domingo, 28 de abril de 2013

É preciso saber a verdade


Ouvi hoje na TSF um pequeno excerto da entrevista dada pelo ministro Álvaro Santos Pereira ao programa daquela estação de rádio “Gente que Conta”. A determinada altura abordam um tema à volta de lobbies que tenha enfrentado. Então, o ministro da Economia revela que quando o seu ex-Secretário de Estado da Energia Henrique Gomes saiu do Governo, houve empresários que festejaram esta saída abrindo garrafas de champanhe.
Ora, na altura falou-se que a saída de Henrique Gomes, pelo seu pé, mas forçado, tinha sido praticamente uma exigência de António Mexia da EDP a Pedro Passos Coelho. Sabia-se que aquele ex-membro do Governo queria baixar as rendas excessivas da EDP e, com isso, poupar dinheiro ao Estado. Mas…, há sempre um mas. Para baixar as rendas fazia baixar os lucros da EDP e, baixando os lucros daquela energética, baixavam as gratificações milionárias de Mexia & Companhia!
Agora que Álvaro Santos Pereira admitiu publicamente que aquela demissão contentou lobbies da energia, é bom que sejam pedidas explicações por quem de direito (por favor; não metam nisto o Presidente da República; só atrapalha) e, porque não, se investiguem os factos. Por muito menos, em países civilizados, caíram governos. Mas, por tudo o que nos está a acontecer, podemos questionar: seremos um país civilizado? 

sábado, 27 de abril de 2013

Até quando teremos de os aturar?


Há notícias que nos dão a conhecer que no último Conselho de Ministros houve sarrafusca entre alguns ministros. Como sempre, na origem das discussões e das desavenças esteve o ministro das Finanças, melhor dizendo, o primeiro-ministro de facto. Gaspar, cuja última sílaba do nome rima com a de Salazar, pensa muitas vezes que, tal como o velho ditador de Santa Comba, é senhor absoluto e que não precisa do acordo dos outros para levar avante as políticas que quer impor aos portugueses. Desta vez enganou-se. Alguns ministros mostraram o seu descontentamento com as suas propostas, entre eles Paulo Portas, que ameaçou sair do Governo. E se Portas sair do Governo: Pum! O Governo cai.
Então estes tipos andam a mandar “cartinhas” ao PS a pedir consenso e, desculpem-me a expressão, andam aos coices no Conselho de Ministros?
E que diz disto o Padrinho Cavaco? Lá vai ter que chamar a Belém o “chefe de turma e o subchefe”, apertar-lhes as orelhas e depois anunciar à cidade e ao mundo que são bons rapazes e têm condições para continuarem a (des)governar. Até quando teremos de os aturar? 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Uma vergonha!


Infelizmente, já se espera tudo desta gente que nos governa.
Há quanto tempo se sabe que se inicia hoje um Congresso do PS, e que o seu líder vai fazer o discurso de abertura às vinte horas, discurso esse que naturalmente terá enorme cobertura da Comunicação Social, atendendo às circunstâncias políticas actuais?
Pois bem, o Governo resolveu marcar para a mesma hora uma conferência de imprensa para divulgar os resultados da negociação dos bancos sobre “swaps”. Isto, meus amigos…, é uma atitude vergonhosa, própria de gente patife.

XIX Congresso Nacional do Partido Socialista


Começa hoje em Vila da Feira o XIX Congresso Nacional do Partido Socialista. Após alguma clarificação ocorrida em Fevereiro e depois da eleição directa do líder por esmagadora maioria, está na hora de o PS falar mais para fora. Muitos portugueses esperam que desta reunião magna dos socialistas saia um programa alternativo de governo que ponha fim à maldita crise que está a empobrecer o país e os portugueses, sem pôr em causa o cumprimento das obrigações assumidas aquando da assinatura do memorando, tal como foi acordado inicialmente.
Por outro lado, espero que o PS saia unido, sem perder o seu pluralismo de opiniões, no sentido de combater esta Direita ultra liberal que ocupa o poder em Portugal, agora vergonhosamente comandada por Cavaco Silva a partir da Presidência da República. 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Só neste país!


Ouço, e depois leio, e fico estupefacto: Isaltino Morais vai continuar a gerir a Câmara de Oeiras na cadeia! Só faltava uma destas. O Gabinete do Presidente da Câmara ser transferido para a cela do xilindró. Ah, estou a ver coitada da secretária do dito a ouvir as bocas dos outros presos, quando for a despacho. Só neste país!

Tal como o cata-vento, Cavaco Silva também muda!


O cata-vento muda conforme o vento; Cavaco Silva muda de opinião conforme as circunstâncias.
-  O Governo é do PS? Então : Há limites para os sacrifícios. Não mais austeridade.
- O Governo é da Direita Radical? Então: Não há limites para os sacrifícios. A austeridade é um mal necessário.
É esta a coerência do Presidente!

Têm medo do Povo?


Era costume estarem abertos ao público os jardins de São Bento e de Belém, mas este ano, não. Estão Fechados. Pergunto: Porquê, têm medo do Povo? 

Há dinheiro nos Bancos; disse Cavaco!


No discurso que proferiu hoje na Assembleia da República, na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, Cavaco Silva deu ênfase à solidez que os Bancos agora têm, referindo que os diferentes rácios assim o demonstram. Ao ouvir esta profissão de fé de Cavaco, exclamei: pois têm, têm; à minha custa e à custa de muitos portugueses (alguns dos quais a passar fome),  que vemos diminuídas as nossas pensões de reforma, aumentados os impostos, as taxas moderadoras, os transportes, a água, a luz, etc, etc. E para quê? Espero que não seja para que outros reformados, cujo valor das reformas se escreve com dois dígitos nos milhares (mas que não lhes chega para as despesas(?!)), possam valorizar em pouco tempo, para o dobro, as suas aplicações bancárias como outros, há alguns anos, valorizaram as suas no defunto BPN de má memória. 

