segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Tantos boys!

Como já foi muito badalado, a empresa Águas de Portugal já tem nova Administração, da qual fazem parte dois conhecidos boys: um do PPD - Manuel Frexes, e outro do CDS - Álvaro Castello-Branco (com dois "eles " e hifen, que o homem não é para brincadeiras). Sabe-se agora que à administração caberá nomear cerca de quatrocentos dirigentes, com vencimentos fabulosos e outras regalias que incluem carro de serviço, combustível e outras. Tudo somado conclui-se que os dirigentes daquela empresa (ainda) pública custam 8,3 milhões de euros por ano. E quem paga? Naturalmente é o "Zé", a quem o Louçã Gaspar vai cortando ou diminuindo as prestações sociais, aumentando os impostos, etc. Quer dizer, então, que está tudo preparado para que o Frexes e o Castello-Branco (com dois "eles"e hifen) dêm tacho (e bom tacho, por sinal) a cerca de quatrocentos boys. Tantos boys!

BOLAS À TRAVE



Recebida por email

Aí vai a minha boa ideia para o país

De vez em quando o primeiro-ministro Pedro Pasos Coelho, quer dar aos cidadãos a ideia de que os ouve e que não lhe é indiferente aquilo que eles dizem mas, na verdade, não os ouve e, pior, não lhes liga mesmo nada. Como agora é moda entre os políticos, o primeiro-ministro serviu-se do Facebook para apelar à participação dos cidadãos com "boas ideias para o país". Pois bem, aí vai a minha boa ideia: Sr. primeiro-ministro, para bem de Portugal e dos portugueses demita-se ou, pelo menos, demita o ministro das Finanças. As cada vez mais rigorosas medidas de austeridade, muito mais severas do que as previstas no acordo com a Troika, estão destruir o que resta da economia portuguesa e estão a acabar com a classe média e, com ela, as pequenas e médias empresas que vivem sobretudo do consumo interno. Para lá disto, que não é pouco, o descontentamento da maioria da população que vive do seu salário ou da sua pensão de reforma é cada vez maior e ao menor rastilho pode eclodir uma grande convulsão social. Aliás, como o Sr. primeiro-ministro sabe, esta ideia não é só minha, mas também do Presidente da República e de alguns dos seus amigos (seus, dele Presidente, embora muitos deles também já tivessem sido seus amigos. Mas, pelos vistos, eram "amigos de Peniche! ). Portanto, Sr. primeiro-ministro, siga a minha boa ideia e faça-me a vontade, na totalidade, de preferência, ou pelo menos em parte e livre-me a mim e aos meus concidadãos dessa personagem confusa e enigmática que é o Louçã Gaspar. Conto consigo.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Era o que faltava, o Governo não pode ceder!

Durante muitos anos os clubes de futebol, melhor dizendo os seus dirigentes, por razões eleitoralistas, dadas as paixões que lhe estão subjacentes, eram tratados pelos dirigentes políticos como se fossem um Estado dentro do próprio Estado. Por isso não cumpriam ou ignoravam muitas das leis e, propositadamente, também não cumpriam as suas obrigações fiscais. Na segunda metade da década de noventa o Estado, através do Ministério das Finanças, resolveu dizer aos clubes que não tolerava mais futuros incumprimentos fiscais e intimou-os a pagarem as dívidas dos anos anteriores. Após ameaças demagógicas dos clubes, uma vez mais o Estado cedeu e foi acordado o famoso e vergonhoso totonegócio, segundo o qual as dívidas antigas dos clubes eram pagas com as receitas do Totobola. Já na altura era evidente que o Totobola estava em decadência e logo se previu que seria muito difícil atingir a liquidação das dívidas em causa. E, claro, a previsão cumpriu-se. Passado há muito o prazo do totonegócio, verifica-se que ficaram por pagar cerca de 13 milhões de euros, quantia que os clubes de futebol já davam praticamente por perdoada. Mas enganaram-se. O Fisco notificou-os há dias (clubes, federação e liga) para pagarem as dívidas no prazo de trinta dias. Habituados às sucessivas cedências do Estado, os clubes vociferaram e até ameaçaram paralisar todas as competições a nível nacional caso o Governo não se mostre disponível para encontrar uma solução, que todos nós já sabemos qual é: Não pagar. Houve até um auto-intitulado sem abrigo que veio mesmo com um enorme descaramento dizer que estão cansados da perseguição do Ministério das Finanças! Basta. Desta vez o Governo não pode ceder. Seria uma enorme traição às pessoas que estão a passar muitas dificuldades para viver, tendo em conta as medidas de austeridade que lhes foram impostas. O futebol não está acima da lei. Era o que faltava.

RIMAS, DO ZÉ GIL

– SABES DIZER, RAPAZ?


Menino da Escola,
Bem preparado,
Declamava a Moleirinha,
Com o Professor admirado.
Aos caseiros da Quinta
Mostrava o saber.
Com o Pai na aldeia,
Onde faltou o Professor,
Não podia conceber.
Após o tempo escolar,
Era a labuta diária
(Vinha, horta e olival)
Fazia outra Primária!
Um mensageiro perspicaz
Quando deixou recado.
Disse desconfiado:
– Sabes dizer, rapaz?!

Porto, 21/10/11
José Gil

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

COSTUMES ANTIGOS



Recebido por email

O RELVAS E A CENSURA QUE NÃO EXISTE

O ministro Relvas parece não apreciar as crónicas do Pedro Rosa Mendes, mas isso não seria motivo para o madar calar, já que há quem aprecie, a começar por mim. Ah!, dizem-me aqui do lado que não é o Relvas, é o Zé Eduardo dos Santos. Assim, já me conformo. A bem da Nação...

Redução do número de feriados. Afinal, uma decisão sem lógica

Sou daqueles que pensam que a nossa produtividade nada tem a ver com o número de dias feriados que actualmente temos em Portugal. Não é por eliminarmos alguns que passamos a produzir mais e melhor e, assim, tornarmo-nos mais competitivos relativamente a outros países e crescermos economicamente. Não vamos superar a crise só porque passamos a trabalhar mais três ou quatro dias por ano. Aliás, criou-se a ideia de que em Portugal somos preguiçosos e que trabalhamos menos horas por ano do que os outros. A própria Sra Merkel, muito mal informada, insinuou isso mesmo, mas sem razão. Na sua Alemanha trabalham-se, em média, menos horas por ano. Portanto: nem Portugal é o país com mais feriados, nem aquele onde se trabalham menos horas por ano. Nunca entendi, nem nunca vou entender, então, porque é que o Governo vem agora à pressa reduzir o número de feriados. Mas, pior do que reduzi-los, não entendo as justificações do porquê e, sobretudo, porque são aqueles que desaparecem e, miséria das misérias, porque tem que haver paridade entre feriados civis e feriados religiosos. Ouvi e também já li as justificações do ministro Álvaro. São risíveis, mas pelos piores motivos. O pândego do Álvaro chegou mesmo a dizer: "O governo aceitou a condição que a própria Igreja nos disse". Então, ó Alvaro, a Igreja manda no Estado? Portugal é, por acaso, um Estado confessional? Sua Eminência, o Cardeal, é uma espécie de Ayatola? Francamente, Álvaro, só de si! Quando o ouvi, deu-me o riso. Mas, como disse, também já li as suas justificações. E é confrangedor pensarmos que você é ministro!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

TAMBÉM TU, ASSUNÇÃO?

