terça-feira, 30 de novembro de 2010

Festejar o 1º de Dezembro para quê?

Se há feriado, hoje em dia sem sentido, que deve ser suprimido no calendário portugês é o 1º. de Dezembro. Para que serve? Para celebrar o patriotismo português? Para nos lembrarmos de todos os desentendimentos que tivemos com os nossos vizinhos espanhóis? Estou convencido que uma maioria quase absoluta dos portugueses não celebra nada.
O Estado Novo, não se sabe bem porquê, nunca quiz acabar completamente com este dia feriado. Mas era uma espécie de feriado envergonhado, já que era diferente de todos os outros, pois apenas não funcionava a função pública. Depois do 25 de Abril não era fácil convencer os sindicatos a abdicarem de um dia de descanso. Naquela altura (e, se calhar, ainda agora) seria "uma afronta aos direitos dos trabalhadores".
Bom, nos dias de hoje o 1º. de Dezembro serve, apenas, para que se junte um grupo de saudosistas do passado, para zurzirem encapotadamente na Democracia e apelarem ao nacionalismo mais reaccionário e saloio.
Mas o mais estranho é que venha servindo de bandeira aos monárquicos portugueses para falarem nas virtudes da monarquia, e darem oportunidade ao pretendente a rei para dizer uns disparates. É pena que se esqueça de dizer que os espanhóis Filipe I, Filipe II e Filipe III, só foram chefes do Estado Português, porque asim o permitiu a forma de sucessão. Numa República, a sucessão dos chefes de Estado é feita por eleição, e não era possível que a um português sucedesse um espanhol.
Acabem com este Feriado, sem qualquer sentido!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Por uma questão de decência deviam ficar calados

Já não me recordo se foi ainda em 2007 ou foi já em 2008 que o Governo, para incentivar os cidadãos a frequentarem os ginásios, resolveu baixar o IVA sobre o valor base das mensalidades, para 6%. Nessa altura a Associação de Empresas de Ginásios veio informar que não diminuiam às mensalidades, pois iriam aproveitar o consequente aumento da receita líquida, para fazerem alguns investimentos para além dos previstos e servirem melhor os utentes. Pura retórica! investimentos? nem vê-los.
Veio agora o governo dar o dito por não dito e aumentar o valor do IVA, de 6 para 23%. - mais 17%; quase o triplo! E o que faz a Associação de ginásios? Vem dizer que a subida do IVA vai provocar cerca de 3000 despedimentos em consequência do provável abandono de 90 mil dos actuais 600000 frequentadores. Bom, cabe-lhes a eles diminuir este impacto e do mesmo modo que meteram ao bolso o diferença da baixa do IVA, devem pagar agora, pelo menos em parte, a diferença do aumento. Mas não, não querem. Por isso, por uma questão de decência, deviam ficar calados.
Ah! a propósito: mais uma vez o Governo dá e tira. E como diz o ditado popular: "quem dá e tira para o inferno gira".

domingo, 28 de novembro de 2010

Água da torneira para os deputados. Não há mais que fazer?

O PS apresentou um projecto de deliberação na Assembleia da República para instituir a utilização da água da torneira , em lugar de água engarrafada. Parece que esta medida tem dois objectivos: um de impacto ambiental e outro de impacto financeiro.
São objectivos aceitáveis ou até mesmo louváveis, mas não neste momento. O comum dos cidadãos acha-os estranhos e no que respeita ao objectivo financeiro, acha-o até demagógico, pois não entende como os mesmos deputados pretendem poupar em questões menores e, por exemplo, aprovem uma lei que cria um regime de excepção aos cortes salariais dos trabalhadores e gestores das empresas públicas, e não aprovem uma lei que faça já incidir um imposto sobre as mais valias bolsistas e/ou taxar os dividendos distribuídos por algumas grandes empresas que já apresentam bons lucros na actividade do corrente ano de 2010.
Senhores deputados do PS, preocupem-se mais com as coisas das pessoas atingidas com a crise. Sejam, sim, solidários com o governo, mas não se esqueçam que são deputados de um partido de centro esquerda e, portanto, estejam mais atentos e solidários com aquelas pessoas que, para não passarem fome, têm que recorrer à caridade.

sábado, 27 de novembro de 2010

O nosso bastonário

Tenho quase a certeza que aqueles como eu que nada tinham que ver com a eleição do Bastonário da Ordem dos Advogados, torciam para que vencesse o recandidato António Marinho Pinto. E uma grande maioria dos advogados fez-nos a vontade. Marinho Pinto venceu as eleições de uma forma convincente, já que o número de advogados que votaram nele apenas é inferior em 125 à soma dos advogados que votaram nos outros dois candidatos. Esperamos nós, cidadãos comuns que não acreditamos na justiça, que o Dr. Marinho continue a enfrentar os barões e a denunciar as injustiças e os podres da justiça. Força Dr . António Marinho Pinto.

DEUS NÃO DORME...

...diz Jardim. O governo roubou, como sempre e mais uma vez, a Madeira. Mas o Euromilhões saiu inteirinho para a região. Sócrates e Teixeira dos Santos devem estar fulos.

Futebol

Sporting e F C Porto empataram a 1-1, no clássico que hoje se disputou em Alvalade. Não foi um grande jogo mas, pareceu-me, que a haver um vencedor, pela lógica, deveria ser o Sporting.
Ah! não vi as agressões de que falou na sala de imprensa o treinador do Porto. Um bocadinho mais de humildade não lhe ficava nada mal.

BOLAS À TRAVE - 2

Empate a uma bola no Sporting-Porto. Resultado aceitável, embora não escandalizasse a vitória dos leões.

