O Presidente da República ainda está no activo ou já, resignando, refugiou-se na sua Casa da Coelha? E não disse água vai? Ou continua nas catacumbas de Belém à cata de erros nas leis promulgadas pelos seus antecessores? Ele, que era tão expedito a mandar bitaites na anterior governação, ele, que na campanha eleitoral para o segundo mandato, prometia mundos e fundos se fosse eleito, ele, que interrompeu as férias para fazer uma inopinada comunicação ao país, não diz nada ao povo que o (re)elegeu? Um silêncio ensurdecedor e sepulcral reside em Belém.
Que fale e diga da sua justiça ou então que faça como Ratzinger e deixe o lugar vago.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
O GASPAR
Várias vezes me interroguei aqui sobre se Miguel Relvas ainda era ministro. É, e pelos vistos, continuará a ser até que o Coelho seja esganado ou enforcado (salvo seja).
Agora pergunto: o Gaspar ainda é ministro das Finanças? E não tem vergonha? Com que cara vê ele a própria cara, de manhã, frente ao espelho? Alguma empresa aceitava mantê-lo ao seu serviço num qualquer cargo de mediana responsabilidade?
Até quando? Até estarmos todos mortos e já não haja quem nos enterre?
Agora pergunto: o Gaspar ainda é ministro das Finanças? E não tem vergonha? Com que cara vê ele a própria cara, de manhã, frente ao espelho? Alguma empresa aceitava mantê-lo ao seu serviço num qualquer cargo de mediana responsabilidade?
Até quando? Até estarmos todos mortos e já não haja quem nos enterre?
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
sábado, 23 de fevereiro de 2013
O ESPELEÓLOGO
Várias vezes me interroguei aqui sobre o paradeiro do venerando Chefe de Estado. Descobriu-se agora que se dedica afincadamente à espeleologia: anda nas cavernas, grutas e catacumbas de Belém a miscrar as leis promulgadas pelos seus antecessores. E, helas!, descobriu que Jorge Sampaio promulgou uma lei - a da limitação dos mandatos autárquicos -, do ano da graça de 2005, que foi objecto de publicação errada no Diário da República, coisa de que o Cenoura (e os autores da lei, diga-se) se não deu conta, já que era suposto não ser função sua ler, antes do pequeno almoço, o tal Diário; ele preferia começar pelo Financial Times e pelo Correio da Manhã. E que descobriu Cavaco? Convenientemente (?), que alguém substituiu um "da" por um "de". Coisa de somenos para quem não domina a língua materna, mas não para um entendido na matéria, que a exemplo do Vasquinho, que sabia o que era o mastoideu, no seu tempo de estudante Cavaco até dividiu as orações dos Lusíadas, como é sabido, ainda que tendo esquecido do número de cantos da obra épica do Luís Vaz.
Um dia destes vamos ter um doutoramento em Espeleologia, com arguição do professor doutor M. Relvas.
Um dia destes vamos ter um doutoramento em Espeleologia, com arguição do professor doutor M. Relvas.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
RIMAS DO ZÉ GIL
BEIJAR
O beijar foi o primeiro ato do bebé ao mamar
com palmadinhas no rabo, tinha despertado,
no banho, tinha feito gluglu e a família sorriu,
vestido foi para o colo da mamã transportado.
Em terra de vinho, onde o fino pontifica
umas gotas foram dadas ao recém-nascido a degustar.
Todos brindam e nos cálices nem gota fica!
Muita neve caiu, no tempo da corujeira
abundantes caminhos de Escola palmilhou,
em escorregas ingremes dos montes brincou
roupas rompeu e sujou, e à família deu canseira!
No tempo do liceu, uma rosa retirou do jardim,
oferecida a uma colega bonita, não murchou.
Flores dedicadas, passeios aprazados, em
ruas, jardins e praças, eram sítios de devaneio
cruzaram-se destinos, satisfeito o enseio.
Tempo agreste e, nas ruas ou praças a passear,
bátegas de chuva fazem o vão de porta abrigo
vento forte, porta estreita, guarda chuva a tapar,
permitiu o primeiro beijo, puro e casto, dar!
Porto, 13/2/13
José Gil
jose.gcmonteiro@gmail.com
O beijar foi o primeiro ato do bebé ao mamar
com palmadinhas no rabo, tinha despertado,
no banho, tinha feito gluglu e a família sorriu,
vestido foi para o colo da mamã transportado.
Em terra de vinho, onde o fino pontifica
umas gotas foram dadas ao recém-nascido a degustar.
Todos brindam e nos cálices nem gota fica!
Muita neve caiu, no tempo da corujeira
abundantes caminhos de Escola palmilhou,
em escorregas ingremes dos montes brincou
roupas rompeu e sujou, e à família deu canseira!
No tempo do liceu, uma rosa retirou do jardim,
oferecida a uma colega bonita, não murchou.
Flores dedicadas, passeios aprazados, em
ruas, jardins e praças, eram sítios de devaneio
cruzaram-se destinos, satisfeito o enseio.
Tempo agreste e, nas ruas ou praças a passear,
bátegas de chuva fazem o vão de porta abrigo
vento forte, porta estreita, guarda chuva a tapar,
permitiu o primeiro beijo, puro e casto, dar!
Porto, 13/2/13
José Gil
jose.gcmonteiro@gmail.com
Um Presidente ..., para desgraça nossa.
1 - Num país democrático do “primeiro
mundo”, semipresidencialista como o nosso, o Presidente da República já tinha
chamado ao palácio presidencial o primeiro-ministro e tinha-lhe dito: “Em face
da contestação de que é alvo o seu ministro Relvas, de quem a maioria dos
portugueses não gosta; tendo em conta que o dito mentiu em tempos ao
parlamento, dizendo ter habilitações académicas que não tem; tendo em conta que
se diz licenciado, quando, de facto, só foi aprovado no exame a uma disciplina,
curiosamente de um outro curso; tendo em conta que a sua manutenção no Governo,
espanta muita gente, incluindo alguns ex-governantes e ex-dirigentes do seu
partido (veja-se o exemplo de um tal de António Capucho); do que é que o senhor
está à espera para me pedir a exoneração dele?” E, dir-lhe-ia mais: “Se não o
fizer num prazo de quinze dias a um mês, vou dirigir-me aos portugueses
informando-os do facto. Se teimar em mantê-lo no Governo, então tudo farei para
o exonerar a si e, em último caso, dissolverei o Parlamento”. De imediato o
Presidente chamava o líder do outro partido da coligação (estivesse ele na “China,
nas arábias, no Irão ou até na Síria) e dava-lhe conhecimento da conversa.
2 - Num país
democrático do “primeiro mundo”, semipresidencialista como o nosso, o
Presidente da República já tinha chamado ao palácio presidencial o
primeiro-ministro e tinha-lhe dito: “ O seu ministro Gaspar não acerta uma só
previsão e, de seguida, com a maior cara de pau, apresenta uma nova, na qual já
ninguém acredita. Ou ele muda de política e começa a acertar nas previsões ou
terei de lhe propor o mesmo que propus para o tal Relvas”.
Pois
é. Isto seria assim se tivéssemos um Presidente, de facto, e não um Presidente
de faz de conta. Como alguém já disse, Cavaco Silva está em Belém a olhar para
o Tejo e a ver passar os navios! Para desgraça nossa.