Segundo o Público, Assunção Esteves, actual presidente da AR, é useira e vezeira em omitir e esquecer dados relevantes e até atrasar-se na entrega da obrigatória declaração de rendimentos no TC, mesmo quando ali era juíza-conselheira.


Uma nódoa que não seria de esperar ver na blusa de tão ilustre personagem política. Deve abusar do queijo de ovelha de Trás-os-Montes.

ALTEREM A LEI, PORRA!

É normal, em Portugal, as leis andaram atrasadas em relação à realidade, pelo que se legisla em cima dos acontecimentos. Mas, o caso hoje relatado pelo JN é já o enésimo da série e eram horas de o legislador se debruçar sobre o assunto.
Em Agosto passado, um sujeito (com pensão de reforma abaixo de 1 300 euros, certamente) furtou, no Lidl de Coimbra, um pacote de feijão congelado no valor de 77 cêntimos. Levado o caso a tribunal, a juíza mandou arquivar o processo, dado o valor pentelhístico do furto, aliás não consumado.
Que não, diz a Lidl, tem que ser aberto um inquérito, em que a queixosa é assistente, seguir para julgamento, mas não paga quaisquer custas judiciais.
E o DIAP tem que abrir o tal inquérito, temos advogados e juízes, para além do restante pessoal do tribunal tudo envolvido a julgar um caso de 77 cêntimos, e eu a pagar.
Senhora ministra da Justiça: faça favor de mandar rever a lei em apreço, que permite gastar os impostos de todos os cidadãos em pentelhices. Em alternativa, que os queixosos/assistentes abram a bolsa e paguem as /os custa(o)s inerentes. Não quero ser forçado a dar para este peditório. Prefiro oferecer ao Lidl os 77 cêntimos de prejuízo.

HUMILHANTE

Humilhante, foi aquilo que me foi dado ver há pouco na televisão Em frente ao Palácio de Belém, ofertas para Cavaco Silva, desde moedas (de diminuto valor, suponho) a sacos de arroz.
Depois da infeliz declaração sobre os seus rendimentos e despesas e do posterior comunicado, que nada explicou, resta-lhe uma curta margem de manobra. Como vai reagir a esta "provocação"? Tem, no minimo que se penitenciar e pedir desculpa a todos os portugueses. Entretanto, por onde andam os seus assessores, nomeadamente o Lima das escutas?
Sempre quero ver como é que Cavaco vai descalçar esta bota.

Porque não chegam os 10 mil euros ao Aníbal?

Ó Cavaco, nós não somos burros, nem saloios

Cavaco Silva veio agora justificar-se das tristes declarações que fez sobre as suas pensões de reforma. E lá veio a mesma treta que ouvimos a Marcelo Rebelo de Sousa e outros amiguinhos. Querem convencer-nos que as muito odiadas declarações, como o provam as reacções de uma enorme parte dos cidadãos, era apenas um exemplo de como as dificuldades chegam a todos. Ele até está com pena do povo. Que tristeza! Ó Cavaco, nós não somos burros, nem saloios.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Foi Cavaco, ele próprio

Aparecem agora alguns amigos de Cavaco Silva (serão mesmo amigos?), com o inevitável prof. Marcelo à cabeça, com um discurso que pretende deitar água na fervura da indignação que resultou das palavras do venerando Chefe de Estado a propósito das suas pensões de reforma e, sobretudo, do facto de as mesmas não lhe chegarem para as suas despesas. Suas e, evidentemente, as despesas da sua Maria que, coitadita só tem oitocentos euros de pensão de reforma. Dizem os amigos(?) que Cavaco Silva, embora infeliz nas palavras, foi mal interpretado, pois o que ele pretendia dizer era que até os cidadãos com maiores rendimentos eram afectados com estas medidas de austeridade e que também teriam que fazer alguns sacrifícios. Ora, estes pândegos só podem estar a reinar connosco, pois sabem tão bem como nós que Cavaco Silva foi igual a si próprio, e à pergunta de um jornalista que queria saber se ele, ao contrário de muitos outros pensionistas com pensões muito menores, iria receber subsídios de férias e de Natal através do Banco de Portugal, reagiu como havia reagido quando vieram à baila os casos das trocas das vivendas do Algarve ou os bons ganhos que obteve nas aplicações financeiras no falido BPN, com rispidez, justificando o seu património com as garandes poupanças que fez com a sua consorte ao longo de quase cinquenta anos, e pretendendo dar a entender que ele, como poucos, é um homem acima de quaisquer suspeitas. A treta do costume. Quer dizer: Cavaco foi igual a si próprio, respondendo com arrogância, sem dar conta que estava a entrar num "bate boca", do qual ele, na condição de mais alto magistrado da Nação, não pode entrar. Como escreveu Vasco Pulido Valente no jornal Público, Cavaco ressuscitou "o velho homem de Boliqueime, com a sua arrogância, a sua cegueira e a sua habitual hipocrisia"

domingo, 22 de janeiro de 2012

LIDO

"Que o Presidente da República esqueça quem é a benefício da populaça e uma dose obscena da mais baixa demagogia de rua é uma vergonha nacional. Ne chassez pas la nature, elle revient au galop".

Vasco Pulido Valente, in Público de hoje

NOVO CARGO

Cavaco para além das pensões, vai acumular novo cargo, o de Provedor do Povo, seja lá o que for isso. O Povo deve ter ficado contente com a assunção de tal cargo.

TÍTULOS

Título do editorail do Público de hoje:
"Uma maioria, um Governo, um pensionista".
Bem achado!

sábado, 21 de janeiro de 2012

QUEM MANDA?

Na minha adolescência da malfadada Mocidade Portuguesa, havia o grito de "quem manda, quem manda, quem manda?", com a resposta, em coro: "Salazar, Salazar, Salazar", ao mesmo tempo que exibíamos o cinto das calças da farda com o "S" bem visível e brilhante.
Agora, se perguntarmos "quem manda?", a resposta, também em coro, só pode ser a de "a troika, a troika, a troika".
Fazia parte da receita da troika a descida substancial da TSU. O governo, tentando dar-lhe a volta, pelo descalabro que iria provocar na SS, subiu as taxas do IVA, 'ajustando' ainda as taxas de alguns produtos. Depois, veio o chamado acordo da concertação social, objecto de brinde e tudo, com a troika a espreitar e a sorrir, satisfeita. Porém, o seu grau de satisfação não era completo, pelo que vem alertar para o facto de a descida da TSU não ter saído da [sua] agenda e que, portanto, etc. e tal. Estão a perceber ou precisam de explicações?
Não será que a albarda começa a ficar demasiado pesada e é hora de dar dois coices nos senhores da troika e dos seus mandantes? Quanto custa ao país esta "governação" tutelada?
E o respeitável venerando que, se eleito à 1.ª volta ou com novo governo por ele patrocinado, Portugal dispensava os "mercados", nada diz, para além de lamentar a sua parca reforma, que quase não lhe permite sobreviver?
Até quando vamos permitir os abusos? Onde estão os "homens bons" deste País que digam bem alto: basta!

LELÉ DA CUCA?

