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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Há limites para o cinismo!

Eu não vi, mas já li. Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, lembrou hoje em entrevista que concedeu que tem três filhos pequenos e dado que tem os seus rendimentos diminuídos, uma vez que os cortes na função pública também a atingem, tem pouca margem para poupar. Coitada!

Agora, mais a sério: Ó Luís; há limites para a demagogia cretina e, sobretudo, para o cinismo! 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Que descaramento!

Acabo de ouvir Paulo Portas a falar para militantes do CDS no Vimeiro e dizer: "Nós não mentimos". Meu Deus, que descaramento! Então o que dizia ele, por exemplo, do aumento de impostos, nomeadamente do IVA? Não era ele que criticava o PEC IV porque tinha medidas que iam infernizar a vida de muitos portugueses, nomeadmente as classes mais baixas? Ó Portas, nós não estamos esquecidos, nem somos parvos, nem damos pantominas dessas!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Havia o desvio colossal; agora há o corte histórico.

Todos nós já demos conta que o famoso desvio colossal , não foi mais do que um pretexto para o Governo anunciar que nos vai tirar quase metade do susídio de Natal. Sabe-se agora que a execução orçamental do primeiro trimestre foi bem melhor que o previsto, o que nos dá a perspectiva de cumprimento do défice previsto, caso a execussão do segundo semestre continue no bom caminho. Agora, aparece o nosso conhecido Álvaro, ex-bloguer e nos dias de hoje despercebido ministro da Economia, a anunciar que a austeridade tem de ser feita também no Estado e, por isso, o Governo, para dar o exemplo aos portugueses, vai proceder a um "corte histórico" nas despesas. Mas..., um corte histórico em que despesas? Vão cortar mais nas comparticipações dos medicamentos? Vão cortar mais nas reformas e nos ordenados dos servidores públicos (excepto, claro está, no ordenado da super-mulher que chefia o seu gabinete com sacrifício da sua vida pessoal)? Vão cortar nas prestações sociais? Vindo de quem vem, temo que saia asneira que depois vai ser paga pelos portugueses da classe média. Ah, por favor, não cortem nada que prejudique a qualidade de vida do coitado do trabalhador assalariado Américo Amorim, sim? O homem, que já não é novo, pode não aguentar a injustiça!

sábado, 6 de agosto de 2011

Dupla falta de respeito

Parece que o Governo quer obrigar os desempregados com mais de 55 anos a irem prestar serviço nas Instituições Particulares de Solidariedade Social. Sinceramente não sei qual o enquadramento legal duma medida destas, já que não me parece que um desempregado seja uma espécie de mão-de-obra às ordens do governo para trabalhar onde o Governo quizer, seja na Administração Pública, seja numa Instituição Particular, que penso ser uma pessoa colectiva de direito privado. Mas deixemos esta discussão de parte, embora seja importante e analisemos a atitude. Pensa Mota Soares, como pensa Paulo Portas: "aqueles malandros estão em casa a receber sem nada fazerem. Como é um perigo mandá-los apagar fogos (coisa que já pensámos há tempos), vamos pô-los a trabalhar para as IPSS e para as misericórdias, coisa que o povo vai adorar, e fazemos um figurão. Se têm ou não aptidão para o que vão fazer, pouco importa. Quem vai mandar neles que se desembarace. Ah, e as crianças, os velhinhos e/ou os doentes de quem vão cuidar ou ajudar a cuidar ..., que mais querem? Trabalhadores qualificados para estas funções saem caros, contentem-se com estes." Ora, isto é feito sem pensar nuns e noutros, mas só com o objectivo demagógico de tirar dividendos políticos. É uma dupla falta de respeito

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A caridade de um ex-comunista - ml

Ontem, na "quadratura do círculo" da SIC - Notícias, o comentador residente daquele programa, Pacheco Pereira, disse que o aumento dos tarifários dos transportes era uma medida inevitável, mas fez reparos ao Governo pelo facto de a ter anunciado sem ao mesmo tempo ter anunciado também algumas medidas de âmbito social para apoio às pessoas mais desfavorecidas. Confesso que fiquei comovido com esta preocupação caridosa dete antigo ex-comunista - ml, comnertido ao neo-liberalismo.


