidente não para! Até tinha
um ar cansado. Tinha, tinha!
Coragem, senhor primeiro-ministro?
Já
não estranhos quando ouvimos o primeiro-ministro dizer um qualquer disparate, a
pensar que está a dizer uma coisa acertada.
Vem
isto a propósito do elogio que Pedro Passos Coelho resolveu dar aos
trabalhadores “que tiveram a coragem de ir trabalhar”. Como, senhor
primeiro-ministro? Os trabalhadores que resolveram não fazer greve só podiam ir
trabalhar, não acha, senhor primeiro-ministro. Quer dizer: aqueles cidadãos
trabalhadores que, por opção consciente e usando um direito que lhes assiste, resolveram
não aderir à greve, foram, naturalmente e como fazem todos os dias, trabalhar,
como é seu dever. Não o fizeram por um acto de coragem. Do mesmo modo, aqueles
que aderiram à greve, fizeram-no usando um direito constitucionalmente
estabelecido, por convicção e não por falta de coagem para irem trabalhar. O
senhor, senhor primeiro-ministro, como não tem sentido de Estado e é um
político medíocre, nem dá conta que está a faltar ao respeito aos cidadãos. E
já agora, senhor primeiro-ministro, os desempregados não precisam de coragem.
Precisam é de um governo que acabe com esta criminosa austeridade e adopte medidas
que promovam o crescimento económico do país e crie empregos.
Coragem,
senhor primeiro-ministro é coisa que o senhor não tem pois, caso contrário, já
teria encostado os elementos da Troika à parede e fazia-lhes ver que as medidas
adoptadas não resultaram em parte alguma do Mundo, incluindo na Irlanda,
puseram a Grécia no estado calamitoso em que se encontra e que ao contrário dos
objectivos que traçaram para Portugal, o défice, a dívida pública, o desemprego
e a miséria não param de aumentar.
E
já agora que fala de coragem, senhor primeiro-ministro, lanço-lhe um desafio: vá
amanhã visitar os estivadores do porto de Lisboa, por exemplo. Mas…, não vai,
pois não? É que, como diz o povo: “quem tem cú, tem medo”. E o senhor tem cú,
não tem senhor primeiro-ministro?
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
Uma vergonha, senhor primeiro-ministro
Corre
já há dois ou três dias a notícia de que nas escolas portuguesas cerca de 10
000 crianças passam fome.
Não
tem vergonha disto, senhor primeiro-ministro? Naturalmente que o senhor sabe que
o problema é doméstico. Quer dizer: as famílias estão a empobrecer de forma
progressiva, devido à maldita austeridade a que estamos sujeitos, e começa a
não ter dinheiro, sequer, para comer. Isto é uma vergonha, senhor
primeiro-ministro. Estamos a voltar aos tempos do Estado Novo, mais
propriamente aos tempos do Doutor Salazar. Este equilibrava as contas públicas
porque pouco ou nada gastava com a Saúde, a Educação e as Prestações Sociais. E
não tardará muito que volte a aparecer nas escolas a famosa figura da “Caixa
Escolar”, uma espécie de mealheiro onde os meninos ricos e os meninos
remediados (mais estes, pois os meninos ricos andavam em colégios para não
conviverem com os ranhosos nem apanharem piolhos) contribuíam com dinheiro que
depois servia para ajudar os meninos pobres. Resultado: Portugal era o país
europeu com mais percentagem de analfabetos, com uma percentagem muito pequena
de cidadãos licenciados ou com um curso superior, com uma elevada mortalidade
infantil e com uma esperança de vida inferior à média dos outros países ditos
civilizados. Tudo começou a melhorar já com Marcelo Caetano e a melhorar muito
depois do 25 de Abril. Infelizmente, com este desgraçado governo estamos
regressar ao passado, a não ser que Passos Coelho resolva emigrar e ir fazer
parte do staff da senhora Merkel, que ele tanto admira. Já agora, que leve consigo
o Gaspar. Parece que a senhora Merkel está a precisar de dois lacaios.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Todos os cidadãos têm direito ao bom nome
Não
conheço pessoalmente o deputado do PS Ricardo Rodrigues. Nunca o cumprimentei,
nunca falei com ele, nem sequer estive próximo dele. Por outro lado, a SIC
(sobretudo a SIC – Notícias, dado que o canal generalista, tal como todos os
outros canais generalistas dos restantes operadores, só dá “lixo”) é a estação
televisiva que mais vejo. No entanto fiquei bastante satisfeito com a notícia,
hoje conhecida, que nos dá conta que o Supremo Tribunal de Justiça condenou a
SIC a indemnizar Ricardo Rodrigues em 115 mil euros, por ofensa à honra e
dignidade deste deputado, ao divulgar notícias que, conforme provado, eram
falsas.