O Presidente de alguns portugueses




Cavaco Silva é cada vez mais o Presidente de alguns portugueses e não de todos, como deve ser o apanágio de um Chefe de Estado, sobretudo em tempos de crise social como o é a situação que neste momento vivemos. Em todos os países Democráticos do chamado mundo civilizado, o Chefe de Estado, com as suas atitudes e sobretudo com a sua palavra, deve unir ou procurar unir os seus cidadãos e não dividi-los.
 Ora, com o seu discurso de hoje na Assembleia, Cavaco Silva veio dividir ainda mais os portugueses, pondo-se ao lado das políticas de austeridade que estamos a viver e mostrando-se um verdadeiro defensor da “inevitabilidade das mesmas”. Como já ouvi, Cavaco fez um discurso de facção e mais parecia discursar em nome da Presidência da República e do Governo – uma espécie de dois em um.
E, já agora, faço uma pergunta em jeito de recado para quem por vezes o critica por estar calado: Querem que ele fale das coisas, para quê? Só se gostam de ouvir dizer asneiras ou a mostrar a sua insensibilidade, e até desprezo, pelos portugueses que sofrem com esta maldita austeridade que lhes é imposta.












                                                                                  



25 de ABRIL SEMPRE

CANÇÕES DE ABRIL


Minutos antes do dia "inicial, inteiro e limpo", segundo Sophia

FLOR DE ABRIL



Hoje menos viçoso do que há 39 anos.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Não há dinheiro "pr'ó Zé". Mas há para os Bancos!


Já ninguém tem dúvidas que o nosso país está a regredir. De tal maneira que, se nada se fizer entretanto no sentido de inverter a situação, não tardará muito e estaremos próximo daquilo que éramos nos piores tempos do Estado Novo. O Rendimento Nacional em vez de aumentar diminui, o rendimento das famílias é cada vez menor e por isso aumentou a pobreza, e a chamada Classe Média está a desaparecer. Mas é sobretudo no Estado Social – Saúde, Educação e Segurança Social - que mais se tem sentido a destruição das principais conquistas da Democracia.
Não há dinheiro, dirão o ministro das Finanças e Medina Carreira. Pois não há, digo eu. E sabem porquê? Porque é preciso gastá-lo a cobrir os buracos do Sistema Financeiro, e mais propriamente os dos Bancos, causados por negócios fraudulentos. Foi assim que gastámos à volta de sete mil milhões no BPN, mil e quinhentos milhões no Banif, mil milhões no BPP, etc. Mas como uma desgraça nunca vem só, soubemos agora que vários Bancos, principalmente estrangeiros, lucraram à volta de três mil milhões de euros com os já famosos Swaps tóxicos que puseram muitas empresas públicas a pagar juros acima dos 20%. Como é possível? Ah, e não é que alguns dos responsáveis por estes negócios ruinosos para o Estado e óptimos para os Bancos eram, e parece que alguns ainda são, membros do nosso desgraçado Governo?
 Conclusão: Não há dinheiro para melhorar a vida dos cidadãos. Bem pelo contrário, é preciso piorar-lha. Mas há dinheiro para os Bancos. “PAGA ZÉ”! Até quando?

PODE LÁ SER!...

Ouço e leio que Isaltino Morais foi detido. Só pode ser engano e o 1.º de Abril já foi há semanas.
O seu (dele) sobrinho da Suíça já tem conhecimento da ousadia de quem o mandou deter? Lá vamos ter que pagar mais uma indemnização por perdas e danos morais ao Morais. E estas coisas também não poderiam ocorrer na véspera do vinte e cinco barra quatro! A democracia não foi instaurada para estes atropelos à justiça, porra! Ninguém vem para a rua protestar? E charutos, o homem tem consigo? Ou, sei lá!, se calhar é proibido charutar no local em que encontra. Não pode ser.

BOLAS À TRAVE

Frau Merkel deve estar inchada e sentir-se cheia de razão: os seus tanks levaram a melhor, com abadas das antigas, à artilharia espanhola, leve e preguiçosa que é, como é por demais sabido.

SUBSÍDIOS E OPORTUNIDADES

Já estão à venda as grelhas para conferir as datas, e em que montantes, em que são recebidos os subsídios de férias e de Natal, ou vice-versa, para activos (com ou sem prazo), pensionistas e reformados, seja da CGA quer seja da CNP, com os respectivos escalões? Ainda não? Aqui está uma boa oportunidade de negócio. Talvez o Miguel das pipocas, descoberto no youtube pelo Miguel do equiparado canudo, queira pegar na coisa, salvo seja, registando a patente, como é óbvio.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

BOLAS À TRAVE E FOLHAS DE CÁLCULO

Ao que li e ouvi, o Benfica deveria ter perdido ontem, contra o Sporting, por três a zero, e ter acabado o  jogo com nove jogadores em campo. Também ouvi dizer que o árbitro do encontro vai ter um futuro muito feliz. Ainda bem, até porque os tempos não vão de feição, mesmo para os árbitros de futebol, coisa que noutros tempos (qunado havia apitos de oiro) era mais habitual. Que haja alguém com esperança de uma vida melhor, coisa que vai rareando neste tristonho país, é o que se deseja.
O que vai valendo é que o Durão Barroso descobriu agora, embora um pouco tardiamente, que a receita da Merkel, elaborada com perfeição e esmero pelo Gaspar na sua folha de cálculo, não está a dar os resultados previstos. Nunca é tarde para ousar mudar! Isto, claro, se restar alguém para aproveitar a mudança.

SURPRESAS?

Ops, uma mulher na secretaria da Defesa! Nada de novo; a Espanha teve uma ministra da dita Defesa, e bem grávida, tal como a "nossa" da Alface, da Taínha, dos Pardais e de outros Peixes Mamíferos. Só que a Berta não gostava de ver o chefe nem pintado e não queria ser com ele confundida! Mas, já que as Lages vão fechar para obras, não há drones dos EUA a transportar prisioneiros (gaita, os drones não transportam pessoas; adiante...) e o tempo tudo cura.... E, em primeiro lugar está a defesa da Pátria, né? (Como dizia o outro, eu gosto muito da Pátria, lugar onde nunca, ele, o outro, já mais soubera ter estado).