LIDO
Não ser Relvas
Não gosto de Miguel Relvas. Mesmo nada. Não gosto do ministro, não gosto do político, deploro o discurso, a pose e o historial. Execro o que fez - não tenho dúvida de que fez - a Maria José Oliveira, a jornalista do Público que ameaçou com revelação de factos da sua vida privada para tentar evitar que ela o questionasse sobre declarações suas no Parlamento a propósito da relação com o ex-espião Jorge Silva Carvalho. Execro o facto de, na oposição, ter afirmado que a família do anterior primeiro-ministro, os filhos, deveriam ter vergonha dele - a vergonha, precisamente, de que o próprio demonstrou não ter pinga, ao manter-se, e ser mantido, em funções quando o próprio presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social diz não ter dúvidas sobre o facto de o ministro ter ameaçado a jornalista. E, por fim, deploro que haja quem o convide para falar de jornalismo, passado, presente ou futuro, depois de tal se ter passado: se a pessoa Relvas não percebe que não pode continuar ministro, que ao menos jornalistas e órgãos de comunicação social evidenciem não lhe reconhecer dignidade para tutelar o sector.
Compreendo e sinto a justa fúria que tantos sentem ante um governo que diz governar "lixando-se para as eleições" quando, para ganhar as últimas, garantiu que faria tudo ao contrário do que está a fazer. Compreendo quem se lembra de ver Relvas insurgir-se contra aumentos de impostos e austeridade e desemprego e jurar que tudo seria diferente com o PSD, para agora sugerir que quem está mal que emigre. Compreendo quem se indigne por um ministro que fez uma licenciatura à pala de equivalências estar no mesmo governo que chamou às Novas Oportunidades "certificação de incompetência". Compreendo quem recorda Relvas a vituperar os ministros socialistas quando se insurgiam contra manifestações insultuosas ao ver o PSD clamar por "respeito democrático" pela "dignidade das funções" se tal se passa com os seus ministros - exigindo até ao PS que se lhe junte na reprovação "enfática".
Mas não gosto de ver pessoas acossadas. Aliás, não gosto sequer de ver pessoas a serem humilhadas, menos ainda publicamente - por mais que sejam culpadas de humilhar um país e de desrespeitar a democracia e a Constituição que agora querem como mártires (!) invocar. Daí que, pese tudo o que penso e sinto, me tenha desagradado ver Relvas insultado no chamado "clube dos pensadores", ainda com aquele sorriso apalhaçado com que tentou fazer coro no Grândola com quem protestava. Não gostei de o ver, em pânico, pelos corredores do ISCTE, sob os gritos dos estudantes, à procura de abrigo, de uma porta por onde sair de cena. Por mais que queira isso mesmo, que Relvas saia, que este governo se vá, não deve ser assim. Não decerto por ele, não decerto por eles: por nós, que não somos Relvas. Que não temos da democracia o entendimento oportunista e canalha de quem dela se serve em vez de a servir e honrar.
Fernanda Câncio, DN
Comungo da opinião de FC: não gosto de ver pessoas acossadas e humilhadas, muito menos governantes do meu país. Mas de quem é a culpa e quem se põe a jeito?
Não gosto de Miguel Relvas. Mesmo nada. Não gosto do ministro, não gosto do político, deploro o discurso, a pose e o historial. Execro o que fez - não tenho dúvida de que fez - a Maria José Oliveira, a jornalista do Público que ameaçou com revelação de factos da sua vida privada para tentar evitar que ela o questionasse sobre declarações suas no Parlamento a propósito da relação com o ex-espião Jorge Silva Carvalho. Execro o facto de, na oposição, ter afirmado que a família do anterior primeiro-ministro, os filhos, deveriam ter vergonha dele - a vergonha, precisamente, de que o próprio demonstrou não ter pinga, ao manter-se, e ser mantido, em funções quando o próprio presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social diz não ter dúvidas sobre o facto de o ministro ter ameaçado a jornalista. E, por fim, deploro que haja quem o convide para falar de jornalismo, passado, presente ou futuro, depois de tal se ter passado: se a pessoa Relvas não percebe que não pode continuar ministro, que ao menos jornalistas e órgãos de comunicação social evidenciem não lhe reconhecer dignidade para tutelar o sector.
Compreendo e sinto a justa fúria que tantos sentem ante um governo que diz governar "lixando-se para as eleições" quando, para ganhar as últimas, garantiu que faria tudo ao contrário do que está a fazer. Compreendo quem se lembra de ver Relvas insurgir-se contra aumentos de impostos e austeridade e desemprego e jurar que tudo seria diferente com o PSD, para agora sugerir que quem está mal que emigre. Compreendo quem se indigne por um ministro que fez uma licenciatura à pala de equivalências estar no mesmo governo que chamou às Novas Oportunidades "certificação de incompetência". Compreendo quem recorda Relvas a vituperar os ministros socialistas quando se insurgiam contra manifestações insultuosas ao ver o PSD clamar por "respeito democrático" pela "dignidade das funções" se tal se passa com os seus ministros - exigindo até ao PS que se lhe junte na reprovação "enfática".
Mas não gosto de ver pessoas acossadas. Aliás, não gosto sequer de ver pessoas a serem humilhadas, menos ainda publicamente - por mais que sejam culpadas de humilhar um país e de desrespeitar a democracia e a Constituição que agora querem como mártires (!) invocar. Daí que, pese tudo o que penso e sinto, me tenha desagradado ver Relvas insultado no chamado "clube dos pensadores", ainda com aquele sorriso apalhaçado com que tentou fazer coro no Grândola com quem protestava. Não gostei de o ver, em pânico, pelos corredores do ISCTE, sob os gritos dos estudantes, à procura de abrigo, de uma porta por onde sair de cena. Por mais que queira isso mesmo, que Relvas saia, que este governo se vá, não deve ser assim. Não decerto por ele, não decerto por eles: por nós, que não somos Relvas. Que não temos da democracia o entendimento oportunista e canalha de quem dela se serve em vez de a servir e honrar.
Fernanda Câncio, DN
Comungo da opinião de FC: não gosto de ver pessoas acossadas e humilhadas, muito menos governantes do meu país. Mas de quem é a culpa e quem se põe a jeito?
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
ATITUDES
O ministro Paulo Macedo (dos menos maus desta desgovernação), teve hoje, no Hospital de S. João, no Porto, uma atitude diferente da do seu colega Relvas, ontem, no ISCTE. Não fugiu pela porta das traseiras, deixou que as coisas acalmassem e proferiu a sua declaração, de cujo teor não tomei nota, nem me interessa, de momento.
Bem sei que a "vacina" Relvas deverá ter tido a sua influência, mas louvei o gesto muito mais elegante e político, num ministro não-político.
Bem sei que a "vacina" Relvas deverá ter tido a sua influência, mas louvei o gesto muito mais elegante e político, num ministro não-político.
PERIGOSOS À SOLTA
Há quase unanimidade (passe o exagero) de que Miguel Relvas há muito que se deveria ter demitido ou ter sido demitido; talvez melhor: nunca deveria ter sido convidado para ministro. Mas Relvas é apenas um chico-esperto, um fura-vidas, que atropela tudo e todos para atingir o seu lugar, para marcar o golo e receber prémio previsto. É um perigoso relativo, se assim me posso expressar.