BOLAS À TRAVE

Para já, ao intervalo, o FCPorto perde em Alvalade por 1-0. Resultado justo, até ao momento.

OUVISTO (*)

Diz a repórter da SICN, com voz empolgada, desde Alvalade: "...até que o apito final dê início a este Sporting-Porto".

E o apito inicial dá por concluída a refrega, não é?

(*) Neologismo criado por Mário Castrim

ORDEM DOS ADVOGADOS

Apesar de não ser o candidato das élites e dos licenciados em Direito "de Bolonha", Marinho Pinto foi reeleito bastonário da Ordem dos Advogados.
Também "votei" nele, por ser uma voz incómoda, para dentro e para fora da OA.
Parabéns e que continue a zurzir no poder instalado.

DAR A MÃO À PALMATÓRIA NÃO BASTA

Foi preciso o JN ter publicado o artigo a que me referi no post de ontem, sob o título "Não me lixem", para a Segurança Social do Porto vir reconhecer o engano e pedir desculpas. Quatro anos depois? E os incómodos e despesas em que o rapaz e os familiares incorreram, como são pagos? O dr. Luís Cunha tem que explicar as coisas tim-tim por tim-tim. Os cidadãos, novos ou velhos, ricos ou pobres, não podem estar sujeitos a erros grosseiros desta espécie, sendo certo que a gravidade é maior quando se trata de pessoas indefesas, como era o caso. São erros demasiado grosseiros para serem aceites sem uma explicação cabal e responsabilização de quem, ao longo de 4 anos, tratou do assunto. Estamos fartos de tanta incompetência e desleixo. Basta!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Para lá de indisciplinados, são mentirosos

Quatro deputados do PSD eleitos pelo círculo da Madeira, quebraram a disciplina de voto e resolveram votar contra a Proposta do Orçamento do Estado para 2011, aquando da votação final global do mesmo. Foi um acto de indisciplina partidária, pois como sabemos há assuntos do foro parlamentar em que os deputados estão obrigados a seguir a orientação dos dirigentes do partido. O Orçamento Geral do Estado é um deles. No entanto, a maioria dos portuguses já sabe que os deputados madeirenses são subservientes ao seu chefe, sob pena de não mais ocuparem qualquer cargo directa ou indirectamente político. O chefe manda e os subordinados obdecem.
Mas para lá de indisciplinados aqueles deputados madeirenses são mentirosos, pois não tiveram a coragem de referir a verdade na declaração de voto que apresentaram. Deviam ter dito: Lamentamos, mas temos que obedecer ao nosso régulo.
E mais uma vez dentro do PSD, assobiam para o tecto. Ninguém tem coragem para os meter na ordem!

NÃO ME LIXEM!

Retirado do Jornal de Notícias de ontem:

Em 2006, um rapaz de origens modestas, então com 13 anos, de Lousada, é intimado a pagar uma uma dívida à Segurança Social, no Porto, no valor de 22 228,29 euros. Constata-se que o verdadeiro devedor, com o mesmo nome, é de Almada. Pronto, assunto arrumado, dirão. Qual quê? Mais tarde chega outro aviso a reclamar mais 62 040,29 euros e toma conhecimento de que deixou de pagar um empréstimo bancário de 5 571,05 euros. e que devia mais uns milhares a uma empresa de telecomunicações. Novas diligências e, aparentemente, parece que tudo fica arrumado. Nada disso. Em Dezembro de 2009 o rapaz é intimado a ir a julgamento num tribunal de Lisboa, onde não compareceu e foi julgado à revelia, sendo obrigado a pagar as dívidas às prestações. Domingo passado a GNR foi buscá-lo a casa e no posto desataram à gargalhada por ser improvável um puto (embora agora com 17 anos) poder dever tanto dinheiro a tantos credores.
Diz o JN que contactada a Segurança Social obteve como resposta o silêncio.
As malhas que a justiça e outros órgão públicos tecem...
E ninguém vai ser responsabilizado, já se vê. Os paquidermes deslocam-se muito devagar, sem pressas, que correr cansa.
Como nota final, o banco e a empresa de telecomunicações já deram conta do erro e deixaram de chatear. A Segurança Social continua muda e queda. O tribunal deve estar em greve e ainda não verificou os dados dos rapaz, além de que deve estar à espera do ofício da GNR.
E lá vamos...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Também aderiram à greve

Afinal já há uma justificação para o que aconteceu ao Benfica em Tel-Aviv. É que ontem foi dia de Greve (dita) Geral e os jogadores dos encarnados resolveram fazer parte dos tais três milhões (dexa-me rir) de trabalhadores que aderiram à dita. Por isso, já se fala, não em três milhões, mas em três milhões e treze grevistas.

Faça-se justiça

Os jornalistas não estão acima da lei, embora às vezes pareça que estão.
Quatro jornalistas do jornal SOL, mais o seu subdirector, Vitor Rainho, vão ser julgados por um crime de violação do segredo de justiça por terem publicado várias notícias sobre o processo Face Oculta. Considerou o juiz que os jornalistas foram para lá dos direitos que têm quanto à liberdade de expressão e de divulgação.
Ora, até que enfim! De acordo com a lei portuguesa quem comete um crime é criminoso e tem que ser julgado e punido de acordo com o que está previsto no Código Penal. Nunca entendi o porquê de se deixarem passar sem punição crimes cometidos por jornalistas, dando como justificação para tal, o argumento de que o jornalista (criminoso) agiu em nome do dever de informar. Num Estado de Dieito e civilizado nenhum dever, por mais supremo que seja, justifica que se cometa um crime. E os jornalistas não estão acima da lei. Por isso estes jornalistas devem ser julgados e, provados os crimes, devem ser condenados. Faça-se justiça!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ri-te, ri-te, pois quando...

