O meu companheiro de aventuras zorristícas esqueceu-se de comprovar o boné, pelo que aí vai a foto a que se refere. E que bem que lhe fica, não ficando atrás do paulinho das feiras, como se vê.
terça-feira, 31 de julho de 2012
Os bonés.
Afinal
não é só Paulo Portas que gosta de bonés.
Todos
nós nos habituámos a ver Paulo Portas de boné enfiado na cabeça, nas feiras,
nos comícios, nas arruadas das campanhas eleitorais e nas visitas aos quartéis,
enquanto ministro da Defesa. Pois bem, pelos vistos Passos Coelho não lhe quer
ficar atrás e, daí, ontem numa visita que fez à Unidade Especial de Polícia da
PSP, lá enfiou na cabeça um boné de polícia, como se pode ver na fotografia da
primeira página do jornal “Público” de hoje.
Neste
caso dir-se-à que o primeiro-ministro anda a enfiar bonés!
Cortar, cortar, cortar. E os cidadãos? Que se lixem!
Não
há um só português que não saiba que a regra base da governação deste governo neoliberal
que nos governa, é cortar nas despesas e aumentar os impostos. E os cortes nas
despesas são feitos duma maneira cega, quase sempre sem critério. É preciso
cortar nas despesas com o Serviço Nacional de Saúde? Pois corte-se o valor que
for necessário cortar, custe o que custar. É preciso cortar nas despesas com os
transportes públicos? Pois corte-se. Despeça-se pessoal, diminuam-lhes os
ordenados (mas não os dos administradores), suprimam carreiras, diminuam o
número de viagens diárias, encurtem os trajectos, custe o que custar. E os
cidadãos? Bem, os cidadãos que se lixem (dirá naturalmente o primeiro
ministro)!
Vem
isto a propósito da política que está a ser seguida pelos STCP - Serviço de
Transportes Colectivos do Porto - nos últimos tempos. Suprimem carreiras,
diminuem o número de viagens diárias, aumentando o tempo de frequência entre
cada uma, e agora até alteram os percursos, tornando-os mais curtos. Mas pior,
algumas alterações dos percursos prejudicam a ligação entre os diversos tipos
de transporte. Por exemplo: algumas linhas, como a do 202 e do 501, deixam de
passar pela estação do Metro da Casa da Música, uma das estações mais centrais
que tem, entre outras coisas, uma loja Andante e boas condições de mobilidade
para deficientes.
Quer
dizer: incentivam-se os cidadãos a utilizarem os transportes públicos e depois,
para lá de lhes aumentarem os preços das viagens, diminuem-lhes as comodidades.
E tudo em nome da suprema doutrina do corta …, custe o que custar. E as comodidades
dos cidadãos? Ora, que se lixem!
ASSIM, SIM
Vamos barafustando (eu incluido), por que não se vê o "Estado" a cortar nas famigeradas gorduras. Não é bem assim. Ainda há por esse país fora quem tenha a noção de poupança, como a administração do Hospital de Viseu que determinou que os "seus" doentes diabéticos podem muito bem estar sem comer durante 12 horas. Supõe-se que os outros doentes podem bem estar 24 horas só a água da torneira. E. depois, pergunto: que é que um doente vai fazer para o hospital, não está melhor em casa, no seio da família, onde ainda pode ser alimentado e acarinhado? Uma comenda, já (ou, então, no próximo dia da raça, perdão, do dia 10 de Junho) para os membros da administração do Hospital de Viseu.
MODAS
A neta, perdão, a noiva de um dirigente de um clube de futebol de cá usou, no casamento, "um vestido branco, curto, que deixa a descoberto o ombro esquerdo", modelo de Óscar de La Renta (não conheço, mas deve ser un mâitre d´haute couture), que terá custado 2900 euros, uma bagatela nos dias que correm. O que um gajo aprende lendo as páginas côr-de-rosa dos jornais.
DA EDUCAÇÃO
Não sou dado a temas sobre a Educação ( o pouco que conheço devo-o ao Mário Nogueira, honra lhe seja), mas pelo que vou lendo ou ouvindo palpita-me que o Nuno Crato não faz ideia nenhuma das águas em que tenta navegar. E eu, que tantas esperanças tinha no homem...!
DA LINGUAGEM
Paulo Rangel, em artigo de hoje no Público, dando uma no cravo e outra na ferradura, sempre vai dizendo, a propósito de expressões rasteiras de Passos Coelho, que "o recurso a uma linguagem de tom mais vulgar ou coloquial causa sempre danos à república e faz mal à política".
MAIS INSÓLITOS
Há tempos, o senhor primeiro-ministro aconselhou o pessoal a sair da sua "zona de conforto" e pôr-se a milhas, já que ele e o seu governo não garantem nada a ninguém. Agora, um secretário de Estado, de seu nome José Cesário (não tenho o prazer de conhecer) lamenta o fluxo "extremamente elevado" de emigração, já que, diz que disse, "é um problema para o país, porque sai muita gente que é precisa cá". E diz que acrescentou que "sofremos todos os dias quando vemos partir imensos jovens e não-jovens por esse mundo fora".
Estão o gozar com o pagode ou quê? Este gente não tem espelho na casa de banho ou faz a barba às escuras?
Estão o gozar com o pagode ou quê? Este gente não tem espelho na casa de banho ou faz a barba às escuras?
INSÓLITOS
De um carro da GNR, estacionado à porta do Comando do Carmo , no Porto, foi roubado vário material considerado de guerra, noticia o JN de hoje.
Ele há coisas do caraças....
Ele há coisas do caraças....
"D"RANQUILIDADE
Passos garante e Cristas diz estar dranquila com o controlo alimentar, dizem as notícias.
Pois eu começo a ficar inquieto. Estou a pensar comprar uma galinha poedeira e uns vasos com hortícolas, tudo a instalar no terraço cá de casa.
Pois eu começo a ficar inquieto. Estou a pensar comprar uma galinha poedeira e uns vasos com hortícolas, tudo a instalar no terraço cá de casa.
Caça à multa ou falta de fiscalização
Este
ano, em seis meses, o Estado arrecadou 47 milhões de euros em multas de
trânsito, praticamente o mesmo valor do que arrecadou todo o ano passado. E, se
o ritmo das multas não abrandar, prevê-se que no fim do ano se atinja um valor superior
aos 90 milhões de euros, praticamente o dobro de 2011.
Partindo
do princípio que é difícil de imaginar que os portugueses estejam a prevaricar
o dobro do que prevaricaram o ano passado no que diz respeito ao cumprimento do
Código da Estrada, resta-nos admitir dois cenários : Ou as autoridades policiais
levaram a cabo várias acções pontuais de grande “caça à multa”, ou estão muito
mais rigorosas na fiscalização “dia a dia” das regras. Eu inclino-me mais para
a primeira hipótese, pois continuo a presenciar autênticos atentados às regras
de trânsito, todos os dias, tanto nas estradas como nas cidades. E não tenho
dúvidas que a fiscalização “dia a dia” falha muito mais na cidade do que na
estrada. Então na minha cidade, é o caos. Para lá do excesso de velocidade em algumas
ruas, são inúmeros os casos de desobediência aos semáforos, de condutores e
condutoras a falar ao telemóvel e, sobretudo, de carros estacionados onde é
proibido fazê-lo ou até onde é proibido parar. Dou apenas um exemplo: na Rua S.
João de Brito, no quarteirão entre as ruas Mota Pinto e das Andrezas, há placas
que indicam proibição de parar, em ambos os lados da rua. Pois bem, todos os dias,
incluindo Domingos, há carros estacionados
entre as 9 e as 20 horas. É um autêntico atentado à autoridade do Estado. Como
é possível, a polícia não passa lá? Passa, passa, mas não liga. Se ligasse…,
talvez já só arriscasse um ou outro condutor. Mas há mais; muito mais!
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Que pena!