Perigoso é o Gaspar, que parece estar a acordar estremunhado de um longo sono, durante o qual se julgou detentor de uma qualquer profecia que haveria de aplicar a um qualquer país que, para nosso azar, se chama Portugal. Um técnico "altamente considerado e respeitado" algures (no Burkina Faso, sem desprimor?), que não acerta uma, mesmo nas mais elementares regras da Economia, das Finanças Públicas, da Econometria e quejandos, ou sabendo que não vai acertar nos impinge uma cartilha de alguém que virá a dar-lhe emprego altamente remunerado pelos bons serviços prestados no "laboratório" português e que, ainda estremunhado, vem reconhecer que o pesadelo que infligiu aos portugueses poderia ter sido atenuado ou, até, muito diferente. Gaspar, é um perigo. Atrever-me-ia a dizer que é um criminoso de lesa-Pátria, pelas consequências da sua errada política; outros apelidaram de criminosos outros, anteriores, por menos. E o seu suposto chefe, que continua a dar-lhe a devida cobertura e que por tal é conivente, deveria ter o mesmo destino: a saída pela porta da rua, a porta baixa como julgo que se diz na arte teatral. Falta quem lhes indique que o seu papel terminou e a porta, pequena, se situa lá atrás à direita quem sobe. Mas quem poderia dizer-lhes que o seu tempo acabou está a fazer contas à diminuição da sua pensão de reforma.
Perigoso é o Gaspar, que parece estar a acordar estremunhado de um longo sono, durante o qual se julgou detentor de uma qualquer profecia que haveria de aplicar a um qualquer país que, para nosso azar, se chama Portugal. Um técnico "altamente considerado e respeitado" algures (no Burkina Faso, sem desprimor?), que não acerta uma, mesmo nas mais elementares regras da Economia, das Finanças Públicas, da Econometria e quejandos, ou sabendo que não vai acertar nos impinge uma cartilha de alguém que virá a dar-lhe emprego altamente remunerado pelos bons serviços prestados no "laboratório" português e que, ainda estremunhado, vem reconhecer que o pesadelo que infligiu aos portugueses poderia ter sido atenuado ou, até, muito diferente. Gaspar, é um perigo. Atrever-me-ia a dizer que é um criminoso de lesa-Pátria, pelas consequências da sua errada política; outros apelidaram de criminosos outros, anteriores, por menos. E o seu suposto chefe, que continua a dar-lhe a devida cobertura e que por tal é conivente, deveria ter o mesmo destino: a saída pela porta da rua, a porta baixa como julgo que se diz na arte teatral. Falta quem lhes indique que o seu papel terminou e a porta, pequena, se situa lá atrás à direita quem sobe. Mas quem poderia dizer-lhes que o seu tempo acabou está a fazer contas à diminuição da sua pensão de reforma.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Ministro; até quando?
Em
consequência da ruinosa política que nos conduziu a esta cretina austeridade, o
actual governo é, quase de certeza, o mais impopular de todos. Provavelmente
comparando-o até com os governos de Salazar e Caetano dos tempos do Estado
Novo. Por isso, não se estranha que qualquer membro deste governo, sempre que
participa num qualquer evento, seja confrontado, antes, durante e depois, com a
contestação de cidadãos. Sobretudo o primeiro-ministro e o ministro Miguel Relvas,
talvez o governante de que o Povo gosta menos ou detesta. Passos Coelho, até
foi contestado na Assembleia da República durante o último debata quinzenal.
Ontem,
no Clube dos Pensadores, em Gaia, e hoje, no ISCTE, em Lisboa, Miguel Relvas
foi alvo de manifestações de desagravo. Na de ontem quando Relvas falava, um
grupo de cidadãos levantou-se e começou a entoar a “Grândola Vila Morena” (está
na moda nos protestos ao Governo, não só em Portugal, mas também em Espanha – é
obra!). Relvas, fazendo uma figurinha ridícula, começou também a cantar e,
cantando, ria. Só visto!
Hoje,
no ISCTE, nem sequer iniciou o discurso que, viu-se, trazia escrito. E houve
reboliço, e grande, ao ponto de Relvas ter de se refugiar numa sala que, por
precaução, foi fechada à chave.
É
verdade que estamos num Estado de Direito democrático onde estas coisas não
podem acontecer, mais a de hoje do que a ontem, pois a de ontem, provavelmente,
só não ficou pela Grândola porque Relvas, com uma cara de safado e com grande
lata, desafiou os manifestantes com aquela atitude de começar a cantar (como, a
cantar?) com eles.
Por
isso, para que estas situações não aconteçam e, sobretudo não descambem para
outras bem mais complicadas ou até violentas, é preciso que o Governo e,
particularmente, os governantes deixem de afrontar os cidadãos. Miguel Relvas,
ao aceitar estar presente naquela conferência do ISCTE, afrontou, e muito,
todos aqueles estudantes universitários que fazem um enorme esforço para
tirarem uma licenciatura que ele, vergonhosamente, tirou sem ir a aulas, sem estudar e sem fazer
exames.
Com
estes dois incidentes, não há dúvidas: Miguel Relvas não tem condições para
continuar ministro!
ALELUIA!
Aleluia! O venerando chefe de Estado apareceu hoje nas TVs a distribuir condecorações, algumas delas a muito custo, digo eu e, aparentemente, está bem e recomenda-se. Mas que eu saiba foi parco em palavras. Também é verdade que estamos em época de poupanças, até porque o rendimento doméstico deve ter levado um rombo daqueles...
RELVAS
O senhor ministro doutor Relvas foi ontem, em V.N. de Gaia, objecto de contestação e de perguntas tidas por impertinentes, e hoje impedido de botar discurso no ISCTE, em Lisboa, com vaias e insultos pelo meio, tendo que fugir como um rato.
Mas quem é que manda o senhor ministro doutor Relvas meter-se nestes assados, ele que nem sabe cantar e ignora a letra e a música do "Grândola Vila Morena" e de Comunicação Social apenas sabe que quer acabar com a RTP pública?
Retire-se, homem, recolha-se a um convento, lá para Tomar, a expiar os seus pecadilhos. Não se dá conta de que ninguém já está disposto a ouvi-lo, até porque nada de interessante e credível tem a dizer, que não há alma que o leve a sério? Não tem a noção de que o ridículo mata?
Mas quem é que manda o senhor ministro doutor Relvas meter-se nestes assados, ele que nem sabe cantar e ignora a letra e a música do "Grândola Vila Morena" e de Comunicação Social apenas sabe que quer acabar com a RTP pública?
Retire-se, homem, recolha-se a um convento, lá para Tomar, a expiar os seus pecadilhos. Não se dá conta de que ninguém já está disposto a ouvi-lo, até porque nada de interessante e credível tem a dizer, que não há alma que o leve a sério? Não tem a noção de que o ridículo mata?
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
O SONO DOS JUSTOS
Contrariamente ao que sucede com o seu ministro doutor Relvas, o primeiro-ministro dorme bem, ainda que poucas horas, com o desemprego em Portugal. Passos, depois de deixar de ser primeiro-ministro (o que espero aconteça brevemente) está respaldado pelo seu padrinho Ãngelo, pelo que não tem que se preocupar. Quanto aos desempregados, que emigrem ou vão cultivar nabos e rabanetes.
E o senhor de Belém, o que é feito dele? Meteu férias de inverno ou está de baixa?
E o senhor de Belém, o que é feito dele? Meteu férias de inverno ou está de baixa?
domingo, 17 de fevereiro de 2013
E VOCÊ, ACREDITA NOS GLUTÕES?
O ministro doutor Relvas diz, de acordo com o DN on line, que "o desemprego e o desemprego jovem tiram-[lhe] o sono".
A ser assim, não percebo como é que o cansaço e as olheiras, não patentes na figura, passam para o ministro Gaspar. Não julgava o doutor Relvas possuidor de tanta capacidade.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
PRÉMIO
Proponho-me iniciar a colecta para um fundo destinado a uma investigação que faça com que, sempre que o doutor Relvas apareça num qualquer canal de TV, a imagem seja interrompida até o homem desaparecer. Quem mais quer contribuir?