Há muitos anos, Marcelo Rebelo de Sousa, então director do Expresso, escreveu que o primeiro-ministro Pinto Balsemão, a quem sucedeu na direcção do jornal, estava lelé da cuca, por razões que já esqueci.
Agora, pergunto eu: não será que Cavaco está lelé da cuca? Como é que o homem não se coíbe de apregoar o valor da sua pensão de reforma de 1300 euros mensais, quando sabe que declarou 140 000 euros no IRS do ano passado? Isso, afora os "800" euros mensais da sua consorte e para além das "despesas de representação" como PR.
E acrescenta que não sabe qual a sua pensão de reforma do BdP, ainda que não tenha esquecido - para que conste - que se encontrava no nível 18, o mais elevado da tabela! E não tem pudor quando afirma que descontou para o fundo de pensões do BdP, quando é sabido que tal fundo é alimentado pela instituição.
Não tenho nada contra as pensões elevadas de algumas reformas; são as regras estabelecidas, ainda que questionáveis. Mas não façam de nós um bando de parvos, até porque a paciência pode acabar quando menos se esperar.

Job for the boy



Apesar do primeiro-ministro continuar a fazer profissão de fé de que não é como os outros e que, por isso, não dá emprego aos amigos, a verdade é que todos os dias somos confrontados com a nomeação de boys para ocuparem lugares de responsabilidade (e de bons ordenados) em altos cargos do Estado. Chegou a vez de Vasco Graça Moura, que vai substituir António Mega Ferreira na liderança da Direcção do Centro Cultural de Belém. Mais "um jovem" promissor para arregaçar as mangas e suar com tanto trabalho. Será que o chorudo ordenado que vai ganhar é suficiente para as suas despesas? Esperemos que sim.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Inacreditável!

Hoje milhões de portugueses foram confrontados com declarações do Presidente da República que os afrontou na sua dignidade. Como é possível que alguém que neste tempo de crise deve estar ao lado dos seus concidadãos, sobretudo daqueles que vivem em estado de pobreza ou no limiar dela, diga a propósito das suas pensões de reforma, que não lhe chega para pagar as suas despesas os mais de dez mil euros que recebe mensalmente das mesmas. Como se sentiram aqueles portugueses que recebem vinte vezes menos do valor que ele recebe e que descontaram muitos mais anos do aqueles que ele diz que descontou? Necessariamente muito revoltados e afrontados. Ah, e ainda dá a ideia que está a fazer um favor ao país pelo facto de ter abdicado do vencimento de Presidente, superior a seis mil euros, quando de facto em virtude das leis, das quais não está isento de cumprir, teve que optar entre as pensões e o vencimento de Presidente, tendo optado pelas pensões porque o seu valor é mais de uma vez e meia superior ao venvimento. Provavelmente, digo eu, Cavaco acha-se injustiçado relativamente ao seu amigo Catroga que, para lá da pensão de mais de nove mil euros, vai reber mais de quarenta e cinco mil euros para fazer: nada.

Estes homens que se auto-elogiam e que, por muito que ganhem, dizem que o dinheiro não lhes chega, nem sequer dão conta que estão a fazer escárnio dos portugueses quando lhes pedem mais sacrifícios. Inacreditável!

POUPANÇAS DE UM HOMEM PREVIDENTE

Não fossem as poupanças feitas ao longo da vida, o casal Aníbal/Maria Cavaco Silva via-se hoje à rasca para, com as suas modestas pensões, fazer frente aos gastos correntes: alimentação, água, luz, gás, medicamentos e essas coisas (penso que não tem encargos com a renda de casa).
Como bom economista que é, Cavaco Silva foi previdente e foi poupando ao longo da vida activa uns trocos (aplicados no BPN e no fundo de pensões do BdP, por exemplo) que é o que hoje valem ao casal.
Cavaco é o exemplo da formiguinha que todos devíamos seguir. Mas não, a maioria, teve o comportamento da cigarra desprendida e até se arrisca agora, a que o ministro da Vespa lhe venha querer cobrar um qualquer susdídio pago, por lapso, inadvertidamente.

TRANSPARÊNCIAS


O jovem Carlos Sá Carneiro abandonou a advocacia e juntou-se à trupe dos estarolas quando ela se alçou à São Caetano. Após as eleições legislativas, este jovem advogado rumou, com Passos Coelho, para São Bento.Hoje, o Diário da República publica dois curiosos despachos de Passos Coelho: • No primeiro, exarado a 10 de Janeiro do corrente ano, procura-se “legalizar” a situação de Sá Carneiro, tendo, agora, sido incumbido de realizar tarefas no período entre 21 de Junho e 30 de Novembro de 2011; • No segundo despacho, de 9 de Janeiro, é nomeado assessor com efeitos a partir de 1 de Dezembro de 2011.Esta forma atabalhoada de regularizar a situação dos funcionários do PSD que transitaram para o aparelho de Estado tem o seu lado cómico, suscitando algumas questões:• Como é que o primeiro despacho de Passos Coelho tem uma data posterior ao segundo despacho?• Se, só a partir da publicação do despacho, Sá Carneiro pode ser remunerado, é o PSD que lhe vem pagando o ordenado (apesar de estar a exercer funções no gabinete de Passos Coelho desde 21 de Junho de 2011), fazendo-se agora um acerto de contas entre São Bento e a São Caetano?• Estando atribuída por lei a remuneração dos adjuntos dos gabinetes ministeriais, mas não a dos assessores, qual vai ser a remuneração de Sá Carneiro, que o despacho não fixa?Até nestas questões (e a procissão ainda vai no adro) se vê como os estarolas estavam preparados para governar o país. »

Pescado de O Jumento


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Um tiro no pé

A UGT e, sobretudo o seu líder João Proença, deram um enorme tiro no pé, ao assinarem, com subserviência o chamado acordo de concertação social. E digo com subseviência porque após assinar o chamado acordo logo o intitulou de lesivo dos direitos dos trabalhadores. Então, senhores, é lesivo e "assina-o por baixo"? Mais, há menos de dois meses João Proença foi uma das vozes incitadoras da greve geral, porque se perspectivavam autênticos atentados aos direitos dos trabalhadores. Agora, talvez pressionado por Governo e patrões, dá o seu aval a tais atentados? E que benefícios, directos ou indirectos, conseguiu para os trabalhadores? Nenhuns, para lá da não ida à avante da ideia absurda da mais meia hora de trabalho diário, que tinha saído da cabeça da troika, que nada sabe em concreto da história e da vida laboral portuguesa. Portanto, a UGT e João Proença apenas serviram para dar o aval às pretensões do Governo e do patronato. Com este comportamento, receio que a UGT perca a sua influência no meio sindical e, sobretudo a confiança dos trabalhadores. A UGT nasceu num determinado contexto, muito difícil, para que o sindicalismo em Portugal fosse livre, verdadeiramente democrático e independente dos partidos do poder político. Será que vai ultrapassar este assunto sem grande mossa? Não sei, mas duvido muito. Assim como duvido que João Proença continue a ter condições para continuar a liderá-la, pois muitos trabalhares sentiram-se abandonados por ele, numa altura em que era preciso sentirem-no ao seu lado.

Acordo de concertação social, qual acordo?