Não
tinha ouvido ou lido qualquer referência à greve (?) de hoje nos STCP. Por
isso, não estranhei ter visto um autocarro numa reportagem televisiva, em
directo, do programa da RTP “Bom Dia Portugal, a propósito de dar notícias
sobre situação do trânsito na cidade do Porto. Saí de casa no meu carro, com o
rádio ligado e sintonizado na TSF. A determinada altura está na hora de um dos
serviços noticiosos daquela emissora e o destaque é: “Autocarros parados no Poro
devido à greve nos STCP”. Aqui, sim, estranhei, pois confirmei pelo espelho rectrovisor
que atrás de mim circulava um autocarro da careira 503. Mas, chegado ao
cruzamento da rua S. João de Brito com a Avenida Boavista reparo noutro autocarro
também parado no semáforo, este da carreira 502. Entro na avenida para subir
dois quarteirões até à rua Primeiro de Janeiro, onde fica o Estádio do Bessa.
Não percorri mais do que trezentos metros, mas foi quanto bastou para ver mais
três autocarros, um deles, lembro-me, da carreira 201. Então, pensei: como é
possível haver greve nos STCP se em tão curto espaço de tempo vi cinco
autocarros, para além daquele que tinha visto na televisão? Comecei a ficar
zangado com a TSF. Como era possível uma rádio de referência dar uma notícia
tão despropositada?
Começa
o desenvolvimento do noticiário e a certa altura fala um dirigente sindical da
FESTRU que dizia estar a greve a ser um êxito, pois havia mais autocarros
parados que o número de trabalhadores sindicalizados e…, outros disparates!
Pensei
então: com sindicalistas deste calibre o sindicalismo português afunda-se cada
vez mais. Os dirigentes sindicais em Portugal agem como há 38 anos. Para eles
nada mudou no país e no mundo. Que tristeza! Continuam correias de transmissão
dos partidos. Que pena!
quinta-feira, 26 de julho de 2012
POEMINHAS DO ZÉ GIL
Aí vai mais uma do Zé Gil
ATRÁS VIRÁ
Antes - depois, anterior - posterior?
O moço diz: tanto faz; seja o que for!
Cavalheiro leva tudo prá frente
Sénior vai atrás sempre de repente.
Anda não anda, emperra no andar
Caminho longo há que palmilhar
Ver flores, frutos e até incêndios
É a realidade, fora dos compêndios.
Obra feita é boa ou pobre e má?!
Tem suor, e não é de toma dá cá.
Os vindouros a avaliarão,
Antes da passagem do rio Rubicão!
E os que atrás pouco veneradas
Críticos vasculham pegadas
Rasgam os novos horizontes
Surgem homens mais fortes.
Porto, 24/7/12 José Gil
jose.gcmonteiro@gmail.com
ATRÁS VIRÁ
Antes - depois, anterior - posterior?
O moço diz: tanto faz; seja o que for!
Cavalheiro leva tudo prá frente
Sénior vai atrás sempre de repente.
Anda não anda, emperra no andar
Caminho longo há que palmilhar
Ver flores, frutos e até incêndios
É a realidade, fora dos compêndios.
Obra feita é boa ou pobre e má?!
Tem suor, e não é de toma dá cá.
Os vindouros a avaliarão,
Antes da passagem do rio Rubicão!
E os que atrás pouco veneradas
Críticos vasculham pegadas
Rasgam os novos horizontes
Surgem homens mais fortes.
Porto, 24/7/12 José Gil
jose.gcmonteiro@gmail.com
O CIRCO MADEIRENSE
Como escrevi aqui, há dias, Fernando Curto, dos Bombeiros, disse que ia interpor uma acção judicial contra o Alberto João, por este ter insinuado que os incêndios da Madeira tiveram a complacência, se não aconivência, dos bombeiros. Agora, o tio Alberto anuncia uma queixa contra Fernando Curto por este ter dito que ia apresentar queixa. Poupem-me e poupem o meu porta-moedas. Presumo que os juízes da Madeira vão entrar todos de férias...
DE QUE PAÍS FALA?
Passos Coelho afirmou ontem, em Cantanhede, que o governo não está a exigir de mais ao país. De que país fala Passos Coelho? Do que está acolhido em Gibraltar, nas Ilhas Caiman ou na Ilha Man?
Haja decoro e não nos insultem. O saco está prestes a encher.
Haja decoro e não nos insultem. O saco está prestes a encher.
terça-feira, 24 de julho de 2012
Coitados destes reformados!
O
Banco de Portugal decidiu que os subsídios de férias e de Natal dos reformados
e pensionistas ficam retidos na instituição até que uma decisão dos tribunais
competentes decida o que fazer.
Até
aqui, tudo bem ou tudo mal, conforme o ponto de vista em que nos situemos. Mas,
meus amigos, esta decisão (ou, se quisermos ser mais correctos, este sacudir da
água do capote) veio afectar duas personalidades da nossa vida política que,
coitados, vão apanhar por tabela: Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite. Ambos
são reformados do Banco de Portugal, onde trabalharam meia duzita de anos (!) e
ficam para já privados, tal como muitos dos comuns dos
reformados, do subsidiozito de férias e
lá para o fim do ano do subsidiozito de Natal. Coitados! Agora é que o
venerando não vai poder fazer face às suas despesas e às despesas da sua Maria. E
depois, digam que o homem não tem motivos para se queixar.
Ser ou não ser barrigudo; ou pançudo?
Ontem,
no mesmo jantar de convivas em que entusiasmado chegou a dizer: “que se lixem
as eleições”, Passos Coelho sossegou as suas hostes quanto à sua saúde. Referiu
que há quem comente que ele está mais magro, que anda abatido porque se calhar
alguma coisa corre pior do que aquilo que ele estava à espera. Mas não, disse
Passos Coelho. Está bem, muito bem de saúde. Está mais magro é certo, já que
tem feito dieta porque não quer ficar barrigudo. Ora, o primeiro-ministro podia
ter usado o mesmo tipo de linguagem que empregou para se referir às eleições e dizer
que não quer ficar pançudo ou, melhor ainda, usando uma linguagem mais
rasteira, que não quer que lhe cresça o bandulho.
Mas
se Passos Coelho emagrece para, segundo ele, melhorar a sua imagem, muitos
portugueses emagrecem porque já começam a passar fome em consequência dos
cortes que têm sofrido nos seus rendimentos do trabalho, nas suas reformas e
nos subsídios sociais, e porque vêm aumentar os impostos indirectos, o valor
das taxas moderadoras, os preços dos medicamentos e os preços de muitos bens de
consumo diário necessários para poderem sobreviver. Estes, senhor
primeiro-ministro, não estão minimamente preocupados que a pança lhes cresça,
pelo menos enquanto o senhor não mudar de política ou, empregando linguagem
mais popular, não der corda aos sapatos.
PERDA DE TEMPO
Fernando Curto, presidennte da Associação Nacional de Bombeiros, diz que vai interpor uma acção judicial contra Alberto João Jardim, pelas declarações que este prestou quanto à actuação dos bombeiros nos recentes incêndios na Madeira. Para quê gastar tempo e dinheiro e ter chatices? Não é sabido que o Alberto João é inimputável? Os jornalistas do contenente não se agacharam quando em tempos foram qualificados como "f. da. p., para não lhes chamar outra coisa"?
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Que raio de palavreado é este?
Hoje
Pedro Passos Coelho na sua qualidade de primei-ministro e de líder do PPD, jantou
na Assembleia da República com o grupo parlamentar do seu partido, para
assinalar o fim desta sessão legislativa. É claro que ele sabe, ou devia saber,
que viria cá para fora, através da comunicação presente, tudo o que de anormal
lá fosse dito.
A
determinada altura do repasto, o líder lá teve que dar a palavrinha do costume
aos liderados e, querendo dizer-lhes que tanto o governo como os deputados
deveriam tomar as suas decisões políticas tendo em conta a situação de crise que
o país atravessa sem estarem preocupados com o resultado de futuras eleições,
atirou: “que se lixem as eleições”. Que raio de palavreado é este?
Já
ouvi comentadores dizerem que Passos Coelho não tem grande poder de oratória.
