Eduardo Catroga, ex-ministro das finanças de Cavaco Silva é, para lá de coordenador da proposta de programa de governo, um dos pirómanos de serviço do PSD. O outro é, como não podia deixar de ser, o já famoso Relvas. Numa altura em que todos os portugueses viram e ouviram o actual Presidente da República e os três ex-presidentes vivos a apelarem para o bom senso de todos os partidos, no sentido de se unirem e de não se agredirem, tendo em conta que é urgente criar as condições para combater a crise económico-financeira com que nos deparamos, vem o Dr. Eduardo Catroga insultar e caluniar o PS, sobretudo na pessoa do seu Secretário Geral José Sócrates. E, demonstrando o seu desespero político, chega até a apelar às gerações mais jovens para porem o Governo em tribunal. Porquê Dr. Eduardo Catroga? Que saibamos ninguém do Governo cometeu fraudes, escondeu dinheiro nos paraísos fiscais, etc, como fizeram os seus amigos do BPN/SLN. O Senhor, Dr. Eduardo Catroga, e todos aqueles que foram ministros das finanças de Cavaco Silva ainda têm que explicar aos portugueses como desmantelaram o aparelho produtivo deste país, numa altura em que recebíamos todos os dias muito dinheiro para o modernizarmos e o tornarmos mais eficaz. Foi aí, Dr. Eduardo Catroga, que nós perdemos o comboio da Europa. Que figurinha o Senhor anda a fazer!
sábado, 30 de abril de 2011
E O CLUBE DA MINHA ALDEIA?
O clube da minha aldeia natal disputa a 3.ª divisão dos regionais de futebol, mas as dificuldades são muitas e por vezes nem dinheiro há para a merenda dos jogadores nem para o gasóleo da carrinha que os transporta. Porém, o campo de futebol, pelado, embora com alguma erva daninha nas bordas, é de sua propriedade e tem iluminação eléctrica (nunca se sabe quando poderá ocorrer uma transmissão televisiva e é melhor estar prevenido), balneários com água quente e tudo. Fazia jeito que alguém disponibilizasse uns dinheiros frescos, uma vez que as novas gerações de emigrantes (que nem português já falam e só aparecem nas festividades de verão) não se "chegam" à frente. Se a lei autárquica vigente o não proibir, poderei sugerir ao presidente do clube que proponha a venda do "estádio" da minha aldeia à Câmara de Matosinhos? Mesmo que o doutor Guilherme Pinto cobre uma renda pela utilização (que seria paga se e quando se pudesse), acho que valeria a pena e todos ganhariam. E até podia ser um bom investimento para a Câmara de Matosinhos, se o clube viesse a subir, sistematicamente, de divisão e ascender (quem sabe?), à Taça UEFA, pelo menos. Quem quer dar uma ajuda à minha pretensão (uma cunha fazia jeito), tanto mais que estou certo de que o "meu" presidente aceitaria um bom preço?
OPORTUNIDADES OPORTUNAS
Não sei, nem vem ao caso, a sua cor política, quem o nomeou, há quanto tempo se encontra na função e outros pormenores que gostava de conhecer. Mas, não deixa de ser estranho que o presidente da Carris aproveite uma sessão de debates do chamado Movimento Mais Sociedade para desancar o "accionista" da empresa pela sua actual situação financeira. "Claro que há má gestão, sobretudo do accionista", disse. Admitindo que o senhor não conhecia a situação e as "regras" quando foi nomeado, porque é que lá permaneceu? Que contributos veiculou à tutela para inverter a situação? O salário e demais mordomias são demasiado atraentes e o melhor é não fazer ondas? E porque fala agora, em público? "Cheira-lhe" que o "barco" se vai afundar e vá de saltar para o salva-vidas para poder embarcar em nova nau, com um novo comandante?
QUEM?
Foi nomeado o novo Governador Civil do Porto, já que a senhora que ocupava a função para a qual foi nomeada após perder a eleição para a presidência da Câmara de Gondomar e onde não se quis dar à maçada de ser vereadora, vai agora ser (candidata a) deputada.
Vi no jornal o nome e a foto do novo Governador Civil e fiquei como dantes: não conheço nem me recordo de alguma vez o ter visto, ouvido, lido ou citado. Quem é o senhor? Que qualidades o distinguem como profissional, cidadão ou político e em que áreas se notabilizou? Quem o recomendou para a cargo, bem sei que pouco exigente?
Ambos devem fazer parte da enorme lista dos boys & girls que enxameiam os partidos do chamado arco do poder. Do PS, no caso.
Não se pode extreminá-los?
Vi no jornal o nome e a foto do novo Governador Civil e fiquei como dantes: não conheço nem me recordo de alguma vez o ter visto, ouvido, lido ou citado. Quem é o senhor? Que qualidades o distinguem como profissional, cidadão ou político e em que áreas se notabilizou? Quem o recomendou para a cargo, bem sei que pouco exigente?
Ambos devem fazer parte da enorme lista dos boys & girls que enxameiam os partidos do chamado arco do poder. Do PS, no caso.
Não se pode extreminá-los?