Estes tipos têm cá uma lata!

domingo, 10 de julho de 2011

A nossa tábua de salvação!

O Senhor Presidente da República e o Senhor Governador do Banco de Portugal participaram num torneio de golfe, intitulado "5ª. Taça de Golfe Portugal Solidário", evento destinado a angariar fundos para uma Associação de Portadores de Trissomia 21. É de louvar que o nosso Venerando Chefe de Estado e o Governador do nosso Banco Central tenham participado numa iniciativa que lhes serviu de motivo para apelarem à solidariedade, mas extravasaram a importância do Golfe, quer quanto à importância que tem nas férias dos portugueses, quer quanto ao que tem na recuperação da nossa economia. O Golfe, senhores Presidente e Governador, não é um desporto praticado pelo comum dos portugueses. Bem pelo contrário, praticá-lo só é acessível aos portugueses de maiores recursos financeiros (dizendo doutro modo: é um desporto para ricos). Daí aproveitar um evento de Golfe para apelar aos portugueses para que sejam solidários com os que se encontram em situações de sofrimento, parece-me despropositado. Mas pior, parece-me ter o senhor Governador ter dito que este desporto deve ser valorizado para combater o desemprego e reforçar a solidariedade. "São dois vectores importantes da acção social e da acção política", disse. Já agora, digo eu, subam o IVA do golfe para 23%; e quando mexerem nas taxas do IVA criem uma especial de 35% para o Golfe; A diferença entre as taxa normal e a especial a criar, reverterá para instituições de caridade. Acham bem?

sábado, 2 de julho de 2011

E ninguém o mete na ordem

Mais uma vez Alberto João Jardim, sem qualquer respeito pelo comum dos portugueses, veio fazer exigências ao Governo da República e, de um modo mais geral a todos os portugueses. Numa altura de crise, que afecta a vida da maior parte dos cidadãos, que vêem a sua situação económico-financeira a piorar de dia para dia, este mal agradecido, para lá de insultos, ainda faz ameaças de separatismo. Eu espero que o actual Governo não vacile perante o que ele diz e lhe responda que já é mais que tempo de deixar de desbaratar o dinheiro dos continentais que, ano após ano, cobrem o défice da sua demagógica governação. Revolta ver túneis rodoviários que custaram milhões de euros para passarem meia dúzia de carros por hora. Revolta saber que se gastaram cem milhões de euros na construção de dois estádios de futebol, para "estarem às moscas". A Madeira não tem população residente suficiente para chegar ao fim de uma época futebolística e poder dizer que os seus estádios tiveram uma média de assistência aos jogos de, pelo menos, quarenta por cento. Mas, quem de direito, que presumo dever ser o Presidente da República, deveria criticar publicamente os disparates que diz e os insultos que profere. E, já agora, quanto às ameaças de separatismo, devemos encará-las pensando no velho ditado popular que diz: "cão que ladra não morde". Ele sabe que para lá dos portugueses, mais nenhum outro povo estaria disposto a, desculpem-me a frase, "sustentar pançudos". Eu até gostava de o ver governar sem o nosso dinheiro!

sábado, 25 de junho de 2011

Os actos simbólicos do novo Governo

Todos nós sabemos que o bom povo, ou como lhe chama Vasco Pulido Valente a populaça, gosta que quem nos governa tome medidas que vão no sentido de mostrarem que são os primeiros a mudar de hábitos de modo a pouparem uns tostões ao erário público, querendo com isso dizer que se a crise não os atinge, são eles que, querendo estar ao lado de quem sofre, abdicam de algumas regalias que têm. São inspirados no exemplo de S. Francisco de Assis, um italiano muito rico que tinha tudo na vida, mas a quem um "chamamento" fez pensar quão injusta era a sua vida se comparada com a daqueles que nada tinham. Então resolveu renunciar a tudo o que tinha e foi viver com os pobres, como se fosse um deles. Mas esta espécie de franciscanismo em nada, ou quase nada, pesa na diminuição das despesas do Estado e não melhora, nem um bocadinho, a vida dos portugueses mais desfavorecidos. São, pelo contrário, atitudes domagógicas que apenas servem para os distrair. Como classificar esta decisão de Passos Coelho em viajar em classe económica, quando paga o mesmo se viajar em executiva, que é: paga nada? Bem, se fosse o Sócrates a fazer isto os nossos comentadores chamavam-lhe, no mínimo, mentiroso, aldrabão e, até, desonesto. Mas como foi Passos Coelho, dizem que são actos simbólicos para embalar o povo. Mas o povo um dia vai acordar e, depois, a coisa vai ser séria!...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Arrogância desmesurada