Não é por nada, mas a verdade é que sempre que o sujeito aparece na pantalha fico com a pele eriçada e dá-me uma volta ao estômago que só visto.
Não é por nada, mas a verdade é que sempre que o sujeito aparece na pantalha fico com a pele eriçada e dá-me uma volta ao estômago que só visto.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
TOMAR NO CU...
"Caro Paulo Núncio: queria apenas avisar que, se por acaso, algum senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira tentar «fiscalizar-me» à saída de uma loja, um café, um restaurante ou um bordel (quando forem legalizados) com o simpático objectivo de ver se eu pedi factura das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por desobediência. Ele, pobre funcionário, não tem culpa nenhuma; mas se a Autoridade Tributária e Aduaneira quiser cruzar informações sobre a vida dos cidadãos, primeiro que verifique se a C. N. de Proteção de Dados já deu o aval, depois que pague pela informação a quem quiser dá-la".
Francisco José Viegas no seu blogue A Origem as Espécies
Francisco José Viegas no seu blogue A Origem as Espécies
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Que ridículo!
Também
quero dar a minha opinião sobre aquela ideia absurda do Governo me obrigar a
pedir factura sempre que fizer alguma compra, apesar do assunto já ter sido
abordado, e bem neste blog, pelo amigo 500.
Que
ideia tão ridícula! Como é que o Governo ameaça um cidadão de o punir se não
pedir factura, quando isenta de as emitir algumas pequenas empresas? E depois,
se houver um qualquer comerciante ou prestador de serviços que me responda: não
“emito facturas”, o que faço; vou, armado em bufo, fazer queixa à polícia? Se
há pessoas que sempre abominei, foram os bufos.
Que
mais podemos esperar desta gentalha que nos governa?
Onde já vai o desemprego!
São
records atrás de records.
O
desemprego em Portugal sobe a cada dia que passa e, soubemos hoje, já vai em
quase dezassete por cento, bem acima do que tinha sido estimado pelo Governo.
Mas, pior que a notícia do novo record atingido no quarto semestre do ano
transacto, é a previsão de que dentro de alguns meses deverá atingir os dezassete
e meio por cento. Coisa que o primeiro-ministro, de forma ligeira, acha perfeitamente
normal. Aliás, Passos Coelho teve uma tirada brilhante, daquelas que, de forma
irónica, se costumam classificar como “descobertas da pólvora”. Disse o
primeiro-ministro que espera que a taxa de desemprego venha a crescer…, antes
de começar a cair. Brilhante!
Mas
não toma medidas para o combater. Até parece que se está nas tintas para os
desempregados, não parece? Ou será que está mesmo?
FISCAL, EU?
Parece que a rapaziada quer nomear-me fiscal, à borla. Se não pedir factura, nos conformes, do par de peúgas acabado de comprar ou do café tomado à pressa ao balcão, posso ser objecto de uma coima ou contra-ordenação, que pode atingir uns milhares de euros.
Por mim, não aceito trabalhar de borla, com as consequências daí advenientes. Pedirei factura quando ela me convier, a mim, e não os senhores do Fisco. Assumamos, todos, a desobediência.
Por mim, não aceito trabalhar de borla, com as consequências daí advenientes. Pedirei factura quando ela me convier, a mim, e não os senhores do Fisco. Assumamos, todos, a desobediência.
AVISO-RETALIAÇÃO
Há dias, a República Democrática Popular da Coreia, vulgo Coreia do Norte, levou a efeito uma experiência nuclear, como lhe assiste. O nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, condenou, firmemente, como lhe competia, tal evento.
O aviso-retaliação por parte de Kim Jong-un não se fez esperar: há instantes ocorreu um forte abalo de terra, com epicentro em Paredes, isto é, muito próximo do Porto, onde o mesmo foi sentido por muita gente. Parece que a coisa era para ser sentida às portas de Lisboa, mais preciosamente, em Loures, mas o Bernardino conseguiu desviá-la para o Norte.
Será que um submarino já vai a caminho do Oriente, a exemplo do que sucedeu há anos por causa do ataque de um barco com umas gajas a bordo, ao largo da costa portuguesa, a mando do mesmo Paulo Portas? O Kim-neto que se cuide!
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
NÃO ME DIGAM!
Calculem lá que a "Justiça" acusou, ou vai acusar, três artistas responsáveis pelo descalabro do BPP, entre os quais um tal Rendeiro que, no dia anterior a manifestar a falência do dito cujo, apresentou um livro onde enaltecia as qualidades de um gestor como só ele.
Agora, é só preciso esperar uns anitos até que a coisa prescreva, como é habitual. Os engodados com as elevadas taxas de rentabilidade prometidas podem esperar sentadinhos.
Agora, é só preciso esperar uns anitos até que a coisa prescreva, como é habitual. Os engodados com as elevadas taxas de rentabilidade prometidas podem esperar sentadinhos.
FUMO BRANCO
Não, ainda não foi eleito um novo Papa. Trata-se do PS e do Portugal Primeiro, versão Seguro.
Tozé Seguro e António Costa fumaram o cachimbo da paz e enterraram os machados. O fumo branco foi-se espalhando pela pradaria, os índios estão sentados, em amena cavaqueira, as mulheres confecionam a refeição e os cavalos pastam placidamente.
Há-de haver uma guerra próxima, inevitável, como é sabido, mas isso agora não interessa nada. Fumemos o cachimbo e demos umas palmadinhas nas costas dos do peito e nas dos "adversários", que agora o não são. Até à vista....
Tozé Seguro e António Costa fumaram o cachimbo da paz e enterraram os machados. O fumo branco foi-se espalhando pela pradaria, os índios estão sentados, em amena cavaqueira, as mulheres confecionam a refeição e os cavalos pastam placidamente.
Há-de haver uma guerra próxima, inevitável, como é sabido, mas isso agora não interessa nada. Fumemos o cachimbo e demos umas palmadinhas nas costas dos do peito e nas dos "adversários", que agora o não são. Até à vista....
ARTISTAS
A GNR não consegue notificar um condutor "artista", por não se saber onde reside, já que toda a correspondência é devolvida. No cartão de cidadão consta uma morada, na carta de condução uma outra e na de registo da viatura uma terceira, parece que nenhuma delas verdadeira, ou todas verdadeiras, não se sabe.
Mas o que é suposto saber-se é que o tal "artista" poderia ser notificado pessoalmente na Assembleia da República, onde é deputado, eleito por Beja, nas listas do PSD.
Mas o JN, onde pesco a notícia, conseguiu chegar à fala com o sujeito.
E o eleitorado de Beja (podia ser qualquer outro distrito, bem entendido) elegeu um "artista" destes? Depois queixem-se de o pessoal estar farto dos "políticos" e da política.
Um bom exemplo, este, a par de muitos outros diariamente dados à estampa.
Mas o que é suposto saber-se é que o tal "artista" poderia ser notificado pessoalmente na Assembleia da República, onde é deputado, eleito por Beja, nas listas do PSD.
Mas o JN, onde pesco a notícia, conseguiu chegar à fala com o sujeito.
E o eleitorado de Beja (podia ser qualquer outro distrito, bem entendido) elegeu um "artista" destes? Depois queixem-se de o pessoal estar farto dos "políticos" e da política.
Um bom exemplo, este, a par de muitos outros diariamente dados à estampa.
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Os aparelhos partidários.