Será que estes tipos pensam que somos burros? Como é possível que à greve dita geral tenham aderido mais de três milhões de trabalhadores? Ora façam as contas: Portugal tem à volta de dez milhões de habitantes, dos quais mais de metade são reformados, desempregados, crianças e jovens em idade escolar. Depois mais de dois terços dos restantes trabalham no sector privado, onde a adesão à greve foi quase insignificante, ou são trabalhadores por conta própria, incluindo os profissionais liberais. A isto, juntem-se muitos trabalhadores do sector público que estiveram presentes nos seus locais de trabalho, e torna-se fácil concluir o absurdo de tal afirmação.
Não há dúvidas: a greve dita geral de hoje complicou o dia a dia da quase totalidade dos portugueses, mas não os preocupou em excesso. Eu diria que a grande maioria dos cidadãos benfiquistas ficaram mais preocupados com a vergonhosa derrota do Benfica.

Futebol europeu - adeus liga do campeões

O Povo costuma dizer que "cada um é para o que nasce"; e Jorge Jesus não nasceu para ser treinador na Liga dos Campeões. O mesmo dito aplica-se a Luís Filipe Vieira que não nasceu para ser presidente dum clube com a tradição e as ambições do Benfica. Agora, os benfiquistas ficaram a saber qual é a real situação da sua equipa de futebol. É uma equipa sem ambição, sem estratégia, sem lances trabalhados, sem fio de jogo e com alguns jogadores com o cérebro completamente bloqueado. Um descalabro! Qualquer equipa, com alguma sorte e com um treinador "com olhinhos", arrisca-se a ganhar a esta equipa do Benfica. Realisticamente Luís Nazaré, Presidente da Assembleia Geral do clube, veio dizer que agora o objectivo a alcançar era o segundo lugar no campeonato. Perante estas derrotas humilhantes este objectivo será realizável?

Futebol europeu ao intervalo

Na Liga dos Campeões o Benfica perde ao intervalo com o Hapoel de Telavive por 1-0. Surpresa? Só para os benfiquistas mais ferrenhos, mas que andam muito distraídos. Razão tinha o técnico da equipa do Hapoel, que mostrou aos jogadores o vídeo dos 5-0 contra o Porto e disse-lhes que há muitos pontos fracos na equipa que, bem explorados, são um corredor com passadeira para a equipa adversária. Equipa sem rasgo, com cada um a jogar para seu lado, com mais de 50% de passes errados e com muitos equívocos. Quem é Sálvio? Então, Carlos Martins, Ruben Amorim, Nuno Gomes e muitos outros, não são melhores jogadores, Senhor mestre da táctica? E já agora senhor presidente (com letra pequena) seja menos fanfarrão e mais realista.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

As pantominas

Mário Nogueira, o sindicalista líder da Fenprof, foi à sede do PSD ao beija mão a Pedro Passos Coelho (ao que chegou este dirigente comunista!). À saída Mário Nogueira disse estar muito preocupado com o Orçamento de Estado e os reflexos no funcionamento das escolas. Pensa que estas vão ser afectadas directamente pelo Orçamento e indirectamente "pelas quebras nas autarquias.
Até aqui, tudo bem; são legítimas as suas preocupações . Mas o pior veio a seguir: Mário Nogueira opinou que para poupar nas actuais despesas , o Ministério devia acabar com as Direcções Regionais de Educação e centralizar as suas competências na Direcção Geral. Que disparate. E, sobretudo, que grande cambalhota! Não há muito tempo Mário Nogueira criticava o ME por ter criado os agrupamentos de escolas, pois reprovava a gestão centralizada das escolas dum mesmo agrupamento. Segundo ele gerir à distância é mau; é preciso estar perto; conhecer bem o meio e os seus problemas. E acusava a tutela de criar os agrupamentos com a finalidade de reduzir as despesas.
Parece que confrontada com este disparate a Ministra da Educação deu uma gargalhada. Pudera! Eu quando o ouvi dei várias gargalhadas; e ri mais, muito mais, do que riria se estivesse a ver na SIC os melhores momentos dos "Malucos do Riso". Como é possível mudar tanto de princípios! Que grande cambalhota; ou em linguagem mais popular: que grande pantomina!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A CIMEIRA

A Cimeira da OTAN (ou NATO, como por cá se diz) foi uma pasmaceira pelas ruas da capital. Andaram todas as forças de segurança a treinar para molhar a sopa e apenas apareceram uns tristes pintados de vermelho que nem luta deram. E, vejam, nem os célebres carros anti-motim vieram a tempo para poderem ser exibidos a correr pelas avenidas lisboetas. Terá sido por isso que o chefe de todas as secretas se pôs na alheta ainda antes da Cimeira ter começado?
Nada digno de nota tendo acontecido, acredito que as tvs estrangeiras pouco transmitiram sobre o evento.

O ARRANJISMO

Um jovem, sem qualificações nem habilitações dignas de nota, arranja um emprego no partido, no caso o PS, arranja maneira de ser despedido, arranja maneira de receber o subsídio de desemprego todo de uma vez, arranja maneira de "meter" um projecto" ao IEFP, que lhe passa para as mãos uns quantos milhares, que agasalha, arranja uma assessoria na Câmara Municipal de Lisboa, parecendo, contudo, que "trabalha" para um deputado na AR, recebendo em troca quase uns míseros 4 mil euros mensais. Trata-se, como se vê, de um profissinal que não deixa os seus créditos por mãos alheias.!
E assim vamos, vendo uns quantos, espertos e apadrinhados, a cantar e rir à nossa custa, com os arranjismos descarados e imorais.
Até quando abusarão da nossa paciência?