No PSD reina, neste período pré-eleitoral, uma arrogância desmesurada nas suas intervenções políticas, que vai aumentando de tom à medida que nos vamos aproximando do período de campanha e, consequentemente, do acto eleitoral, o que me parece até absurdo tendo em conta que, de acordo com os estudos de opinião que vão sendo publicados, os aconselhava a mudarem de estratégia. Foi pejorativo qualificar de pau de cabeleira um qualquer partido que se dispõe a fazer parte de uma coligação com o partido mais votado nas eleições, para formarem um governo que possa governar o país com estabilidade. Quem diz a atoarda que Pedro Passos Coelho disse, mostra que não está preparado para a vida política em democracia verdadeiramente representativa da vontade dos cidadãos. Mas, há duas figuras (ou figurinhas, ou figurões?) que para lá da arrogância política enfermam de arrogância pessoal. Falo de António Nogueira Leite e de Eduardo Catroga. O primeiro, num painel de comentadores onde estava também presente o ex-ministro Manuel Pinho, fez questão de afirmar e reafirmar que não era só licenciado em economia, era Doutor e professor catedrático! Nem Salazar se atreveu a tanto. O segundo, sempre que fala como interlocutor, seja num debate, seja numa entrevista, está sempre com um ar professoral a dizer ao seu par ou pares na conversa que: "você não sabe, você não entende, vá ler melhor, eu explico..., etc. Triste arrogância e falta de humildade.

E já agora. Que triste figura está hoje a fazer no "Prós e Contras" Eduardo Catroga (perdão, o Sr. Prof. Doutor ...). Será que o PSD não tem melhor figura, ou foi uma imposição de Cavaco?

sábado, 30 de abril de 2011

Que figurinha!

Eduardo Catroga, ex-ministro das finanças de Cavaco Silva é, para lá de coordenador da proposta de programa de governo, um dos pirómanos de serviço do PSD. O outro é, como não podia deixar de ser, o já famoso Relvas. Numa altura em que todos os portugueses viram e ouviram o actual Presidente da República e os três ex-presidentes vivos a apelarem para o bom senso de todos os partidos, no sentido de se unirem e de não se agredirem, tendo em conta que é urgente criar as condições para combater a crise económico-financeira com que nos deparamos, vem o Dr. Eduardo Catroga insultar e caluniar o PS, sobretudo na pessoa do seu Secretário Geral José Sócrates. E, demonstrando o seu desespero político, chega até a apelar às gerações mais jovens para porem o Governo em tribunal. Porquê Dr. Eduardo Catroga? Que saibamos ninguém do Governo cometeu fraudes, escondeu dinheiro nos paraísos fiscais, etc, como fizeram os seus amigos do BPN/SLN. O Senhor, Dr. Eduardo Catroga, e todos aqueles que foram ministros das finanças de Cavaco Silva ainda têm que explicar aos portugueses como desmantelaram o aparelho produtivo deste país, numa altura em que recebíamos todos os dias muito dinheiro para o modernizarmos e o tornarmos mais eficaz. Foi aí, Dr. Eduardo Catroga, que nós perdemos o comboio da Europa. Que figurinha o Senhor anda a fazer!

domingo, 17 de abril de 2011

O troca-tintas dise ..., mas não disse...

Hoje o troca-tintas foi entrevistado na RTP 1 pela Jornalista Fátima Campos Ferreira.