Todos
os dias ouvimos falar da importância que têm dentro dos partidos os chamados
aparelhos partidários. E ninguém tem dúvidas que hoje os órgãos directivos dos dois
principais partidos do poder – PS e PPD – são controlados pelos respectivos
aparelhos. Passos Coelho chegou a líder do partido e, consequentemente, a
primeiro-ministro, porque, fora do poder, ele e alguns dos seus indefectíveis
amigos tomaram de assalto o aparelho. António José Seguro, sempre “alheado” dos
problemas dos últimos tempos da governação Sócrates, foi conseguindo dominar o
aparelho, de tal modo que a ninguém espantou que tivesse ganho a liderança do
partido. É verdade que beneficiou da não “ida a jogo” de António Costa, mas será
que não teria ganho à mesma? E agora, o que sucederá se Seguro tiver de
disputar a liderança com António Costa? Provavelmente voltará a ganhar, mas uma
sondagem publicada hoje no Expresso mostra que António Costa é o preferido dos
portugueses, sobretudo daqueles que dizem ser simpatizantes do PS. Ora isto
quer dizer que se houvesse eleições primárias abertas, como há em algumas
democracias (por exemplo nos Estados Unidos – só assim Obama chegou a
Presidente), António Costa seria, naturalmente e com alguma facilidade, o novo
líder do partido. Seguro só é líder porque domina o aparelho.
Mas
se é verdade que Passos Coelho e António José Seguro são líderes porque dominam
os respectivos aparelhos dos partidos, também o é que estão reféns deles. Vão
ter que engolir muitos sapos vivos com as eleições autárquicas deste ano. Só
assim se compreende que Menezes seja o candidato oficial do PPD à Câmara do
Porto e António Parada o candidato do PS à Câmara de Matosinhos. Não há a mais
pequena dúvida: Ambos são candidatos dos
aparelhos. Dúvida há, e cada vez mais, quanto a algum deles poder ganhar a
Câmara a que concorre. Por mim, espero que não ganhem. E, se quanto a Menezes
ficarei muito contente e darei o meu contributo para isso (sou munícipe no
Porto), quanto a António Parada digo-o com muita tristeza. E aproveito para
mandar um recado a José Luís Carneiro, líder da Federação do PS/Porto: A
democracia não se esgota nem se resume a eleições; há outra regras, entre as
quais o respeito por quem serve, e bem, o país (neste caso o concelho) os
cidadãos e os partidos. Ah, e já agora explique-me: é normal que tenham entrado
para o PS, nos últimos tempos, cerca de dezanove mil novos militantes?
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Uma reforma terrorista!
Um
dos temas hoje mais referidos nos diversos órgãos de Comunicação Social foi, e
ainda é, os já muito falados cortes dos quatro mil milhões de euros nas
despesas do Estado. É noticiado que vai haver amanhã Sábado um Conselho de
Ministros (coitadinhos dos ditos!) para dar início ao estudo de tal medida.
Bom,
eu não acredito que uma loucura destas possa ir avante só porque o Governo é
sustentado por uma coligação de partidos que tem maioria no Parlamento, e que,
por isso, acha que pode impor ao país tudo o que lhe vem à cabeça, ou melhor
dizendo, tudo o que vem à cabeça do Gaspar. Por outro lado, embora saibamos que
o Presidente da República, perante os problemas que causam maior revolta nos
cidadãos, assobia para o tecto, não pode, desta vez, dar o aval a medidas que
têm por doutrina princípios com os quais ele já disse várias vezes que não
concorda. E depois, uma reforma do Estado, como agora lhe chamam, não pode ser
feita ao contrário, ou seja, não se podem cortar despesas só porque é preciso
agradar e fazer a vontade à Troika. Por último, parece-me que não há reforma
possível nesta altura de crise, sem que se tomem medidas que conduzam ao
crescimento da economia. Se nos comprometemos a não termos um défice superior a
2,5% do PIB, porque não aumentamos o PIB? É preferível empobrecer os
portugueses e mandá-los para a miséria?
Finalmente;
todos os dias lemos ou ouvimos dizer que “lá vai mais dinheiro para a banca!”,
para tapar os buracos que os banqueiros cavaram com a ganância desenfreada de
ganharem dinheiro e mais dinheiro, sejam quais forem os métodos que utilizam.
Só para o BPN e para o Banif já saíram, ou ainda vão sair, oito mil milhões de
euros – o dobro daquilo que Passos Coelho e Gaspar querem tirar aos
portugueses. Por isso, já há quem chame a esta dita reforma, uma reforma
terrorista!
COPIANÇO
NEM ME DIGAS
Cama, mesa e roupa lavada
Antunes Ferreira
O homem enfiou o capuz da parka que já conhecera muito melhores dias. Fazia um frio danado, mas também o sentia por dentro. E fome. Maldita vida aquela. Vá lá que nas traseiras de uma loja de eletrodomésticos conseguira surripiar uma embalagem de frigorífico para lhe servir de cama. Eram difíceis os tempos de crise. Mas também encontrara uns plásticos para se cobrir da chuva que ameaçava engrossar. Com a manta velha, de retalhos, a abem ver não era manta era uma coisa puída para se tapar. Com uns jornais velhos, sempre ficaria um pouco mais quentinho, mais quentinho, uma merda, mas que o deixaria, sem sentir tanto a frialdade exterior. A interior não havia édredon que a eliminasse.
Tinha dois ou três restaurantes que lhe davam as sobras do que os comensais deixavam nos pratos, mas não era suficiente, por isso a fome que se lhe entranhara no corpo, pequeno-almoço não se safava, almoço, nicles e jantar só as tais sobras. Mas os gajos dos restaurantes já começavam e corrê-lo, este marmanjo vem aqui comer todas as noites, e mandavam-lhe trabalhar que o trabalho por mais sujo que fosse não matava ninguém. Já tentara ser dos lixeiros que andam de noite nas camionetas para apanhar o lixo, mas não tinha ninguém para meter uma cunha na Câmara Municipal e estava feito.
Aquele filho da puta daquele banqueiro que vira num aparelho de televisão na tal loja de artigos elétricos, ouvira e vira ele com os olhos e os ouvidos que a terra havia de comer, que os Portugueses aguentavam mais austeridade, dizia o malandro ai aguentam, aguentam. E logo uns dias depois dizia que se os sem- abrigo aguentavam por que não haviam de aguentar os outros. O nome do banqueiro que devia ganhar uns bons milhares de euros por mês, chorudos prémios anuais era Fernando Ulrich. Se houvesse em Portugal um novo Buiça – o tipo que matara o rei D. Carlos e o príncipe sucessor D. Luís Filipe, era excelente, dava cabo dele só com um tirito…
Aliás, como diria o Raul Solnado, punham-se em fila indiana o Presidente da República, Cavaco Silva, o primeiro-ministro Passos Coelho, outro ministro, o Miguel Relvas, que se intitulava doutor e que tinha o curso universitário fazendo uma só cadeira, mas que tinha muita experiência (?) política (?) e o Vítor Gaspar, o ministro das Finanças e com uma só bala dava-se cabo desses todos. Uma bala com um cordel, que se puxaria depois de cumprida a sua missão e podia servir para outros. Era uma economia.
E por economia, também devia estar em nova fila o Álvaro Santos Pereira, ministro justamente da economia e outras especialidades. E mais alguns governantes deste (des)Governo que diz que nos (des)governa), que depois dos do Salazar e do Marcelo Caetano, era o pior que nos calhou na rifa. Mas o que é facto é que foram eleitos pelos Portugueses, mas por mim não foram nenhum deles, comentários que o autor, mesmo sendo contra a violência, subscreve completamente… Com tudo isto já se desviou o escrevinhador do personagem desta croniqueta que dormia num passeio qualquer, de preferência debaixo da soleira de porta de prédio.