Muito se tem falado nestes dias no acordo de concertação social. Alguns políticos da área dos partidos da coligação governamental, fartam-se de falar no acordo para revisão das leis laborais entre Governo, patrões e trabalhadores. Quais trabalhadores, o João Proença e os outros dirigentes da UGT? É que, como ouvimos, alguns sindicatos filiados nesta central sindical manifestaram a sua discordância e, além disto que não é pouco, a CGTP que, goste-se ou não se goste (e eu não gosto), representa uma enorme maioria de trabalhadores, sobretudo aqueles que têm um enorme poder reivindicativo, não só não concorda, como rejeita. Portanto, meus amigos, tratando-se de matéria que vai atingir negativamente a maioria dos trabalhadores por conta de outrem, que de modo algum concorda com ela, vai ser sujeita a enorme contestação. Alguém tem dúvidas? Então é lícito perguntar: Acordo de concertação social, qual acordo?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

DA JUSTIÇA, MAIS UMA VEZ

Há quase dois, DOIS anos,um sem-abrigo tentou (tentou, porque não conseguiu concretizar o acto) furtar uma embalagem de polvo e um champô numa loja do Comendador Soares dos Santos, no Porto, no valor de cerca de 25 euros e, por iso, está a ser julgado, com sentença prevista para o próximo dia 31.
Quanto nos custa o processo, tanto mais quanto parece ser certo que a queixosa está isenta de custas judiciais?
A senhora ministra da Justiça, tão lépida em botar sentença noutras situações, tem alguma coisa a dizer sobre o assunto?
Até quando abusarão da nossa paciência?

O ACORDO






Recebida por email




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

AS CRÓNICAS DO ZÉ GIL


E C O L O G I A
Gil Monteiro *

Quando ouço dizer: “Terra há só uma”, apanho um clique, como se fosse o primeiro toque do telemóvel ao começo do dia! A imensidão do globo terrestre é tida por tal monta que o individual perdeu sentido.
Nas aulas do 1º ano do liceu, aprendi as provas de esfericidade da Terra (!) Haveria quem não acreditasse?! Nem todos viram o horizonte, à volta dos montes ou do mar, a terminar em círculo? Os cumes dos montes da Tenaria de Roalde já tinham dado a prova, assim como o ter contemplado a abóbada celeste, nas noites cálidas de verão, ao ir ouvir a onomatopeia dos grilos nas lameiras! Mas, foi muito bom saber pelo ilustre Professor, Dr. Catarino Nunes, na aula, falar sobre o Sabrosense, Fernão de Magalhães – ainda retenho as peripécias da primeira viagem de circum-navegação. Agora, acrescento: só um português era capaz de tanta coragem e saber!
A prova do horizonte visual era a melhor, mais lógica do que a de ver a lua redonda e, por analogia, saber a forma da terra, ou observar fotografias tiradas por telescópio.
O perscrutar o horizonte ficou para sempre decalcado no espírito. Nas tardes outonais dos domingos, continuo a ir à Foz do Douro mirar a superfície, entre a Terra e o Mar (outros têm o mesmo vício). Ver os barcos, que partem ou passam, é assistir a um filme realista, com algumas personagens dedicadas aos desportos náuticos! As idas, quase obrigatórias, com familiares aos Shoppings e a falta de estacionamento automóvel à beira-mar fazem perder o hábito.
Examinar a Terra é lindo! Se é amada, mais amada fica. Saber que está a ficar doente, e em causa a extinção da vida humana, provoca arrepios – o planeta azul pode ficar negro! Os vários tipos de poluição, cada vez mais abundantes e ferozes, veja-se as centrais nucleares e os milhões de velhas pilhas elétricas, lixo dos computadores, e tantas outras máquinas, vão matar a Terra. E o dióxido de carbono? E as chuvas ácidas? E os lixos domésticos? E os rios e mares poluídos? Até já consta que os gelos da Gronelândia começam a estar contaminados!
Ouvi pela manhã na TSF que os agricultores alentejanos lamentam a falta de chuva, desde o mês de novembro até janeiro, e a afirmar:
– As searas só aguentam mais uma semana ou duas, sem chuvas;
– Já estamos a alimentar os ovinos e bovinos a fardos de palha!
As varas de porcos, procurando as bolotas e fossando as partes subterrâneas das plantas, vão sobrevivendo...


É preciso, é urgente mudar os hábitos de vida. Não podemos continuar a produzir quilos e quilos de detritos por dia, principalmente, os não recicláveis. As lixeiras apropriadas não deixam de ser um perigo para as águas subterrâneas, origem das nascentes e subsistência dos seres vivos. Os contendores, da minha rua portuense, ainda não conseguiram escoar os materiais das Festas Natalícias, onde se vê as árvores do Natal e bugigangas chinesas!
Só a educação, a vigilância, apoio financeiro e empenhamento dos cidadãos de todos os povos, poderão impedir a catástrofe do Planeta Azul. Se os cuidados continuados prolongam a vida dos idosos, todos os cuidados são poucos para impedir a morte da origem de toda a vida.
Os animais, e até as plantas, praticam a preservação do meio ambiente: os coelhos bravos depositam as caganitas em locais certos e apropriados (tourais); os hipopótamos, ao estercar, com movimentos rápidos da pequena cauda, impedem a poluição do rio, e pulverizam adubo para as plantas aquáticas, de que se alimentam; uma cadela rafeira, recolhida por abandono, quando liberta o intestino, na relva dos jardins, com ação rápidos das patas traseiras, tenta cobrir ou enterrar o cocó, antes de poder ser recolhido para o saco plástico, fornecido (nem sempre) pela Câmara do Porto.


Porto, 10 de janeiro de 2012


* José Gil Correia Monteiro
(jose.gcmonteiro@gmail.com)

ARTISTAS



Há muitas formas de matar pulgas, diz o povo na sua secular sabedoria.
Aqui está um exemplo: adjudicação de serviços por ajuste directo de um motorista, por parte do ministro Relvas.
O contrato tem a validade de 912 dias (??!), por um preço global de 73 446,00 euros, não sei se com ou sem IVA e a que taxa, o que dará qualquer coisa como 2 100 euros/mês, 14 meses por ano. O gajo deve ser um Fângio.

(Pescado no Blogue O Jumento)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Senhores, por favor, mandem calar o Catroga

O Dr. Catroga, tal como já aconteceu quando o PPD o touxe para a ribalta, quer para negociar em nome do partido o Orçamento para 2011, quer para ser seu interlocutor com a Troika, sempre que dá uma entrevista manda asneira da grossa cá para fora. Tentando justificar a sua injustificável nomeação para chairman da EDP disse, respondendo a perguntas da Comunicação Social, que não conhecia ainda o vencimento do seu novo cargo, mas deu a entender que quanto maior for o seu vencimento mais impostos paga, o que é bom para o Estado. Ora, ao dizer isto, o Dr. Catroga nem sequer dá conta que está a ser cruel para aquelas pessoas que, por causa da crise, nem sequer conseguem comer uma refeição quente se não recorrerem a instituições de solidariedade social ou outras entidades públicas e/ou privadas que solidariamente lhes tiram a fome. E, já agora, um vencimento super milionário daqueles pressupõe que as suas atribuições e tarefas são importantíssimas e de alto risco. Pois bem, fui à Internet saber quais são as competências do Conselho Geral e de Supervisão da EDP. Pelo que li e interpretei, são: Nenhumas!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Afinal sempre foram os chineses

Afinal sempre foram os chineses que indicaram o Dr. Catroga para o cargo de Presidente do Conselho de Supervisão da EDP, isto de acordo com o próprio. Mais, segundo ele, os chineses procuraram indicar para quele órgão "caras conhecidas", como a de Rocha Vieira, Ilídio Pinho (o ex-patrão de Passos Coelho), pessoas com ligação a Macau. E a cara dele, claro. Quem não conhece o Catroga dos pintelhos?