CONTINUAM A MAMAR

Agora, até a Assembleia da República é conivente com o mamanço da Madeira, ao aprovar, quase à socapa, uma lei, com efeitos retroactivos, que permite que os partidos da região, mormente o PSD (where else?) se abotoam com mais uns milhões. É uma fartazana. E o Zé, em tempos de grande aperto, que pague, como sempre, os desmandos da Madeira e de quem lhe dá cobertura. Temo, mas espero, que se grite que basta e que se atire com a albarda ao ar.

domingo, 21 de novembro de 2010

Cavaco Presidente vs Cavaco Candidato


É evidente que o Presidente da República pelo facto de ser candidato a novo mandato não pode ficar condicionado na sua acção política, sobretudo aquela que tem a ver com a representação do Estado. Estava fora de causa que Cavaco Silva não tivesse recebido Barack Obama e outros líderes políticos na altura da cimeira da NATO. Agora, já se deve questionar que Cavaco Silva sendo candidato a um novo mandato de Presidente da República cuja eleição decorre paticamente daqui a dois meses, aceite estar na festança da entrega de um prémio, que sendo importante não tem a relevância suficiente para que o Presidente não pudese fazer-se representar. Mas mesmo querendo estar presente, no momento do uso da palavra, por uma questão de honestidade política, devia limitar-se a dar os parabéns à entidade premiada, elogiar a entidade ou entidades que patrocinam e/ou atribuem o prémio e pouco mais. Mas não, Cavaco Silva fez um discurso a falar nos casos de emergência social que surgem relacionados com a actual crise económico-financeira, com o dever dos poderes públicos em dar prioridade aos mesmos e, num momento do mais puro descaramento, elogiar os seus roteiros dizendo que "serviram para sensibilizar os portugueses para as injustiças, desigualdades e carências que existem no país e mobilizá-los para a solidariedade"(até parece que não governou o país dez anos, numa altura em que entraram milhões de euros vindos da Europa).
Agora percebo o porquê de Cavaco não afrontar Alberto João Jardim, pois imita-o enquanto candidato governante: inaugurações e festanças para se vangloriar e fazer campanha. Assim, concordo, não precisa de out-doors, pois não?

sábado, 20 de novembro de 2010

A vitória sobre a Espanha, a cimeira da NATO e os Juros da dívida

Desde Quarta-feira passada, que os telejornais e os noticiários da rádio não abrem com o tema dos juros da dívida pública, bem como as primeiras páginas dos jornais não lhe dão o destaque que lhe vinham dando desde há algum tempo. Nem Mário Crespo (o jornalista que mais odeia Sócrates e o seu Governo, desde que não lhe deram o lugar que ele queria em Washington) voltou ao tema com aquele estado de espírito de quem se está a vingar de alguém a quem quer mal.
E isto tudo, porque quer a estrondosa vitória da nossa selecção de futebol sobre a Espanha, que nos animou e nos deu ânimo, quer o período pré cimeira quer a própria cimeira "obrigou" os jornalistas a mudarem de discurso, e ainda bem porque os juros da dívida de Portugal são importantes mas, como diria o ex-Presidente Jorge Sampaio, há vida para lá dos juros da dívida pública!
Já agora, meditemos o porquê do conteúdo de uma frase hoje publicada no jornal Público na rubrica "Frases de ontem", da autoria do escritor francês Gustave Flaubert:"Considero como uma das felicidades da minha vida não escrever nos jornais; isto faz mal ao meu bolso, mas faz bem à minha consciência".

A cimeira da Nato



A cimeira da NATO que decorreu ontem e hoje em Lisboa foi um êxito, ao contrário do que muita boa gente previa.
Os líderes dos países aliados que constituem esta organização, aprovaram um novo conceito estratégico que constitui uma espécie de programa de acção para os próximos dez anos. Abre a porta à possibilidade de alargamento às democracias europeias que cumpram os requisitos para tal, reafirma que, de modo algum, representa uma ameaça para a Rússia e redefine a sua estratégia em termos de organização de comandos.
Para lá disto tudo, trouxe a Portugal os principais líderes da política mundial, entre os quais o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o que deu uma enorme projecção internacional ao nosso país, cuja organização foi elogiada por muitos dos participantes. Parecem-me, assim, mesquinhos os argumentos daqueles que criticam, dizendo que a factura foi pesada. Só por inveja!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Futebol a nossa selecção

Há muito tempo que a nossa selecção de futebol não jogava tão bem quanto jogou ontem. Portugal ganhou à Espanha por 4-0, num jogo particular, é certo, mas onde nenhuma das equipas tinha qualquer coisa de muito importante para ganhar, mas algumas coisas para perder. Desde logo a selecção da Espanha, campeã da Europa e do Mundo, teria que fazer tudo para ganhar e nunca deixar que Portugal ganhasse da maneira como ganhou. Sem "embandeirar em arco", direi que foi uma "lição de bola" ou, como disse um jornal espanhol, a Espanha foi toureada por Portugal. Para além de ter visto uma excelente vitória, vi cinco belos golos que só contaram por quatro, porque a equipa de arbitragem assim quiz. Parabéns pois à equipa portuguesa e que este jogo sirva de incentivo para os restantes jogos de apuramento para o europeu.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Ditador