Logo que o tal ministro das Finanças começara a roubar os Portugas, já no ano anterior, correra uma anedota natalícia: dos três magos que tinham ido visitar o bebé Jesus, o Melchior levava ouro e incenso, o Baltazar prata e mirra e o Gaspar roubava tudo. Boa, bem tirada. Repete-se e completa-se : roubos à mão (des)armada. Lemram-se?, o Salazar também começara como ministro das Finanças, e, com falinhas mansas, lixara o general Domingos de Oliveira que era o primeiro-ministro e depois foi o que se viu: quase 50 anos de ditadura com Censura, PIDE, a polícia política, campos de concentração como o Tarrafal e outras brincadolhices.
De resto, o atual chefe (?) do (des)Governo, o Passos Coelho que se pusesse a pau com o Gaspar e o com o dos Negócios Estrangeiros, o Paulo Portas que é gajinho para o empurrar pela escada abaixo. Dos coscuvilheiros, invertidos e de sorrisinhos a peixeiras e correlativos em campanha eleitoral, é o diabo, olá se é… Mau, voltou o escriba a descarrilar, meia-volta volver, em frente marche. O sem-abrigo desta estória, andava com um vazio gástrico que não sei se vos diga, se vos conte. Os restaurantes – nada; porque tinham menos fregueses e porque o IVA aumentara desmesuradamente (bem como todos os outros impostos para o proletariado) e porque por isso faziam menos comida, porque era a crise e etc. e tal. Logo, nada de sobras, vai comer noutro sítio.
Numa alegre confraternização
Ora, lá se diz que cada come onde lhe apetece. Quando fora mobilizado para Angola, uma noite o oficial de dia, que na verdade deveria ser chamado oficial de noite, ao passar revista noturna às casernas, dera com um soldado preto todo nu em cima de outro soldado, este último branco também em pelota, numa alegre confraternização. Lanterna em cima dos comparsas muitíssimo camaradas chegados, bateu o alferes miliciano no ombro do de cima, que não sabendo que era o oficial, respondeu você tens nada com isso! A cu é teu?! Claro que deu uma bronca de se lhe tirar o bivaque, que é como se chama ao chapéu na tropa. Auto, cadeia, trinta por uma linha.
Esfomeado, resolveu entrar numa padaria e à socapa gamar uma carcaça. O padeiro agarrou-o, seu sacana de ladrão, chamou o polícia que o levou para a esquadra. Onde disse ao chefe que por subtrair um pão era um gatuno, roubara; se fosse um banqueiro, um administrador ou outro importante que metera ao bolso uns milhões por falcatruas diversas tratava-se apenas de um desvio, com advogados aos montes que de recurso em recurso levavam o processo à prescrição. A ele meteram-no na choça depois de levar umas valentes chapadas. É a vida, comentara o guarda, umas galhetas nas trombas nunca fizeram mal a ninguém.
Bem vistas as coisas, lá lhe levaram um almoço, ainda que sem grande qualidade, e depois de o ouvirem em auto, ofereceram-lhe uma graciosa pulseira eletrónica para usar no tornozelo e foi avisado que depois no tribunal daí a uns dias o juiz lhe daria a correspondente correção. Já um homem não pode levar um papo-seco para enganar o intestino sem consequências dessas.
À noite, quando se deitara debaixo de um portal de um banco, por acaso uma agência do BPI, o tal senhor Ulrich vinha a sair para entrar num mercedes do último modelo, o banqueiro dissera ao motorista que lhe desse um euro e que lhe dissesse que no dia seguinte não queria lá vê-lo, senão chamaria um polícia e… E o nosso personagem ficou todo contente, deixou-se quedar ali, até pediu um cigarrinho por amor de Deus a um senhor que passava, marimbando-se para o cabrão que dissera, ai aguenta, aguenta.
Este chegou e viu o Abílio Fernandes Martins deitado no seu leito de cartão, com uma mini beata nos lábios, olhou-o de viés e mandou o porteiro que viera abrir-lhe a entrada, para chamar a polícia a fim de tirar aquele fulano dali. Já no seu gabinete todo em mogno e carvalho, maples e cadeirões, alcatifa, quadros de autores caros, sedas e brocados, sentou-se à sua secretária de estilo, premiu o botão do intercomunicador e ordenou ao seu chefe de gabinete que ligasse imediatamente ao Comandante-geral da Polícia, ouça, caro amigo, tenho aqui à porta do banco um malandro que quis gozar comigo. Mande prendê-lo e diga ao juiz do Sumário que lhe dê uns 15 dias por vadiagem e invasão de propriedade e espaço público.
Meu dito, meu feito. O antigo soldado 187945/65, que combatera em Angola e tinha um pulmão a menos, por mor de um tiro do inimigo, na altura um turra, foi para a esquadra sem oferecer resistência. Logo de seguida um auto feito à pressa e um julgamento foguete: ou 15 dias de prisão, ou multa no valor de 2.879,26 euros. Tinha um euro no bolso era o seu pecúlio. Poderia, depois ir deposita-lo no banco em causa… Agradeceu ao meritíssimo magistrado, que ficou de olho à banda com tal afirmação, À você ainda goza? Ora tome lá: 21 dias de prisão não remíveis!
Quando deu entrada na cela a Penitenciária para cumprir a pena, o guarda prisional que antes era chamado carcereiro, saíste-me uma boa rês e ainda por cima tentaste achincalhar o senhor Juiz. Abílio fez um sorrisinho sonso, não respondeu, mas falou para ele próprio sem abrir a boca: Porra, finalmente ia ter três semanas à boa vida com teto, cama, mesa e roupa lavada. E, se calhar a Fernandinha da Meia-laranja ainda lhe levaria um macito de cigarros. De cigarrilhas, não, eram muito caras.
Este texto foi sacado ao blogue A Minha Travessa do Ferreira
Cama, mesa e roupa lavada
Antunes Ferreira
O homem enfiou o capuz da parka que já conhecera muito melhores dias. Fazia um frio danado, mas também o sentia por dentro. E fome. Maldita vida aquela. Vá lá que nas traseiras de uma loja de eletrodomésticos conseguira surripiar uma embalagem de frigorífico para lhe servir de cama. Eram difíceis os tempos de crise. Mas também encontrara uns plásticos para se cobrir da chuva que ameaçava engrossar. Com a manta velha, de retalhos, a abem ver não era manta era uma coisa puída para se tapar. Com uns jornais velhos, sempre ficaria um pouco mais quentinho, mais quentinho, uma merda, mas que o deixaria, sem sentir tanto a frialdade exterior. A interior não havia édredon que a eliminasse.
Tinha dois ou três restaurantes que lhe davam as sobras do que os comensais deixavam nos pratos, mas não era suficiente, por isso a fome que se lhe entranhara no corpo, pequeno-almoço não se safava, almoço, nicles e jantar só as tais sobras. Mas os gajos dos restaurantes já começavam e corrê-lo, este marmanjo vem aqui comer todas as noites, e mandavam-lhe trabalhar que o trabalho por mais sujo que fosse não matava ninguém. Já tentara ser dos lixeiros que andam de noite nas camionetas para apanhar o lixo, mas não tinha ninguém para meter uma cunha na Câmara Municipal e estava feito.