O GOVERNO PASSOS COELHO
São tantos os opinadores da "sociedade civil" (coisa que não sei bem o que seja) à disposição de Passos Coelho e que diariamente botam faladura nos jornais, rádios e tvs sobre como endireitar o infeliz e decrépito país, que Passos, se vier a ser primeiro-ministro, se vai ver à rasca para "entachar" . Para além de todos eles terem "a solução" de todos os problemas que nos atormentam (por onde andaram antes?), mais parece que procuram abichar (na feliz expressão de José Lello) um tachito condizente com a sua sapiência. Passos arrisca-se a ficar com muitos inimigos, que procurarão fazer-lhe a cama de lavado.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
A língua portuguesa é muito traiçoeira
João Adelino Faria, um dos bons jornalistas da RTP, foi hoje atraiçoado pelo seu entusiasmo quando, directamente de Londres e em directo para o Telejornal, fazia comentários jornalísticos ao já estafado casamento dos agora duques Kate e William. Querendo referir-se aos muitos preparativos que foram precisos para que o casório corresse bem, o jornalista falou em "muitos preservativos". Será que foram precisos tantos?
Pois é: a língua portuguesa é muito traiçoeira!
INCOMPETÊNCIA E/OU OPORTUNISMO?
Já em tempos escrevi aqui que não tenho opinião definitiva sobre o processo da avaliação de professores, que dizem querer ser avaliados mas nunca, que se saiba, os seus sindicatos apresentaram uma proposta concreta e credível.
A meio do ano lectivo, a oposição parlamentar, em bloco, "eliminou" o DL em vigor sobre tal avaliação. O PR, porque tivesse dúvidas, enviou o diploma para o Tribunal Constitucional, que o chumbou por, entre outras razões, invadir as competências do governo. A oposição parlamentar sofreu, no mínimo, um atestado de incompetência.
A meio do ano lectivo, a oposição parlamentar, em bloco, "eliminou" o DL em vigor sobre tal avaliação. O PR, porque tivesse dúvidas, enviou o diploma para o Tribunal Constitucional, que o chumbou por, entre outras razões, invadir as competências do governo. A oposição parlamentar sofreu, no mínimo, um atestado de incompetência.
MINISTRO OU PORTA-VOZ?
Aquele senhor do PSD que ouço e vejo todos os dias (mais do que uma vez por dia, em boa verdade), que fala em nome do PSD, vai ser ministro se aquele partido ganhar as eleições? Ou vai ser, apenas, porta-voz do dono? Já agora, prefiro que seja ministro; de outro modo receio ter que continuar a vê-lo/ouvi-lo todos os dias, o que é cansativo.
Que grande derrota!
Os partidos da Oposição, coligados negativamente, aprovaram no Parlamento um diploma que revogava a avaliação de desempenho dos professores. E fizeram-no num acto de puro oportunismo político e, sobretudo, de elitoralismo cego, tentando capitalizar em vésperas de eleições os votos de uns milhares de professores. Num só dia aprovaram-no na generalidade, na especialidade e em votação final, ou seja, num só dia fizeram aquilo que normalmente é feito pelo menos numa semana.
Enviado ao Presidente da República para promulgação, este pede ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva constitucionalidade do mesmo. A decisão do referido tribunal foi hoje conhecida, tendo-se pronunciado no sentido da sua inconstitucionalidade. Quer dizer, então, que a pretendida revogação aprovada pela chamada coligação negativa não tem qualquer eficácia, pelo que, conforme considerou a Senhora Ministra da Educação (com um largo sorriso), estão reunidas todas as condições para que o processo avaliativo continue a decorrer sem quaisquer problemas até ao final do ano lectivo.
Que grande derrota!
A RIQUEZA DA LÍNGUA
Depois de Cavaco Silva ser considerado "foleiro" (termo que considero foleiro), Jósé Lello traz para o modernidade da língua materna outro termo esquecido, ao afirmar que um qualquer barão do PSD quer "abichar" um tacho. Bem haja, José Lello.
BOLAS À TRAVE
Ainda que prognósticos só devam ser emitidos no final dos jogos, sempre adianto o meu palpite para a final da Taça UEFA: Porto 1 - Braga 2.
TÍTULOS
"Paiva requalificado para turismo activo", titula o JN.
Que há activos e passivos, sabia eu, de outiva. Quanto à qualificação turística, confesso a minha ignorância. Será que se estiver esticado ao sol, na praia, sou passivo, mas se for dar umas braçadas sou activo?
Que há activos e passivos, sabia eu, de outiva. Quanto à qualificação turística, confesso a minha ignorância. Será que se estiver esticado ao sol, na praia, sou passivo, mas se for dar umas braçadas sou activo?
APELO
Já em tempos apelei para que alguma alma caridosa me informasse de como hei-de mexer-me no facebook, meio através do qual o senhor Presidente da República insiste em querer comunicar comigo. Reitero o apelo, já que não quero ficar excluído das opiniões de Sua Excelência.
OS PARAQUEDISTAS
É habitual os partidos candidatarem ao Parlamento "notáveis" que nada têm a ver com os distritos por que concorrem, denominados como paraquedistas. Não é o caso do renomado escritor Francisco José Viegas, que concorre pelo PSD, por Bragança, "onde viveu no seu primeiro ano de vida". "Trata-se de um regresso", disse o escritor.
Fonte: JN de hoje
Havendo, como há, muitos paraquedistas, prometo voltar ao assunto.
Fonte: JN de hoje
Havendo, como há, muitos paraquedistas, prometo voltar ao assunto.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
E QUEREM SER MILIONÁRIOS!
A obra Dom Quixote, segundo uma concorrente, foi escrito por Machado de Assis.
Outra concorrente (médica!), não foi capaz de indicar qual dos países (Reino Unido, Grécia, Hungria ou Albânia) não pertence à União Europeia.