Nos Estangeiros, um jornalista, coisa comum por esse mundo fora. Incomum, é ser originário do Diário de Notícias, que só havia produzido, até hoje, assessores vários. O Paulinho foi ouvido, ou impingiram-lhe, à sorrelfa, o sujeito?

Nota: Para os efeitos tidos por convenientes, informo que vou estar ausente por uns tempos e que  perdi a minha Sheaffers e até a minha Bic, escrita normal. Também estou ligeiramente afónico, pelo que não poderei fazer qualquer juramento, válido, de cumprir não sei bem o quê, mas que é imperioso. Não contem, pois, comigo.

REMODELAÇÕES

Digam-me, por favor: para a semana haverá tomada de posse de mais alguns secretários de Estado? É que eu pensava estar fora, mas não queria perder a cerimónia, momento sempre histórico. E não dão descanso ao venerando, cansado que deve estar, quanto mais não seja, pelo jet lag?

sábado, 20 de abril de 2013

MÚSICAS



Lembra-se desta, "O Moendo Café"?

A CARTA, SEGUNDO SILVA PEREIRA

"• Pedro Silva Pereira, Leram a carta?:


'Vale a pena ler a carta que o primeiro-ministro endereçou ao secretário-geral do PS propondo uma reunião para discutir a “preservação” (!) do “consenso nacional” (?!) no cumprimento do Programa de Assistência Financeira. A leitura não deixa dúvidas: se Passos Coelho quisesse mesmo reconstruir um consenso não escreveria uma carta daquelas.



Logo a abrir, o primeiro-ministro começa por dizer que o Memorando de Entendimento foi apenas "apoiado" pelos partidos da actual maioria enquanto foi "negociado" e "subscrito" pelo Governo do Partido Socialista - uma óbvia inverdade histórica, visto que o representante do PSD nas negociações, Eduardo Catroga, se gabou publicamente não apenas de ter "influenciado" o acordo mas também de ter sido o PSD a propor a estratégia de consolidação orçamental consagrada no Memorando e de ter "convencido" a ‘troika' a incluir diversas medidas, incluindo a TSU.



De seguida, acreditem ou não, Passos Coelho escreve que o consenso "sempre orientou" o cumprimento das obrigações externas de Portugal - outra escusada falsidade: toda a gente sabe que o Governo optou por marginalizar ostensivamente o PS e os parceiros sociais em todas as sete revisões do Memorando. Depois, sabendo que o PS subscreveu um pedido de fiscalização da constitucionalidade do Orçamento, o primeiro-ministro tem a feliz ideia de dedicar um parágrafo inteirinho a acusar o Tribunal Constitucional de ter "limitado" os instrumentos disponíveis para o cumprimento do Programa (repare-se: não é a Constituição que limita, é o Tribunal Constitucional...) e também de ter introduzido um "elevado grau de incerteza" quanto às "possibilidades constitucionais de cumprimento" das obrigações assumidas para a estratégia orçamental de médio prazo (leia-se: de cumprimento do Tratado Orçamental).



É com este enquadramento, todo ele cheio de tacto político, que o primeiro-ministro diz ser imperioso "explorar rapidamente novas soluções de política", o que reclama um "diálogo" e um "entendimento" quanto às medidas que devem ser adoptadas, sob pena de incumprimento das obrigações externas e de falhanço no objectivo de regresso aos mercados.



A carta, porém, não fica por aqui. Relido o texto, Passos Coelho terá julgado, certamente, que ele se podia prestar a interpretações abusivas. De facto, estando escrito que é imperioso explorar "novas soluções de política" poderia dar-se o caso de alguém pensar que ele e Vítor Gaspar estariam disponíveis para considerar, por exemplo, "novas soluções de política". Para eliminar as dúvidas, o primeiro-ministro acrescentou então o seguinte: "deve ser tido em conta que a nossa margem para negociar com os parceiros europeus e internacionais uma flexibilização adicional dos actuais limites dos défices orçamentais inscritos no nosso Programa de Assistência não é viável". Ou seja: na mesma carta em que convidou o secretário-geral do PS para dialogar, o primeiro-ministro tratou de excluir à partida, por escrito, aquela que sabia ser a proposta principal do Partido Socialista!



Com os termos desta carta, Passos Coelho insiste na mesma lógica que levou ao desperdício das condições excepcionais de consenso político. E a lógica é esta: marginalizar o PS quando se trata de decidir as opções estratégicas com a ‘troika' e notificá-lo depois, nos momentos de apuro, para caucionar ou pontualmente concertar as medidas de execução da estratégia orçamental que foi decidida à sua revelia - e que ainda por cima está errada e não funciona. É óbvio que nada disto é para levar a sério.



Ao que parece, o Governo descobriu agora que são precisos três para dançar o Tango. Lá saberá porquê. Mas é preciso lembrar que o Tango é apenas um "género" de música - tangos, propriamente ditos, há muitos. E o Partido Socialista não pode estar disponível para dançar seja qual for a música.'"   Gamado à Câmara Corporativa  

sexta-feira, 19 de abril de 2013

VOCÊ SABE O QUE É UM DILEMA?

Um amigo conversa com outro:


- Diz-me lá, o que é, verdadeiramente, um dilema?

Ao que o outro lhe responde:

- Bem, não há nada como um exemplo para melhor perceberes. Imagina que estás deitado numa cama grande com uma gaja muito boa, toda nua, de um lado e, do outro, um maricão também todo nu. A quem é que voltavas as costas?

Eis o que é, em boa verdade, um dilema!

(recebida por email)

Ele há coisas do caraças!  E você, fazia o quê?, me diga.