Já
é tempo de se acabarem os julgamentos e as condenações na praça pública, por
causa de notícias que mais tarde se descobre serem falsas. Todos os cidadãos têm
direito ao bom nome e não é justo que vejam goradas as suas expectativas por
causa de calúnias sem fundamento que correm na Comunicação Social.
Mas
esta condenação a que a SIC foi sujeita, não repara os prejuízos causados ao
ofendido e, sobretudo, não castiga o jornalista ou os jornalistas caluniadores.
É tempo de responsabilizar os jornalistas que publicam notícias falsas que
supostamente lhes são dadas a conhecer por alguém que não dá a cara e a quem
eles chamam “fonte”. O dever de informar não se pode sobrepor ao sagrado
direito do bom nome, da honra e da dignidade das pessoas. Não vejo que possa
ser de outra forma num Estado de Direito.
POESIA DO ZÉ GIL
A MORTE
Razão da vida
Temos que assumir
Vê-la surgir
Contas feitas
No momento de partir.
Lembrando o passado
Em vários filmes
Cenas antigas ou recentes
Cessar funções vitais
Banda desenhada e mais.
Episódios espaçados
Tomam o pensamento
É preciso cortar cenas
Refletir o lamento.
Cinema em episódios
Novelas em capítulos
Tempo dos fascículos
Ver só os títulos!
A vinda da morte
Será filme palpitante
Com duelo final
Entre herói e mandante.
Tiro certeiro, o pó da parada
Regresso ao nada!
Porto, 16/10/12 jose.gcmonteiro@gmail.com José Gil
Razão da vida
Temos que assumir
Vê-la surgir
Contas feitas
No momento de partir.
Lembrando o passado
Em vários filmes
Cenas antigas ou recentes
Cessar funções vitais
Banda desenhada e mais.
Episódios espaçados
Tomam o pensamento
É preciso cortar cenas
Refletir o lamento.
Cinema em episódios
Novelas em capítulos
Tempo dos fascículos
Ver só os títulos!
A vinda da morte
Será filme palpitante
Com duelo final
Entre herói e mandante.
Tiro certeiro, o pó da parada
Regresso ao nada!
Porto, 16/10/12 jose.gcmonteiro@gmail.com José Gil
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Coitado, afinal está farto de trabalhar..., na sombra!
Finalmente
o Presidente apareceu, para inaugurar um Hotel de luxo. Não falou muito, apesar
de ter sido bombardeado com muitas perguntas pelos jornalistas, mas lá foi
dizendo que não se deixará influenciar na sua análise do Orçamento do Estado
por “qualquer palpite que venha daqui ou de acolá”, e que o debate sobre a
refundação do Estado deve envolver todos. E mais, pelos vistos S Exa está farto
de trabalhar “na sombra”, sem os mediatismos que outros procuram. Coitado…,
tinha mesmo um ar cansado!
Primeiro preocupe-se com a crise. E depois...
Há
dois ou três dias atrás, talvez pressionado pelas críticas que o consideram um
Presidente ausente, que nada faz ou diz sobre a actual crise que se vai
agravando e, também, para dar um sinal aos portugueses que pode estar em Belém
a ver navios, mas vai ouvindo os “ruídos” que vão aparecendo na sociedade
portuguesa, Cavaco Silva fez saber que também está preocupado com o problema da
muito baixa natalidade em Portugal. Não que tivesse aparecido a falar à
Comunicação Social nem, pasme-se, que tivesse usado o Facebook. Desta vez
mandou um seu assessor, neste caso o ex-ministro de Durão Barroso, David Justino,
para manifestar aos portugueses o quanto está preocupado com a falta de
nascimentos. É verdade que a baixa natalidade traz problemas para o futuro, sobretudo
quando o número de nascimentos é inferior ao número de óbitos. A continuar esta
situação daqui a uns anos vai haver mais idosos que jovens e a sustentabilidade
da Segurança Social fica em enorme risco.