Bem sei que os concorrentes só lá vão para "uma nova experiência", para "ver a televisão por dentro" e quejandos motivos. Se, porventura, ganhassem algum dinheiro decente era, quase sempre, para uma viagem, uma necessidade básica, como se sabe, mormente nos tempos que correm. Mas, que raio, já agora podiam saber o elementar.
Outra concorrente (médica!), não foi capaz de indicar qual dos países (Reino Unido, Grécia, Hungria ou Albânia) não pertence à União Europeia.
Bem sei que os concorrentes só lá vão para "uma nova experiência", para "ver a televisão por dentro" e quejandos motivos. Se, porventura, ganhassem algum dinheiro decente era, quase sempre, para uma viagem, uma necessidade básica, como se sabe, mormente nos tempos que correm. Mas, que raio, já agora podiam saber o elementar.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
(IN)TOLERÂNCIAS
Temos muitos feriados e muitas "pontes"? Mais do que o comum dos países europeus? Não há unanimidade sobre o assunto.
É quase um "direito adquirido" a tolerância de ponto no Carnaval (recordam-se de quando Cavaco Silva não a concedeu?) e da tarde quinta-feira santa. Muita gente programa umas mini-férias na época pascal, "sabendo" que pode contar com aquela tarde. Acontece que este ano o feriado do 25 de Abril se segue ao domingo de Páscoa, o que permitiu a muitas famílias, com antecedência, um programa mais alargado. Acontece, também, que o País está "em crise" (alguma vez não esteve?) e temos entre nós a 'troika'. Por isso, uns quantos clamam: "aqui d'el rei, vejam como num momento em que estamos de mão estendida fechamos para férias, quando 'eles' continuam a trabalhar"; "que é que 'eles' vão pensar e dizer a nosso respeito e de quem nos governa?", como se nos restantes anos fizessemos as coisas às escondidas e ninguém soubesse. Dizem outros: "já viram, 'eles' chegam ao ministério e não têm quem os receba, pois está tudo para os Allgarves!". "Um escândalo!" Alguém acredita que o ministro das Finanças e a equipa que acompanha a 'troika' tenha metido férias? E também terão metido férias os dirigentes das diversas corporações que pedincham toda a série de benefícios à pala da crise? Sejamos sérios.
O que aconteceria se o governo não tivesse concedido a tolerância? Não veríamos o Mário Nogueira, já que os professores estão "de férias", mas a contestação não seria pequena, não tanto pelo meio dia de trabalho não previsto, mas pelos custos de anulação de viagens programadas. E veja-se a reação da corporação do turismo, que aplaude a medida....
Concedo que talvez o governo pudesse vir dizer que a conjuntura não aconselharia a tolerância, mas que, atendendo à tradição e à mais que provável programação das famílias a mesma tolerância era concedida.
Porque não se decreta, de uma vez por todas, a lista de feriados, sem tolerâncias?
Por outro lado, acho piada aos "custos" da tolerância calculados por alguns. Uma simples conta de dividir e está feito. "Esquecem" muitos outros custos que deixam de ser suportados, mas isso agora não interessa nada, como dizia a outra.
Mas, bonito, bonito, é os hipers do engenheiro Belmiro e do comendador Soares dos Santos abrirem no 1.º de Maio, dito Dia do Trabalhador! O que é preciso é que o pagode acorra a comprar nos seus estabelecimentos, mesmo que pague com cartão de crédito. Hipocrisia e farisaímo é que não falta por aí.
É quase um "direito adquirido" a tolerância de ponto no Carnaval (recordam-se de quando Cavaco Silva não a concedeu?) e da tarde quinta-feira santa. Muita gente programa umas mini-férias na época pascal, "sabendo" que pode contar com aquela tarde. Acontece que este ano o feriado do 25 de Abril se segue ao domingo de Páscoa, o que permitiu a muitas famílias, com antecedência, um programa mais alargado. Acontece, também, que o País está "em crise" (alguma vez não esteve?) e temos entre nós a 'troika'. Por isso, uns quantos clamam: "aqui d'el rei, vejam como num momento em que estamos de mão estendida fechamos para férias, quando 'eles' continuam a trabalhar"; "que é que 'eles' vão pensar e dizer a nosso respeito e de quem nos governa?", como se nos restantes anos fizessemos as coisas às escondidas e ninguém soubesse. Dizem outros: "já viram, 'eles' chegam ao ministério e não têm quem os receba, pois está tudo para os Allgarves!". "Um escândalo!" Alguém acredita que o ministro das Finanças e a equipa que acompanha a 'troika' tenha metido férias? E também terão metido férias os dirigentes das diversas corporações que pedincham toda a série de benefícios à pala da crise? Sejamos sérios.
O que aconteceria se o governo não tivesse concedido a tolerância? Não veríamos o Mário Nogueira, já que os professores estão "de férias", mas a contestação não seria pequena, não tanto pelo meio dia de trabalho não previsto, mas pelos custos de anulação de viagens programadas. E veja-se a reação da corporação do turismo, que aplaude a medida....
Concedo que talvez o governo pudesse vir dizer que a conjuntura não aconselharia a tolerância, mas que, atendendo à tradição e à mais que provável programação das famílias a mesma tolerância era concedida.
Porque não se decreta, de uma vez por todas, a lista de feriados, sem tolerâncias?
Por outro lado, acho piada aos "custos" da tolerância calculados por alguns. Uma simples conta de dividir e está feito. "Esquecem" muitos outros custos que deixam de ser suportados, mas isso agora não interessa nada, como dizia a outra.