Agora, não tenho dúvidas; concluo que, efectivamente, não tem, pois se tivesse,
mesmo estando a falar para deputados do seu partido, não empregaria um termo
tão grosseiro que, dito em plenário, causaria fricção.
domingo, 22 de julho de 2012
FESTIVAIS DA CANÇÃO
1979 - "Sobe sobe, balão sobe", por Manuela Bravo
(ùltima da série, satisfazendo o visitante O Fumador)
sábado, 21 de julho de 2012
Morreu uma grande Senhora
Li,
por acaso, na internet que morreu Helena Cidade Moura. Foi uma figura
importante da defesa do regime democrático antes e depois do 25 de Abril,
sobretudo nos primeiros anos após a revolução dos cravos, tendo sido deputada
de relevo nas três primeiras legislaturas. Mas a sua contribuição mais
importante para tentar melhorar as condições de vida dos seus concidadãos menos
afortunados foi, sem dúvida, o facto de ter coordenado a maior campanha de
alfabetização pós 25 de Abril.
Lamento
que os principais órgãos da Comunicação Social não tenham dado o devido relevo
ao desaparecimento de quem, com despreendimento dos seus interesses pessoais,
lutou, e muito, pelos direitos daqueles
que foram votados à exclusão, ao abandono e à pobreza no tempo do Estado Novo.
E é curioso que não tenha merecido, se quer, uma pequena nota de roda pé, num
dia em que foram dadas horas de destaque a quem tendo sido um enorme comunicador,
é certo, foi uma figura importante nos Governos de Salazar e de Marcelo Caetano.
A
doutora Helena Cidade Moura não merecia esta desconsideração por parte da
Comunicação Social. Sinal dos tempos , não?
DIA SEM RELVAS NEM NADA
Hoje não tenho matéria. Veja-se que nem um único email recebi sobre o doutor Miguel Relvas, ministro; o seu homónimo dos Incêndios está a banhos e o venerando está ausente, provavelmente a trepar a um coqueiro. Este país está uma tristeza, uma lástima. O que vai valendo são as dicas que vamos ouvindo sobre o modo como recuperar o IVA dos cafés e do haircut.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
DA JUSTIÇA
O "caso" Freeport, ainda que não transitado em julgado, está resolvido: absolvição para os dois arguidos. Mais uma vez - a enésima vez em casos similares - a montanha pariu um rato, depois de milhões gastos no processo, que alguém já está ou há-de pagar. E ninguém (os diversos intervenientes no longo processo) é responsabilizado. Ou, talvez, venha a ser o Sócrates, sempre falado mas nunca inquirido, já que foi agora mandada extrair uma certidão para apurar as suas responsabilidades. Depois destes anos todos, só agora os meretíssimos descobrem que Sócrates é que se terá abarbatado com uns milhões? E, se daqui a mais uns 7/8 anos, não se provar coisa nenhuma? E se se provar, que é quase a mesma coisa? Ou justiça a 15/20 anos é justiça?
Faça-se um inquérito a todos os eleitores sobre a sua opinião acerca da justiça (com "j" minúsculo) que temos e aprecie-se o resultado. Tenho para mim que seria risível e desprestigiante para todos os actores.
Há anos que o afirmo: há a noção, ainda que difusa, de que os dois grandes "cancros" em Portugal são a Justiça e o Fisco. E receio que não haja conserto nos tempos mais próximos.
Faça-se um inquérito a todos os eleitores sobre a sua opinião acerca da justiça (com "j" minúsculo) que temos e aprecie-se o resultado. Tenho para mim que seria risível e desprestigiante para todos os actores.
Há anos que o afirmo: há a noção, ainda que difusa, de que os dois grandes "cancros" em Portugal são a Justiça e o Fisco. E receio que não haja conserto nos tempos mais próximos.
LUTO
"Foi aqui, exactamente aqui, que no dia..., no ano de..., ocorreu...", dizia com convicção.
Morreu José Hermano Saraiva, um grande comunicador. Paz à sua alma
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Que grande incentivo!
O
Governo anunciou com pompa e circunstância que vai dar aos contribuintes um
incentivo fiscal, permitindo-lhes deduzir no IRS 5% do valor do IRS pago nas
facturas referentes a compras de bens ou de serviços de reparação automóvel,
alojamento, restauração e cabeleireiros (e/ou barbeiros, creio eu), até ao
limite de 250 euros. Claro que para gozar deste magnífico benefício o cidadão
terá sempre que pedir as respectivas facturas referentes à compra efectuada. No
fundo o que o Estado pretende é pôr os cidadãos a colaborar no combate à evasão
fiscal, dando-lhes umas migalhitas. Se não vejamos: de cada vez que um cidadão
vai tomar um café, beber uma cervejita, comer um pastel de nata, cortar o
cabelo e reparar o automóvel, vai precisar de pedir uma factura. No fim do ano
vai juntar mais de mil facturas. Por outro lado, só nessas coisitas o cidadão
tem que gastar mais de 22.000 euros ! Como o salário médio ronda os 16.000
euros anuais, não será difícil estimar-se que para cafés, bolinhos etc, os
cidadãos não poderão gastar mais do que 3.000 euros (e já vai comer mal!).
Enfim,
perante tão ridículo incentivo, o cidadão acha que não é fiscal dos impostos e,
por isso, vai mandá-lo às malvas e continuar a marimbar-se para as facturas.
Por
isso, podemos dizer alto e bom som: Que
grande incentivo!
DA LÍNGUA PORTUGUESA
A riqueza da língua:
"Os febre tifoide és aquela febre que ou você cura, ou ela tifóide mesmo, pá !"
(recebida por email)
"Os febre tifoide és aquela febre que ou você cura, ou ela tifóide mesmo, pá !"
(recebida por email)
EQUIVALÊNCIAS JUSTAS
Agora são os alcoólicos anónimos que querem ser enólogos. Não têm o curso, mas têm a experiência …
(recebida por email)
(recebida por email)
NÃO ESQUEÇA A FACTURA
Não se esqueça de interiorizar que a partir de 1 de Janeiro próximo deve pedir a factura do cafezinho da manhã e a do almoço no tasco habitual. Ah, e a do corte de cabelo mensal e do arranjo das unhas, também. Em 2014 vai ver de volta parte do IVA que pagou. Contas, por alto, gastou 300 euros por mês naqueles serviços, o que perfaz 3 600 euros/ano, dos quais 700€ de IVA. Destes, vai poder deduzir no IRS uns 35 €! Bem bom!
Esqueça a oficina, porque não vale a pena. Fica sempre a perder.
No poupar é que está o ganho e nosso amado governo é um amigo para os ocasiões.
Recomendação: memorize o seu NIF ou, caso a sua memória já tenha tido melhores dias, traga sempre o cartão no bolso.
Esqueça a oficina, porque não vale a pena. Fica sempre a perder.
No poupar é que está o ganho e nosso amado governo é um amigo para os ocasiões.
Recomendação: memorize o seu NIF ou, caso a sua memória já tenha tido melhores dias, traga sempre o cartão no bolso.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
RELVAS INTERNACIONAL
O "caso" Relvas já chegou à volta a França.
Um adepto (português?) da modalidade empunhava hoje um cartaz onde se podia ler "vai estudar Relvas".
EXAMES
Miguel Relvas prestando provas práticas numa das cadeiras em que foi avaliado na sua licenciatura (o avaliador não parece muito convencido...)
Esta foi sacada a O Jumento, sem sua autorização prévia
terça-feira, 17 de julho de 2012
Cão de fila incoerente
Na
vigência do governo anterior, José Sócrates teve algumas desavenças com a
Comunicação Social, nomeadamente com O jornal Público e alguns dos serviços
noticiosos da TVI. Em sua defesa reagiam uma ou outra figura do PS e do
Governo. Era quanto bastava para que o agora deputado do PPD Carlos Abreu
Amorim os apelidasse de Bobbys e de Tarecos. O mesmo fez (ou chamou) a Pacheco
Pereira, quando este criticava as pessoas do PPD que não acreditavam em Manuela Ferreira Leite como líder do partido.
Pois
bem, agora mudaram-se os tempos e, para meu espanto (ou talvez não), vi ontem
na RTP Informação Carlos Abreu Amorim a defender, qual bulldog, o seu amigo
Relvas (que o fez deputado), chegando ao delírio de acusar o grupo Impresa de se
querer vingar dele por causa de Relvas estar a liderar o processo de
privatização da RTP.