Pois
bem, não é mau que Cavaco se preocupe com este problema da falta de nascimentos.
Mas, até para criar condições que permitam ataca-lo, devia primeiro resolver o
problema da crise. Como é possível fomentar a natalidade num país onde a população
empobrece todos os dias? Como pode um casal pensar em ter um filho, se sabe que
neste momento não há futuro, e que em qualquer momento pode cair numa situação
em que nem sequer tem dinheiro para comer?
Portanto,
senhor Presidente: Faça qualquer coisa. Dê aos portugueses um sinal de que
podem contar consigo. A situação social está a tornar-se insustentável, ou acha
que não?
sábado, 3 de novembro de 2012
MODELOS
Tenho apreço pelo matemático Nuno Crato, não tanto pelo ministro, que me parece uma barata tonta.
Leio algures que vai "importar" da Alemanha um qualquer modelo de ensino profissional, tipo pret à porter, para aplicação em Portugal. Estas coisas são vendidas no mercado aberto e concorrencial e toda a gente as pode usar, como se de um par de chinelos chineses se tratasse? Para bem do Nuno Crato e do ensino, espero que resulte.
Já agora: quanto custa o "modelo"? E o Gaspar autorizou? Ou trata-se de um brinde da Merkel, que vem aí um dia destes?
Leio algures que vai "importar" da Alemanha um qualquer modelo de ensino profissional, tipo pret à porter, para aplicação em Portugal. Estas coisas são vendidas no mercado aberto e concorrencial e toda a gente as pode usar, como se de um par de chinelos chineses se tratasse? Para bem do Nuno Crato e do ensino, espero que resulte.
Já agora: quanto custa o "modelo"? E o Gaspar autorizou? Ou trata-se de um brinde da Merkel, que vem aí um dia destes?
ESTES GAJOS ESTÃO LOUCOS
O hospital de Matosinhos envia centenas de cartas a utentes dos seus serviços reclamando créditos prescritos.
O Fisco envia, no mesmo dia, 115 cartas registadas com aviso de recepção a notificar o mesmo devedor sobre a mesmíssima dívida.
É só fazer as contas. Mas alguém, no meio disto tudo, ganha "algum" - os CTT, apetecidos que são.
Estes gajos estão loucos.
E o Aníbal continua a contar os navios a entrar ou a sair da barra, ou a recordar as vacas sorridentes dos Açores.
O Fisco envia, no mesmo dia, 115 cartas registadas com aviso de recepção a notificar o mesmo devedor sobre a mesmíssima dívida.
É só fazer as contas. Mas alguém, no meio disto tudo, ganha "algum" - os CTT, apetecidos que são.
Estes gajos estão loucos.
E o Aníbal continua a contar os navios a entrar ou a sair da barra, ou a recordar as vacas sorridentes dos Açores.
CULTURA E O COLISEU DO PORTO
Não me tinha dado conta da passagem de Francisco José Viegas (que aprecio como escritor), pelo governo. Fiquei hoje a saber que ex-Secretário de Estado da Cultura emitiu um despacho a qualificar o Coliseu do Porto como "monumento de interesse público".
Obrigado, JMV. Só por isso valeu a pena passar pelo governo.
Obrigado, JMV. Só por isso valeu a pena passar pelo governo.
OS MILIONÁRIOS E OS OUTROS
De o Jornal de Negócios:
"Um proprietário que tenha uma bela casa, com valor fiscal de um milhão de euros, vai pagar uma taxa de solidariedade de pelo menos 5.000 euros este ano e 10.000 euros de 2013 em diante. Um grande proprietário, que tenha um portefólio de dez, 20 prédios, no valor de nove milhões de euros, não pagará taxa de solidariedade nenhuma, apesar de ser bem mais abastado do que o primeiro. Faz sentido?
1. Um proprietário que tenha uma bela casa, com valor fiscal de um milhão de euros, vai pagar uma taxa de solidariedade de pelo menos 5.000 euros este ano e 10.000 euros de 2013 em diante. Um grande proprietário, que tenha um portefólio de dez, 20 prédios, no valor de nove milhões de euros, não pagará taxa de solidariedade nenhuma, apesar de ser bem mais abastado do que o primeiro. Faz sentido?