Mas, bonito, bonito, é os hipers do engenheiro Belmiro e do comendador Soares dos Santos abrirem no 1.º de Maio, dito Dia do Trabalhador! O que é preciso é que o pagode acorra a comprar nos seus estabelecimentos, mesmo que pague com cartão de crédito. Hipocrisia e farisaímo é que não falta por aí.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Futebol - Taça de Portugal
Mais uma vez o mestre da táctica (falhada) voltou a levar um banho de bola, e em casa. Nada de que o comum das pessoas não soubesse ser possível. A equipa do Benfica é uma equipa com alguns bons jogadores, mas com outros abaixo do sofrível, apesar de rotulados de bons. O exemplo mais flagrante é o do Cardozo, que para lá de marcar (e mal penaltys) e livres, pouco mais faz. Então, quando é preciso jogar com os outros, é um desatino total. A equipa do Porto é uma boa equipa com bons jogadores (um ou outro muito bom, como Falcão) e tem um jogo colectivo de encher o olho e, sobretudo, muita humildade. Não entra em campo a pensar que já ganhou. Por isso tem 90% de probabilidades de ser o vencedor da Liga Europa. Quanto ao Benfica, com um jeitinho nem ganha a Taça da Liga.
E já agora: O que esteve o Saviola a fazer em campo? Ah, a ganhar um penalty, está bem. E porque é que o Nuno Gomes jogou tão pouco esta época? o mestre da táctica que explique, se souber.
BOLAS À TRAVE
Por umas horas esqueçam a 'troika' (BCE-CE-FMI). Hoje é dia de Benfica-Porto, para a Taça. E, ao que dizem as TVs, parece estar instalado o estado de sítio em Lisboa ou, pelo menos, nalgumas zonas da capital.
domingo, 17 de abril de 2011
O troca-tintas dise ..., mas não disse...
Com a sua vozinha de cordeirinho, abordou a questão da renúncia ao cargo de deputado caso não seja eleito presidente da Assembleia da República, com uma certa incomodidade, não respondendo logo que disse, para depois, instado pela jornalista a concretizar o que disse na entrevista, referir que sim, que disse que renunciaria a ser deputado em caso de não eleição mas..., atendendo ao contexto, não disse o que queria dizer, ou seja, "se não for nomeado presidente (então o cargo não é de eleição, será que o homem não sabe ?), na altura certa (qual?) ajuizará qual é o lugar mais adequado para ele para servir Portugal". Como é? Afinal o homem candidata-se a deputado, não para exercer o cargo mas para depois arranjar um bom tacho.
Muitas coisas que disse na entrevista me fizeram rir de piedade pelo homem, mas há uma frase que mostra bem, para lá da sua demagogia, que pensa que os portugueses são estúpidos: "Demonstra o meu desapego completo a qualquer cargo político de poder. Só iria para presidente da Assembeia da República porque é um lugar que permite exerer uma influência". Influenciar quem, pergunto eu?
sábado, 16 de abril de 2011
QUE SORTE...
...tivemos em o eleitorado não o ter elegido Presidente da República. Este senhor, cuja foto se pode ver abaixo, confessa que não conhece (e quem conhece?) o programa so PSD, tendo aceite ser cabeça de lista por Lisboa "com o exclusivo e inequívoco propósito" de ser presidente da Assembleia da República, já que, confessa, que se assim não for, renuncia de imediato. Não sei como qualificar a atitude deste homem (por quem tinha consideração, como já aqui escrevi), se como arrogância se como ingenuidade. E como pode ele crer que a promessa que lhe terá sido feita poderia vir a ser cumprida? O PSD, como outros, ainda não ganhou nada e quem decide não é o presidente do PSD, mas o colectivo da AR, por voto secreto. Acreditaria Nobre que os deputados do PSD, e mais uns quantos, iriam todos votar na sua pessoa? Ansiaria ele "tarimbar" para se recandidatar daqui a cinco anos a Belém? É bem provável. Ao que se vai lendo,parece que o tiro lhe saiu pela culatra, bem como a Passos Coelho. E, até nem ficaria admirado se o seu nome não vier a constar da lista de deputados, tal o bruá que se levanta no PSD.