UMA DICA...




...para o Álvaro, insigne ministro cá do sítio:




Um 'cluster' do Galo de Barcelos.




Começaria pela obrigação de cada uma dos novos convidados a emigrante não poderem sair do país sem um exemplar e assinar um compromisso de se obrigar a difundir o Galo no país de acolhimento.

É inveja ou é para chatear o líder

Dois ex-líderes do PPD - Luiz Filipe Menezes e, agora Marques Mendes, resolveram criticar o vencimento milionário que o homem dos "pintelhos" vai ganhar na EDP. Menezes disse que gostava de ter um vencimento igual ao do Catroga, Marques Mendes veio agora dizer que um salário desta natureza é mais ou menos pornográfico. Em qualquer dos casos não contestam a nomeção para o cargo. De qualquer modo não deixa de ser curioso virem dois ex-líderes do partido líder do Governo criticarem o vencimento que o Dr.Catroga vai ganhar, numa altura em que os cidadãos de um modo geral se indignam com o facto. Será que o fizeram por inveja ou para chatear o líder? Responda quem souber.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Valha-nos o Pastel de Nata!




O nosso Álvaro, conhecido ministro escondido da Economia, Transportes, etc, veio agora animar a malta com esta ideia de promover no mercado internacional o pastel de nata, também conhecido por pastel de Belém, de modo a torná-lo concorrencial com os conhecidos hambúrgueres mcdonalds, os donuts ou até, pasme-se, com o frango de churrasco, tornado um sucesso na África do Sul por um português (uma coisa destas só podia ter sido inventada por um português). Estou mesmo a imaginar uma cadeia de milhares de lojas em todo mundo a vender pasteis de nata, com ou sem menus variados que incluem bebida e, porque não, batatas fritas ou saladas especiais, com ou sem molho picante! Numa altura em que a nossa conjuntura económico-financeira é de crise, só o pastel de nata ou de Belém nos pode salvar! O Álvaro, de acordo com o seu semblante na fotografia aqui reproduzida, só pode estar a gozar connosco.



Obrigado, muito obrigado!

Ontem à noite dei conta de uma entrevista que o Dr. Catroga, esse mesmo o dos "pintelhos", estava a dar à RTP Informação. Não vi a entrevista na totalidade, mas apenas um bocado da mesma. Chegou, no entanto, para ficar a saber o que pensa o Dr. Catroga da sua indicação para Presidente do Conselho de Supervisão da EDP. Foi uma enorme lição de auto-elogio, com o Dr. Catroga a justificar o cargo que vai ocupar, dizendo que tem currículo para tal e que foi convidado pelos accionistas, nomeadamente o Dr. Vasco de Melo. Claro, deduzo eu, também tem o acordo do Sr. Cao Guangjing - o chinês que comprou ao Estado vinte e tal por cento do capital da EDP, pois as suas virtudes já chegaram à China. Quanto ao seu vencimento milionário, o Dr. Catroga não o confirma mas contrapõe com o facto de ter de deixar alguns "tachos" de empresas privadas onde ganhava muito bem. Coitado, querem ver que vai perder dinheiro!? Se calhar é por isso que vai acumular aqueles trocos com a pensão de reforma para a qual, diz ele, descontou durante os anos de professor universitário. Daquilo que ouvi fiquei com a ideia de que o Dr. catroga vai fazer um enorme sacrifício, para bem de todos nós, portugueses. Por isso só posso dizer: bem haja Dr. Catroga, pelo sua abnegação à causa pública (ou será púbica, por causa dos pintelhos)!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Monstruoso

Ontem, no decurso de um debate televisivo na SIC Notícias, Manuela Ferreira Leite, que fazia parte de um painel de comentadores juntamente com António Vitorino, António Barreto, Pinto Balsemão e o médico e cientista Sobrinho Simões, resolveu dizer mais um dos seus já famosos disparates que, no fundo, são a verdadeira expressão daquilo que sente e que nos dá a conhecer o tipo de pessoa que realmente é. A certa altura em que se discutia a eficiência do Serviço Nacional de Saúde e os custos que o Estado suporta para o manter, Manuela Ferreira Leite começa a dizer que não é possível ao Estado manter o SNS tal como está, porque não tem nem nunca terá dinheiro para pagar tantas despesas. Por exemplo, não poderá suportar os custos de certos tratamentos, por serem demasiados caros. Terão que ser os cidadãos a pagá-los. Se não tiverem dinheiro ..., não são tratados. E concretizando melhor disse que tratamentos de hemodiálise para pessoas com mais de 70 anos só para aquelas que os possam pagar. É claro que António Vitorino reagiu, criticando, e disse estar chocado com aquilo que a senhora acabara de dizer. Manuela Ferreira Leite lá pensou melhor e, tentando emendar a mão, explicou que talvez António Vitorino a tenha entendido mal, pois o que queria dizer era que ninguém ficaria sem tratamentos, só que quem tiver dinheiro tem que os pagar. Eu que ouvi e vi o que ela disse, achei-o monstruoso, tendo em conta a sua expressão facial e a maneira seca e a meu ver cínica como disse. É Manuela Ferreira Leite "no seu melhor".

OS FUNDOS DE PENSÕES

Alguém me explica o negócio dos fundos de pensões dos bancos transferidos para a Segurança Social?
Ouço o governador do Banco de Portugal afirmar que pode ter sido um mau negócio para os bancos, que poderão ter que reflectir nos seus balanços enormes perdas, o que não entendo, já que tais fundos, autónomos, não fazem parte do balanço, mas sim das contas de resultados anuais já passadas.
Dos seis mil milhões transferidos, que compuseram o défice, mil e quinhentos milhões destinaram-se a pagar dívidas, o que desfalca o fundo. Agora, o ministro Gaspar vem afirmar que terá que haver um orçamento rectificativo por causa das pensões aos bancários reformados, já que os rendimentos do que restou do fundo não são suficientes para o encargo.
Como dizia o outro: expliquem-me este imbróglio como se eu fosse uma criança de 5 anos. Afinal, o negócio não foi bom para nenhuma das partes, antes lesivo de todos?