Não
há dúvida. Que grande coerência a deste “bulldog”!
A Auditoria
Depois
das muitas críticas que lhe foram feitas, por pouco ou quase nada ter dito
sobre licenciatura de capoeira de Miguel Relvas, Nuno Crato, ministro da Educação
com a tutela do Ensino Superior, mandou fazer uma auditoria à Universidade
Lusófona. Na altura em que tive conhecimento do facto fiquei apreensivo, com
receio que o ministro entregasse a auditoria à ERC (Entidade Reguladora da
Comunicação Social). Mas parece que não, a auditoria está a ser feita Inspecção
Geral de Ensino Superior. Esperemos, então, que os auditores não façam o que
fez a ERC: um relatório vergonhoso. Concluíram que Relvas: telefonou,
pressionou, ameaçou, teve comportamentos eticamente censuráveis, mas…, tudo
legal, por isso…, Relvas é o maior.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
É tempo de agir
Decorreu
hoje na Antena 1 um fórum cujo tema era o assunto mais em foco nesta altura: A
licenciatura do doutor da mula russa e as suas repercussões na imagem do
Governo. Poderá dizer-se que o assunto já cansa, mas todos os dias aparecem
dados novos ou comentários de alguém, que passam a ser um novo assunto.
Não
ouvi o fórum em directo, mas ouvi uma passagem da participação de Luís Filipe
Menezes. Bem, os disparates que ele disse são de tal gravidade que não consigo
encontrar um adjetcivo para os qualificar. A determinada altura LFM, querendo
atingir Alberto João Jardim (que ontem na Madeira, brincando com o assunto
Relvas, reivindicou quatro licenciaturas), disse que quem andou 14 anos na
Universidade não pode criticar a licenciatura de Miguel Relvas. Ora, para não
dizer outra coisa, digo que a criatura não pode estar bem da cabeça. Primeiro,
porque ainda que AJJ tenha andado 14, 15 ou até 20 anos na universidade,
licenciou-se mesmo de facto. Quer dizer: estudou para ser aprovado em exames em
todas as cadeiras do curso. Depois, porque o que está em causa não é o facto de
Jardim ser doutor e Relvas ser doutor da mula russa. O que está em causa é o
carácter de Miguel Relvas, atendendo a todas as trapalhadas que ficamos a
conhecer nos últimos tempos: mentiras, trafulhices, ameaças de chantagem a
jornalista, querer ser aquilo que não é, etc, etc. E Relvas não é um ministro
qualquer. É, talvez, o ministro com mais poder no Governo.
Mas
mais preocupante que o caso Relvas é darmos conta que é gente do calibre dele e
de Menezes que neste momento têm o poder no PPD, ou gravitam à volta dele. E o
PPD, infelizmente, é um dos partidos que suporta o actual Governo. Para além
disto, que não é pouco, sabemos que LFM, tem uma ambição: ser presidente da
Câmara do Porto e conhece o poder que têm os amigos de Relvas nos actuais
órgãos regionais do PPD. Por isso, os partidos da Oposição, sobretudo o PS, têm
que “arrepiar caminho”. Num país fragilizado por uma crise económica e
financeira grave, é fácil chegar ao poder com argumentos demagógicos e
populistas. É verdade que as eleições autárquicas são daqui a ano e meio, mas é
tempo de agir, antes que seja tarde!
APUPOS E VAIAS
Passos Coelho foi hoje vaiado e apupado em Borba.
Cá para mim, "isto" tem mão do Bernardino, porque está descontente com o governo que ajudou a levar ao pote.
O Mário Nogueira também anda um pouco desasossegado, depois de umas férias sabáticas, longas.
Ou terá sido obra de frei Anacleto, também ele encabulado com o cábula do doutor Relvas, ministro?
Cá para mim, "isto" tem mão do Bernardino, porque está descontente com o governo que ajudou a levar ao pote.
O Mário Nogueira também anda um pouco desasossegado, depois de umas férias sabáticas, longas.
Ou terá sido obra de frei Anacleto, também ele encabulado com o cábula do doutor Relvas, ministro?
domingo, 15 de julho de 2012
sábado, 14 de julho de 2012
As Jotas que temos
Já era de esperar. Lá apareceu como se esperava a canalha da Jota PPD a dizer umas
parvoíces e a acusar outros de serem os responsáveis pela trafulhice do Miguel
Relvas. Não é que os rapazolas querem culpar o ex-ministro Mariano Gago pelo facto
de a lei invocada pelos falsários ter sido criada no tempo em que ele era
ministro do Ensino Superior? A lei, não é uma má lei. O que ela pretende é
aproveitar os conhecimentos e saberes adquiridos por um formando nas suas
actividades do dia a dia, sejam elas profissionais ou outras, e poder equiparar
esses saberes aos de uma ou outra disciplina de um curso superior. Não podemos
culpar a lei ou quem a criou de poder ser aproveitada por gente de fraco
carácter e baixa estatura ética e moral para se fazer passar por aquilo que não
é e dizer que adquiriu os saberes que não tem.
Agora
podemos perceber o pouco sentido de Estado que têm Relvas e Passos Coelho, ou
não tenham sido eles outrora dirigentes desta Jota PPD. Ao que estamos
sujeitos!
Uma vergonha!
Pronto.
As notícias divulgadas hoje na Comunicação Social, sobretudo a publicadas no
semanário “Expresso”, já não deixam dúvidas a todos os portugueses, incluindo
naturalmente a Passos Coelho, que a licenciatura do doutor da mula russa é uma
trafulhice bem montada, aproveitando as boas intenções de uma lei que pretende
reconhecer o saber adquirido autodidaticamente por quem frequenta um curso
superior, e não o contrário, dar um canudo a quem resolveu tê-lo sem qualquer
esforço e, pior ainda, por favor. Soube-se que até nas quatro disciplinas em
que ele supostamente foi avaliado houve situações de favor. Uma vergonha! Um outro qualquer cidadão
estaria agora a contas com a justiça e sofreria as consequências da sua
esperteza saloia. Mas Miguel Relvas, não. Enche o peito de ar e faz dos
portugueses saloios. Até um dia…
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Só Passos Coelho não quer ver
Há
grande incomodidade de pessoas ligadas à área do Governo, quando são convidadas
a comentar o caso da licenciatura de Miguel Relvas e das outras trapalhadas em
que ele se viu metido em poucos meses. Ainda hoje são notícia com na
Comunicação Social as opiniões de
pessoas como António Capucho e Bagão Félix. Ambos advogam que Miguel Relvas
deve sair do Governo. António Capucho, de modo mais indirecto, dizendo que “o
primeiro-ministro devia aproveitar as férias de Verão para pensar numa
remodelação”, e Bagão Félix de modo muito mais directo dizendo que Miguel
Relvas ”pode até estar e continuar no Governo, mas já não é do Governo”. Ora,
estas e outras opiniões que se ouvem questionando a continuidade daquele estranho
doutor como ministro, justificam-nas com a perda de credibilidade que o assunto
está a causar ao próprio Governo, e com o facto de os portugueses começarem a
pensar que, pior do que ter no Governo um ministro algo conflituoso, mentiroso
e com uma licenciatura “de capoeira”, é ter um ministro com aquele tipo de
carácter!
Todos
reparam e chamam à atenção; só o primeiro-ministro não quer ver. Porquê?
CRÓNICAS DO ZÉ GIL
Cá vai mais uma crónica do "contribuinte" Zé Gil:
PÃO de FAVAIOS
Gil Monteiro*
Falar do afamado Pão de Favaios não é fácil. Está tudo dito ou redito, mesmo sobre o Museu do Pão, criado ou a criar. Mas, como pão da minha criação, muito lhe devo. Assim, continuo, sempre que possível, a comprá-lo na cidade do Porto e outros locais.