O pior de todos
Fernando Nobre, que durante a campanha eleitoral para a presidência da República se fartou de dizer mal dos partidos e dos políticos que os integram e os dirigem, mostra agora com este oportunista convite de Pedro Passos Coelho para encabeçar a lista por Lisboa às legislativas, que é pior que todos eles. Nem lhe interssa, sequer, conhecer o programa do PSD, pois disse ao seu líder, que o convidou, que só aceitava o convite "com o exclusivo e inequívoco propósito" de ser presidente da Assembleia. Se não o for, renunciará imediatamente ao cargo de deputado. Nunca se viu disto na jovem democracia portuguesa. O propósito dele é agarrar o lugar de segunda figura do Estado de qualquer forma e a que preço, não lhe interessando a "cor da camisola que vai vestir". Qualquer uma lhe serve. É este homem que vem dar lições de desprendimento do poder e falar de cidadania? Ele dá é uma grande lição de oportunismo. Será que ele sonha com qualquer percalço neste mandato de Cavaco Silva e que, por vagatura do cargo, possa ascender ao lugar de primeira figura do Estado, que os portugueses não lhe deram? Por ventura sim.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Otelo e o 25 de Abril
Otelo Saraiva de Carvalho disse estar desiludido e que se soubesse como Portugal ia ficar não tinha realizado o 25 de Abril. Bom, parece-me presunção a mais, pois se é certo que Otelo foi, por assim dizer, o comandante operacional do movimento, não o é menos que foi obra de muitos outros militares que, no fundo, o escolheram a ele assumir aquelas funções. Confesso que nunca entendi muito bem a relação de Otelo com o espírito do 25 de Abril, por tudo quanto fez enquanto comandante do COPCON e, sobretudo, como um dos mentores do lamentável movimento das FP's 25. É verdade que o país atravessa uma grave crise financeira. É verdade que o país está longe do desenvolvimento preconizado no programa do Movimento das Forças Armadas, mas basta só a democracia e a liberdade para que possamos dizer: Valeu a pena. Mas mais Otelo, embora ainda haja pobreza, e muita dela escondida, já não se dividem sardinhas nas famílias mais pobres do interior. Antes do 25 de Abril só tinham bons cuidados de saúde os que podiam pagá-los. Nos anos imediatamente antes do o 25 de Abril morriam por ano mais de 6500 crinças, hoje morrem à volta de 300. Em 1974 só 5% da população tinha o ensino secundário completo, hoje têm-no quase 70%. E o número de portugueses licenciados e até doutorados, não tem qualquer comparação. E isto não conta Otelo? Se calhar para si não conta. Duma coisa tenho a certeza: Estaríamos muito pior se o 25 de Novembro não lhe tivesse travado os intuitos de estabelecer um regime totalitário de esquerda.
O PR E AS NOVAS TECNOLOGIAS
O senhor PR continua, e bem, a comunicar com o povo. Só que... através do Facebook. Tomou-lhe o gosto e agora não quer outra. Pena é que o povo, a que pertenço, não saiba (ou não queira) navegar nessas águas. Alguém terá que o avisar de que há, ainda, outras formas mais corriqueiras e primárias, de chegar ao pagode.
Futebol europeu
Três equipas portuguesas - Porto, Benfica e Braga - estão apuradas para as meias finais da Liga Europa, o que é histórico para o futebol português. Em conseqência disso, é já certo que vamos ter na final, pelo menos, uma equipa portuguesa.
O Porto, que está a fazer uma carreira excepcional nesta competição, ganhou em Moscovo de forma categórica por 5-2 e mostrou que é, de longe, a equipa portuguesa com mais bagagem para se bater com as melhores equipas europeias em competições internacionais. O Braga, com muito mérito e um pouquito de sorte, chegou onde muito poucos previram que chegasse e agora vai disputar a meia final com o Benfica, tendo 50% de hipóteses de chegar à final. O Benfica , que empatou a duas bolas em Eindhoven, chegou a ter a eliminatória em risco por falta de humildade, conhecimento adequado e falta de respeito pelo seu adversário. Para atingir o nível do Porto, o Benfica precisa a curto prazo de, pelo menos, um treinador em condições e um ponta de lança que jogue com e para a equipa.
MAIS UM RATO PARIDO
A senhora Fátima, de Felgueiras, foi condenada, por uma mera questão secundária, a um ano e oito meses de prisão, com pena suspensa. A montanha da Justiça, depois de longuíssima e caríssima gestação, pariu mais um mísero e enfezado ratito. A dita senhora, com todo o direito que lhe assiste, vai recorrer da pesada pena. Espero que tenha vencimento.
INÉDITO
No meio da crise, com o FMI e tudo, eis que temos três equipas portuguesas nas meias-finais da Taça UEFA, sendo certo que uma delas, pelo menos, já 'está' na final.
terça-feira, 12 de abril de 2011
E ainda vamos conhecer outros
Para já, e que se saiba, declinaram o convite feito pelo líder do PSD para integrarem as listas do partido às próximas eleições legislativas, em lugares de destaque, Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes, António Capucho e Luís Filipe Menezes. Se a eles juntarmos alguns destacados militantes cujas vozes têm sido críticas de decisões do líder, como Morais Sarmento, concluímos que há muitas figuras com algum peso institucional no partido que não acreditam no líder nem querem ficar ligados, mesmo indirectamente, ao fiasco de um governo de Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas e outros dirigentes deste P(J)SD, em caso de vitória eleitoral. Por agora sabe-se destes mas, de certo, ainda vamos conhecer outros.
APELO
Tenho ouvido falar no Facebook, mas confesso que não sei o que é nem como funciona. Sou, como se diz na gíria, um info-info. Como, no entanto, gosto de estar informado sobre o que se vai passando neste nosso mundo, não sei o que fazer. O senhor Presidente da República comunica com o país através do Facebook, o PSD informa, pela mesma via, que "convida" o dr. Fernando Nobre para presidente da Assembleia da República, e este na sua página diz aceitar o "convite" e convida as pessoas a bater palmas, o que, parece, muitos não fizeram, antes bateram com os pés no chão, pelo que a página terá fechado para obras de remodelação. E eu sem poder beber directamente nas fontes... Ignoro se há por aí algum curso de novas ou velhas oportunidades, que me permita familiarizar-me com essa nova tecnologia facebookiana. Assim, apelo a quem possa dar-me umas dicas sobre a matéria, porque não queria finar-me com tanta ignorância, eu que ainda não perdi o vício dos jornais em papel.