E O ASSALTO CONTINUA

Depois da EDP, temos as Águas de Portugal. Manuel Frexes, presidente da Câmara do Fundão (com elevadas dívidas às AdP), membro da comissão política do PSD, Álvaro Castelo Branco (CDS), vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, e Manuel Fernandes Thomaz (com o h e o z faz-me lembrar um outro!) foram nomeados para a administração daquela empresa pública.
A assalto ao pote continua, descaradamente, sem um pingo de vergonha.
Até onde permitiremos a falta de pudor e a 'desvergonha' desta gentalha?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

FUMADOR ME CONFESSO

Parece que há por aí uma senhora investigadora ou coisa que o valha que, além de querer proibir o fumo em todos os espaços fechados, mesmo os já licenciados, quer que tal proibição se estenda às cercanias dos cafés, restaurantes, bares e similares. (Ignoro se as Lojas de que tanto se fala estarão abrangidas pela medida). Noutros tempos, havia o fiscal dos isqueiros e ai de quem o utilizasse, salvo se debaixo de telha, sem a devida licença(*). Proponho que se crie uma nova polícia de costumes, cuja missão, entre outras, será a de se assegurar que nem em nossa casa podemos matar o vício; tocam à campaínha, sobem ao andar e se cheirar a fumo, coima em cima e as crianças, se as houver, podem ser retiradas e institucionalizadas. Cria-se emprego e cobram-se os devidos impostos. O Gaspar é capaz de pegar na ideia e a senhora até poderá abichar uma comenda no próximo Dia da Raça, perdão, no próximo 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, a ser entregue pelo venerando Chefe de Estado.
Emigremos para a Holanda, onde julgo se pode fumegar umas passas, aproveitando para fazer as compras no Pingo Doce a preços convidativos.

(*) Dizia-se, por piada, que os previdentes tinham sempre no bolso um pedaço de telha para colocar na cabeça quando acendiam o isqueiro na rua.

SEGURANÇA(S)

"Isto" está mau, muito mau. Não são só as lojas de compra de ouro e multibancos. Então não é que já nem um posto da GNR está a salvo dos assaltantes? Veja-se só que um cofre com cerca de 1000 euros de multas cobradas foi roubado do posto da GNR da Quarteira e ninguém deu por nada. Deviam ter câmaras de vigilância, mas, lá está, em casa de ferreiro espeto de pau, facilita-se e tal. E talvez pudessem contratar uns seguranças permanentes, o que criaria emprego, pagamento de salários e cobrança de impostos. Noutros tempos, Paulo Portas já tinha declarado que o país estava a saque e que havia que tomar medidas enérgicas, pôr mais polícias nas ruas e essas coisas. Agora, como emigrou, não sabe do que se passa.

TAMBÉM QUERO CONTRIBUIR

O Catroga dos pentelhos irá ganhar na EDP (de quantas horas anuais será o seu horário?) 45 000 euros por mês, pelo menos, a acrescer à sua pensão de reforma de 9 600 euros e mais uns trocos que o seu amigo João Duque lhe disponibiliza pelo horário de 0% que lhe foi atribuído. Diz o eminente economista que não é demais, que é o mercado a funcionar (como no futebol, exemplificando com o Ronaldo) e que quanto mais ganha mais ganha o país, já que os seus rendimentos são tributados em 50%, que serão redistribuídos pela sociedade.
Está aqui a chave do problema que o país enfrenta e que ainda ninguém tinha descoberto: aumentem-se os salários e pensões e o ministro Gaspar verá o cofre das Finanças crescer como nunca se viu até deitar por fora.
Eu próprio me disponibilizo para contribuir para o peditório, com 50, 60% ou mais.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Li e não queria acreditar

Acabei de ler e, naturalmente de ficar a saber, que o empresário Ilídio Pinho, também nomeado para o Conselho de Supervisão da EDP, foi antigo patrão de Passos Coelho. Tanta falta de pudor, até custa a acreditar!

Abram os olhos

As farmácias da Madeira, tal como já tinham anunciado, suspenderam a venda a crédito aos beneficiários do Serviço Regional de Saúde. Sabe-se que a dívida do Governo Regional às farmácias já vai em mais de setenta milhõe de euros, sendo que há facturas de Setembro de 2009 ainda por pagar. Ora, sabendo que não tinha dinheiro para pagar o compromisso que assumiu com as farmácias, que previa regularizar quase de imediato dois milhões de euros, porque é que Jardim não os tirou dos três milhões de foguetes que queimou na passagem do ano. Um milhão já dava para muitos foguetes e bem explicado aos madeirenses, sobretudo àqueles que não têm dinheiro para os medicamentos indispensáveis à sua qualidade de vida, de certo que era compreendido. E dava às farmácias um sinal de boa vontade quanto ao pagamento da dívida. Claro que, como sempre, Jardim está mais interessado em fazer chantagem com o Governo da República do que com os medicamentos imprescindíveis para muitos madeirenses. Mas estes são muito culpados, pois perante o conhecimento que tiveram do descalabro financeiro a que Jardim conduziu a região, puseram-no de novo a governá-los.

Jobs for the boys and job for the girl

Traduzindo, o que eu quero mesmo dizer é: Tachos para os gajos e tacho para a gaja. Não me ocorre traduzir doutra maneira.

Já tinha sido noticiado que Eduardo Catroga ia ser indicado para Presidir ao Conselho de Supervisão da EDP. É claro que só podia ser ele, já que o homem só discute coisas grandes, não discute "pintelhos". Ficamos agora a saber que os outros boys são, Braga de Macedo, Paulo Teixeira Pinto (esse mesmo, o pintor, principescamente reformado do BCP) e Ilídio Pinho, e que a eles se junta a girl Celeste Cardona. Não tenho conhecimento que qualquer destas personagens esteja, ou tenha estado, ligado(a) a qualquer tipo de energias, renováveis ou por renovar, pelo que me cheira a ... esturro. Tanto mais que à excepção de Ilídio Pinho, todos os outros foram membros de Governos do PPD ou de coligação PPD/CDS, sendo que Catroga, Macedo e Cardona, foram ministros, e Pinto foi Secretário de Estado de confiança do então primeiro-ministro Cavaco Silva. Estamos mesmo a ver que foram indicados segundo os critérios apregoados em campanha eleitoral por Pedro Passos Coelho, não estamos? Claro que sim. Não podemos esquecer que estamos a falar de gente jovem, cheios de saúde e com muita ambição! Ah, o lugar de Catroga vale à volta de 650.000 euros anuais, coisa pouca!

É claro que, perante muitos comentários pouco agradáveis, António Mexia já veio dizer que estas nomeações são da competência dos accionistas. A mim dá-me vontade de rir. Então não é que o chinês Cao Guangjing (líder da China Three Gorges) já os conhecia a todos? Só Pode...! Estes ... gajos gostam muito de brincar com os portugueses.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Que descaramento!

Acabo de ouvir Paulo Portas a falar para militantes do CDS no Vimeiro e dizer: "Nós não mentimos". Meu Deus, que descaramento! Então o que dizia ele, por exemplo, do aumento de impostos, nomeadamente do IVA? Não era ele que criticava o PEC IV porque tinha medidas que iam infernizar a vida de muitos portugueses, nomeadmente as classes mais baixas? Ó Portas, nós não estamos esquecidos, nem somos parvos, nem damos pantominas dessas!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ao que se chegou no Futebol!