Para nós portugueses do Continente que andamos um bocado deprimidos com a crise, distrai-nos quando Jardim - o ditador da Madeira - verbera contra a República, chama loucos aos políticos nacionais, "faz fitas" nas reuniões dos órgãos nacionais do PSD, etc. Muitas vezes ficamos mais bem dispostos do que ir ao circo. Mas não podemos ficar indiferentes às atitudes próprias de um ditador que ele toma.
O conselho nacional executivo da Ordem dos Médicos, no âmbito das competências que lhe foram cometidas pelo Estado, resolveu considerar que diversos serviços hospitalares e centros de saúde da Madeira não tinham condições de formação por se recusarem à necessária e imprescindível avaliação extraordinária. Como sabemos, na Madeira todas as instituições de âmbito regional, para que possam sobreviver, têm que dizer ámen com o governo regional. Assim, a secção regional da Madeira daquela Ordem, resolveu cortar relações com as estruturas nacionais da OM, criando um conflito que poderá ser solucionado pelos tribunais. AJ Jardim resolveu "meter o nariz onde não foi chamado e, qual ditador, disse que quem governa é ele e, portanto, ali mais ninguém dá ordens.
Ora, que saibamos Jardim é apenas o líder de um Governo regional que tem de obedecer à Constituição e às leis da República. Tem autonomia, mas não é independente. Por isso, Senhor Presidente daRepública, meta-o na ordem!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Governo de Salvação Nacional; quem são os salvadores?

O que é um Governo de Salvação Nacional? Não encontro qualquer referência a este tipo de governo na Constituição da República Portuguesa. O que a nossa constituição diz, é que Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, tendo em conta os resultados eleitorais e que depois nomeia os outros ministros sobre proposta do Primeiro-Ministro; ou seja os governos resultam da vontade expressa pelos cidadãos e não da vontade daqueles super inteligentes que comentando a crise económico-financeiras, enquanto políticos no activo ou paineleiros, apresentam como solução para curar o mal, que se substitua este governo por um governo de salvação nacional.
É claro, que um dos arautos deste tipo, antidemocrático, de governo foi Paulo Portas, o rei da demagogia. Ah, com duas condições: formado com pessoas indicadas pelo PS, PSD e CDS/PP; e sem José Sócrates!
Com o CDS/PP, porque Paulo Portas quer chegar ao Governo sem eleições, pois tem medo do voto útil e não quer a representação do partido outra vez dentro dum taxi; sem Sócrares, porque Paulo Portas quer contrariar a vontade de uma maioria relativa de portugueses e quer mandar na vontade dos militantes do PS. José Sócrates ganhou as eleições internas para líder do PS (mais do que uma vez) e deu a cara pelo partido em duas eleições para o Parlamento, e ganhou-as. Por isso foi duas vezes convidado para formar governo pelo Presidente da República (curiosamente, por Jorge Sampaio e por Cavaco Silva).
De resto, tirando os governos de iniciativa presidencial de Eanes (que se julgou um de Gaulle à portuguesa, mas eleito pela esquerda!), Balsemão e Pedro Santana Lopes foram o mau exemplo de primeiros ministros não eleitos indicados pelo partido e/ou coligação com reptresentação maioritária no Parlamento. E vejam no que deu!
Governo democrático, sim; Governo de Salvação(?) Nacional, NÃO.

domingo, 14 de novembro de 2010

Uma nova forma de escravatura

O subsídio de desemprego é uma prestação social a que um cidadão tem direito quando perde o seu posto de trabalho por razões que não lhe são imputáveis, ou seja, quando cai involuntariamente na situação de desempregado. Esta prestação funciona como uma espécie de seguro para o qual o trabalhador vai pagando um prémio, através das suas contribuições para a Segurança Social que lhe são descontadas no seu salário. O objecto deste seguro é receber mensalmente (quase sempre ) ou de uma só vez (em casos pontuais) uma espécie de indemnização pelo "sinistro" (o despedimento) de que foi vítima. Quer isto dizer que o cidadão desempregado não recebe uma esmola nem uma qualquer contrapartida para estar disponível a efectuar qualquer trabalho a que a "sua seguradora" (o Estado através da Segurança Social) o obrigue a fazer, sobre pena de lhe cortar as prestações a que tem direito e que, queira ou não queira, possa ou não possa, tem que ir limpar as matas . O cidadão desempregado é, à partida, um cidadão digno, não é um escravo, sem direitos. Como português orgulho-me de Portugal ter sido pioneiro na abolição da escravatura; não me orgulho de Portugal ter políticos como Paulo Portas, Pedro Passos Coelho e agora Vasco Franco, que querem tratar os cidadãos desempregados como tal. Dos dois primeiros nada me espanta, pois servem-se da demagogia mais primária para poderem chegar ao poder. Já quanto a Vasco Franco, sabendo que chegou àquele tacho (secretário de Estado da Protecção Civil) porque ficou "desempregado" do tacho que teve durante anos na Câmara de Lisboa, só tenho pena que seja elemento, embora peça menor, de um Governo do Partido Socialista, fundado por Mário Soares e outros homens e mulheres, amantes da Liberdade de todos os outros homens, da solidariedade e do respeito pela pessoa humana.
Em jeito de rodapé pergunto: este Vasco Franco não é aquele cidadão que foi reformado por invalidez (?) aos cinquenta e poucos anos de idade? Só queria saber!

sábado, 13 de novembro de 2010

Desta vez até concordo

Sou um leitor assíduo dos artigos de "Opinião" de Vasco Pulido Valente publicados no jornal "Público", às Sextas-feiras, Sábados e Domingos. É raro, mesmo muito raro, concordar com ele. No entanto o "Opinião" publicado ontem dia 12, merece o meu acordo. VPV fala sobre o excesso de autarquias - municípios e freguesias, que existem no nosso país. E o pior, é que a tendência é para aumentar, sobretudo o número de municípios, já que os principais partidos do chamado arco do poder têm tendência a elevar a concelho ou a freguesia uma localidade fiel ao partido nos sucessivos actos eleitorais. Têm necessidade de satisfazer as suas clientelas e encaixar na gestão autárquica aqueles "clientes" que não tiveram lugar nas listas para deputados. As autarquias são um sorvedouro de dinheiros públicos e uma quantidade delas, como diz VPV, "tornou-se numa espécie de propriedade privada de algumas "máfias", sabiamente distribuídas pelo PS e pelo PSD".
É preciso aproveitar a crise e ter coragem para inverter esta situação.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Temos tantos sábios!