PARA VARIAR, MÚSICA


A 5.ª de Beethoven, com direcção de Leonard Bernstein

TOME NOTA

Como aqui já disse, o subsídio de Natal transmutou-se em subsidio de férias, e inversamente (confuso?!). Entáo, lá para Novembro, o subsídio a que, neste momento é suposto vir a ter direito, vai ser "arredondado" para baixo, "derivado" (como dizem alguns) a não ser alterada a tabela de retenção do IRS. Se já afiava o dente a um peru, fique-se por um capão, o que já não é mau. Isto se, até lá, o Gaspar não decidir que lhe (a si) basta um frango de aviário. Fiquem atentos ao tamanho das suas olheiras.
O Cavaco é que está com sorte, já que pode prevenir-se dizendo à dona Maria para meter na mala de mão um Peru, onde agora se encontra. E os perus do Peru até devem ser de melhor qualidade do que os dos aviários nacionais, digo eu, sem desprimor.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Estamos entregues aos bichos!


Muitas expectativas se criaram sobre quais seriam as medidas aprovadas pelo Conselho de Ministros para compensarem, em termos orçamentais, o valor correspondente aos artigos anticonstitucionais que este triste Governo incluiu no Orçamento do Estado e que foram reprovados pelo Tribunal Constitucional. Chegou ao cúmulo de encenar, dizem que por ordem da Troika, que estava disposto a chegar a um consenso com o PS. Para isso o primeiro-ministro até escreveu uma carta a António José Seguro, convocando-o para uma reunião urgente – a poucas horas da realização do Conselho.
Pois bem, ao fim de onze horas e já madrugada dentro, o Governo fez saber que daria as conclusões das decisões tomadas às nove horas de hoje – dia seguinte à reunião. E deu. Realizou-se uma conferência de imprensa e ficámos a saber que: vai haver cortes nas despesas de todos os ministérios no valor de oitocentos milhões de euros, sem se saber concretamente aonde; as despesas com as parcerias público-privadas vão baixar em cinquenta milhões de euros, nem que para isso seja criada uma taxa sobre elas; vai ser feita uma “finta” para, ao arrepio da decisão do TC, taxarem os subsídios de doença e de desemprego, a partir de determinado montante; e, para lá de outras promessas menores, a grande medida é: onde agora se lê “subsídio de natal”(os famosos duodécimos) vai passar a ler-se “subsídio de férias e vice versa. O resto, fica para as calendas! Ah…, já não vai haver reprivatização dos estaleiros de Viana do Castelo!
E agora pergunta-se: onze horas para isto? Estiveram a “jogar à sueca” ou à “bisca lambida? Perante esta grandiosa encenação, o que fez o Chefe de Estado?... Nada, como sempre.
Estamos entregues aos bichos!

SARAMAGO?, NÃO CONHEÇO

Parece que a cavacal figura, em viagem pela Colômbia, continua a abominar o Nobel da Literatura José Saramago. Prefere (?) citar e invocar Pessoa (de quem terá ouvido falar num qualquer colóquio em teve que estar presente) e cujos heterónimos deve ignorar.

CADÊ OS OUTROS?

Suspensos quatro administradores do Barclays Portugal


Esta suspensão aconteceu após uma denúncia vinda da casa mãe desta instituição bancária inglesa, que deu origem a uma investigação por parte da Autoridade da Concorrência.

Quatro administradores do Barclays Portugal foram suspensos por causa de más práticas relacionadas com um alegado cartel na banca portuguesa, confirmou fonte oficial do banco.



Citada pelo Diário Económico, esta fonte confirmou que esta decisão foi comunicada esta quinta-feira aos trabalhadores, tendo sido definida uma equipa interina que vai ficar a gerir a operação nacional do banco Barclays.



Esta suspensão aconteceu após uma denúncia vinda da casa mãe desta instituição bancária inglesa, que deu origem a uma investigação por parte da Autoridade da Concorrência sobre uma alegada cartelização na banca nacional de forma a limitar a concorrência no sistema financeiro.

TSF on line

E então a coisa só diz respeito ao Barclays?




TOME NOTA

Tome a devida nota: aquilo que vem recebendo como "duodécimo de subsídio de Natal" passará a ser "duodécimo de subsídio de férias".
A publicar, oportunamente, no Diário da República, isto se até lá não se registar qualquer outra alteração digna de registo.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

É UM FARTOTE

A ex-secretária de Estado das Autarquias Locais Ana Rita Barosa assinou despachos de nomeação do seu gabinete apenas na véspera da demissão de Relvas.


São publicados hoje em Diário da República seis despachos de nomeação para o gabinete da anterior secretária de Estado das Autarquias Locais, Ana Rita Barosa, assinados pela própria na véspera de o ministro da pasta Miguel Relvas se demitir do Governo.

Ana Rita Barosa esteve apenas dois meses no cargo, em sustituição de Paulo Júlio, mas esperou pela véspera da demissão de Relvas - 3 de Abril, para assinar os despachos em que nomeou Rita Chaves, José Charneira, Maria da Conceição Maçanita, João Miguel Belo, Laurinda dos Reis e Jorge Gaspar, para os cargos que já exerciam com o anterior secretário de Estado.

Os despachos hoje publicados em Diário da República, vários depois depois da secretária de Estado já ter sido exonerada e sem que seja ainda conhecido o seu substituto, deviam também ser publicitados na página electrónica do Governo, mas neste momento não existe qualquer entrada na página para as nomeações feitas pelo ministério de Miguel Relvas.

O Diário de Notícias denuncia hoje que essas nomeações foram "apagadas" do portal do Governo e que "não há qualquer link à vista".