Na sua edição de hoje, o jornal "Público" traz uma reportagem que nos dá a conhecer que o Sporting mandou decorar o corredor de acesso aos balneários das equipa visitantes, com fotografias de elementos da sua claque em poses agressivas, alguns deles encapuçados ou com a cara tapada, outros com expressões de raiva e outros ainda com símbolos e gestos próprios de movimentos violentos de extrema-direita, como a saudação de braço esticado conotada com o nazismo e o fascismo. Sabe-se, por outro lado, que os corredores de acesso a outros locais do estádio, nomeadamente aos balneários da equipa da casa e do árbitro, não estão decorados daquele modo. Então todos temos o direito de pensar que aquela indigna decoração tem por fim intimidar e amedrontar os adversários, o que é inadmissível. Mas mais inadmissível ainda é a posição dos principais dirigentes do clube, que "assobiam para o tecto". Como é possível que um clube desportivo com os pergaminhos do Sporting seja gerido por gente que se esquece que o futebol é um desporto e não uma guerra. Não vale tudo para ganhar um jogo de futebol. É urgente que a Federação, a Liga e, porque não, o ministro que tutela o desporto, se pronunciem sobre este triste facto e tomem medidas de modo a acabar com este atentado à digninade do futebol. Para já, em meu entender, a Federação devia comunicar já ao Sporting que enquanto se mantiverem aquelas tristes imagens não haverá em Alvalade qualquer jogo das selecções nacionais. Ao que se chegou!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

PENTELHOS & C.ª

Viva o dos pentelhos (prof. a tempo parcial de 0%), que foi alcandorado a chairman da sino-lusa EDP. A tomada de posse vai ser gravada em foto de telemóvel, para mais tarde recordar. Favor com favor se paga, né?

No ministério da Saúde há desfaçatez e não há vergonha

No ministério da Saúde, desde que é governado por esta coligaçãoo PPD/CDS, ha enorme desfaçatez mas não há vergonha. Têm retirado muitos benefícios aos utentes do Serviço Nacional de Saúde, o tal que a nossa Constituição classifica como tendencialmente gratuito e, pelo contrário, obriga-os a suportar mais custos sempre que recorrem aos seus serviços. O aumento das taxas moderadoras foi brutal, de tal modo que se vão tornar incomportaveis para muios cidadãos. Hoje de manhã ouvi, num dos primeiros noticiários do dia da TSF, uma notícia com a qual fiquei pasmado. Pelos vistos, quando um cidadão resolver contactar o seu médico de família, por telefone, por e-mail, ou até pelo correio, vai pagar um mínimo de taxa moderadora de três euros. Quer dizer que para lá de pagar a chamada ao operador de telecomunicações o doente vai pagar, pelo menos, mais três euros. Inqualificável! Também ouvi que, para reduzir custos com pessoal, nomeadamente o não pagamento de horas extras, vão reduzir o horário dos centros de saúde, o que vai aumentar a procura das consultas urgentes nos hospitais, cobradas pelo SNS a vinte euros. "Paga ZÉ"! Mas ainda ouvi mais. Os bombeiros voluntários que agora estão isentos de taxa moderadora, vão passar a pagá-la. Só me ocorrem duas palavras para qualificar esta decisão: Uma sacanice. Ora, tirando pouco mais que meia dúzia de cidades portuguesas cujas Câmaras Municipais têm serviço prório de bombeiros profissionais, em todas as outras cidades ou vilas, o serviço de socorro é assegurado por Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, cujo Corpo Activo é constituído, em cerca de noventa por cento, por homens e mulheres que servem a causa sem nada receberem em troca, e cujo lema é "VIDA POR VIDA". Por isso, e muito justamente o Estado isentou-os do pagamento de taxas moderadoras, como reconhecimento e prémio pelos nobres serviços prestados aos seus concidadãos. Mas agora vão pagá-las. Francamente, gostava de saber o valor que o ministério da saúde estima arrecadar com as taxas moderadoras que vai cobrar aos bombeiros.

A CRISE E OS TOMATES DA HORTA




O que é preciso é tomates para enfrentar a crise!




. (recebida por email)

GOLPADAS

Esta estória da TDT cheira-me a golpada da PT, com a conivência da governação e da chamada regulação que, como todas as regulações, só serve para abichar uns tachos..
Quem quer tv paga-a, mesmo que os canais sejam "abertos". E quem obriga "aquela" gente residir nos confins e ainda reclamar ter tv de borla? Sigam o conselho do primeiro: emigrem.

NÃO TÊM MAIS QUE FAZER....

...,não têm mais em que gastar os meus impostos ou não têm outras prioridades?
Otelo, numa recente entrevista, mandou uma qualquer opinião sobre um imaginável golpe de estado militar e, vai daí, o Ministério Público abriu um inquérito às declarações produzidas. Mas, Otelo tem tropas ao seu dispôr? Vai para a porta do quartel de Santarém ou das Caldas, de megafone em punho, apelar à tropas para caminharem para o Terreiro do Paço ou carregarem sobre o quartel do Carmo? Não há pachorra para aturar esta "tropa". Como dizia o outro, é o estado a que 'isto' chegou.

OBRAS NA LOJA

Você ainda não "trabalha" na 'Obra'? E não está inscrito em nenhuma das 'Lojas' que por aí abundam (ainda que semi-secretas)? Meu caro, assim não vai lá. Resta-lhe a inscrição no Centro de Emprego mais próximo e não conte com o Comendador Soares dos Santos, que se exilou na Holanda, seguindo os conselhos do Passos e do seu conselheiro pessoal A. Barreto.

INFORMAÇÃO

Passo pelas TVs:
Canal 1 - Mota Soares, que foi de lambreta (haja pudor quanto a demagogia!) creio que a tratar dos problemas dos pobrezinhos que ele ajudou a multiplicar;
Canal 5 - O Crespo, com o Portas, se calhar a dissertar sobre o problema das luvas dos submarinos ou das 60 000 fotocópias que lhe estão a ocupar a garagem.
Desliguei e vim aqui.
PS - Ler, pf, o post anterior.

O ARTISTA DO ARTISTA

Antigo assessor de imprensa, actual consultor do venerando Chefe de Estado e presumível autor das alegadas escutas a Belém nos tempos do malfadado Sócrates, a que um jornal "de referência" deu asas, em artigo de opinião publicado numa qualquer revista, afirma que "uma informação não domesticada constitui uma ameaça com que nem sempre se sabe lidar". E que "controlar o fluxo noticioso numa época de grande competição informativa é de vital importância para o êxito de qualquer iniciativa no plano político". Acrescenta que o poder pode proporcionar "fugas de informação para produzir um efeito de acordo com o objectivo que se pretende alcançar"
Estamos informados e esclarecidos. Só que, digo eu, ainda há jornalistas com a coluna vertebral sem mazelas.
Fonte: Público

ARTISTAS

Todo este governo é um centro de artistas. Deixam escapar para o comunicação social uma decisão que ainda o não é, para ver como reage o povoléu. Hoje, foi a da cobrança de taxas moderadoras pelos telefonemas, para os centros de saúde, dos utentes do SNS . Como a coisa deu raia, como seria de esperar, tal o despautério, recuaram e dizem que não é bem assim, que foi tudo mal interpretado e que só em determinadas situações é que.... Esperemos. Destes gajos não há nada a esperar que não seja esmifrar o zé, que não pode transferir para a Holanda o seu domicílio fiscal. E não se pode extreminá-los?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

NADA DE CONFUSÕES!


.
(Recebida por email)

CORTES, QUE CORTES?

Recebi este fresquinho e fui confirmar. Está lá no DR.

