A UGT e, sobretudo o seu líder João Proença, deram um enorme tiro no pé, ao assinarem, com subserviência o chamado acordo de concertação social. E digo com subseviência porque após assinar o chamado acordo logo o intitulou de lesivo dos direitos dos trabalhadores. Então, senhores, é lesivo e "assina-o por baixo"? Mais, há menos de dois meses João Proença foi uma das vozes incitadoras da greve geral, porque se perspectivavam autênticos atentados aos direitos dos trabalhadores. Agora, talvez pressionado por Governo e patrões, dá o seu aval a tais atentados? E que benefícios, directos ou indirectos, conseguiu para os trabalhadores? Nenhuns, para lá da não ida à avante da ideia absurda da mais meia hora de trabalho diário, que tinha saído da cabeça da troika, que nada sabe em concreto da história e da vida laboral portuguesa. Portanto, a UGT e João Proença apenas serviram para dar o aval às pretensões do Governo e do patronato. Com este comportamento, receio que a UGT perca a sua influência no meio sindical e, sobretudo a confiança dos trabalhadores. A UGT nasceu num determinado contexto, muito difícil, para que o sindicalismo em Portugal fosse livre, verdadeiramente democrático e independente dos partidos do poder político. Será que vai ultrapassar este assunto sem grande mossa? Não sei, mas duvido muito. Assim como duvido que João Proença continue a ter condições para continuar a liderá-la, pois muitos trabalhares sentiram-se abandonados por ele, numa altura em que era preciso sentirem-no ao seu lado.
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