Não faz, mas é o que resulta do novo "pacote para os ricos" que entrou esta semana em vigor. A nova lei vem dizer, entre outras coisas, que quem tenha imóveis destinados à habitação com um valor patrimonial tributário igual ou superior a um milhão de euros terá de pagar uma taxa extra, em sede de imposto de selo. Esta taxa será de 0,5% ou 0,8% este ano e de 1% de 2013 em diante, e acumula com o IMI. Contudo, faz incidir a tributação sobre cada prédio, em vez de recair sobre o conjunto dos valores patrimoniais tributários dos prédios afectos à habitação.
Ou seja, quem tenha uma rica propriedade, é castigado. Quem seja um rico proprietário fica de fora, desde que cada imóvel individualmente considerado não toque no limite mágico do um milhão de euros.
Corolário desta habilidosa forma de legislar: o importante não é taxar os ricos, é fazer parecer que os ricos são tributados".
Comentários para quê? São artistas portugueses armados em legisladores.
"Um proprietário que tenha uma bela casa, com valor fiscal de um milhão de euros, vai pagar uma taxa de solidariedade de pelo menos 5.000 euros este ano e 10.000 euros de 2013 em diante. Um grande proprietário, que tenha um portefólio de dez, 20 prédios, no valor de nove milhões de euros, não pagará taxa de solidariedade nenhuma, apesar de ser bem mais abastado do que o primeiro. Faz sentido?
1. Um proprietário que tenha uma bela casa, com valor fiscal de um milhão de euros, vai pagar uma taxa de solidariedade de pelo menos 5.000 euros este ano e 10.000 euros de 2013 em diante. Um grande proprietário, que tenha um portefólio de dez, 20 prédios, no valor de nove milhões de euros, não pagará taxa de solidariedade nenhuma, apesar de ser bem mais abastado do que o primeiro. Faz sentido?
Não faz, mas é o que resulta do novo "pacote para os ricos" que entrou esta semana em vigor. A nova lei vem dizer, entre outras coisas, que quem tenha imóveis destinados à habitação com um valor patrimonial tributário igual ou superior a um milhão de euros terá de pagar uma taxa extra, em sede de imposto de selo. Esta taxa será de 0,5% ou 0,8% este ano e de 1% de 2013 em diante, e acumula com o IMI. Contudo, faz incidir a tributação sobre cada prédio, em vez de recair sobre o conjunto dos valores patrimoniais tributários dos prédios afectos à habitação.
Ou seja, quem tenha uma rica propriedade, é castigado. Quem seja um rico proprietário fica de fora, desde que cada imóvel individualmente considerado não toque no limite mágico do um milhão de euros.
Corolário desta habilidosa forma de legislar: o importante não é taxar os ricos, é fazer parecer que os ricos são tributados".
Comentários para quê? São artistas portugueses armados em legisladores.
LIDO
"O dr. Cavaco Silva, que, segundo corre por aí, é o Presidente da República, desapareu. Não se vê na televisão. Os jornais não falam nele. Anda calado como um rato e escondido atrás de uma cortina. A populaça supõe que o bom do homem continua em Belém a olhar para o Tejo e a contar navios. Mas não tem a certeza. Há gente, armada de binóculos, que o tenta descobrir sem o mais vago resultado. E há gente que perde o seu tempo e a sua paciência a especular sobre o que lhe sucedeu, se de facto lhe sucedeu alguma coisa. Já se demitiu sem ninguém saber? Emigrou? Caiu num poço? É um grande mistério. Um facto é certo: Portugal elegeu um senhor magrinho para resolver os sarilhos da pátria e, agora que precisa dele, ele não está cá."
Vasco Pulido Valente, in Público de hoje
Demolidor.
De facto, a populaça, como diz Vasco, interroga-se sobre o que é feito do PR, desaparecido em combate. Nem notícias do homem mesmo no seu Facebook. A senhora PGR já mandou a PJ para a rua, a investigar? E dão alvíssaras a quem o encontrar, dead or alive?
Vasco Pulido Valente, in Público de hoje
Demolidor.
De facto, a populaça, como diz Vasco, interroga-se sobre o que é feito do PR, desaparecido em combate. Nem notícias do homem mesmo no seu Facebook. A senhora PGR já mandou a PJ para a rua, a investigar? E dão alvíssaras a quem o encontrar, dead or alive?
