sábado, 27 de fevereiro de 2021

EFEMÉRIDES - 2

 




"A leste do paraíso"




"As vinhas da ira"


Neste dia, em 1902, nasce John Steinbeck, escritor, prémio Nobel em 1962

EFEMÉRIDES

Neste dia, em 1933, nasce Ruy Belo, poeta português





Amei a mulher amei a terra amei o mar


Amei a mulher amei a terra amei o mar
amei muitas coisas que hoje me é difícil enumerar
De muitas delas de resto falei





sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O PORTO VISTO DE VIGO

 Num artigo de opinião hoje (*) publicado no Faro de Vigo, o jornalista Alberto Barciela afirma que "só os idiotas e os desorientados consideram o Porto a segunda cidade de alguma coisa. O Porto é Prima Donna. Ela é mãe, senhora, dama, querida, europeia, mundial, portuguesa e ibérica".

O conceituado comunicador galego dedica nesta segunda-feira uma página inteira sobre o Porto num dos jornais de referência da comunidade autónoma da Galiza. Destacando o papel predominante da cidade na Península Ibérica marítima, ao longo dos séculos, o cronista contradiz quem secundariza a urbe e a tenta menorizar precisamente por encerrar tanta história "densa" dentro dela.

A cidade, além de todos os predicados que nomeia - mãe, senhora, dama, querida, europeia, mundial, portuguesa e ibérica - "é tudo isso e muito mais, é o que pretende ser, mas sempre diva e altiva. O seu declínio apenas é mencionado por observadores desatentos. Não há nada tão moderno quanto o contraste de uma cidade cheia de miradouros que, porque sabe que é bonita, nunca se olha a si mesma, manifesta-se sem narcisismo".

Para Alberto Barciela o cosmopolitismo da Invicta foi facilitado, em parte, pela sua condição geográfica. "O planeamento urbano, condicionado pelo rio e pela orografia, define o Porto", reflete o também escritor, que encontra porém na sociologia uma explicação ainda mais lógica para essa abertura do Porto aos cinco continentes. "Todos sabem que a cidade resulta numa autêntica amálgama de seres e de entendimentos, de conexão com sua região metropolitana, com seu país, com as regiões vizinhas, com as colónias e com as grandes cidades, com o mundo, sem perder a sua essência".

Fazendo referência a obras de dois arquitetos portuenses Prémio Pritzker, Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura (como o Museu de Serralves ou estações icónicas da rede do Metro do Porto, respetivamente), o cronista ressalva que a contemporaneidade do Porto convive bem com a tradição enraizada na cidade e com um Centro Histórico classificado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), há praticamente 25 anos.

"Mas a cidade, cujo centro histórico foi declarado Património Mundial pela UNESCO em 1996, é moderna na sua antiguidade. Ela tem consciência disso e mostra-se com um esplendor nada improvisado. Todas as ruas abrem-se como um livro de histórias", assinala.

Para reforçar esta ideia, Alberto Barciela cita o poeta transmontano Miguel Torga: "O universal é o local sem paredes", querendo com esta reflexão conduzir o leitor para a ideia de um Porto que acolhe, que recebe, um Porto livre, liberal, sem fronteiras à liberdade de pensamento, que - imagina o autor - poderia ter inspirado, por exemplo, Fernando Pessoa a uma outra linha de desassossego, cujos "retratos literários sairiam mais verticais".

Há, na cidade do Porto que descreve, uma certa dicotomia que se conjuga para uma composição equilibrada. "O Porto é uma cidade de janelas semiabertas, ansiando uma brisa perpétua, um rumor deliberado, uma melodia harmónica, o barulho de um navio ou uma tempestade distante. É também uma cidade com portas entreabertas, como se quisesse ocultar uma decadência que não é bem certa, que resulta da vaidade de cidade antiga e da prudência de quem quer ensinar, com educação, o que deve ser mostrado".

Segundo o natural de Pontevedra, a história da cidade do Porto "foi moldada pelo conquistador atlântico-cristão e pela ambição saxónica, pela esperança e pela praticidade, pelo descobridor e pelo corsário, pela videira e pela cruz, pela praça e pela bússola". Antagonismos que a construíram e a fortaleceram ao ponto de a tornarem Invicta.