Não contava obtê-lo, em São João da Pesqueira, no último fim-de-semana. Não era bem o de antigamente, mas quase e para melhor. Era um pouco maior, os cantos (escachos) mais salientes, sem pó de farinha a cobri-los, e acondicionados em saco plástico transparente. Foi uma delícia petiscar, com pão de Favaios, um lanche!
Os pães sobrantes resguardados continuaram a satisfazer o pecado da gula, acompanhando o vinho de touriga duriense e o presunto de Lamego. Os amigos obsequiados, disseram:
– Isto sim! É século XX...
Na aldeia transmontana, o pão nosso de cada dia era a broa de milho caseira, quase sempre fresca pelas trocas, entre fornadas de familiares. Após as malhadas do centeio, as broas passavam a pão escuro desse cereal. No tempo de grandes crises, faziam-se broas de cevada! O trigo de Favaios, entregue uma vez por semana, era utilizado nas torradas, sopas de leite, nas merendas para a Escola, ou ofertar as visitas.
O Sr. António, padeiro de Favaios, ia a Roalde só aos sábados. O seu macho tinha na albarda dois cestos vindimeiros cheios dos trigos, e retirados conforme as entregas e as vendas. Ao saírem do cesto recebiam um toque e libertavam pó de farinha, e faziam água na boca aos catraios da rua! Os pães, comprados para a semana, eram acondicionados numa lata de tampa. Estavam sempre ótimos para comer com queijo, e nunca criavam bolor.
Quando as vendas decorriam bem, o António Padeiro ia beber um copo de vinho à taberna do Pirolito, montava, a seguir, o macho entre os dois cestos, dizia adeus, e trotava para S. Martinho.
No Natal, Páscoa e a festa da aldeia fazia visitas extras. Entregava as encomendas de trigo para as rabanadas, folares para afilhados e pão chique para as refeições festivas (os padres e músicos não podiam ser tratados a broa!). Nessas alturas tinha tempo de poder exercer o seu saber de vedor de água! Era mesmo perito.
Vi-o marcar, com o êxito futuro, o poço do Rodrigues, nas terras das Pereiras. Quando o seu relógio, suspenso pela corrente, começou a oscilar, feito maluco, fiquei de boca aberta! Não seria bruxedo?! Nada disso. A água descoberta veio a regar o milho e o batatal de uma leira nossa, nesse ano de forte estiagem.
Apanhei o vício da prospeção de águas. Aprendi e exerci mas, como vedor nunca consegui, mesmo armado de varinhas ou pêndulos, qualquer efeito!
O que nunca perdoei ao padeiro de Favaios era a entrega dos folares, não ia a minha casa. Não tinha culpa alguma, pois não havia encomenda, pois o meu padrinho era S. José! Eu conto:
Existia o uso de os pais ou sogros batizarem os netos (seria para não serem apelidados de avós?); como estava determina ter o nome de José e a avó ter ficado viúva e a viver no mesmo lar, com o acordo do Sr. Prior, o padrinho escolhido foi o Esposo da Virgem Maria e a avó a madrinha, passando a ser a mãezinha para os netos!
Não havia entrega de ramo ao padrinho, logo, não havia direito de receber o folar de Favaios!
Porto, 10 de Julho de 2012-07-10
*José Gil Correia Monteiro
jose.gcmonteiro@gmail.com
PÃO de FAVAIOS
Gil Monteiro*
Falar do afamado Pão de Favaios não é fácil. Está tudo dito ou redito, mesmo sobre o Museu do Pão, criado ou a criar. Mas, como pão da minha criação, muito lhe devo. Assim, continuo, sempre que possível, a comprá-lo na cidade do Porto e outros locais.
Não contava obtê-lo, em São João da Pesqueira, no último fim-de-semana. Não era bem o de antigamente, mas quase e para melhor. Era um pouco maior, os cantos (escachos) mais salientes, sem pó de farinha a cobri-los, e acondicionados em saco plástico transparente. Foi uma delícia petiscar, com pão de Favaios, um lanche!
Os pães sobrantes resguardados continuaram a satisfazer o pecado da gula, acompanhando o vinho de touriga duriense e o presunto de Lamego. Os amigos obsequiados, disseram:
– Isto sim! É século XX...
Na aldeia transmontana, o pão nosso de cada dia era a broa de milho caseira, quase sempre fresca pelas trocas, entre fornadas de familiares. Após as malhadas do centeio, as broas passavam a pão escuro desse cereal. No tempo de grandes crises, faziam-se broas de cevada! O trigo de Favaios, entregue uma vez por semana, era utilizado nas torradas, sopas de leite, nas merendas para a Escola, ou ofertar as visitas.
O Sr. António, padeiro de Favaios, ia a Roalde só aos sábados. O seu macho tinha na albarda dois cestos vindimeiros cheios dos trigos, e retirados conforme as entregas e as vendas. Ao saírem do cesto recebiam um toque e libertavam pó de farinha, e faziam água na boca aos catraios da rua! Os pães, comprados para a semana, eram acondicionados numa lata de tampa. Estavam sempre ótimos para comer com queijo, e nunca criavam bolor.
Quando as vendas decorriam bem, o António Padeiro ia beber um copo de vinho à taberna do Pirolito, montava, a seguir, o macho entre os dois cestos, dizia adeus, e trotava para S. Martinho.
No Natal, Páscoa e a festa da aldeia fazia visitas extras. Entregava as encomendas de trigo para as rabanadas, folares para afilhados e pão chique para as refeições festivas (os padres e músicos não podiam ser tratados a broa!). Nessas alturas tinha tempo de poder exercer o seu saber de vedor de água! Era mesmo perito.
Vi-o marcar, com o êxito futuro, o poço do Rodrigues, nas terras das Pereiras. Quando o seu relógio, suspenso pela corrente, começou a oscilar, feito maluco, fiquei de boca aberta! Não seria bruxedo?! Nada disso. A água descoberta veio a regar o milho e o batatal de uma leira nossa, nesse ano de forte estiagem.
Apanhei o vício da prospeção de águas. Aprendi e exerci mas, como vedor nunca consegui, mesmo armado de varinhas ou pêndulos, qualquer efeito!
O que nunca perdoei ao padeiro de Favaios era a entrega dos folares, não ia a minha casa. Não tinha culpa alguma, pois não havia encomenda, pois o meu padrinho era S. José! Eu conto:
Existia o uso de os pais ou sogros batizarem os netos (seria para não serem apelidados de avós?); como estava determina ter o nome de José e a avó ter ficado viúva e a viver no mesmo lar, com o acordo do Sr. Prior, o padrinho escolhido foi o Esposo da Virgem Maria e a avó a madrinha, passando a ser a mãezinha para os netos!
Não havia entrega de ramo ao padrinho, logo, não havia direito de receber o folar de Favaios!
Porto, 10 de Julho de 2012-07-10
*José Gil Correia Monteiro
jose.gcmonteiro@gmail.com
quinta-feira, 12 de julho de 2012
RELVAS, O PODEROSO
O reitor da Lusófona no Porto, que "avaliou" o doutor Relvas, agora ministro, foi substituído e chutado para cima, para um cargo mais elevada na Corporação. Assim se vê a força do PC, digo, do doutor Relvas, que não esquece os amigos. Como diz o povo: uma mão lava a outra., ou os amigos são para as ocasiões. Ou não será bem assim e estarão a tentar esconder o Sol com uma peneira...?
SEDE DE CONHECIMENTO
Afinal, o doutor Relvas, ministro, não descansa nem dá tréguas. Afirmou hoje que norteia a sua vida pela 'procura do conhecimento permanente' (louvo-me no Público).
Tanto há-de procurar que conseguirá atingir o princípio enuncido por Sócrates (o grego, não o outro), segundo Platão: "conhece-te a ti mesmo". Aí, atravessará a porta da Eternidade. E terá à sua espera mil virgens a cantar hossanas e louvores.
Tanto há-de procurar que conseguirá atingir o princípio enuncido por Sócrates (o grego, não o outro), segundo Platão: "conhece-te a ti mesmo". Aí, atravessará a porta da Eternidade. E terá à sua espera mil virgens a cantar hossanas e louvores.
Caia na realidade, senhor primeiro-ministro!