Diário Económico


É um fartar, vilanagem. Tratar-se-á do famoso corte das gorduras? A Merkel e os troicas saberão destes pormenores da acção governativa do Gaspar, digo, do Passos? E o venerando, já comentou? Que diz ele da rapaziada sua amiga?





terça-feira, 16 de abril de 2013

A CARTA

A troika (a mando da Merkel ?) disse ao Gaspar que o melhor era o Passos mandar uma carta ao Seguro para ver se seguravam esta merda em que nos meteram. E o P. Coelho, embora contrafeito (ou pelo contrário, já que não sabe como sair da toca?), lá escreveu (limitou-se a assinar!) a carta. E o Seguro vai  ficar com a batata quente nas mãos ou remete-a para a Colômbia, onde se encontra o primeiro responsável e avalista da (des)governação que nos coube em sorteio?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Uma vergonha


Uma vergonha, é o que se pode dizer do vídeo que corre na Internet, em que se veem dois jornalistas e/ou comentadores irlandeses a criticarem a actuação de Victor Gaspar, enquanto ministro das Finanças de Portugal, perante a Troika. Dizem aqueles dois irlandeses que Victor Gaspar mais parece defender os interesses da dita Troika do que os interesses de Portugal e, por arrastamento, os da Irlanda. Isto é realmente uma vergonha! E Cavaco, o que diz? Como sempre, diz… nada. Não podemos esquecer que o venerando é um entusiasta deste Governo, o qual tem a sua bênção.                                                                                                                      

CRÓNICAS DO ZÉ GIL

Aí vai mais uma estória, ou crónica, do Amigo Zé Gil


ECOS de PÁSCOA


Gil Monteiro*



Os tempos de Páscoa e Pascoela passados avivaram sonhos e realidades. Este ano, foram mais fortes e fizeram refletir. Antes da chegada da alegria, no dia de Aleluia, os dias da Semana Santa foram vividos em Paranhos, na cidade do Porto, e não deixaram de lembrar os cavos córios, regados avinho do Porto, nas festividades dos Lázaros da rua dos Ferreiros de Vila Real ou o benzer dos ramos, pelo Sr. Prior, na igreja de São Martinho ou, ainda, os Compassos nas quintas do Douro (Miguel Torga diria Doiro), na segunda-feira de Páscoa.

Poder receber o cortejo da visita do Senhor Crucificado, em apartamento citadino, tem os seus quês. Foi preciso informar os condóminos, acertar a hora do acontecimento, e enfeitar a entrada do prédio, senha da passagem do Cortejo, no domingo de Pascoela. Felizmente, os verdes do átrio tinham raminhos de alecrim e oliveira, oferecidos por um vizinho, regressado da Régua! Algum alecrim, parte da novidade comovida, foi retido numa jarra!

Não vendo a caldeirinha da água benta, nem ouvindo o som da campainha, senti que o tempo tinha voado para outra galáxia! O beijar da Cruz, limpa por paninho embebido em álcool, de pessoa para pessoa, pelos moradores, congregados no átrio, lembrou o Sr. Prior a dar a Bênção ao Povo de Roalde, já lusco-fusco do Domingo de Páscoa, na varanda granítica da Casa do Peitoril, e, enquanto os crentes regressavam às casas, o santo sacerdote montava a égua a caminho da Queda, ao encontro das casas dos moleiros!

A Páscoa comemora a ressurreição de Cristo. Era o tempo da libertação. O pavor da Semana Santa: com as imagens dos santos tapadas a panos pretos ou roxos, não se podia falar alto, nem as meninas faziam tranças novas, muito menos serem catadas dos piolhos (os inseticidas ainda não tinham chegado ao lugar!); a Mãe, livre da compra das bulas, a cumprir o jejum e abstinência, e mais...; até os bois não iam ao pasto! Só o toque da sineta à Aleluia podia desobrigar!

A vinda do tempo pascal era a revolução nas limpezas gerais da aldeia: as casas eram esfregadas, os caniços e os varais do fumeiro retirados, o forno preparado para cozer o pão e bolas, as roupas iam para a fonte da Tenaria lavar, algumas depois da barrela (!), os colchões das camas, de linho cru, eram lavados e recebiam novo folhelho das espigas de milho... As ruas eram “pavimentadas” a mato rasteiro, roçado nos montes dos donos das testadas das casas.

Nos campos, começavam as vessadas, principiando pelas leiras das encostas, menos encharcadas, e, importante, o fazer a horta, a fim de prover os legumes do ano.

Quando a sineta da capela anunciava a Aleluia, podia ser ouvida a Recoquinha dizer:

– Ó António!? Vai meter as abóboras (pevides ou sementes), à horta, está a está a badalar a sineta!

O Tó aproveitava para meter, na terra fofa e preparada, as sementes das suas cabaceiras. Ninguém as tinha como ele! Vi-as crescer enroladas nas estacas. Quando via as suas cabaças, portadoras de vinho, sorria de orgulho – eram coisas suas!

A Páscoa é a reunião das famílias em festa e nas cerimónias litúrgicas, vividas com muita intensidade. Foi nas Endoenças de São Martinho que apanhei um valente susto:

Recordo, que dormia no colo da Mãe e ser despertado por gritos aflitivos... – Era o encontro de Nossa Senhora com o Filho, carregando a Cruz!







Porto, 10 de abril de 2013



*José Gil Correia Monteiro

Jose.gcmonteiro@gmail.com

SEGREDOS

Mas, então, onde estava ou por andava o Paulo Portas, no sábado passado, quando o venerando PR substituia o dr. Relvas, em Belém?
Ele, Portas, disse que o subchefe do governo, Passos, sabia da coisa, mas nós continuamos sem saber. Ter-se-á perdido numa qualquer noitada e acordou tarde? Estava em retiro? Não gosta das barbas do Maduro, o Poiares, está bom de ver, que não do outro, o sul-americano? Segredos, ou mistérios dos crentes.

MÁS NOTÍCIAS (2)

Más notícias para o país. Miguel Relvas renunciou ao mandato de deputado! Como é que nos vamos divertir sem mensagens no correio electrónico sem o Relvas? Ele não podia fazer-nos uma coisa destas! No mínimo, que ande por aí.

MÁS NOTÍCIAS

Más notícias para o PSD. Menezes, tal como Seara em Lisboa, não pode candidatar-se à Camara Municipal do Porto, decretou o tribunal. Vai haver recurso, como é óbvio, e lá para Novembro saberemos. Ou será antes? A ver vamos, como dizia o outro.

domingo, 14 de abril de 2013

POEMAS DO ZÉ GIL

Aí vai mais um poeminha do Zé Gil


ORVALHO




O orvalho dos teus olhos faz sonhar

Tanto provoca o sorriso como dá para chorar!