BOLAS À TRAVE
O fenómeno desportivo, mormente o futebolístico, diz-me relativamente pouco, sem embargo de ter simpatia (não doentia) clubística e de gostar de ver alguns jogos. Se foram ou não bons jogos, só no final, como diria o outro. E quantas vezes dei por mal empregue o tempo dispendido. O que se vem passando com o FCPorto e o Benfica ultrapassa tudo o que é razoável. Sem que procure, sou assediado pelas capas dos jornais (e não só os desportivos), pelas ondas das rádios e pelas imagens das televisões com uma guerra absurda e pornográfica entre os dirigentes e porta-vozes daqueles clubes. Ao que parece, o (algum) país gosta; de outro modo, não haveria tantos gastos em tinta e papel ou tempo de antena para os "artistas" da coisa. Não haverá bom senso para terminar com esta bandalheira, de falta de gosto e de decência? Por que não reconhecer o mérito, embora pontual, do adversário? Porquê e para quê o espectáculo dos apedrejamentos aos carros ou autocarros, as bolas de golfe, as sovas, os apagões, os discursos/apelos à violência contra "o outro"? Não se podem extreminar os "artistas", deixando brilhar, em campo, os verdadeiros artistas do pontapé na bola?
PINÓQUIOS
Sócrates é um mentiroso compulsivo, dizem alguns. Passos Coelho, pelo contário, é um homem de uma só cara, dizem outros. Então, como entender que o mesmo Passos tenha vindo dizer que apenas conheceu o PEC IV pelo telefone, para agora vir reconhecer que não foi bem assim, pois até esteve a dele tomar conhecimento na residência oficial do primeiro-ministro? Se Sócrates não é confiável, é-o Passos Coelho? E como qualificar um candidato a primeiro-ministro que "vende" o cargo, de que não dispõe, de presidente da Assembleia da República a um charlatão encapotado? Valha-me S. Cricalho, como diz um amigo meu.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Que grande pantomina!
O que dizer de alguém como Fernando Nobre que diz: - Partido político nem pensar, nunca;
- Nunca aceitarei nenhum cargo partidário ou governativo;
- Não, categoricamente não (respondendo à pergunta se aceitava ser candidato a deputado por um dos partidos políticos),
e que depois, quando o convidam a entrar no saco de gatos que ele disse ser o conjunto dos partidos e dos políticos portugueses, nem pestanejou?
Só pode dizer-se que deu uma grande pantomina. E quem dá uma grande pantomina é um ..., ou, como lhe chamam muitos daqueles que o apoiaram na candidatura presidencial, é um troca-tintas, um aldrabão e, sobretudo, um oportunista. Há gente, muita gente, que acreditou que ele era um homem intelectualmente honesto e desprendido do poder que se sente enganada, ou até mesmo defraudada. Que grande lição de cidadania (manhosa) ele nos deu!
domingo, 10 de abril de 2011
TRAGICOMÉDIAS
Por todos motivos e mais um, espero que nada de grave ocorra na Madeira nos próximos dois meses. É que não estou a ver os criminosos (Jardim dixit) Sócrates e Teixeira dos Santos voarem rapidamente para a ilha com o livro de cheques no bolso.
QUE DIZ SOARES?
Dizem alguns (muitos) que a candidatura de Fernando Nobre a PR nasceu por obra e graça de Mário Soares, para vingar o voto em Manuel Alegre que o havia derrotado nas presidenciais de 2006. Agora, que Nobre é figura de primeiro plano nas próximas legislativas, Soares vai votar Passos em lugar de Sócrates, que, não se esqueça, derrotou o seu filho nas 'directas' do PS em 2004? Fico em pulgas para ouvir Soares.
INCONGRUÊNCIAS
Sempre tive estima e consideração por Fernando Nobre, fundador e presidente da AMI, uma ONG que é sempre umas das primeiras a chegar lá, onde é preciso. Contudo, ou por isso, não percebi muito bem o que o levou a candidatar-se a PR, um cargo eminentemente político, e não apreciei o seu discurso moralista anti-partidos e anti-sistema. O seu apoio ao BE nas últimas Europeias entende-o como um gesto de cidadania, ainda que incongruente com o seu posterior discurso. Vê-lo agora cabeça de lista por Lisboa, pelo PSD, deixa-me, no mínimo, banzado. E "candidato" a presidente da AR, ao que leio por aí! Que leva Fernando Nobre a mudar de rumo e a contradizer-se? Afinal, que moral, que valores, vai ele debitar durante a campanha que se aproxima? Com que verbo e com que estilo vai comandar a AR? Quanto a este PSD, tudo é de esperar.
Nunca me enganou
O PSD anunciou hoje que o ex-candidato à presidência da República Fernando Nobre, será o cabeça de lista pelo círculo de Lisboa às eleições legislativas do próximo dia 5 de Junho. Confesso que não fiquei perplexo com este anúncio feito com pompa e circunstância por Pedro Passos Coelho. O discurso de Fernando Nobre durante as presidenciais nunca me enganou, nem enganou, tenho a certeza, muitos daqueles que o apoiaram porque não queriam votar em Cavaco Silva e em Manuel Alegre. E mesmo sendo uma afronta (muito bem feito!) para aqueles soaristas que se colaram directa ou indirectamente à candidatura presidencial deste lobo com pele de cordeiro, para se vingarem de Manuel Alegre, não é totalmente uma surpresa, pois serviram-se dele para lutarem em tempos de antena contra a candidatura do candidato poeta.