Ontem,
no debate do Estado da Nação, o primeiro-ministro disse que Portugal está no
bom caminho. Bom, perante esta afirmação do chefe do Governo, só podemos dizer
que Passos Coelho deve andar na lua e, por isso, não ouve rádio, não vê
televisão, nem lê jornais.
Ó
senhor primeiro-ministro: então, os enfermeiros estão fartos de protestar na
rua porque lhes querem pagar salários inferiores aos das empregadas domésticas
a dias; os médicos estão de greve porque não querem andar para trás no que às
suas carreiras diz respeito; os professores também protestam na rua porque são
milhares os que vão para o desemprego, em consequência das recentes políticas
para a Educação; o desemprego está a aumentar de forma galopante; a classe
média está a desaparecer; o país está a empobrecer; e o senhor diz que estamos
no bom caminho? Só pode estar a gozar connosco. Caia na realidade. Seja honesto
e diga que se enganou nas políticas que pôs em prática neste ano de governo. E,
para bem do país e dos portugueses, mude de política, enquanto é tempo e os
portugueses não perdem a paciência.
O DOUTOR RELVAS, MINISTRO
Hoje não tenho nenhuma nova fresquinha do doutor Relvas, ministro, salvo uns recortes de jornais, recebidor por email que anda por ai a circular, relatando o seu chico-espertismo antigo.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
CRÉDITOS
Relvas desfilando enquanto presidente da assembleia geral do agrupamento folclórico dos Templários, que lhe valeu uns créditos
(Gamada a O Jumento)
FALTA DE CHÁ
Um professor da Universidade de Aveiro é convidado pelo ministério do Álvaro para administrador não executivo da Metro do Porto. Sabe pelos jornais que o seu nome foi chumbado e até hoje ninguém lhe deu uma palavrinha, salvo (a título particular?) Rui Rio que o informou de que de que JMP não se tinha oposto.
O Álvaro não tomou chá em pequenino e no Canadá só se toma cerveja, é o que é.
O Álvaro não tomou chá em pequenino e no Canadá só se toma cerveja, é o que é.
LIDO
Trancrevo do Público de hoje:
"São umas atrás das outras. Primeiro foi o caso dos espiões, depois tivemos o ministro Relvas envolvido com jornalistas [caso PÚBLICO] e agora temos a licenciatura [em apenas um ano pela Universidade Lusófona]. Vamos ficar à espera do próximo...",
"António José Lopes passou de pessoas desqualificada a pesoa apta para o cargo [de administrador executivo] uma qualificação que adquiriu, porque passou a fazer umas viagens de metro entre Porto-Matosinhos-Gaia e Senhora da Hora. A partir daí, passou a ser um especialista em transportes".
Quem disse? Firmino Pereira, vice-presidente da distrital do Porto do PSD e vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia.
"São umas atrás das outras. Primeiro foi o caso dos espiões, depois tivemos o ministro Relvas envolvido com jornalistas [caso PÚBLICO] e agora temos a licenciatura [em apenas um ano pela Universidade Lusófona]. Vamos ficar à espera do próximo...",
"António José Lopes passou de pessoas desqualificada a pesoa apta para o cargo [de administrador executivo] uma qualificação que adquiriu, porque passou a fazer umas viagens de metro entre Porto-Matosinhos-Gaia e Senhora da Hora. A partir daí, passou a ser um especialista em transportes".
Quem disse? Firmino Pereira, vice-presidente da distrital do Porto do PSD e vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia.
terça-feira, 10 de julho de 2012
E outras cadeiras, e..., uns patins
No
âmbito do mesmo programa que criou a cadeira para Cavaco Silva, estão a ser criadas
mais dez cadeiras cujos destinatários são mais dez cidadãos, alguns deles
cidadãos estrangeiros.
Não consta, no entanto, que um deles seja o doutor Miguel Relvas, pois
já lhe foram dadas trinta e duas cadeiras e um jeitinho em outras quatro. Dele,
mesmo, só tinha uma e, por sinal, uma cadeira sofrível. Mas, espero que os senhores
arquitectos puxem da sua imaginação e, em vez duma cadeira, criem e mandem
fazer um outro objecto muito útil para o doutor Relvas. E, porque não: Uns patins.
Uma cadeira para S Exa
O
assunto já foi tratado neste blog por um post do amigo 500, mas quero dar também
o meu contributo para tão importantíssimo acontecimento.
Na
história política de Portugal já constava uma cadeira célebre: aquela da qual
Oliveira Salazar caiu nos fins do verão
de 68, quando passava umas curtas férias, o que lhe provocou um hematoma cerebral
e, em consequência dele e dos tratamentos que se seguiram, incluindo uma
cirurgia, o incapacitou e levou a que deixasse, de facto e de verdade, de
governar. E digo de facto e de verdade, já que Américo Tomaz - então Presidente
da República e Marcelo Caetano - que o substituiu, aceitaram que o velho
ditador governasse no “faz de conta” até à sua morte.
Desde
ontem, outra cadeira entrou para a nossa história política: a cadeira para S
Exa o nosso venerando Chefe de Estado. O designer da cadeira foi o Arqto Paulo
Lobo que disse tê-la concebido de modo a que a mesma corresponda à leitura que
ele faz da personalidade do venerando. “É uma cadeira sóbria, de trabalho, já
que o trabalho é muito importante para o Presidente”, disse.
Bom,
para se fazer a entrega de tão importante peça de mobiliário e,
consequentemente, a sua inauguração, realizou-se uma sessão solene com pompa e
circunstância no Palácio de Belém. Tudo apontava que o primeiro rabo a
sentar-se na dita, fosse o presidencial rabo de SExa, o venerando. Mas, chegada
a altura, eis que um outro rabo se antecipa: o da sua Maria, que se mostrou
muito contente, mas algo supersticiosa. Não quis encostar-se,
não “ fosse o diabo tecê-las”. Provavelmente, lembrou-se da outra cadeira da
história política portuguesa, de trágicas consequência para o político que se
sentou nela. Credo…, abrenúncio!
CADEIRAS
O venerando Chefe de Estado tem uma cadeira nova (não, não se trata de uma "cadeira tipo Relvas"), é uma cadeira para sentar, única, de autor, só para si. Mas quem nela primeiro se sentou foi a dona Maria, não fosse a cadeira estar armadilhada...
METRO E AVENIDAS DO PORTO
Rui Rio sempre conguiu impôr a nomeação do seu antigo colega de curso para a Metro do Porto, ainda que a apreciação do currículo do nomeado tenha sido complicada. O Menezes de Gaia é que deve estar com enorme azia, mas aguardará melhor oportunidade para a vingança, que se serve fria, como é sabido.
Entretanto, a futura Av.ª D. Pedro IV tem desenho e projecto "quase prontos", ostantado desde já, num poste colocado para o efeito, a placa toponímica "nos conformes", cujo descerramento foi presidido pelo próprio Rui Rio. Bestial! Parece que restam uns pormenores, como a anuência de proprietários dos terrenos por a avenida há-de ser aberta, mas isso vai resolver-se (nem que seja nos tribunais, digo eu).
Entretanto, a futura Av.ª D. Pedro IV tem desenho e projecto "quase prontos", ostantado desde já, num poste colocado para o efeito, a placa toponímica "nos conformes", cujo descerramento foi presidido pelo próprio Rui Rio. Bestial! Parece que restam uns pormenores, como a anuência de proprietários dos terrenos por a avenida há-de ser aberta, mas isso vai resolver-se (nem que seja nos tribunais, digo eu).
RELVAS
A acta da tomada de posse, por parte de Relvas, ministro, como presidente da Assembleia Geral da Associação de Folclore da Região de Turismo dos Templários, anexa ao seu processo na Lusófona, valeu-lhe não sei quantos "créditos". Risível e ridículo.
E esqueceu-se de pagar 160 contos à Lusíada, embora "convidado" a fazê-lo! Convenhamos que, para a época, era capaz de ser carote para uma só cadeira com aproveitamento (11 valores). Eu, se calhar, também não pagava, embora a mim me viessem a penhorar a mesa ou o penico.