"Outras cidades precisavam da Corte e, com ela, a necessidade de procurar mundos, mas foi o mundo que procurou o Porto e que o encontrou na convergência de dois colossos: o Douro e o Atlântico".

Continuando a sua descrição sobre a cidade, o jornalista destaca a simpatia e afabilidade dos portuenses como um dos seus melhores cartões de visita. "Encontrará sempre a simpatia do morador, o devaneio do visitante, a alegria do convívio, o entusiasmo de todos, a seriedade transcendente dos empresários no Palácio da Bolsa mais elegante do mundo, os crentes na Sé do Porto, na Igreja de São Francisco, nos Clérigos ou no imponente Paço Episcopal, os artistas dos inúmeros museus e teatros, cinemas, armazéns, hotéis, restaurantes; as pontes, imponentes...; e sempre a elegância impressionante da rua: os comerciantes, os cidadãos; e do rio, com o tráfego dos barcos; e o Aeroporto Francisco Sá Carneiro ligado a outras 85 cidades do mundo. Já a noite é para o lazer e o lazer é dirigido a todos numa cidade plural e universitária", afirma.

Alberto Barciela, que confessa ser impossível, num só artigo, abarcar a "densidade" da oferta da cidade, termina referindo que "no Porto todo o mundo encontra a felicidade e a pratica".

"No Porto, a vida corre com um desejo de diversão. E sente-se uma nostalgia especial, saudade, mesmo antes de partir. Camões explicava-o bem: '...o Reino Lusitano, ... onde a terra acaba e o mar começa'. O Porto sabe disso e oferece-o. Inveja", conclui.

(3 de Agosto de 2020)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

LUTO

 



Morreu o maestro José Atalaia, que vi/ouvi nos concertos informais, ao Domingo, que dava no Rivoli (ou teria sido no Trindade?), nos quais "ensinava" como ouvir e interpretar a música clássica

EFEMÉRIDES

 Neste dia, 1987, morre Zeca Afonso



Canção De Embalar

Zeca Afonso

Dorme meu menino a estrela dàlva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será pra ti

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor

Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme quinda à noite é muito menina
Deixa-a vir também adormecer 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

EFEMÉRIDES

 



Neste dia, em 2002, morre Marcelino Vespeira, artista gráfico e pintor português

domingo, 21 de fevereiro de 2021

MÚSICAS

 



ou noutra versão





Música ao fim da tarde

(deve ser a centésima vez que a publico)

sábado, 20 de fevereiro de 2021

BORDA D´AGUA

Com relativo (grande) atraso aí vai o que o Borda d´Água nos diz sobre o mês de Fevereiro 
















MÚSICA E DANÇA


Mais Rita, 

agora com o Astaire e a voz de Clara Nunes, no forró 'Freira do Mangaio' 

EFEMÉRIDES



Neste dia, em 1978, morre Vitorino Nemésio, professor e escritor 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

MÚSICA E DANÇA


 

Para ouvir e ver

EFEMÉRIDES

Neste dia,




 

em 1977, morre António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de Carvalho, professor, cientista, poeta e etc.



em 2001, morre Stanley Kramer, realizador norte-americano


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

DIAS

 Hoje é Dia de Cinzas

Marcha de Quarta-feira de Cinzas

Vinicius de Moraes


Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou

Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor

E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade

A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida, feliz a cantar
Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe

Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando seu canto de paz
Seu canto de paz




terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

LUTO



Morreu Cármen Dolores, uma Senhora do Teatro, do Cinema e da Televisão  

DIAS

 




Hoje é Dia do Entrudo

EFEMÉRIDES


 

O Desterrado

(Museu Soares dos Reis, Porto)




Dom Afonso Henriques, Guimarães


Neste dia, em 1899, morre António Manuel Soares dos Reis,  escultor português

domingo, 14 de fevereiro de 2021

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

SANTOS DO DIA

 


Hoje, as Igreja Católica e a Ortodoxa  Copta, celebram Santa Aplónia (de Alexandria)

EFEMÉRIDES


 

neste dia, em 1909 nasce Carmen Miranda, cantora e actriz luso-brasileira

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

sábado, 6 de fevereiro de 2021

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

MÚSICAS




 Uma bela canção da 2ª versão de um filme que passou hoje num canal de TV

EFEMÉRIDES


 

Neste dia, em 1799, nasce João Baptista da Silva Leitão de ALMEIDA GARRETT, político, escritor e poeta português




 



Barca Bela


Pescador da barca bela,
Onde vais pescar com ela.
Que é tão bela,
Oh pescador?

Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Colhe a vela,
Oh pescador!

Deita o lanço com cautela,
Que a sereia canta bela...
Mas cautela,
Oh pescador!

Não se enrede a rede nela,
Que perdido é remo e vela,
Só de vê-la,
Oh pescador.

Pescador da barca bela,
Inda é tempo, foge dela
Foge dela
Oh pescador!

DO TEMPO, DA CULTURA E DO CULTIVO



Lua em quarto minguante 


As terras destinadas às sementeiras da Primavera devem estar já lavradas, devendo agora ser revolvidas novamente para receberem os benefícios dados pelo arejamento, pelas chuvas e pelas ervas. Surriba-se a terra destinada a vinha ou pomares, começam a estrumar-se as terras para batatais e podam-se as árvores tardias.

Palavra de O Seringador


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

PITOS

 



Os pitos de Vila Real

SANTOS DO DIA

 





As Igrejas Católica e Ortodoxa celebram hoje o Dia de São Brás





Em Vila Real é dia de os mancebos oferecerem as ganchas às namoradas, como retribuição do pito que elas lhes deram no Dia de Santa Luzia, em 13 de Dezembro

EFEMÉRIDES


 Neste dia, em 1995, morre Maria da Graça, actriz e cantora portuguesa

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

MÚSICAS

 



Quem se recorda destes?

POESIA MATEMÁTICA


Porque hoje reli, aí vai a Poesia Matemática do Millôr Fernandes


 POESIA MATEMÁTICA - Millôr Fernandes


Às folhas tantas

Do livro matemático

Um Quociente apaixonou-se

Um dia

Doidamente

Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável

E viu-a, do Ápice à Base.

Uma figura ímpar:

Olhos rombóides, boca trapezóide,

Corpo ortogonal, seios esferóides.

Fez da sua

Uma vida Paralela à dela

Até que se encontraram

No infinito.

"Quem és tu?" indagou ele

Com ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos.

Mas pode chamar-me de Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram

-- O que, em aritmética, corresponde

A almas irmãs

-- Primos entre si.

E assim se amaram

Ao quadrado da velocidade da luz

Numa sexta potenciação

Traçando

Ao sabor do momento

E da paixão

Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.

Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas

E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.

E, enfim, resolveram se casar

Constituir um lar.

Mais que um lar,

Uma Perpendicular.

Convidaram para padrinhos

O Poliedro e a Bissectriz.

E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro

Sonhando com uma felicidade

Integral

E diferencial.

E casaram-se e tiveram uma secante e três cones

Muito engraçadinhos.

E foram felizes

Até aquele dia

Em que tudo, afinal,

Vira monotonia.

Foi então que surgiu

O Máximo Divisor Comum

Frequentador de Círculos Concêntricos.

Viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela,

Uma Grandeza Absoluta,

E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu

Que com ela não formava mais

Um Todo Uma Unidade.

Era o Triângulo.

Tanto chamado amoroso.

Desse problema ela era a fracção

Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade

E tudo que era espúrio passou a ser

Moralidade

Como, aliás, em qualquer

Sociedade.

EFEMÉRIDES

 



Neste dia, em 1977, nasce Shakira, cantora colombiana

SANTOS DO DIA


 

Hoje é Dia da Apresentação do Senhor, ou também de Senhora das Candelárias, das Candeias ou da Luz

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

EFEMÉRIDES



Neste dia, em 1908, aconteceu o regicídio, morrendo o rei D. Carlos e seu filho Luis Filipe


 


Carlos I




Luis Filipe 

SANTOS DO DIA

 


Igrejas cristãs celebram hoje o Dia de Santa Brígida da Irlanda