domingo, 31 de julho de 2011

ÉPOCA DE SALDOS

O BPN (aquele banco fantástico do dr. Oliveira e Costa e que tanto dinheiro deu a ganhar a alguns afortunados), foi vendido ao angolano (da senhora Dos Santos?) BIC, onde pontifica o inefável engº Mira Amaral, ao preço de saldo, e de amigo, de 40 milhões de euros. Por conta do Estado correrão os custos - coisa pouca - com o despedimento de cerca de 750 empregados.
O meu receio de que não haveria comprador não se verificou. Sempre são menos 40 milhões a abater aos - dizem - 2,4 mil milhões (fora o que se verá) que temos que pagar. Nada mau.

DA JUSTIÇA, NOVAMENTE

Em 1995 é apresentada, por um cidadão, queixa-crime, por corrupção, contra um antigo técnico e director do Departamento de Urbanismo da Câmara de Portimão.
Vários julgamentos depois, alguns na relação de Évora, com decisões de prescrição e outros ornatos legais pelo meio, o técnico é, em 2006, condenado por corrupção, a três anos e meio de prisão efectiva, sendo-lhe perdoado um ano de pena.
Recorre, de novo, para Évora, onde o processo encalhou e marinou, até que em Novembro passado, quatro anos depois, o tribunal lá decidiu pegar no assunto, tendo então, despachado a coisa, que não mereceu a competente e merecida análise, já que o processo estava prescrito havia 18 meses, ou seja desde Maio de 2009, com a consequência legal da "inutilidade superveniente da análise das questões" suscitadas pelo recurso do réu.
Mas a coisa tem que ser revista em Portimão, pois parece que uma sentença de 2004 não está nos conformes.

Kafka deve ter andado por Portimão e outas Évoras deste país.

E assim continuamos com a justiça que por aí anda.

(Fonte: Público de hoje)

MUDANÇA DE NOME

Sabe-se que a troika quer reduzir o número de concelhos e de freguesias. Mas o que é desconhecido, pois consta de um apêndice não divulgado, é que quer também que muitas localidades mudem de nome, já que a actual denominação dá mau nome ao país. E aí, até estou de acordo. Vejamos, entre outros (aceitam-se acrescentos), os nomes de algumas localidades, que confirmei existirem:

- Bendada - Sabugal (temo que o nome original fosse Bem Dada)
- Catraia do Buraco - Belmonte (o nome primitivo deveria ter sido Catraia com Buraco)
- Coito da Enchacana - Idanha-a-Nova (receio que tivesse sido Coito de Encher a Cana)
- Colo do Pito - Castro Daire (colo doce!)
- Enchemamas - Figueiró dos Vinhos (não confirmei esta localidade, mas sim Enchecamas)
- Entalada - Melgaço (f-se...)
- Esfrega - Proença-a-Nova (oh!,oh!)
- Fonte da Rata - Espinho e Alcácer do Sal (água salgada, digo eu)
- Monte Fonte da Rata - Alvito e Ourique
- Fundo da Rameira - Vila de Rei (seria fundilhos?)
- Geme - Vila Verde (ai, ai!)
- Grota da Chouriça - Horta (não sei o que é grota)
- Monte do Coito Grande - Ourique (ou coito prolongado?)
- Paneleiro de Baixo - Guarda (é suposto que haverá um Paneleiro de Cima)
- Picha - Pedrógão Grande (só pode ser Grande, em Pedrógão)
- Pica - Fafe (em que, nas placas da estrada, aparece com frequência o "c" cedilhado)
- Regato da Coitada - Viana do Castelo (não confirmei, mas sim em Bragança) (a Coitada tinha um regato?)
- Rego do Azar - Ponte de Lima (e porque seria? Estava molhado?)
- Rego Travesso - Tábua e Óbidos (seria atravessado?)
- Teso - Oliveira de Azeméis e Póvoa de Varzim (sem cacau ou...?)
- Tiracalça - Castelo Branco (com calcinha não dava tanto jeito)
- Vacalouras - Castanheira de Pêra (deverá ser vacas-louras)
-Vale da Rata - Viana do Alentejo (ou rata com vale?)
- Venda da Gaita - Pedrógão Grande e Tomar (f..-se!)
- Vergaços - Terras de Bouro
- Vergas - Vagos
- Vila Nova do Coito - Santarém (a outra, a velha, já estava gasta)
- Vergada - S. M. da Feira (chiça!)
- Venda das Raparigas - Alcobaça (imaginem um brasileuro a passar pela localidade!)




Fonte: um email recebido

sábado, 30 de julho de 2011

É esta a ambição da selecção portuguesa?

Realizou-se hoje o sorteio para a fase de qualificação para o próximo Campeonato do Mundo de Futebol de 2014 que irá decorrer no Brasil. Portugal ficou inserido no Grupo F da Zona Europeia, e terá como adversários a Rússia, Israel, Irlanda do Norte, Azerbaijão e Luxemburgo.

Paulo Bento, seleccionador da nossa equipa, considerou que Portugal ficou num grupo complicado. Ora eu, com toda a tranquilidade, permito-me discordar, e muito, dele. Se não, vejamos:

De acordo com o ranking da FIFA, Portugal ocupa o 7º. lugar, a Rússia ocupa o 18º., Israel ocupa o 32º., a Irlandao do Norte o 62º., o Azerbaijão o 111º. e o Luxembugo o 128º. Pergunto: como é que podia ser pior? O 7º. classificado do ranking mundial e 5º. do ranking europeu, não pode começar a duvidar de ser capaz de ganhar um pequeno campeonato a duas voltas a outras equipas consideradas mais fracas e que ocupam lugares no ranking distantes do nosso.