Notas das 4 cadeiras a que fez exame: 12, 14, 15 e 18 (!) . Média geral: 11 valores. Um portento.
E esqueceu-se de pagar 160 contos à Lusíada, embora "convidado" a fazê-lo! Convenhamos que, para a época, era capaz de ser carote para uma só cadeira com aproveitamento (11 valores). Eu, se calhar, também não pagava, embora a mim me viessem a penhorar a mesa ou o penico.
Notas das 4 cadeiras a que fez exame: 12, 14, 15 e 18 (!) . Média geral: 11 valores. Um portento.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
HIPOCRISIAS
O líder do PCP, Jerónimo de Sousa (que ajudou Passos a chegar ao governo, que agora desanca), criticou, e bem, Cavaco Silva por este não ter suscitado a inconstitucionalidade do OE-2012. Mas onde estavam Jerónimo e o seu afilhado Bernardino quando os deputados do BE e alguns do PS suscitaram tal inconstitucionalidade? A hipocrisia no seu espelendor.
sábado, 7 de julho de 2012
Porque se lamenta?
Este primeiro-ministro é um ponto: Então são aqueles que o criticam que têm de lhe dizer como governar? Não foi ele que foi eleito para isso? E mais: não foi ele que disse conhecer bem os problemas do país? Quando, no período da campanha eleitoral, uma jovem lhe perguntou se iriam cortar o subsídio de Natal, não foi ele que disse que isso era um disparate? Não foi ele que disse que, se formar-se governo, não iria desculpar-se com os erros dos outros, no passado?
Então, porque se lamentou hoje ao falar para uma plateia da Juventude PPD? Provavelmente a pensar que estava a falar para gente menor. Se calhar!
Não é não assunto; é mesmo assunto
O
Senhor primeiro-ministro, numa das vezes em que foi solicitado a comentar o
assunto da licenciatura do doutor (eh, eh, eh…) Miguel Relvas, disse que tudo
tinha sido feito sem atropelos à lei, pelo que o assunto se tornava um não
assunto. Ora, todos sabemos que nem tudo o que é feito sem violar as leis é correcto,
sobretudo do ponto de vista ético. Quantas vezes, no decurso da nossa vida, nos
vimos confrontados com situações que nada se lhes podia apontar de ilegais, mas
que intuíamos que eram autênticas aldrabices. Alguém acredita que haja uma
pessoa, mesmo o super inteligente ministro Relvas, que tenha adquirido saberes
equivalentes às matérias de 32 disciplinas de uma licenciatura, sabendo-se
ainda que 11 delas corresponderam a uma experiência empresarial de escassos
meses? Claro que ninguém acredita, mesmo o amigo Pedro Passos Coelho.Mas se o primeiro-ministro não quer ver a aldrabice da licenciatura “à
bolonhesa”, não pode chamar não assunto ao facto de se saber que o doutor da
mula russa mentiu mais do que uma vez aos serviços da Assembleia da República,
informando-os que as suas habilitações literárias eram o 2º ano do curso de
Direito, quando apenas tinha feito uma cadeira do 1º ano, e com a brilhante nota de DEZ valores. Ó senhor
primeiro-ministro: Quem faz uma coisa destas, fá-la por distracção, ou porque é
aldrabão? E, então, isto não é um assunto, ou quer meter a cabeça na areia e
chamar-lhe não assunto?
AINDA O ACÓRDÃO DO TC E O PR
Agora, fiquei a perceber por que razão o venerando chefe de Estado não vetou o OE para 2012 nem requereu a sua eventual inconstitucionalidade ao TC: nunca, jamais, em tempo algum, antes, algum PR tinha tomado idêntica medida. Cavaco receou abrir um qualquer precedente grave para a democracia e ficou-se nas encolhas, esperando que alguém pudesse vir a levantar a lebre, se é que, então e no seu ponto de vista, lebre existia, ou se apenas poderia haver um pequeno, mas espertote, coelho, tentando esconder-se na crescida e verdejante relva que ele, Cavaco, esperava não ser visível a olho nu. Ou, se calhar, até esperava e alguém apontou para a lebre, já que de lebre se tratava, embora travestida de coelho (ou coelha).
sexta-feira, 6 de julho de 2012
O doutor (da mula russa) e a carta aberta
Carta aberta de João Miguel Tavares ao Reitor da Universidade Lusófona a propósito da licenciatura do doutor (da mula russa) Miguel Relvas.
Vale a pena ler...
O TC E OS CORTES
Não tendo os conhecimentos suficientes sobre a matéria, admito que a inconstitucionalidade reconhecida palo TC dos cortes dos subsídios, no tempo e nos moldes em que foi requerida, só possa vigorar para o futuro. A ser assim, já não poderia haver reposição. Contudo, deveria ter efeitos a partir da data do acórdão, como, aliás, se constata pela declaração de voto de vencido nesta parte por parte de alguns dos juízes, que vale a pena ler. Deveria, por isso, ser pago o 13.º mês (e o subsídio de férias dos reformados que julgo não ter sido ainda processado).
O TC faz apreciações financeiras e políticas que, quanto a mim não lhe competem, para tomar a decisão que tomou.
Vá lá que nos dois próximos anos os subsídios vão regressar, contrariamente ao previsto! Porém, não se pode embandeirar em arco, pois hão-de descobrir outra artimanha qualquer para sacarem o equivalente (ou mais!).
O TC faz apreciações financeiras e políticas que, quanto a mim não lhe competem, para tomar a decisão que tomou.
Vá lá que nos dois próximos anos os subsídios vão regressar, contrariamente ao previsto! Porém, não se pode embandeirar em arco, pois hão-de descobrir outra artimanha qualquer para sacarem o equivalente (ou mais!).
quinta-feira, 5 de julho de 2012
É só trapalhadas
Quem,
numa leitura rápida dos rodapés dos telejornais das 20 horas, pensou que os
cortes dos subsídios de férias e de Natal previstos no Orçamento do Estado para
este ano já iriam ser pagos e que os entretanto já cortados iriam ser
devolvidos, enganou-se rotundamente, pois o Tribunal Constitucional, tal como disse
o Bloco de Esquerda, abriu um parêntese na Constituição e decidiu que a
constitucionalidade só se aplica para o ano. Quer dizer: Este ano, mesmo sendo inconstitucional,
pasme-se, não há subsídios; para o ano…, logo se verá. É complicado? Claro que
é; e só apetece gritar: Está tudo louco!
De
qualquer modo há três derrotados:
- O Governo, que mesmo chamado à atenção violou a
Constituição;
- O Presidente da República que promulgou a lei do
Orçamento de Estado sem pedir ao Tribunal Constitucional que se pronunciasse preventivamente,
mesmo sendo alertado para a possibilidade de haver nela matéria inconstitucional;
-António José Seguro que não acompanhou alguns
deputados da sua bancada que pediram ao Tribunal que se pronunciasse. Nem
queria que eles o fizessem!
E há vencedores:
-O grupo de deputados do PS que recorreram ao Tribunal;
- E todos os outros dos restantes partidos da Oposição
que os acompanharam.
Um
desabafo final: Mais um tiro no pé dado pelo líder do PS. Até quando?
O FIM DA MACACADA
Não conheço, como é óbvio, o acordão do Tribunal Constitucional, que considerou inconstitucionais, por princípio de equidade, os cortes do 13.º e 14.º meses operados em 2011 e em 2012, mas de que não tira quaisquer consequências, isto é, não há lugar a reposição nem a alteração para o ano em curso.
Atendendo ao invocado princípio, é de esperar que o nosso amado governo estenda, para o próximo ano, os cortes a tudo que mexe, isto é, a quem recebe salário ou pensão, público ou privado que seja. Ficam isentos, digo eu, os salários e prémios dos gestores, públicos ou privados e, mesmo que não fiquem, os rapazes esquecem-se de cumprir o determinado, como já se verificou em vários casos.
Não há como ter um TC que zela pela constitucionalidade das leis e pelos nossos interesses.