Se há coisa que esta crise que afecta a vida da maior parte dos portugueses nos mostra, é que temos muita gente a dar a sua opinião crítica sobre ela, quase sempre dizendo mal das decisões que vão sendo tomadas, e dos decisores, mas nunca apontando as soluções correctas para a debelar. São os chamados paineleiros que andam nos diversos canais das televisões e das rádios, quais arautos da desgraça, a anunciar o caos os portugueses. Ouço-os e fico zangado por não apresentarem a solução que nos conduziria ao paraíso, e penso: talvez estejam a fazer segredo daquilo que sabem e esperam a oportunidade para nos governarem. Que sábios; temos tantos sábios!

SÓ AGORA?

Foram feitas buscas na casa de João Rendeiro, o do BPP. A minha dúvida é: passados dois anos é que foram visitar a casa do senhor? Ou foram lá novamente? Em qualquer dos casos, não entendo o que procuram ou podem encontrar de relevante.
E os outros senhores do BPN, que não Oliveira e Costa, já foram visitados? Se sim o que encontraram? O senhor Madoff cumpre pena há mais de um ano e os bens encontrados já foram a leilão...

OS GALEGOS NAS SCUT

Parece que Paulo Campos já descobriu maneira de facilitar a vida aos nossos vizinhos da Galiza quanto ao pagamento de portagem virtual nas ex-SCUT. Deve ter sido ideia de um dos antigos sócios nomeados para os CTT. Já valeu a pena.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Por favor, não o mandem para um hotel de cinco estrelas!

Numa altura em que o comum dos cidadãos em Portugal faz contas à vida e, de uma maneira ou de outra, se vê afectado por uma crise económico-financeira para a qual não contribuiu, e assiste agora a esta triste novela dos juros da dívida pública, Oliveira e Costa - o ex-presidente do BPN, vê a sua qualidade de vida a melhorar. De prisão preventiva em estabelecimento prisional, passou a prisão domiciliária e agora foi colocado em liberdade, embora esteja obrigado a apresentar-se semanalmente no Tribunal Criminal de Lisboa.
Esta situação é mais uma afronta para todos os portugueses, que têm sempre bem presente que o Estado, para evitar problemas gravíssimos no sector bancário, teve de encaminhar para o BPN mais de quatro mil milhões de euros, em consequência de "maus actos de gestão" (ou mesmo de gestão danosa) das pessoas que o geriam, e não só de Oliveira e Costa. Quanto a este, têm-lhe melhorado tanto a qualidade de vida que eu peço: por favor, não o mandem para um hotel de cinco estrelas!

O PREÇO DAS BOLAS DE GOLFE

O FCP foi multado em 2500 euros pelas bolas de golfe arremessadas na direcção do guarda-redes do Benfica. Estão caras, estas bolas. A acrescer, mais uns 1700 euros por outras infracções.
Mas valeu a pena, não valeu?
Só espero é que não haja retribuição das "carícias", quendo o FCP se deslocar à Catedral.

MAIS JARDINICES?

Um jornalista do Diário de Notícias do Funchal foi agredido pelo presidente do Marítimo, instigado pelo Alberto João, dizem. O problema é fazer a prova... E alguém vai ter um processo por difamação, ai vai, vai.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Na Madeira pouco ou nada é livre

A propósito da lamentável agressão com que o Presidente do Marítimo "presentiou" um jornalista local, o Bloco de Esquerda requereu à ERC que se pronuncie sobre este caso e, de um modo geral, sobre a forma como o Clube Sport Marítimo tem tratado a Comunicação Social. Questiona também aquela entidade sobre as condições da liberdade de imprensa na Região Autónoma da Madeira.
Este incidente ocorre na sequência de declarações públicas de Alberto João Jardim que apelou aos adeptos do Marítimo que se revoltassem contra o Jornal Diário. O autor material deste bárbaro acto é, sem dúvida, o Presidente do Marítimo, embora saibamos que o mesmo age como comissário de Jardim Este o é o autor moral, tendo em conta as as irresponsáveis afirmações de instigação à violência.
Não há verdadeira liberdade na Madeira!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Errar foi humano; não assumir as responsabilidades do erro foi uma cobardia

É opinião unânime de todos os comentadores da especialidade e, de um modo geral, de toda a gente que está habituada a ver futebol, que Jorge Jesus errou, e muito, na constituição da equipa e não só, mas também em muitas das mudanças que foi fazendo ao longo do jogo. Ora, errar é humano; só não erra quem nada faz. Quando alguém erra e até tem a consciência de que errou (se, no caso, não a tem, então é irresponsável), tem a obrigação de assumir as responsabilidades do seu erro, sobretudo se errou enquanto comandante de um grupo. Pois bem, Jorge Jesus falando para a comunicação social, em vez de dizer que errou e que a culpa daquela humilhante derrota era sobretudo dele, disse que tentou arranjar maneira de travar HulK, o que não resultou; mas que na segunda parte emendou a estratégia e também não foi possível travá-lo. Com isto, quis dizer que a culpa não foi da estratégia, mas dos que, estando lá dentro, não souberam tirar partido dela. Uma cobardia! Um bom comandante assume a responsabilidade do que não correu bem, mesmo quando não é o principal responsável, o que não foi o caso. Jorge Jesus sacudiu a água do capote e, de certo, que esta situação caiu mal nos jogadores do Benfica. Será que Jesus perdeu o controlo do balneário?