Uma vergonha; uma humilhação; um Presidente a ver navios!
É
uma vergonha que estejam em Portugal uns funcionários de quinta linha do FMI e
do Banco Mundial a estudar com o Governo a chamada reforma do Estado que, na
linguagem patética do primeiro-ministro, consistiria numa refundação do
memorando assinado com a Troika. Não se pode admitir que sejam estrangeiros,
alguns dos quais oriundos de países não europeus, e que nada conhecem do nosso
país, da nossa cultura, da nossa história recente e dos anseios das nossas gentes,
a quererem-nos impor reformas que abalariam as estruturas do nosso Estado e que
destruiriam muitas conquistas sociais, pelas quais muitos portugueses lutaram
desde o 25 de Abril de 1974. Para além de vergonhosa, esta atitude do desgraçado
governo que nos governa é, como lhe chamou Francisco Louçã, uma humilhação
nacional.
E
quem pode travar esta humilhação, antes que o povo se sinta traído, se farte, e
comece a fazer asneiras? Será, naturalmente, o Presidente da República. Mas
onde está Cavaco Silva que ninguém sabe dele? Como diz hoje Vasco Pulido
Valente no seu artigo “Opinião” no jornal Público: “Portugal elegeu um senhor magrinho para resolver os sarilhos da pátria
e, agora que precisa dele, ele não está cá”.
Triste
sorte a nossa: estamos a ser governados por um bando de talibãs neoliberais que
para tomarem o poder nos enganaram, e que agora descobrimos que temos um Chefe
de Estado “ausente” que, como também diz VPV, deve estar em Belém a olhar para o Tejo e a contar navios.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Um susto para Jardim
Parece
que o reinado do ditador da Madeira levou hoje um tremendo abalo. E aconteceu
mesmo dentro do próprio partido, o que era impensável ainda há muito pouco
tempo. Até que enfim que apareceu quem o enfrentou e que apenas perdeu por 88 votos.
Lá
veio Jardim, com um semblante que indicava ter apanhado um valente susto a que
se seguiu um enorme alívio, mostrar a sua falta de espírito democrático. Para
ele o outro candidato e aqueles que nele votaram são outro PPD (o mau) que ele desvaloriza
e insulta. Triste conceito de democracia tem Jardim. Para ele democracia verdadeira
seria votar num só candidato ou numa só lista, tal como no tempo de Salazar em
Portugal, ou nos países de Leste nos tempos da “cortina de ferro”.
Espero
que os outros partidos da Madeira reflitam neste resultado eleitoral e concluam
que, afinal, até será possível derrotar aquele ditador de meia tigela.
Negociar com gente desta? Não obrigado
A
prova provada (passe a redundância) de que estes talibãs da irmandade do
Gaspassos que nos governam, são uns trapaceiros, foi o que se passou com o
convite do primeiro-ministro ao PS para participar numa refundação do
memorando, tendo em vista cortar na despesa (leia-se no Estado Social) quatro
milhões de euros. Pois muito bem, Passos Coelho até escreveu uma carta a
Seguro, para dar a entender que a coisa era séria, mas entretanto (soube-se
pela boca de Marques Mendes) já estava a estudar o assunto com técnicos do FMI
e do Banco Mundial. Isto, meus amigos, é próprio de gente rasteira, sem
palavra, sem princípios e, sobretudo, sem honra.
Ora,
parece que Seguro já lhe respondeu. De certo que não lhe chamou o que ele
merecia, mas espero que, com toda a firmeza, lhe tenha dito que com gente desta
não há possibilidade de diálogo.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
FERIADOS E NEGÓCIOS
Este foi o último (!) ano em que o dia foi considerado feriado.
Quando muitas famílias se deslocam pelo país a visitar os túmulos dos seus familiares falecidos, os maquinistas da CP fazem greve e nem asseguram os serviços mínimos. Ouvi um dirigente do seu sindicato afirmar que não iriam trabalhar "de borla". Quê, a CP cortava-lhes o salário do dia?
Os vendedores de flores e velas afirmaram que o "negócio" esteve mau, que as pessoas compraram menos e do mais barato.
Para o ano vai haver combóios, mas ninguém (*) viajará (os maquinistas irão receber o "seu", né?) e não haverá flores nem velas para ninguém.