Com a sua vozinha de cordeirinho, abordou a questão da renúncia ao cargo de deputado caso não seja eleito presidente da Assembleia da República, com uma certa incomodidade, não respondendo logo que disse, para depois, instado pela jornalista a concretizar o que disse na entrevista, referir que sim, que disse que renunciaria a ser deputado em caso de não eleição mas..., atendendo ao contexto, não disse o que queria dizer, ou seja, "se não for nomeado presidente (então o cargo não é de eleição, será que o homem não sabe ?), na altura certa (qual?) ajuizará qual é o lugar mais adequado para ele para servir Portugal". Como é? Afinal o homem candidata-se a deputado, não para exercer o cargo mas para depois arranjar um bom tacho.

Muitas coisas que disse na entrevista me fizeram rir de piedade pelo homem, mas há uma frase que mostra bem, para lá da sua demagogia, que pensa que os portugueses são estúpidos: "Demonstra o meu desapego completo a qualquer cargo político de poder. Só iria para presidente da Assembeia da República porque é um lugar que permite exerer uma influência". Influenciar quem, pergunto eu?

sábado, 16 de abril de 2011

O pior de todos

Fernando Nobre, que durante a campanha eleitoral para a presidência da República se fartou de dizer mal dos partidos e dos políticos que os integram e os dirigem, mostra agora com este oportunista convite de Pedro Passos Coelho para encabeçar a lista por Lisboa às legislativas, que é pior que todos eles. Nem lhe interssa, sequer, conhecer o programa do PSD, pois disse ao seu líder, que o convidou, que só aceitava o convite "com o exclusivo e inequívoco propósito" de ser presidente da Assembleia. Se não o for, renunciará imediatamente ao cargo de deputado. Nunca se viu disto na jovem democracia portuguesa. O propósito dele é agarrar o lugar de segunda figura do Estado de qualquer forma e a que preço, não lhe interessando a "cor da camisola que vai vestir". Qualquer uma lhe serve. É este homem que vem dar lições de desprendimento do poder e falar de cidadania? Ele dá é uma grande lição de oportunismo. Será que ele sonha com qualquer percalço neste mandato de Cavaco Silva e que, por vagatura do cargo, possa ascender ao lugar de primeira figura do Estado, que os portugueses não lhe deram? Por ventura sim.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Demagogia, eleitoralismo, oportunismo

Apesar do anúncio da dissolução da Assembleia da República por parte do Presidente, esta ainda vai funcionar e tomar decisões em plenário até à próxima Quarta-feira. Vamos assistir, infelizmente, a decisões que não são mais do que acções da mais pura demagogia e dos mais descarados eleitoralismo e oportunismo. Vão aparecer propostas para revogar outros decretos-leis do Governo, como os relacionados com portagens nas scuts, preços dos medicamentos, etc. Vão passar aldeias a vilas e vilas a cidades, quando é quase consensual que Portugal precisa de uma profunda reforma na divisão administrativa do Estado, que a torne mais pequena e, consequentemente, mais eficaz. Enfim, vamos assistir a um triste comportamento dos representantes do povo que, não se importando de afrontar as mais elementares regras da ética democrática, vão tentar, a todo o custo, agradar aos seus potenciais eleitores. Uma vergonha!

quinta-feira, 31 de março de 2011

A dissolução

Pronto. O Sr. Presidente da República dissolveu finalmente a Assembleia da República e marcou eleições legislativas para o dia 5 de Junho. Decidiu fazer agora aquilo que não teve coragem de fazer após o seu discurso de ruptura política com o Governo, no dia da sua posse. E, mais uma vez, passou a mensagem para os portugueses de que a culpa da crise política que se instalou é dos partidos e, particularmente, do Governo, para quem mandou vários recados, como o de lhe dizer, de forma indirecta (por falta de coragem?), que tem condições de recorrer à ajuda externa. Acho graça que esteja agora muito preocupado com a nossa economia, o bem estar dos cidadãos e das suas famílias e, pasme-se, com a defesa do regime democrático. E o que fez para evitar a crise? Nada, usou a sua "velha máxima": não me comprometam. Com uma grande descaramento, para não dizer mesmo, com grande cinismo, veio apelar para que se evite a crispação. Mas ..., ó Senhor Presidente: quem foi que deu o pontapé de saída da crispação, não foi V. Exa no seu discurso de posse? Ah! dirá V. Exa: fui mal interpretado.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Começou a caça ao voto