Observar humor aquoso tão lindo

Lembra gotinhas de baile findo.

Verão, noite quente, orvalho formado.

Manhãs frescas de milho crescido

Passar entre as folhas é ficar molhado

Procurar o amor é recado dado!

A gazela correr saltando no deserto

Deslumbra o olhar e o pensamento

Mas, são as gotas de orvalho bebidas

A permitir ao antílope o movimento!

Nas noitadas de São João do Porto,

Havia o gozo das rusgas e das orvalhadas

Os ardores amorosos acabavam

Raiando o dia, e ruas lavadas!





Porto, 20/3/13

José Gil

jose.gcmonteiro@gmail.com

sábado, 13 de abril de 2013

RELVAS, O MAL AMADO

Dou a mão à palmatória. Tenho que reconhecer que Miguel Relvas era, afinal, um valor acrescido no governo de Passos Coelho. A sua saída do executivo implicou a nomeação de dois ministros e não sei quantos secrtetários de Estado. Volta Relvas, estás perdoado,  mesmo com a estória da licenciatura ad hoc, que não será, suspeito, a única neste país.

QUEM DISSE?


"É na Bacia do Atlântico que se concentra o nosso maior potencial competitivo: pela localização geográfica, concentração de países lusófonos, maior presença das comunidades portuguesas e algumas das nossas principais parcerias estratégicas."

Expresso
Adivinhem quem disse. 
Pois foi, nem mais nem menos, o venerando Chefe de Estado que, enquanto primeiro-ministro, mandou às malvas tudo o que cheirasse a "negócios do mar e da lavoura".
Tal como a minha, a memória de Cavaco já teve melhores dias.




ANTUNES FERREIRA

Há dias publiquei um post, com o título de 'Adivinha', em que mostrava a foto de um sujeito mal encarado e onde pedia que o identificassem. Uma visitante acertou: era, de facto, o Henrique Antunes Ferreira, o tal que tem um blogue que recomendo (passem por lá, que não se arrependem), denominado A Minha Travessa do Ferreira.
Pois, há tempos, o HAF pubicou um post em que havia prémios (coisa que aqui não existe), e não é que eu, o 500, não ganhei 3 lindos postais indianos ( o Henrique tinha andado de férias pela Índia), pintados à mão em folhas (de que árvore não sei), de que aqui dou notícia, e que publicamente agradeço.
Aí vão imagens dos postais.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Que lata!


O infelizmente nosso primeiro-ministro gosta de fazer figuras tristes pensando que está a fazer um figurão.
Hoje, questionado do porquê de ter precisado de tantos dias para substituir no Governo o seu amigo Miguel Relvas, Passos Coelho respondeu… : a culpa foi da decisão do Tribunal Constitucional! E, porquê? Pois bem: Passos Coelho, juntamente com os ministros de Estado, esteve muito ocupado em encontrar medidas alternativas às reprovadas pelo Tribunal para serem apresentadas na reunião do ECOFIN. Este gajo tem cá uma lata! 

O Relvas valia por dois?


Afinal Miguel Relvas era mesmo um tipo importante no Governo. E se calhar por isso, a sua substituição demorou tantos dias! Relvas foi substituído por dois  ministros. É obra. Pelos vistos o Relvas valia por dois.
Provavelmente, atendendo ao perfil dos substitutos, quem vai ficar a perder é o anedotário nacional, e aquelas pessoas que gostam de cantar em grupo a “Grândola Vila Morena”.

Será verdade?




Um ex-assessor do ministro da Economia, naturalmente uma pessoa da confiança dos meandros do governo, veio dizer que o ministro das Finanças Victor Gaspar é um “um psicopata social”. E disse mais: disse que “cada dia que passa mostra que Victor Gaspar é o ministro das Finanças mais arrogante e mais incompetente desde o reinado de D. Maria II”.
Bem, o homem lá sabe do que fala e, tendo em conta toda a arrogante teimosia de Gaspar em prosseguir as mesmas políticas, apesar de ter falhado todos os objectivos, e ainda aquela maneira muito pausada mas sarcástica e arrogante como fala no Parlamento e nas conferências de Imprensa, não me custa nada a acreditar que o ex-assessor do Governo esteja mesmo a falar verdade. Que desgraça a nossa!  

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O despacho


O Despacho de Victor Gaspar está a indignar uma larguíssima maioria de cidadãos, muitos deles destacados militantes do PPD que já foram figuras proeminentes do partido, como José Pacheco Pereira que ontem no programa “Quadratura do Círculo” da SIC Notícias se fartou de criticar a medida. Mais, Pacheco Pereira acusou o Governo se assumir uma atitude revanchista depois da decisão do Tribunal Constitucional e de ter entrado numa guerra institucional dentro do Estado, pelo que há motivo forte para que o Presidente da República dissolva o Parlamento. E, já agora: o que diz o Venerando inquilino do Palácio de Belém? Como sempre Cavaco Silva assobia para o tecto e depois dirá que está “trabalhar na sombra”.
Bom, mas para lá de paralisar a Administração Pública, o absurdo Despacho do Gaspar é uma enorme prova de desconfiança e uma quase humilhação para os outros ministros. Agora pergunta-se: e eles aceitam? Pelos vistos aceitam. Já não há no governo pessoas com carácter. O que é preciso é não perder o cargo (ou o tacho?). Que o diga Portas!