É evidente que Fernando Nobre tem todo o direito de se candidatar a deputado e pelo partido que entender. O que esta candidatura prova é a sua incoerência relativamente ao discurso do anti-político que se fartou de apregoar na candidatura presidencial. E, sobretudo, agora que o PSD virou à direita e se tornou o partido mais neo-liberal do espectro político português.
E o que dizer do PSD? O PSD (este PSD de Passos e de Relvas) serve-se de tudo e de todos com medo de perder as eleições. Como se sentirão determinadas figuras do partido ao saberem que para além de convidarem este anti-partidos para cabeça de lista por Lisboa, o indigitam desde já para o cargo de segunda figura do Estado. Creio que é caso inédito na política portuguesa. Mas, deste PSD já espero tudo.
sábado, 9 de abril de 2011
O Relvas já cansa
Aqui há dias o Miguel Sousa Tavares, comentando factos da vida política portuguesa, disse mais ou menos isto a determinada altura: "e ainda falta falar o Miguel Relvas, pois ele tem que falar todos os dias".
E é verdade, o homem tem que falar a propósito de tudo e de nada. O primeiro-ministro fala, e o Relvas comenta. O Teixeira dos Santos fala, e o Relvas comenta. Um qualquer ministro fala, e o Relvas comenta. E comenta sempre com ar zangado, dizendo às vezes o contrário do que tinha dito antes, utilizando linguagem insultuosa. Já não ligo ao que ele diz. O Relvas já cansa.
Já muito poucos se lembravam dele
Já se tornou moda em Portugal que alguém que quer ganhar protagonismo, sobretudo na vida política, tem que dizer mal de Sócrates. Alguns deles são ou foram militantes do PS que estão ressabiados com os seus dirigentes, sobretudo com Sócrates, por não serem escolhidos, ou terem sido afastados de lugares e cargos que julgavam ser vitaliciamente deles. São exemplos destes ressabiados, Manuel Maria Carrilho, Ana Benavente e, pasme-se, Narciso Miranda. Este não aceitou decisões tomadas democraticamente por órgãos competentes do partido e, violando os estatutos, candidatou-se contra o mesmo. Claro, foi expulso. De que é que estava à espera? Agora, já caído no esquecimento, veio pedir a Sócrates para "renunciar à candidatura ao cargo de primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas". O que pretende Narciso Miranda? Apenas protagonisno. Mas, felizmente para o PS e, sobretudo, para o país já não há quem o ature, a não ser os jornalistas, sempre desejosos da intriga e do conflito que possa fazer notícia.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Futebol europeu
Esta jornada de futebol europeu foi muito positiva para o futebol português. Das três equipas portuguesas que disputam a Liga Europa duas ganharam em casa - Porto e Benfica, e outra - Braga, empatou e foi talvez, por estranho que pareça, o melhor resultado, já que Porto e Benfica mostraram ser melhores equipas que os seus adversários e portanto favoritos na eliminatória, enquanto o Braga, à partida, parecia ser um pouquinho menos favorito que o Dínamo de Kiev. Bom resultado, então, para o Braga que beneficiou, e aida bem, da expulsão estúpida do jogador Schevchenco que, apesar da sua enorme experiência internacional, chuta a bola para a baliza após ser-lhe marcado um fora-de-jogo, pouco depois do início da segunda parte.
Porto e Benfica jogaram bem, melhor o Benfica que o Porto, apesar deste ter vencido por maior diferença de golos que aquele. Mas claro, o Porto tem um "pequeno mas grande" ponta de lança e um bom guarda-redes, enquanto o Benfica tem um "grande mas pequeno" ponta de lança e um guarda-redes que vale pontos ..., para os adversários.
Não consigo perceber o porquê de Jorge Jesus continuar a apostar no "espantalho" do Cardozo e "na capoeira" do Roberto.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
E agora Jardim, a culpa é dos cubanos?
Soube-se hoje, pela voz do presidente da Associação Nacional de Farmácias, que a Região Autónoma da Madeira deve às famácias locais cento e dezasseis milhões de euros, correspondentes às comparticipações dos medicamentos dos utentes do Serviço Regional de Saúde. Por isso, e porque, dizem os representantes das farmácias madeirenses, não há condições para recorrer ao financiamento de uma dívida tão grande e que cresce mais de três milhões por mês, as farmácias vão suspender o crédito ao governo da Região Autónoma a partir de 1 de Maio, se até lá a dívida não for paga ou não houver um compromisso forte de que a mesma será paga e qual o prazo desse pagamento. Se a anunciada suspensão se verificar, trará como consequência que os beneficiários dos serviços de saúde da Madeira terão de pagar integralmente o preço dos medicamentos nas farmácias. E pergunta-se agora: que culpa têm os madeirenses dos despautérios do Governo Regional? Apenas me ocorre uma: terem acreditado tantos anos na demagogia e no despesismo desmesurado de Alberto João Jardim. Como é possível que um governo regional não tenha dinheiro para pagar as comparticipações dos medicamentos dos beneficiários do seu sistema de saúde, e gaste praticamente o mesmo valor em dois estádios de futebol que, atendendo ao número de habitantes, irão "estar às moscas".
E agora Jardim, a culpa é dos cubanos?
sábado, 2 de abril de 2011
Ou o Expresso mente, ou S. Exa está a gozar connosco
O Jornal Expresso de hoje noticia que Cavaco Silva, inspirado nas ideias levadas a Conselho de Estado pelos conselheiros Vitor Bento e Bagão Felix, está a estudar uma solução de urgência só com o FMI. E diz mais o Expresso. Diz que, para evitar situação de ruptura financeira antes das eleições, a ideia está a ser estudada por Belém, PSD e CDS, mas que Bruxelas está contra e quer uma solução conjunta com a União Europeia.