Diário da República, 2.ª série -- N.º 217 -- 11 de Novembro de 2011
Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Despacho n.º 15296/2011
Nos termos e ao abrigo do artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 262/88, de 23 de Julho, nomeio o mestre João Pedro Martins Santos, do Centro de Estudos Fiscais, para exercer funções de assessoria no meu Gabinete, em regime de comissão de serviço, através do acordo de cedência de interesse público, auferindo como remuneração mensal, pelo serviço de origem, a que lhe é devida em razão da categoria que detém, acrescida de dois mil euros por mês, diferença essa a suportar pelo orçamento do meu Gabinete, com direito à percepção dos subsídios de férias e de Natal.
O presente despacho produz efeitos a partir de 1 de Setembro de 2011.
9 de Setembro de 2011. -- O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais,
Paulo de Faria Lince Núncio.
205324505



Expliquem-me como se eu fosse retardado. (ou talvez seja).
SALÁRIO + 2.000,00 EUR + SUBSIDIO DE FÉRIAS + SUBSIDIO DE NATAL (em regime de comissão de serviço).
Se o Sr. foi emprestado por um organismo do Estado a outro organismo de Estado, porquê o acréscimo dos 2.000,00 eur ao salário ??????????????
O despacho é de 11 de Novembro de 2011 ( Os tachos continuam)

EMPRERÁRIOS PATRIOTAS

O capital, de que este governo é mandatário, entra à cabeça na corrida para os botes de salvação e deixa para trás, entregues à sua sorte, sem o mínimo remorso, os passageiros da terceira classe . A Jerónimo Martins, florão do empresariado português, acaba de dar um exemplo edificante do entendimento que por aqui campeia do conceito de solidariedade, e partiu à sucapa para a Holanda onde os impostos sobre os lucros são mais suaves. Alguém que ainda se lembre de ter ouvido o patrão daquele próspero armazém atacar o estado social e o governo dos socialistas deveria atentar agora no uso que é dado a essa velharia ideológica a que chamam patriotismo. E já agora por que não começar a mobilizar as pessoas para que em lugar de se abastecerem no Pingo Doce, voltarem a comprar no merceeiro da esquina?
Aquilino Ribeiro Machado


(Vendo-a pelo preço por que a recebi)

ROUBOS E ASSALTOS







terça-feira, 3 de janeiro de 2012

De que é que o PS tem medo?

O PS não pode, ou não deve, fazer como o Presidente da República que publicamente apontou erros importantes ao Orçamento do Estado e depois promulgou-o, quase de imediato, sem fazer o mínimo reparo. O PS aquando da discussão daquele documento na Assembleia da República mostrou várias vezes o seu desagrado com medidas que foram apontadas por alguns analistas como passíveis de inconstitucionalidade. E, por isso, chegou até a ser espectável que o Presidente mandasse o Orçamento para o Tribunal Constitucional antes de o promulgar. Sabe-se agora que alguns deputados do PS querem juntar um número suficiente de assinaturas que possibilite pedir ao dito tribunal que se pronuncie se há ou não artigos inconstitucionais. Só que, também se sabe que a Direcção do Partido, incluindo o seu líder, não concorda com esta atitude. A Direcção do PS já se tinha resignado a aceitar a decisão do Presidente, qualquer que ela fosse. Confesso que não entendo. É verdade que foi o Patrido Socialista que negociou com a Troika, mas só está vinculado àquilo que assinou e não àquilo que vai muito para lá do que está escrito no documento. O PS não pode criticar, apresentar medidas alternativas e depois nada fazer. De que é que o PS tem medo?

PINGO DOCE



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Espero que a CP não ceda. Seria uma afronta para todos os outros portugueses

Leio e quase não quero acreditar. O Sindicato dos maquinistas ameaça com nova greve. Ora, todos nós que queremos a democracia sabemos que a greve é um direito dos trabalhadores e, por isso, até está consignada na nossa Constituição. Mas, quando a greve é completamente despropositada, que apenas tem como fim fazer chantagem com a Administração da empresa, maniatando-a de modo a não poder exercer o poder disciplinar para quem não cumpre as regras e as leis e que, para além disso, prejudica os outros cidadãos, privando-os de um direito básico de poderem mover-se para cumprir as suas obrigações profissionais e familiares, a greve perde toda a sua legitimidade. Ora, os maquinistas têm consciência do mal que ocasionam, sobretudo àqueles cidadãos que não podendo recorrer a outros meios, ficam reféns deles. Esta situação não é tolerável. É preciso mobilizar a sociedade que tem o direito de exigir ao Governo que tome uma posição forte recorrendo se for preciso à requisição civil. Uma coisa é certa: A CP não pode ceder à chantagem dos maquinistas.

Ah, grandes empresários!

Está a ser noticiado, com todo o destaque nas aberturas dos jornais noticiosos, que a sede da empresa que controla as mercearias Pingo Doce mudou para a Holanda, recorrendo à esperteza saloia de vender o capital "deles para eles" (é caricato? Mas, no fundo, foi isso que eles fizeram). Diz-se que os objectivos são pagar menos impostos e também tornar mais fácil finalizar negócios noutras paragens como, por exemplo, na Colômbia. Bom, a bem dizer, é uma operação legítima, mas espero que o Senhor Soares dos Santos não venha dar mais lições de moral e de portuguesismo aos nossos políticos.

BENFEITORES DA PÁTRIA

Soares dos Santos, o homem do Pingo Doce, já tinha uma Fundação, capitaneada por António Barreto, cujo objectivo bem pode ser o de fugir ao fisco com algum, digo eu. Agora, passou as suas acções para uma empresa holandesa, de que ele será o único accionista. É que na Holanda o IRC é nais baixo do que em Portugal. Lá vou ser chamado a pagar mais IRS ou IVA ou outro imposto qualquer para colmatar a falha do Pingo Doce, com que o Gaspar estava a contar. O senhor Soares dos Santos fica avisado de que as minhas compras no Pingo Doce irão diminuir drasticamente, já que não estou para engordar o fisco holandês e o próprio senhor Soares dos Santos. Fica também a saber que não vou comprar mais nenhum dos livros editados pela sua Fundação.
Bem prega frei Cavaco nas suas intervenções. O mundo empresarial é surdo e não o ouve e não lhe dá Cavaco.
Com empresários deste calibre está o país bem aviado...
E se todos boicotássemos o Pingo Doce?

As mensagens de S Exas

S Exas, o Senhor primeiro-ministro e o venerando Chefe de Estado, dirigiram aos portugueses (para eles, a populaça) as suas mensagens festivas de Natal e de Ano Novo, respectivamente. O porta voz do Relvas, perdão o primeiro-ministro, podia ter aproveitado a quadra do Natal para dar alento aos seus concidadãos e prometer-lhes que, ao contrário do que pareceu quando os mandou emigrar para "governarem vida", vai tomar medidas para promover o crescimento da economia, criar mais emprego e, enfim, poder aliviá-los um pouco da austeridade a que os obrigou. Mas não. Para ele os portugueses não contam. Quanto à mensagem de S Exa, o venerando Chefe de Estado, só me merece um comentário: Foi uma excelente demonstração de como usar a hipocrisia e a demagogia. Mas de S Exa já podemos esperar tudo. O homem, perdão o senhor, foi capaz de criticar algumas medidas importantíssimas do Orçamento do Estado e, depois de criticado com alguma agressividade por dirigentes da bancada do PPD, promulgá-lo "sem pestanejar". Não admira, portanto, ter ouvido há poucos dias, num programa da SIC Notícias, a socióloga (?) Maria Filomena Mónica classificar o seu desempenho do cargo de primeira figura do Estado como sendo o desempenho de um político medíocre. Ao ouvir isto eu até disse: Até que enfim que concordo com esta mulher!