O PSEUDO BURACO

Anda o governo a alvoroçar o país e a "Europa" por causa do "buraco" de 1300 milhões de euros gerado pelo TC, para o qual Gaspar não tinha plano B, o que demonstra à saciedade a sua incompetência (ou será  a desculpa para a sua incompetência?), porque previsível era o chumbo (que poderia ter sido muito mais alargado, como muitos esperavam, eu incluido).
Mas as contas estão mal feitas, já que os tais 1300 milhões respeitam a despesa não prevista, sim, mas esquecem que a mesma vai gerar receitas, via IRS e IVA, pelo que o "buraco" líquido ficará pela metade (cálculo "a olho").
O ministro Gaspar deve mostrar as contas, se é que as sabe fazer (saber, sabe, mas não quer mostrar o jogo todo.
O que não vale é atirar poeira para os olhos dos cidadãos/contribuintes, como se todos fossem uma cambada de parvos e ignorantes.
Este ministro das Finanças faz-me recordar um outro, dos anos 20 do século passado. Será que o quer imitar?
Haja um mínimo de pudor.

terça-feira, 9 de abril de 2013

COMO DIZ?

Concessionários das praias notificados para pagarem IMI


Os concessionários das praias estão a ser chamados para pagarem IMI. Uma cobrança já contestada pela associação da restauração e hotelaria.


(TSF on line)


Como é? As praias pertencem aos concessionários? Estes gajos estão loucos e devem ser internados no Júlio de Matos rapidamente, antes que seja tarde demais.

O GESTO É TUDO


Recebida por email

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Há que dizer BASTA!


Num Estado de Direito Democrático, os órgãos do poder – o Chefe do Estado, o Governo Central ou os Governos Regionais, os Parlamentos e outros – exercem-no no escrupuloso cumprimento da Constituição e das leis.
Num Estado de Direito Democrático, há sempre um órgão de fiscalização da conformidade das leis, dos decretos-lei e de outras normas, com a Constituição. Pode ser, especificamente, um Tribunal Constitucional ou um departamento do Supremo Tribunal. Mas sempre um tribunal superior.
Num Estado de Direito Democrático, as decisões do Tribunal Constitucional podem ser criticadas; pode um qualquer dos órgãos do poder manifestar a sua discordância, mas nunca as consideram obstáculos à governação. E nunca justificam o falhanço de qualquer meta ou objectivo com a reprovação do Tribunal a qualquer norma. Ninguém imagina  a Sra Merkel a justificar-se com o Tribunal Constitucional Alemão. E muito menos a afronta-lo ou a desafia-lo pondo em prática uma norma anteriormente considerada inconstitucional.
Ora, Portugal é (até ver!) um Estado de Direito Democrático. Mas infelizmente governado por um Governo cuja senda neoliberal o leva a desafiar o Tribunal Constitucional e, pior ainda, a fazer-se vítima de uma sua decisão e a justificar com ela os fracassos da sua desgraçada governação. Ao que chegamos! Há que dizer: BASTA!      

sábado, 6 de abril de 2013

O ACÓRDÃO (2)

O Acórdão do TC sobre o OE/2013, merece-me os seguintes comentários:
1 - esperava que a CES fosse considerada inconstitucional, já que se dirige a um grupo específico e até mais vulnerável de contribuintes, que são abusivamente discriminados
2 - também esperava que a sobretaxa sobre o IRS tivesse o mesmo destino, uma vez que a julgava excepcional no OE de 2012. Se veio para ficar, subverte o Código do IRS e é comparável a um anatocismo condenável
3 - esperava (receava) que algumas (ou todas) as inconstitucionalidades encontradas vigorassem a partir da data do acórdão e não retroagissem a 1 de Janeiro; aplausos para o TC
4 - se o governo sai muito mal na fotografia, até porque insistiu no corte do subsídio de férias na função pública, já considerada inconstitucional no ano anterior (ainda que sem consequências práticas), o Presidente da República sai completamente desfocado na mesma foto, salvo se
5 - ao optar pela apreciação sucessiva e não pela preventiva, tivesse para si que, a exemplo de 2012, o TC considerasse que as inconstitucionalidades encontradas só valessem para o ano. Saiu-se mal e não ajudou em nada o "seu" governo, antes lhe complicou a vida. Agora, que ajude o governo a descalçar a bota
6 - o TC mostrou-se não pressionável (também era o que faltava!), independentemente da "origem" dos seus membros.
7 - parece-me não restar ao primeiro-ministro e ao Presidente da República retirarem as devidas ilações deste acórdão.

O ACÓRDÃO

Processos n.º 2/2013, 5/2013, 8/2013 e 11/2013


Acórdão n.º 187/2013

Plenário

Relator: Conselheiro Carlos Fernandes Cadilha



Na sua sessão plenária de 5 de abril de 2012, o Tribunal Constitucional apreciou quatro pedidos de fiscalização abstrata sucessiva de constitucionalidade, apresentados, respetivamente, pelo Presidente da República, por um grupo de deputados do PS, por um grupo de deputados do PCP, do BE e do PEV, e pelo Provedor de Justiça, tendo decidido:

a) Declarar a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, por violação do princípio da igualdade, consagrado no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa, da norma do artigo 29.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, relativa à suspensão do pagamento do subsídio de férias de quem aufere remunerações pagas por verbas públicas;

Votaram a decisão: os Conselheiros Carlos Fernandes Cadilha, Ana Guerra Martins, Maria de Fátima Mata-Mouros, Catarina Sarmento e Castro, Maria José Rangel Mesquita (parcialmente), João Cura Mariano, Fernando Vaz Ventura e o Conselheiro Presidente, Joaquim de Sousa Ribeiro,

b) Declarar a inconstitucionalidade consequencial da norma do artigo 31.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, na medida em que manda aplicar o disposto no artigo 29.º dessa Lei aos contratos de docência e de investigação;

Votaram a decisão: os Conselheiros Carlos Fernandes Cadilha, Ana Guerra Martins, Maria de Fátima Mata-Mouros, Catarina Sarmento e Castro, Maria José Rangel Mesquita (parcialmente) João Cura Mariano, Fernando Vaz Ventura e o Conselheiro Presidente, Joaquim de Sousa Ribeiro.

c) Declarar a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, por violação do princípio da igualdade, consagrado no artigo 13.º da Constituição da República Portuguesa, da norma do artigo 77.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, relativa à suspensão do pagamento do subsídio de férias dos pensionistas;