Aquele filho da puta daquele banqueiro que vira num aparelho de televisão na tal loja de artigos elétricos, ouvira e vira ele com os olhos e os ouvidos que a terra havia de comer, que os Portugueses aguentavam mais austeridade, dizia o malandro ai aguentam, aguentam. E logo uns dias depois dizia que se os sem- abrigo aguentavam por que não haviam de aguentar os outros. O nome do banqueiro que devia ganhar uns bons milhares de euros por mês, chorudos prémios anuais era Fernando Ulrich. Se houvesse em Portugal um novo Buiça – o tipo que matara o rei D. Carlos e o príncipe sucessor D. Luís Filipe, era excelente, dava cabo dele só com um tirito…
Aliás, como diria o Raul Solnado, punham-se em fila indiana o Presidente da República, Cavaco Silva, o primeiro-ministro Passos Coelho, outro ministro, o Miguel Relvas, que se intitulava doutor e que tinha o curso universitário fazendo uma só cadeira, mas que tinha muita experiência (?) política (?) e o Vítor Gaspar, o ministro das Finanças e com uma só bala dava-se cabo desses todos. Uma bala com um cordel, que se puxaria depois de cumprida a sua missão e podia servir para outros. Era uma economia.
E por economia, também devia estar em nova fila o Álvaro Santos Pereira, ministro justamente da economia e outras especialidades. E mais alguns governantes deste (des)Governo que diz que nos (des)governa), que depois dos do Salazar e do Marcelo Caetano, era o pior que nos calhou na rifa. Mas o que é facto é que foram eleitos pelos Portugueses, mas por mim não foram nenhum deles, comentários que o autor, mesmo sendo contra a violência, subscreve completamente… Com tudo isto já se desviou o escrevinhador do personagem desta croniqueta que dormia num passeio qualquer, de preferência debaixo da soleira de porta de prédio.
Logo que o tal ministro das Finanças começara a roubar os Portugas, já no ano anterior, correra uma anedota natalícia: dos três magos que tinham ido visitar o bebé Jesus, o Melchior levava ouro e incenso, o Baltazar prata e mirra e o Gaspar roubava tudo. Boa, bem tirada. Repete-se e completa-se : roubos à mão (des)armada. Lemram-se?, o Salazar também começara como ministro das Finanças, e, com falinhas mansas, lixara o general Domingos de Oliveira que era o primeiro-ministro e depois foi o que se viu: quase 50 anos de ditadura com Censura, PIDE, a polícia política, campos de concentração como o Tarrafal e outras brincadolhices.
De resto, o atual chefe (?) do (des)Governo, o Passos Coelho que se pusesse a pau com o Gaspar e o com o dos Negócios Estrangeiros, o Paulo Portas que é gajinho para o empurrar pela escada abaixo. Dos coscuvilheiros, invertidos e de sorrisinhos a peixeiras e correlativos em campanha eleitoral, é o diabo, olá se é… Mau, voltou o escriba a descarrilar, meia-volta volver, em frente marche. O sem-abrigo desta estória, andava com um vazio gástrico que não sei se vos diga, se vos conte. Os restaurantes – nada; porque tinham menos fregueses e porque o IVA aumentara desmesuradamente (bem como todos os outros impostos para o proletariado) e porque por isso faziam menos comida, porque era a crise e etc. e tal. Logo, nada de sobras, vai comer noutro sítio.
Numa alegre confraternização
Ora, lá se diz que cada come onde lhe apetece. Quando fora mobilizado para Angola, uma noite o oficial de dia, que na verdade deveria ser chamado oficial de noite, ao passar revista noturna às casernas, dera com um soldado preto todo nu em cima de outro soldado, este último branco também em pelota, numa alegre confraternização. Lanterna em cima dos comparsas muitíssimo camaradas chegados, bateu o alferes miliciano no ombro do de cima, que não sabendo que era o oficial, respondeu você tens nada com isso! A cu é teu?! Claro que deu uma bronca de se lhe tirar o bivaque, que é como se chama ao chapéu na tropa. Auto, cadeia, trinta por uma linha.
Esfomeado, resolveu entrar numa padaria e à socapa gamar uma carcaça. O padeiro agarrou-o, seu sacana de ladrão, chamou o polícia que o levou para a esquadra. Onde disse ao chefe que por subtrair um pão era um gatuno, roubara; se fosse um banqueiro, um administrador ou outro importante que metera ao bolso uns milhões por falcatruas diversas tratava-se apenas de um desvio, com advogados aos montes que de recurso em recurso levavam o processo à prescrição. A ele meteram-no na choça depois de levar umas valentes chapadas. É a vida, comentara o guarda, umas galhetas nas trombas nunca fizeram mal a ninguém.
Bem vistas as coisas, lá lhe levaram um almoço, ainda que sem grande qualidade, e depois de o ouvirem em auto, ofereceram-lhe uma graciosa pulseira eletrónica para usar no tornozelo e foi avisado que depois no tribunal daí a uns dias o juiz lhe daria a correspondente correção. Já um homem não pode levar um papo-seco para enganar o intestino sem consequências dessas.
À noite, quando se deitara debaixo de um portal de um banco, por acaso uma agência do BPI, o tal senhor Ulrich vinha a sair para entrar num mercedes do último modelo, o banqueiro dissera ao motorista que lhe desse um euro e que lhe dissesse que no dia seguinte não queria lá vê-lo, senão chamaria um polícia e… E o nosso personagem ficou todo contente, deixou-se quedar ali, até pediu um cigarrinho por amor de Deus a um senhor que passava, marimbando-se para o cabrão que dissera, ai aguenta, aguenta.
Este chegou e viu o Abílio Fernandes Martins deitado no seu leito de cartão, com uma mini beata nos lábios, olhou-o de viés e mandou o porteiro que viera abrir-lhe a entrada, para chamar a polícia a fim de tirar aquele fulano dali. Já no seu gabinete todo em mogno e carvalho, maples e cadeirões, alcatifa, quadros de autores caros, sedas e brocados, sentou-se à sua secretária de estilo, premiu o botão do intercomunicador e ordenou ao seu chefe de gabinete que ligasse imediatamente ao Comandante-geral da Polícia, ouça, caro amigo, tenho aqui à porta do banco um malandro que quis gozar comigo. Mande prendê-lo e diga ao juiz do Sumário que lhe dê uns 15 dias por vadiagem e invasão de propriedade e espaço público.
Meu dito, meu feito. O antigo soldado 187945/65, que combatera em Angola e tinha um pulmão a menos, por mor de um tiro do inimigo, na altura um turra, foi para a esquadra sem oferecer resistência. Logo de seguida um auto feito à pressa e um julgamento foguete: ou 15 dias de prisão, ou multa no valor de 2.879,26 euros. Tinha um euro no bolso era o seu pecúlio. Poderia, depois ir deposita-lo no banco em causa… Agradeceu ao meritíssimo magistrado, que ficou de olho à banda com tal afirmação, À você ainda goza? Ora tome lá: 21 dias de prisão não remíveis!
Quando deu entrada na cela a Penitenciária para cumprir a pena, o guarda prisional que antes era chamado carcereiro, saíste-me uma boa rês e ainda por cima tentaste achincalhar o senhor Juiz. Abílio fez um sorrisinho sonso, não respondeu, mas falou para ele próprio sem abrir a boca: Porra, finalmente ia ter três semanas à boa vida com teto, cama, mesa e roupa lavada. E, se calhar a Fernandinha da Meia-laranja ainda lhe levaria um macito de cigarros. De cigarrilhas, não, eram muito caras.
Este texto foi sacado ao blogue A Minha Travessa do Ferreira
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
AUTÁRQUICAS 2
Alguém me informa do local da recolha de assinaturas para apoio da candidatura do Rui Moreira à CMPorto? Não queria ser dos últimos intelectuais do burgo a fazê-lo.
AUTÁRQUICAS
O envelope está fechado em Gaia, faltando apenas o lacre com o selo do Paulinho: Carlos Abreu Amorim (um gaiense de primeira água, embora debutando em Viana do Castelo), o Firmino e o Aguiar da bola, transferido a custo zero do clube de Matosinhos.