Tudo a bem da produtividade, já se sabe.
(*) Mentira, os juízes e magistrados podem viajar e os desempregados também
Quando muitas famílias se deslocam pelo país a visitar os túmulos dos seus familiares falecidos, os maquinistas da CP fazem greve e nem asseguram os serviços mínimos. Ouvi um dirigente do seu sindicato afirmar que não iriam trabalhar "de borla". Quê, a CP cortava-lhes o salário do dia?
Os vendedores de flores e velas afirmaram que o "negócio" esteve mau, que as pessoas compraram menos e do mais barato.
Para o ano vai haver combóios, mas ninguém (*) viajará (os maquinistas irão receber o "seu", né?) e não haverá flores nem velas para ninguém.
Tudo a bem da produtividade, já se sabe.
(*) Mentira, os juízes e magistrados podem viajar e os desempregados também
"ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA"
Não faltará muito para cairmos naquele mundo louco descrito por José Saramago (a quem roubei o título).
Leio, vejo e ouço os mais desvairados comentários sobre o mesmo tema, e temo. Ninguém se entende seja sobre o que for. Há soluções (teóricas?) para tudo, dizem uns. Os problemas que nos afligem não têm solução, avançam outros.
Saímos do euro ou nele devemos manter-nos e a que preço?
Os ministros e deputados da maioria desdizem-se uns aos outros todos os dias.
Vamos tomando conhecimento de que mais uma "medida" vai ser tomada para, no dia seguinte, nos virem dizer: "não, não foi isso que foi dito, é um pouco menos duro". Uf, ainda bem! Se até o banqueiro Ulrich diz que o burro ainda aguenta maior carga e menos feno....
Os 'conselheiros' do FMI "já cá estão!", terá dito, ufano, o grande minorca Marques Mendes, que parece ser a voz do dono em segredos mal guardados. Os partidos da oposição, particularmente o PS, mostram-se espantados e indignados. Portugal já nem é um protectorado, é uma quinta de férias de ricos endinheirados.
O primeiro-ministro torna público que escreveu uma carta a Seguro, a quem nunca deu cavaco sobre o andamento das negociações com a troika, a pedir a sua assinatura num papel em branco, o que este recusa timidamente, género "agarrem-me se não bato-lhe".
Vasco Lourenço fala em guerra na Europa.
O Cardeal Policarpo confirma a sua opinião de que "isto" não vai lá com manifestações de rua. Talvez uma procissão ou uma missa resolvam os problemas. Os fieis decidirão de acordo com a prédica.
O CDS-Madeira vota contra o OE e o paulinho das feiras, que não queria este OE, afirma que os estatutos do partido são para cumprir por todos os militantes.
Cavaco Silva, desaparecido em combate (*) (ordens da Merkel?) bem poderia demitir o governo Gaspar-Relvas-Passos (por esta ordem), dissolver a AR e entregar o País a quem a troika entendesse. No mínimo, poupam-se uns bons milhões de euros.
Entretanto, a Merkel diz, ao deitar, em voz baixa, com um olho no tecto e outro no mapa na parede do seu quarto: "Adolfo, vês como se conquista a Europa? Eras um amador".
(*) Mentira, já que um dia destes entregou uma comenda a um actor.
Leio, vejo e ouço os mais desvairados comentários sobre o mesmo tema, e temo. Ninguém se entende seja sobre o que for. Há soluções (teóricas?) para tudo, dizem uns. Os problemas que nos afligem não têm solução, avançam outros.
Saímos do euro ou nele devemos manter-nos e a que preço?
Os ministros e deputados da maioria desdizem-se uns aos outros todos os dias.
Vamos tomando conhecimento de que mais uma "medida" vai ser tomada para, no dia seguinte, nos virem dizer: "não, não foi isso que foi dito, é um pouco menos duro". Uf, ainda bem! Se até o banqueiro Ulrich diz que o burro ainda aguenta maior carga e menos feno....
Os 'conselheiros' do FMI "já cá estão!", terá dito, ufano, o grande minorca Marques Mendes, que parece ser a voz do dono em segredos mal guardados. Os partidos da oposição, particularmente o PS, mostram-se espantados e indignados. Portugal já nem é um protectorado, é uma quinta de férias de ricos endinheirados.