Atendendo ao invocado princípio, é de esperar que o nosso amado governo estenda, para o próximo ano, os cortes a tudo que mexe, isto é, a quem recebe salário ou pensão, público ou privado que seja. Ficam isentos, digo eu, os salários e prémios dos gestores, públicos ou privados e, mesmo que não fiquem, os rapazes esquecem-se de cumprir o determinado, como já se verificou em vários casos.
Não há como ter um TC que zela pela constitucionalidade das leis e pelos nossos interesses.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
O FIM DO MUNDO, A ARCA DO NOÉ PORTUGUÊS
Um dia, o Senhor chamou Noé que morava em Portugal e ordenou-lhe:
- ANTES DE 21.12.2012 , 6 meses antes ,( NOVO FIM DO MUNDO ) farei chover ininterruptamente durante 40 dias e 40 noites, até que Portugal seja coberto pelas águas.
Os maus serão destruídos, mas quero salvar os justos e um casal de cada espécie animal.
Vai e constrói uma arca de madeira.
No tempo certo, os trovões deram o aviso e os relâmpagos cruzaram o céu.
Noé chorava, ajoelhado no quintal de sua casa, quando ouviu a voz do Senhor soar furiosa, entre as nuvens:
- Onde está a arca, Noé?
- Perdoe-me, Senhor suplicou o homem.
Fiz o que pude, mas encontrei dificuldades imensas:
Primeiro tentei obter uma licença na Câmara, mas para isto, além das altas taxas para obter o alvará, pediram-me ainda uma contribuição para a campanha de eleição do Presidente.
Precisando de dinheiro, fui aos bancos e não consegui empréstimo, mesmo aceitando aquelas taxas de juros ...
O Corpo de Bombeiros exigiu um sistema de prevenção de incêndio, mas consegui contornar, subornando um funcionário.
Começaram então os problemas com o Ministério do Ambiente para a extracção da madeira.
Eu disse que eram ordens SUAS, mas eles só queriam saber se eu tinha um "Projeto de Reflorestamento " e um tal de
"Plano de Tratamento da Madeira ".
Neste meio tempo ELES descobriram também uns casais de animais guardados em meu quintal..
Além da pesada multa, o fiscal falou-me em "Prisão durante muitos e longos anos " e eu acabei tendo que matar o fiscal, porque, para este crime, a lei é mais branda.
Quando resolvi começar a obra, apareceu a Inspecção do Trabalho e multou-me porque eu não tinha um Engenheiro Naval responsável pela construção.
Depois apareceu o Sindicato exigindo que eu contratasse seus marceneiros com garantia de emprego por um ano.
Veio em seguida as Finanças, falando em " sinais exteriores de riqueza " e também me multou.
Finalmente, quando o Ministério do Meio Ambiente pediu o " Relatório de Impacto Ambiental " sobre a zona a ser inundada, mostrei lhes o mapa de Portugal.
Aí, quiseram-me internar num Hospital Psiquiátrico!
Sorte que o Júlio de Matos estava de greve...
Noé terminou o relato chorando, mas notando que o céu clareava perguntou:
- Senhor ... então não irás mais destruir Portugal?
- Não! - respondeu a Voz entre as nuvens
- Pelo que ouvi de ti, Noé:
cheguei tarde!
O governo já se encarregou de fazer isso!
(Recebida por email)
DOUTORES E ENGENHEIROS
Bem se sabe que Portugal é um país de doutores e engenheiros, mas não é o único (Itália e Brasil são outros exemplos). Determinados cargos ou funções da esfera pública só estão acessíveis, e bem, a quem tenha obtido um determinado grau universitário (pré ou pós-Bolonha, o que agora não vem ao caso), mas não conheço legislação que o imponha a ministros ou até ao presidente da República, o que acho bem. O mundo está cheio de inventores, empresários e empreendedores que não passaram pelos bancos de uma universidade e todos lhes reconhecem valores e capacidades. O problema está em querer ostentar um título não reconhecido ou por meios menos "académicos" e é especialmente grave num governante, que deverá ser um exemplo e um espelho para a sociedade em geral. Até prova em contrário, Relvas, o ministro, não cumpre os mínimos para ser seleccionado.
E o venerando Chefe de Estado, não toma posição?
E
S Exa, o venerando Chefe de Estado, perante este escândalo não toma posição?
Já
estamos habituados a que o mais alto magistrado da Nação, perante problemas
desta gravidade, em que está em causa a imagem do país e de quem o governa, se
porte como se fosse o mais baixo. Como sempre, prevejo, vai assobiar para o
tecto, empregar a sua velha máxima: não me comprometam e dizer isso não é
comigo é com o primeiro-ministro. Mas está enganado; embora escolhidos pelo
primeiro-ministro é o Presidente que dá posse aos ministros e que os exonera. Relvas
não seria ministro se Cavaco se negasse a dar-lhe posse. E se é verdade que só
pode ou deve exonerá-lo sobre proposta do primeiro-ministro, também o é que
caso o primeiro-ministro não atendesse um pedido seu, feito numa das suas
conversas semanais, o Presidente sempre teria a possibilidade de os censurar
publicamente, ministro e chefe do Governo. Mas Cavaco não tem coragem para isso
ou, como diz o povo, não os tem no sítio…
E o Portas, o que diz? Que coincidência, foi para a China
Será
coincidência?
Sempre
que o Governo se confronta com as “porras” feitas por ministros PPD?s, Paulo
Portas está ausente. E desta vez não fugiu à regra. Lá anda entretido na sua
função de caixeiro viajante a negociar lá pela China. Quando chegar, é
evidente, não sabe de nada.
doutor à bolonhesa
“À
bolonhesa”, é uma expressão que se ouve muitas vezes entre pessoas que estão a
falar de culinária, mais propriamente do molho à bolonhesa ou, muito mais
conhecido, do famoso macarrão à bolonhesa.
Ora,
a partir das notícias de hoje sobre a licenciatura do doutor (deixa-me rir…)
Miguel Relvas, vamos passar a usar a expressão “doutor à bolonhesa”. E o que é um doutor à bolonhesa? Bom, é
alguém que, tal como o doutor (ah, ah…, ah) Relvas, obteve uma licenciatura pela Universidade
Lusófona, nos termos do Processo de
Bolonha, tendo-a frequentado num só
ano lectivo, mas concluindo um curso de 6 semestres a partir da creditação de experiências profissionais e
da equivalência da frequência de um outro curso superior onde apenas (?)
concluiu uma disciplina do 1º ano, com a brilhante nota de 10 valores. É obra,
não é?
Afinal
é tão fácil ser doutor!!!
A que gente estamos entregues!
Miguel
Relvas, perdão, o doutor Miguel Relvas se tivesse um pingo de vergonha já não
era ministro, pelo menos, hoje ao fim da manhã. Quem ler as 2ª e 3ª páginas do
jornal Público fica necessariamente pasmado com tanta imaginação, tanta
mentira, tanta desonestidade, tanta trafulhice para que ele, doutor Miguel
Relvas, primeiro escondesse à Assembleia da República, quando eleito deputado,
que as suas habilitações
oficiais eram apenas o 12º.ano ou, na melhor das hipóteses uma
disciplina do curso de Direito com a brilhante nota final de 10 valores, e
depois para poder mostrar à sociedade um canudo de licenciatura de um curso de
36 disciplinas repartidas por 6 semestres, mas feito em pouco mais de um ano!!!
Por muito menos que isto, que é grave, já caíram alguns ministros. Lembro-me de
dois casos que nada tiveram a ver com a honestidade ou a honra dos mesmos e
saíram do governo: Um deles porque imprudentemente contou uma anedota, o outro,
farto dos apartes de um deputado, resolveu fazer um gesto parecido com dois
corninhos. Mas o ministro Miguel Relvas, perdão, doutor Miguel Relvas está
acima de qualquer gesto, de qualquer dito, de qualquer tramoia que faça. Dá a
ideia que o primeiro-ministro não sabe ou tem medo de governar sem ele e, por
isso, já lhe reiterou a sua confiança.
É
gente desta que nos governa. Ate quando!!??
VOZES DE ANTIGAMENTE
Por lapso, publiquei ontem um vídeo de 'Tristão da Silva Jr.', quando queria 'Tristão da Silva', só.
As minhas desculpas
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