domingo, 7 de novembro de 2010

Futebol

O Benfica foi hoje copiosamente derrotado no Dragão por 5-0. É um facto que esta época o Porto tem uma equipa melhor que a do Benfica, mas não foi só por isso. Mais uma vez Jorge Jesus - o conhecido mestre da táctica -, capitulou. Toda a gente estava à espera do duelo Fábio Coentrão - HulK e JJ, contrariando-os a todos, revolucionou a equipa, inventou e ... o resultado está à vista. Um descalabro! Ele é que foi o grande culpado e os jogadores sabem que assim foi. Ora, tinha-lhe ficado bem, no fim do jogo, ter assumido as suas responsabilidades pelo tremendo erro cometido. Mas não, já lhe subiu a vaidade à cabeça e, vai daí, o culpado foi o HulK!
Bom, nunca tive dúvidas que Jorge Jesus não é, nem nunca foi um grande treinador. Mas foi campeão na época transacta, não foi? Pois foi, mas como dizia Mário Wilson, no Benfica (e eu acrescento no Porto) qualquer treinador se arrisca a ser campeão. E assim sucedeu.

sábado, 6 de novembro de 2010

Deviam ter alguma vergonha

O sindicato dos Magistrados do Ministério Público resolveu juntar alguns associados, fazer uma assembleia Geral e decidir aderir à greve geral do próximo dia 24.
Até aí tudo bem, o direito à greve é um direito constitucional de todos os trabalhadores. Agora, vir uma das classes mais privilegiadas da Administração Pública e não só, dizer que faz greve por solidariedade de todas as pessoas que trabalham por conta própria neste país, é de um grande descaramento. Fazem greve porque as medidas, de agora, também lhes toca, e só por isso. Também me fartei de rir ao ouvir o sindicalista João Palma dizer que os sacrifícios para fazer face à crise são sempre pedidos aos mesmos. Deviam ter alguma vergonha.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ninguém o mete na ordem

Mais uma vez Alberto João Jardim vem insultar tudo e todos, dizendo que o Estado é ladrão e uma fraude. E mais grave ainda, é que a maior parte das vezes em que diz estas boçalidades está numa qualquer inauguração ou num outro qualquer evento na qualidade de governante e não de dirigente partidário.
Desta vez, sentindo-se ameaçado pela não possibilidade de continuar a acumular pensões de reforma com altos vencimentos pagos pelo Estado, vem berrar contra o orçamento dizendo que o mesmo contém inconstitucionalidades e ilegalidades e chega ao descaramento de invocar o que aprendeu enquanto estudante de Direito. Ora, todos sabemos que Jardim foi um mau estudante e que andou na universidade muitos mais anos que o número de anos do curso. Podia e devia estar calado.

AS POPANÇAS EM OUTDOORS

"Cavaco Silva vai fazer visitas oficiais enquanto Presidente da República a todas as cidades, vilas e aldeias do País para se certificar que não existe nenhum "outdoor" da sua campanha colocado nas ruas"
In "O Inimigo Público"

Nem todos pagam a crise

Ouvi hoje duas notícias que confirmam aquilo que muitos portugueses já sabiam: são sobretudo os portugueses trabalhadores por conta de outrem, funcionários públicos ou trabalhadores de empresas privadas, quem paga a crise.
Primeira notícia: os principais bancos portugueses têm lucros de alguns milhões de euros por dia. Pois é, em consequência da crise os bancos portugueses sentem dificuldade em obter crédito juntos dos bancos estrangeiros e, por isso, o Banco Central Europeu, empresta-lhes dinheiro com uma taxa de juro muito baixa; dinheiro esse que depois vão emprestar às empresas portuguesas e aos portugueses em geral a taxas de juro quatro ou cinco vezes superiores, o que lhes traz lucros anormalmente superiores aos que teriam numa situação normal. E com estes lucros, o que contribuem para a crise? Nada. E mais, ainda ouvi um banqueiro a manifestar o seu descontentamento relativamente a qualquer imposto especial que venha a ser imposto à banca.
Segunda notícia: as dez maiores empresas cotadas na bolsa aumentaram os seus lucros em 24% nos últimos nove meses. E o que têm contribuído para a crise? Nada. E ainda ouvimos os representantes do patronato a quererem baixar salários e a não quererem assumir o salário mínimo acordado em Concertação Social.
Uns e outros só podem estar a brincar com os portugueses. Esta gente não tem vergonha!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Futebol europeu


O terceiro e último dia desta jornada do futebol europeu, não foi proveitoso para o futebol português. Sporting e Porto jogaram para a Liga Europa. O Sporting perdeu na Bélgica com o Gent e, para lá de não ter contribuído com qualquer ponto para a classificação de Portugal, não garantiu ainda o apuramento, já que teoricamente lhe falta conquistar um ponto.
O Porto empatou no Dragão com o Besiktas da Turquia a 1-1 mas, mesmo assim, conseguiu garantir o apuramento para a próxima fase da competição, já que o CSKA de Sofia foi à Austria vencer o Rapid de Viena.
Embora cada jogo tenha a sua história e não se possam comparar jogos de competições diferentes, há sempre ânimo ou desânimo para o jogo seguinte, conforme o resultado do jogo anterior seja positivo ou negativo. E memo o empate do Porto é, neste caso, um resultado negativo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Futebol europeu