O primeiro-ministro torna público que escreveu uma carta a Seguro, a quem nunca deu cavaco sobre o andamento das negociações com a troika, a pedir a sua assinatura num papel em branco, o que este recusa timidamente, género "agarrem-me se não bato-lhe".
Vasco Lourenço fala em guerra na Europa.
O Cardeal Policarpo confirma a sua opinião de que "isto" não vai lá com manifestações de rua. Talvez uma procissão ou uma missa resolvam os problemas. Os fieis decidirão de acordo com a prédica.
O CDS-Madeira vota contra o OE e o paulinho das feiras, que não queria este OE, afirma que os estatutos do partido são para cumprir por todos os militantes.
Cavaco Silva, desaparecido em combate (*) (ordens da Merkel?) bem poderia demitir o governo Gaspar-Relvas-Passos (por esta ordem), dissolver a AR e entregar o País a quem a troika entendesse. No mínimo, poupam-se uns bons milhões de euros.
Entretanto, a Merkel diz, ao deitar, em voz baixa, com um olho no tecto e outro no mapa na parede do seu quarto: "Adolfo, vês como se conquista a Europa? Eras um amador".
(*) Mentira, já que um dia destes entregou uma comenda a um actor.
Um Governo que não respeita a memória
Portugal
é, sem dúvida, um Estado laico. Mas desde há muitos anos que muitos
portugueses, crentes e não crentes, aproveitam o Feriado de 1 de Novembro – dia
de Todos os Santos - para lembrarem os seus entes queridos que já morreram. E, por
isso, neste dia os cemitérios enchem-se de pessoas que vão prestar uma pequena
homenagem àqueles que não esquecem, pois estão eternizados na sua memória.
Desgraçadamente,
este governo dos talibãs da irmandade do Gaspassos não respeita a memória e, para fazerem a vontade à Sra Merkel e aos
funcionários de 5ª. categoria da Troika, como alguém já lhes chamou, resolveu
cortar aos feriados e, de entre eles, o do Dia de Todos os Santos. Será que os
tipos pesam que esta medida ridícula vai
contribuir para o crescimento económico? Se calhar, pensam. Coitados!
Procura-se
PROCURA-SE
Há
um descontentamento latente entre os portugueses; há cada vez mais portugueses
descontentes a protestar nas ruas; há Conselheiros de Estado, de todos os
quadrantes, a criticar as medidas de austeridade que nos são impostas pelo
Governo e que qualificam a proposta de Orçamento com os mais violentos
adjectivos; e…, onde está o Presidente, que ninguém o vê ou o ouve? É que já
nem no Facebook. Procura-se!
O desgraçado Orçamento
Com
os votos da maioria (menos um deputado) foi ontem aprovada, na globalidade, a
desgraçada proposta do Orçamento do Estado para 2013. E o meu adjectivo de desgraçada
é bem mais suave do que outros que já a qualificaram, muitos dos quais ocuparam
cargos preponderantes nos partidos da maioria e em governos anteriores apoiados
pela mesma. E se é verdade que os deputados, em matérias essenciais, estão
obrigados à disciplina partidária, também o é que não devem, mesmo nessas
matérias, violentarem a sua consciência. Ora, vimos, ouvimos e apercebemo-nos
que muitos deputados em muito pouco estavam de acordo com os princípios deste
orçamento e alguns mostraram-no, por assim dizer, publicamente. E não foram só
deputados do CDS. Por exemplo: Miguel Frasquilho, que já foi Secretário de Estado
num governo de coligação PPD/CDS, fartou-se de mostrar o seu descontentamento.
Poderá dizer que votou a aprovação por disciplina partidária, mas não me consta
que tenha feito declaração de voto esclarecendo que só por isso (disciplina
partidária) o fez. Mas muito pior do que ele foi aquela cambada de deputados do
CDS, incluindo também na cambada o malabarista do seu líder – Paulo Portas. Até
parecia que tinham sido os mentores do orçamento. Que regozijo o deles!
Provavelmente já fazem parte do grupo de talibãs da irmandade do “Gaspassos”
(do Gaspar mais o Passos). Que coerência a destes sacripantas!
Mas
é justo salientar a atitude do deputado Rui Barreto do CDS – Madeira que, mesmo
com a ameaça de expulsão do partido, votou contra a orientação pantomineira do
partido e do seu líder Portas.
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