A propósito do meu "post" do dia 16, com o título "Torna-se patético", recebi um comentário de Luís Maia, que agradeço. É para mim muito gratificante saber que sou lido.
Ao referir no seu comentário:" O seu partido está cheio de ... , olhe que até o seu líder foi ex-PSD...", concluo que Luís Maia acha que sou militante do PS. Esclareço, que não sou nem nunca fui militante de qualquer partido, muito embora seja verdade que as minhas opções políticas sejam, quase sempre, muito próximas das posições do PS.
Quero também referir que no PS sempre houve divergências e até desavenças já que, sendo um partido plural com infinita liberdade de opinião (e até direito de tendência), há pontos de vista diferentes e formas de agir diferentes na acção política. Mas sempre, sempre, tendo em conta o lema que mais me cativou: "Socialismo em Liberdade". E, evidentemente, adaptando-se às circunstâncias de cada momento. Não é retrógrado nem reaccionário. Ah! E a democracia interna funciona na plenitude. Todos obedecem às decisões dos seus órgãos directivos, até o líder. Aqui há uns anos os órgãos dirigentes do partido apoiaram a recandidatura de Eanes. Mário Soares seu líder de então, com um carisma dentro do partido, talvez só comparável ao de Sá Carneiro no PSD, não concordou. Mas aceitou a decisão, suspendeu as suas funções de líder durante a campanha, e ... calou-se.
E no Bloco de Esquerda? Bem, no BE a Mesa Nacional - órgão máximo do partido entre convenções, delibera contra a apresentação de uma moção de censura. Mas o seu líder arma-se em chefe (para não dizer em caudilho), manda às urtigas a democracia interna e anuncia na Assembleia da República a apresentação de uma moção de censura. Este cenário é muito mais, até, que um grave sinal de desavença. No BE a democracia está doente!