O segundo dia desta jornada europeia de futebol, também foi positiva para Portugal, já que o Sporting de Braga venceu em Belgrado o Partizan e pode ainda sonhar com apuramento para a fase seguinte.
Esperemos, agora, que Sporting e FC Porto vençam amanhã os seus jogos e que o ranking de Portugal na UEFA amealhe mais uns pontos e suba a sua posição.
Entretanto o Real Madrid de José Mourinho já assegurou a sua presença nos oitavos-de-final. Empatou 2-2 com o Milan , em Itália, tendo marcado o seu segundo golo (o do empate) nos últimos segundos dos cinco minutos que o árbitro deu de compensação (tempo perfeitamente justificado). Foi sem dúvida a melhor equipa em campo, sobretudo na primeira parte, no final da qual marcou o primeiro golo. José Mourinho queixou-se da equipa de arbitragem e tem razão. Para além de ter permitido alguma dureza a jogadores do Milan, validou a esta equipa o segundo golo precedido de um escandaloso "fora de jogo".

Cavaco-O Presidente vs Cavaco-O Candidato

Cavaco Silva já há muito tempo que anda em campanha eleitoral. Desde o fim do Verão que, duas a três vazes por semana, vemos Cavaco Silva mais a sua Maria a visitar lares de velhinhos e de criançinhas por todos os recantos deste país. Agora, que já se assumiu como candidato (o que todos os portugueses já sabiam), fala nas duas qualidades. Como político, enquanto presidente e como potencial político, enquanto Candidato. Faz-me lembrar aquela hilariante peça de teatro de revista, protagonizada pela saudosa actriz Ivone Silva cujo título era: "o eu Olívia patroa e o eu Olívia costureira".
Nas suas redes sociais de Candidato (no papel de "o eu Olívia costureira") Cavaco Silva vem dizer que está apreensivo com o desprestígio da classe política, e que o Presidente da República não pode contribuir para o espectáculo público de cinismo ou de agressividade. Mas, como Presidente (no papel de "o eu Olívia patroa"), Cavaco Silva não tem feito outra coisa que assobiar para o tecto sempre que se depara com atropelos ao normal funcionamento da vida política portuguesa. Isto não é cinismo político?
Por outro lado Cavaco Silva já não se lembra de algumas intervenções inflamadas que fez na Assembleia da República quando era primeiro-ministro? Bom, realmente não fez muitas porque, como sempre fugiu e foge, aos debates políticos, poucos debates travou no Parlamento. Ele é, sem subterfúgios, um dos portugueses que anda há mais anos ligado à política activa. Ele é político; e não lhe fica bem andar a incitar os portugueses contra os políticos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Futebol europeu

Começou da melhor maneira a prestação das equipas portuguesas nesta jornada de futebol europeu que se iniciou hoje. Na Liga dos Campeões, o Benfica venceu o Olympique de Lyon por 4-3.
A equipa encarnada, não sendo brilhante, jogou bem durante setenta e cinco minutos. Depois, talvez já a pensar no jogo do próximo fim de semana no Porto para a Liga Portuguesa, entrou em poupança de esforços e sofreu três golos, sendo que os segundo e terceiro golos dos franceses foram bastante esquisitos, já que o canto do qual nasce o segundo golo do Lyon só o é porque o árbitro auxiliar que acompanhava o ataque da equipa francesa deixou passar um fora de jogo de dois jogadores, e o terceiro golo só é possível porque o guarda-redes Roberto voltou à normalidade e resolveu sair da baliza para falhar escandalosamente, não chegando com as mãos onde um jogador adversário de estatura média chegou com a cabeça. Também não entendi as substituições operadas pelo treinador Jorge Jesus. E só não acabou com o credo na boca porque o terceiro golo do Lyon já foi marcado dois ou três segundos após os quatro minutos de compensação dados pelo árbitro da fraca equipa de arbitragem.
Esperemos que as outras equipas portuguesas tenham o mesmo sucesso do Benfica.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Porque não lhe fazem a vontade

A propósito de tudo e de nada, a comunicação social, sobretudo as televisões, dão-nos a conhecer os disparates que Alberto João Jardim vai praguejando sobre o poder político da República e, de um modo geral, sobre os portugueses do continente que maioritariamente os elegem. Por mim estou farto e já não me dá o riso. Apenas me revolto com o facto de aquela caricata figura continuar a ter a conivência, por omissão de atitude, das altas autoridades do Estado, a quem ele insulta muitas vezes, quanto mais não seja, chamando-os de loucos.
Ouvi há pouco no telejornal Jardim a vociferar mais uma vez contra o acordo para a viabilização do orçamento, numa das muitas acções da sua propaganda de cacique. E, após outras considerações habituais, queixou-se da autonomia que tem, dizendo que é pouca por causa dos impostos, dando a ideia que lhe ficam com alguns. Pois bem sugiro que lhe façam a vontade. Ele fica com todos os impostos que cobra na Região, mas paga todas as despesas públicas, incluindo as de Saúde, Educação, Segurança Interna e Defesa, Prestações Sociais, etc. E não leva nem um cêntimo cá do Continente. Aí sim, era plenemente autónomo. Ainda gostava de ver. Só que os Madeirenses, sobretudo os mais desprotegidos, não têm culpa, apesar de muitos votarem nele.