Tal como disse o ministro dos Assuntos Parlamentares Jorge Lacão, o PSD perdeu o sentido de decência, e eu ainda digo mais: iniciou a caça ao voto.
Anunciou que, caso forme governo, aumentará a taxa de IVA para 25%. Até agora, e sobretudo na altura das negociações para a viabilização do Orçamento de Estado para 2011, o PSD dizia não abdicar do princípio de que não haveria qualquer aumento de impostos. Todos nos lembramos do pedido de desculpas que Pedro Passos Coelho fez aos portugueses por ter aceite, ou não ter leventado problemas, a ajustamentos que o Governo fez relativamente a alguns impostos. É realmente uma enorme cambalhota, ou em linguagem mais apropriada ao momento, é uma enorme pantomina.
Mas, em termos de pantominas, o PSD não se ficou por aqui, pois apresentou no Parlamento um projecto de lei que determina a revogação do sistema de avaliação de professores que está em vigor. Ora, o actual processo de avaliação já vem da legislatura anterior, quando o PS tinha maioria absoluta. O PSD, embora dizendo que este processo de avaliação não era o seu, sempre contribuiu para que, nesta legislatura de maioria relativa, projectos de lei análogos propostos por outros partidos fossem chumbados. Agora, que cheira a eleições toca a dar um rebuçado a mais de 200.000 professores. Uma VERGONHA !

sábado, 5 de março de 2011

O PSD perdeu o "tino"

O Governo e o primeiro-ministro, para sossegarem os mercados e dar alento e esperança aos portugueses, congratularam-se e mostraram a sua satisfação pelo facto de, quer no mês de Janeiro, quer no mês de Fevereiro, ter havido sucesso na execução orçamental. Ficou a saber-se que, para lá do aumento das receitas, houve pela primeira vez, desde há muito tempo, uma significativa redução nas despesas do Estado.
Pois bem, o PSD que se farta de ameaçar o Governo que não deixará de tomar uma posição se a execução orçamental não for bem sucedida, em vez de se mostrar satisfeito com este cumprimento dos objectivos do orçamento, desatou a acusar Sócrates, outros ministros e o PS de estarem a fazer propaganda política.
Porque a Alemanha e, obviamente a Sra Merkel, vão ter um peso importante na próxima cimeira dos líderes europeus, que se realizará brevemente, e porque as decisões dessa cimeira terão uma enorme importância para Portugal e para o combate das suas dificuldades financeiras, o primeiro-ministro português foi a Berlim para um encontro de trabalho com a sua congénere alemã. Essa reunião de trabalho foi bem sucedida e a Sra Merkel elogiou as medidas implementadas pelo nosso governo para enfrentar a crise. Pois bem, para o PSD, José Sócrates foi tirar o chapéu à sra chanceler alemã.
Mas, mais e pior. O Governo decidiu reestruturar o currículo do ensino básico, tomando decisões que iam até ao encontro daquilo que o PSD preconizava há anos. Pois bem, imbuído da mais vilã demagogia, coliga-se com PCP e BE e trava no Parlamento as medidas que deveriam entrar em vigor em Setembro, ou seja, no próximo ano lectivo. E ainda, descaradamente, chora lágrimas de crocodilo com pena dos professores que podem cair no desemprego. Que lata! Então, não quer o PSD substituir no todo ou em parte as escolas públicas por escolas privadas?
Este PSD, governado pela JSD, está ansioso por chegar ao poder, não vá passar o sua oportunidade. Os seus boys, que já se empurram nas filas não lhes perdoavam. Por isso, perdeu o "tino".