Hoje, durante uma visita presidencial à Batalha, Cavaco Silva foi interpelado por um jornalista a pronunciar-se sobre a polémica do quem pode ou não pode pedir ajuda externa ao FMI. Cavaco Silva diz não querer comentar, mas aconselha os jornalistas a deixarem de falar e a escrever FMI, porque isso não está certo, mas em FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira). Perante a notícia do Expresso e este reparo (ou conselho?) do Senhor Presidente aos jornalistas, eu pergunto: Ó Senhor Presidente, das duas uma, ou é o Jornal Expresso que está a mentir, já que refere que V. Exa estuda uma solução só com FMI, ou é V. Exa que está a gozar connosco. Se é o Expresso que está a mentir, é mau, mas não admira, já que estamos habituados a que os jornais mintam e, às vezes, que mintam muito. Mas se o Expresso não está a mentir, então V. Exa está a gozar connosco, o que é mau, mesmo muito mau. É bom que sejamos esclarecidos.
O DÉFICE
O défice orçamental de 2010 foi revisto em alta. Culpas? Várias. Uma, e bem gorda, chama-se BPN, de que o governo, e o ministro das Finanças, em particular, nenhuma culpa têm. Os culpados? A maioria é conhecida e bem identificada. E onde páram os milhares de milhões com que se abotoaram ou permitiram que do saque os amigos partilhassem? O senhor Madoff foi julgado e condenado em poucos meses. E por cá? Vai prescrever tudo? Sócrates, a quem dificilmente comprava um carro em segunda mão, não pode arcar sozinho com o 'estado a que isto chegou'. O saque ao Orçamento e aos Fundos Comunitários começou há muito e alimentou muitos. E alguns deles fazem-se de virgens ofendidas. Por mim, estou a ficar farto, de saques e de hipocrisias.
CULPADOS DA CRISE
A crise em que vivemos, e iremos continuar a viver por uns anos, tem culpados, internos e externos. Dos externos, sabemos dos grandes banqueiros americanos (e não só) e das agências de rating, que asseguravam no dia anterior ao decreto de falência, que o Lehman Brothers estava ali para lavar e durar. Dos internos, não escapam Sócrates e Teixeira dos Santos. Mas um político, que não é político, mas que é o mais antigo político em funções, de seu nome Cavaco Silva, ilustre professor de Finanças e Presidente da República em segundo mandato, que tem feito estragos até dizer basta, não pode fugir com o rabo à seringa. O homem que jurava nunca se enganar e raramente ter dúvidas, tem tido um comportamento pouco adequado à situação em que o País se encontra. E fico passado com o "discurso" de que o PR não deve pronunciar-se sobre as questões que lhe vão sendo colocadas, sendo certo que adianta quase sempre a sua opinião, quando lhe convém, ou refugiando-se na consulta que deve ser feita à sua página oficial da PR, ou remetendo para um discurso proferido não sei quando. Que fez Cavaco Silva para evitar a situação política actual? Sócrates portou-se mal com o PEC IV? Creio que sim. Porém, não competiria ao PR chamá-lo a Belém para esclarecer as coisas, convocar os restantes partidos e colocá-los todos perante as suas responsabilidades? E se não resultasse, comunicava ao País (o que ele sabe fazer quando também lhe convém, embora raramente seja claro) o porquê de não ter encontrado outra solução que não fosse dissolver a AR e convocar o eleitorado. Cavaco Silva, contrariamente aos seus legítimos anseios, não vai ficar na História do País como o estadista que se julga. Lamentalvelmente e para mal dos nossos pecados.
A NOTÍCIA DO DIA DE ONTEM
"A notícia do dia", de ontem, não passava de un poisson d'avril, julgava eu. Afinal, a coisa parece estar a ser equacionada, o que não me deixa de espantar. Se o próprio BE, como diz o 7// Batalha, já é um saco de gatos, com marxistas puros e duros, outros nem tanto, maoístas, trotskistas, e outros herdeiros de Henver Hoxa, como vão entender-se com a linha Jerónimo/Bernardino do PCP? Vou esperar para ver. E os verde-eufémios, também estão nas 'conversas'?
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Demagogia, eleitoralismo, oportunismo
Apesar do anúncio da dissolução da Assembleia da República por parte do Presidente, esta ainda vai funcionar e tomar decisões em plenário até à próxima Quarta-feira. Vamos assistir, infelizmente, a decisões que não são mais do que acções da mais pura demagogia e dos mais descarados eleitoralismo e oportunismo. Vão aparecer propostas para revogar outros decretos-leis do Governo, como os relacionados com portagens nas scuts, preços dos medicamentos, etc. Vão passar aldeias a vilas e vilas a cidades, quando é quase consensual que Portugal precisa de uma profunda reforma na divisão administrativa do Estado, que a torne mais pequena e, consequentemente, mais eficaz. Enfim, vamos assistir a um triste comportamento dos representantes do povo que, não se importando de afrontar as mais elementares regras da ética democrática, vão tentar, a todo o custo, agradar aos seus potenciais eleitores. Uma vergonha!
A NOTÍCIA DO DIA
O PCP e o BE estão em conversações, no sentido de apresentarem listas conjuntas nas próximas eleições legislativas. Quem diria?
Subscrever:
Mensagens (Atom)