Votaram a decisão: os Conselheiros Carlos Fernandes Cadilha, Ana Guerra Martins, Maria de Fátima Mata-Mouros, Catarina Sarmento e Castro, Maria José Rangel Mesquita (parcialmente) João Cura Mariano, Fernando Vaz Ventura e o Conselheiro Presidente, Joaquim de Sousa Ribeiro.

d) Declarar a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, por violação do princípio da proporcionalidade, insíto no artigo 2.º da Constituição da República Portuguesa, da norma do artigo 117.º, n.º 1, da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, referente à contribuição dos beneficiários do subsídio de desemprego e doença;

Votaram a decisão: os Conselheiros Carlos Fernandes Cadilha, Ana Guerra Martins, Maria João Antunes, Maria de Fátima Mata-Mouros, José Cunha Barbosa, Catarina Sarmento e Castro, Maria José Rangel Mesquita, João Cura Mariano, Fernando Vaz Ventura, Maria Lúcia Amaral e o Conselheiro Presidente, Joaquim de Sousa Ribeiro.

e) Não declarar a inconstitucionalidade do artigo 27.º, da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, relativo à redução das remunerações pagas por verbas públicas;

Votaram a decisão os Conselheiros Carlos Fernandes Cadilha, Ana Guerra Martins, Pedro Machete, Maria João Antunes, José Cunha Barbosa, Maria José Rangel Mesquita, João Cura Mariano, Maria Lúcia Amaral, Vítor Gomes e o Conselheiro Presidente, Joaquim de Sousa Ribeiro,

f) Não declarar a inconstitucionalidade do artigo 45.º, da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, relativo ao pagamento de trabalho extraordinário devido aos trabalhadores do setor público;

Decisão votada por unanimidade.

g) Não declarar a inconstitucionalidade do artigo 78.º, da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, relativo à contribuição extraordinária de solidariedade sobre pensões (CES);

Votaram a decisão: os Conselheiros Carlos Fernandes Cadilha, Ana Guerra Martins, Maria João Antunes, Maria de Fátima Mata-Mouros (parcialmente), João Cura Mariano, Maria Lúcia Amaral, Vítor Gomes e o Conselheiro Presidente, Joaquim de Sousa Ribeiro,

h) Não declarar a inconstitucionalidade do artigo 186.º, da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, na parte em que modifica os artigos 68.º, 68.º A, 78.º e 85.º do Código do IRS, relativa à redução dos escalões de rendimento coletável, alteração da taxa adicional de solidariedade e limitação de deduções à coleta.

Votaram a decisão: os Conselheiros Carlos Fernandes Cadilha, Ana Guerra Martins, Pedro Machete (parcialmente), Maria João Antunes, Maria de Fátima Mata-Mouros, José Cunha Barbosa, Catarina Sarmento e Castro (parcialmente), Maria José Rangel Mesquita (parcialmente), João Cura Mariano, Fernando Vaz Ventura, Maria Lúcia Amaral, Vítor Gomes o Conselheiro Presidente, Joaquim de Sousa Ribeiro,

i) Não declarar a inconstitucionalidade do artigo 187.º, da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, que cria uma sobretaxa em sede de IRS.

Decisão votada por unanimidade.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

ELE HÁ COISAS!

Alguém crê que o primeiro-ministro foi hoje, pela alva, apanhado de calças nas mãos com a demissão de Relvas? Não consegue ter um nome para indicar ao PR e ao país? Todo o mundo desligou o telemóvel e muda de passeio quando avista o automóvel oficial de Passos Coelho?
Há aqui qualquer coisa estranha que não augura nada de bom para Passos Coelho. E Cavaco, que dirá ele na sua página de facebook?

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A MOÇÃO

Não segui o debate sobre a moção de censura apresentada pelo PS ao governo. Sei que, como era sabido, foi chumbada pela maioria. Terá, contudo, valido a pena? Como diria o poeta: tudo vale a pena, se a alma não é pequena, e se da sua discussão tivesse sido acesa alguma luz ao fundo do infindável túnel em que nos meteram terá valido a pena.

ADIVINHA (2)

O resultado da adivinha já está publicado na caixa de comentários do post anterior: trata-se do ilustrérrimo Henrique Antunes Ferreira, que tem um blogue (A Minha Travessa do Ferreira), que merece ser visitado, pelas razões que só a visita permitirá concretizar. Um dia destes ainda lhe vou solicitar uns 'textículos' para a Zorra.
Quanto ao prometido doce, nicles. Prá próxima, talvez....

terça-feira, 2 de abril de 2013

A Direita está em pânico!


A entrevista de José Sócrates à RTP já foi há quase uma semana e ainda é comentada em quase todos os programas de comentário político, seja ele de um só comentador ou de um painel de comentadores. Para já, a entrevista foi um êxito, a avaliar até pelas reações da Esquerda e da Direita.
A Esquerda radical – Partido Comunista e Bloco de Esquerda – Diz-se indiferente ao regresso de Sócrates à vida pública, argumentando que o passado pouco interessa e o que é preciso é mudar o presente e cuidar do futuro. Mas não, sente-se que também está incomodada. E a Direita? Bom, a Direita está em pânico. Tem medo do ex-primeiro-ministro. Sabe que ele estuda todos os dossiers; que se prepara bem para as entrevistas e outros actos de intervenção política; que fala bem e argumenta bem; que não se intimida com as perguntas dos jornalistas; e, sobretudo, que é um lutador pelas causas que defende. E sabe mais: sabe que Sócrates não em rabos de palha. Nunca pediu dinheiro nem efectuou  quaisquer operações financeiras com o BPN.  Por isso mesmo, a Direita mais radical com os meninos da Jota PPD à cabeça e o quis silenciar, antes mesmo de ele ter começado a falar. A outra Direita inventou aquele “discurso” idiota de que José Sócrates veio para complicar a vida de António José Seguro e ao Partido Socialista. Do que eles se lembram! Não há dúvidas; estão mesmo em pânico!

ADIVINHA


Sabem quem é o senhor aqui retratado?
Um doce a quem acertar