sábado, 5 de março de 2011

O PSD perdeu o "tino"

O Governo e o primeiro-ministro, para sossegarem os mercados e dar alento e esperança aos portugueses, congratularam-se e mostraram a sua satisfação pelo facto de, quer no mês de Janeiro, quer no mês de Fevereiro, ter havido sucesso na execução orçamental. Ficou a saber-se que, para lá do aumento das receitas, houve pela primeira vez, desde há muito tempo, uma significativa redução nas despesas do Estado.
Pois bem, o PSD que se farta de ameaçar o Governo que não deixará de tomar uma posição se a execução orçamental não for bem sucedida, em vez de se mostrar satisfeito com este cumprimento dos objectivos do orçamento, desatou a acusar Sócrates, outros ministros e o PS de estarem a fazer propaganda política.
Porque a Alemanha e, obviamente a Sra Merkel, vão ter um peso importante na próxima cimeira dos líderes europeus, que se realizará brevemente, e porque as decisões dessa cimeira terão uma enorme importância para Portugal e para o combate das suas dificuldades financeiras, o primeiro-ministro português foi a Berlim para um encontro de trabalho com a sua congénere alemã. Essa reunião de trabalho foi bem sucedida e a Sra Merkel elogiou as medidas implementadas pelo nosso governo para enfrentar a crise. Pois bem, para o PSD, José Sócrates foi tirar o chapéu à sra chanceler alemã.
Mas, mais e pior. O Governo decidiu reestruturar o currículo do ensino básico, tomando decisões que iam até ao encontro daquilo que o PSD preconizava há anos. Pois bem, imbuído da mais vilã demagogia, coliga-se com PCP e BE e trava no Parlamento as medidas que deveriam entrar em vigor em Setembro, ou seja, no próximo ano lectivo. E ainda, descaradamente, chora lágrimas de crocodilo com pena dos professores que podem cair no desemprego. Que lata! Então, não quer o PSD substituir no todo ou em parte as escolas públicas por escolas privadas?
Este PSD, governado pela JSD, está ansioso por chegar ao poder, não vá passar o sua oportunidade. Os seus boys, que já se empurram nas filas não lhes perdoavam. Por isso, perdeu o "tino".

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