Vai ser uma abada que ficará nos anais eleitorais.
Vai ser uma abada que ficará nos anais eleitorais.
BORGES VS. ULRICH
O António Borges foi demitido de Alto Comissário? A dúvida resulta de, agora, ser Fernando Ulrich a mandar bitaites sobre quem (parece que o Trocos, digo, o Moedas) devia fazer o quê, na governança do Paço, perdão, do Passos/Gaspar (o Paulo continua a exercer o cargo no Estrangeiro). Não há paciência para aturar esta tropa fandanga.
LADINOS E PRECOCES
Isto de de começar como conselheiro (ou coisa que o valha) aos 16 anos, numa ermpresa ainda não existente, é obra de precoces e de ladinos, que só podem acabar em secretário de Estado, pelo menos.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
TUDO NOS CONFORMES
«ieira e Brito foi nomeado director-geral da Veterinária na véspera de ser indicado para o Governo como secretário de Estado da Alimentação.
O novo secretário de Estado do Ministério de Assunção Cristas foi nomeado director-geral de Veterinária, cargo que já exercia de forma interina, a 30 de Janeiro, um dia antes de tomar posse como novo membro do Governo no âmbito da mini remodelação.
O caso foi levado ao Parlamento hoje pela bancada comunista, que acusa a ministra de ter garantido um lugar na administração pública a Vieira e Brito.
"Foi nomeado director-geral de Veterinária por um período de cinco anos, o que significa que quando deixar de ser governante, tem o seu lugar de director-geral de Veterinária garantido", denunciou o deputado João Ramos.
O deputado comunista pediu explicações e declarou ainda que "o agora secretário de Estado fazia parte da comissão de recrutamento e selecção para a administração central, como perito, ou seja, avaliou o seu curriculum e tomou esta decisão de selecção do director-geral".
Este é assim o segundo caso que circunda os novos secretários de Estado do governo de Passos Coelho. O primeiro foi o de Franquelim Alves para secretário de Estado do Empreendorismo, escolha que mereceu fortes críticas da oposição por este gestor ter passado pela SLN, ‘holding' que controlava o BPN.»
Económico online
---------------------------
« Ministério da Agricultura esclareceu hoje que Vieira e Brito, secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, "cessou automaticamente" as funções como diretor-geral de Alimentação e Veterinária assim que tomou posse do novo cargo.
Este esclarecimento surge depois de a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), Assunção Cristas, ter rejeitado as críticas do PCP de que o novo secretário de Estado da Alimentação, Nuno Vieira e Brito, teria sido nomeado diretor-geral de Veterinária na véspera da nomeação para a Secretaria de Estado para garantir o lugar.
De acordo com o ministério, ao tomar posse como secretário de Estado, "de acordo com a interpretação da lei", Nuno Vieira e Brito "cessou automaticamente as funções como diretor-geral de Alimentação e Veterinária".»
Visão online
---------------------
Logo, portanto, tudo nos conformes, né?
O novo secretário de Estado do Ministério de Assunção Cristas foi nomeado director-geral de Veterinária, cargo que já exercia de forma interina, a 30 de Janeiro, um dia antes de tomar posse como novo membro do Governo no âmbito da mini remodelação.
O caso foi levado ao Parlamento hoje pela bancada comunista, que acusa a ministra de ter garantido um lugar na administração pública a Vieira e Brito.
"Foi nomeado director-geral de Veterinária por um período de cinco anos, o que significa que quando deixar de ser governante, tem o seu lugar de director-geral de Veterinária garantido", denunciou o deputado João Ramos.
O deputado comunista pediu explicações e declarou ainda que "o agora secretário de Estado fazia parte da comissão de recrutamento e selecção para a administração central, como perito, ou seja, avaliou o seu curriculum e tomou esta decisão de selecção do director-geral".
Este é assim o segundo caso que circunda os novos secretários de Estado do governo de Passos Coelho. O primeiro foi o de Franquelim Alves para secretário de Estado do Empreendorismo, escolha que mereceu fortes críticas da oposição por este gestor ter passado pela SLN, ‘holding' que controlava o BPN.»
Económico online
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« Ministério da Agricultura esclareceu hoje que Vieira e Brito, secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, "cessou automaticamente" as funções como diretor-geral de Alimentação e Veterinária assim que tomou posse do novo cargo.
Este esclarecimento surge depois de a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), Assunção Cristas, ter rejeitado as críticas do PCP de que o novo secretário de Estado da Alimentação, Nuno Vieira e Brito, teria sido nomeado diretor-geral de Veterinária na véspera da nomeação para a Secretaria de Estado para garantir o lugar.
De acordo com o ministério, ao tomar posse como secretário de Estado, "de acordo com a interpretação da lei", Nuno Vieira e Brito "cessou automaticamente as funções como diretor-geral de Alimentação e Veterinária".»
Visão online
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Logo, portanto, tudo nos conformes, né?
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
DAI-ME NOVAS
E então, o António Costa avança ou não para a liderança do PS? Foi ele que escorregou na casca da banana que displicentemente atirou para o chão ou colaram-lha ao sapato? Pode sido o Pacheco Pereira na Quadatura do Círculo. Ou teria sido o Lobo Xavier? A hipótese mais segura é que tenha sido a mando do rato, digo, do Rato. Cuidados com cascas e ratos nunca foram demasiados.
PORCOS, FEIOS E MAUS
Ao que leio, o agente da GNR que pontapeou um porco na A1, no dia da manifestação dos professores, pode apanhar uma pena de corte até 4 salários. É pouco, muito pouco. O porco merecia mais respeito, ainda que andasse, ao que parece, em contramão. E terão feito o teste do balão ao reco? Tenho para mim que estava sóbrio.
TV E QUALIDADE DO ESPERMA
Se você vê muita televisão arrisca-se a ter a qualiade do seu esperma pelas ruas da amargura, segundo um "estudo" da Harvard School of Puclic Health. Já o exercício físico ajuda à qualidade da coisa. Em lugar de se estender no sofá com a cervejola e amendoins ao lado, vá dar uma curva. Se cuide...
À MULHER DE CÉSAR...
Convenhamos que nomear para secretário de Estado um administrador da SLN/BPN, que confessou em comissão parlamentar que não avisou tempestivamente o Banco de Portugal sobre o Banco Insular, não é recomendável para o cargo. Por mais que o Passos e o Álvaro venham defender a sua dama, não há volta a dar. Pelo sim, pelo não, o Portas pôs-se a milhas. O próprio, que escondeu numa primeira fase a sua passagem pela dita SLN, deveria ter tido o bom-senso de recusar o cargo. Mas ostentar a bandeirinha nacional na lapela falou mais alto...
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Mais de 900.000 desempregados; uma desgraça!
Ficamos
hoje a saber que Portugal bateu um novo record de desempregados – mais de
novecentos mil, o que corresponde a uma taxa de desemprego de 16,5%. E, tudo
indica que não deveremos ficar por este número e esta percentagem, já que a
tendência é para aumentar. Uma desgraça!
Consequência, sem qualquer dúvida, desta austeridade cega que está a ser
imposta aos portugueses. Só Gaspar, Passos, Relvas e outros talibãs da “irmandade”
não querem ver o que toda a gente vê: Tanta austeridade que tira de todas as
formas e feitios tanto dinheiro aos portugueses só pode, cada vez mais,
aumentar a pobreza e o desemprego.
E
agora; aqueles que deitaram tantos foguetes com o “Regresso aos Mercados”, que
comentário fazem? Ainda acham que estamos no bom caminho?
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