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ao que chega a demagogia e a incoerência do PSD

Já sabemos que o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda são partidos de contestação e de protesto, pois sabem que não é nada provável que cheguem ao poder por muitos e bons anos. Por isso, não surpreende que aproveitem todas as situações para contrariarem algumas medidas importantes do Governo, mesmo que com isso possam ocasionar mais despesa do Estado do que aquela que foi prevista no Orçamento. Agora que o PSD se coligue com eles por motivos meramente demagógicos, contrariando até princípios que defendeu no passado, não é admissível.
Hoje, a coligação PCP/BE/PSD aprovou no Parlamento a cessação da entrada em vigor do diploma do Governo sobre a reorganização curricular do ensino básico. Tal medida desta controversa coligação vai trazer como consequência mais despesa para o Ministério da Educação do que aquela que está orçamentada. Então que coerência tem o PSD com esta posição, quando se farta de acusar o Governo de não conseguir cortar na despesa pública? Mas pior, os tempos da Área Projecto e Estudo Acompanhado foram introduzidos no curriculo do ensino básico, em 2001, pelo segundo Governo de António Guterres. Na altura o PSD não concordou com estas opções, porque desviavam os alunos das aprendizagens centrais. E agora, porque não quiz que acabassem?
Até o eurodeputado Paulo Rangel, antigo líder parlamentar e membro destacado do partido, criticou o comportamento do PSD nesta matéria. A ansiedade de chegar ao poder é tanta , que lhe falta o juízo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Que tipo de regime?

Rui Rio, numa conferência sobre "grandes debates do regime", aproximando-se do discurso de Alberto João Jardim, mas com menos truculência, referiu que a situação portuguesa é tão má que não chega mudar de governo, é necessário mudar de regime. E eu pergunto: mudar para que tipo de regime? Para um regime autoritário, como parece que ele gosta, ou até mesmo para uma ditadura? É que relativamente à Justiça, dá ideia que prefere a da ditadura. Para se fazerem algumas reformas, como preconiza, não vejo necessidade de mudar de regime. O que é necessário é que os líderes partidários ponham o interesse do país à frente do seu interesse pessoal. Concordo que a justiça tem que levar uma grande volta. Direi mesmo uma grande vassourada. Mas o Dr. Rio esqueceu-se que ainda no tempo do líder Marques Mendes foi acordado com o PS um pacto sobre a justiça, pacto esse que o sucessor deste mandou para as "calendas gregas".
Não é preciso mudar o regime para que os partidos se entendam.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quem quer come, quem não quer não come ...

Os bispos portugueses têm todo o direito a ter opinião, e a divulgá-la, sobre os mais diversos assuntos da política portuguesa, quanto mais não seja porque são tão cidadãos como todos os outros, mas deviam ter algum resguardo, para não dizer decência, quando tomam posição a favor de algo que lhes diz respeito.
Mais uma vez vêm inflamar o assunto dos estabelecimentos de ensino privado com contratos de associação, sabendo-se como se sabe que há poucos dias a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo celebrou um acordo com o Ministério de Educação. Ora, é sabido que uma boa parte das escolas em causa são escolas católicas, propriedade directa ou indirectamente da Igreja e que muitas destas rejeitaram o acordo. Quer dizer que não se sentem representados pela Associação do sector. Mas como não podem ter condições à parte das outras escolas das quais não são proprietários, só têm um caminho a seguir: ou aceitam as condições acordadas e continuam a fazer parte da rede do ensino público, ou não aceitam e ficam apenas como escolas do ensino privado. Em linguagem popular dir-se-ia que "quem quer come, quem não quer não come ... põe na beira do prato".

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Os Comunistas e a Direita

Sempre foi assim, e sempre será. O Partido Comunista, por uma questão de sobrevivência, sempre preferiu e prefere que Portugal seja governado pela Direita a ser governado pelo PS. Assim se entendem as declarações de Jerónimo de Sousa à Antena 1, em entrevista da jornalista Maria Flor Pedroso. Num excerto televisivo sentia-se um ódio enorme ao Governo e, sobretudo, a José Sócrates. Este Partido Comunista que nada mudou desde a lutas que travou contra o Estado Novo, nem com a queda o império soviético, não perdoa ao PS tê-lo combatido com sucesso nos tempos do PREC. Prefere governos de políticos que ameaçam acabar com as prestações sociais, o ensino público, o sistema nacional de saúde e com as empresas públicas de importância crucial para a vida dos portugueses mais desprotegidos, a ter governos do PS. E é invocando o nome dos trabalhadores que opta por aqueles que mais reduzem os seus direitos. É a lei da sobrevivência! Até quando.