É esta a nossa ambição?

A LEI DAS COMPENSAÇÕES

Passos Coelho diminui para onze o número de ministros, para dar ao país a ideia de que há conteção de despesas na governação. O facto de os secretários de Estado (fora os inúmeros assessores) serem mais que as mães, não vem ao caso. O que fica no "ouvido" é o número onze, coisa nuca vista por estas bandas.
Entretanto, a CGD aumentou o número de membros do Conselho de Administração de 7 para onze. Mudança do modelo de governança, diz Passos, candidamente. E a gente faz que acredita.
É a lei das compensações no seu explendor. Há um pormenor, não dipiciendo: os administradores da Caixa ganham um pouco mais que os ministros. Mas isso são peanuts, né?
Também se pode tirar outra ilação: é tão complicado 'governar' a CGD como o país.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

E TENHO ALTERNATIVA?

Sou, como toda a gente, cliente da EDP e fiquei muito feliz por saber que os seus lucros no 1.º semestre do ano em curso atingiram os 609 milhões de uros, superiores em 8% aos do mesmo período do ano anterior.
Acho pouco, uma vez que a minha factura fixa deste mês é superior em 66% ao normal e para os próximos 12 meses já sei que a mesma factura vai aumentar 10%, fora o acerto que não deixará de se fazer sentir em Agosto próximo, como é costume.
O problema é que não tenho alternativa, apesar de há muito ter ouvido falar na possibilidade de escolha de fornecedor. Consumo e calo.
O que vale é que os gordos dividendos que irei receber não estão sujeitos ao imposto especial. Não se pode ter tudo, né?

Que pena!

Entre ontem e hoje ouvi duas notícias relacionadas com os lucros deste ano, de duas das maiores empresas portuguesas cotadas na Bolsa.

Os lucros do BCP caem 40% no primeiro semestre deste ano e, por isso, não foram muito além dos 90 milhões de euros.

Os lucros da Galp caem 36% no primeiro semestre desta ano e, por isso, caíram para os 111 milhões de euros.

E, em face destas notícias, dei comigo a pensar: Coitaditos dos accionistas destas duas empresas, como a crise os afectou! Felizmente que uma parte deles, sobretudo os maiores, não têm subsídio de Natal. De contrário lá iam mais quase 50% de outro rendimentozito. Como é difícil a vida deles? Que sorte têm aqueles cidadãos que vivem só dos rendimentos do trabalho!

MÃO PESADA

19 autarcas do Marco de Canavezes, entre presidentes, secretários e tesoureiros de juntas de freguesia do concelho, foram condenados a 3 anos de prisão, embora com pena supensa, por terem disponibilizado uns dinheiros das respectivas autarquias para a compra de um relígio de ouro oferecido a Avelino Ferreira Torres, além de terem de devolver as importâncias desviadas.
O crime de peculato pelo qual foram condenados, tem alguma gravidade, já que se trata de uso indevido de dinheiros públicos. Só que eu gostava de ver aplicada a lei em apreço em casos de muito maior gravidade, em que os prevaricadores têm plena consciência dos actos o que, receio, não tenha acontecido no caso presente, e em que os valores envolvidos são de maior monta. A maior parte daquela gente não tem plena consciência do acto. Alguém mais esperto lhes diz: "e se as juntas oferecessem um relógio ao nosso presidente, pelos seus anos"? E se algum pusesse em causa a legalidade da coisa, logo lhe poderia ser replicado: "levas isso a despesas de representação ou a ofertas", ou coisa parecida, podendo acrescentar : "não há nenhum problema".
Embora não conheça a prova provada, creio que, neste caso, a justiça exagerou.
Nota - não tenho qualquer ligação ao concelho nem conheço nenhum dos intervenientes, salvo e apenas de nome, como toda a gente, de Ferreira Torres.

Vão persegui-lo até quando?

O jornal Público, propriedade de Belmiro de Azevedo que não comprou a PT ao "preço da uva mijona" porque o Governo Sócrates não deixou accionando a golden share, noticia hoje que o James Bond português que foi para a Ongoing, foi autorizado pelo ex-primeiro-ministro Sócrates a passar informações àquela empresa. Esta notícia já foi desmentida pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho que informou ter pedido esclarecimentos ao secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, mal tomou conhecimento dela.

Do esclarecimento prestado pelo secretário-geral do SIRP concluiu Passos Coelho que a notícia carece de fundamento, ou seja não é verdadeira. Qual é o interesse do jornal Público em ligar Sócrates a esta polémica que veio à baila depois do caso Bairrão? Continuar a vingar a não compra da PT? E vão persegui-lo até quando? É isto um exemplo de bom jornalismo, de certo que não é, pois não?

TÍTULOS ABUSIVOS

O Público (mas não só) já nos habituou a este tipo de títulos, denunciado, regularmente, por vários leitores e com acolhimento do Provedor do Leitor.
Na 1.ª página de hoje, em destaque, pode ler-se: "Espião foi autorizado por Sócrates a passar informações à Ongoing", remetendo a notícia para a página 6.
Vai-se à página 6, e aí se pode ler, em título e em gordas que "SIED passou dados à Ongoing com autorização de Sócrates". Lê-se a notícia e o mais que se pode retirar é que a autorização do fornecimento de dados depende de autorização do primeiro-ministro. O espião terá afirmado que forneceu as informações, sendo que "tudo foi feito dentro da lei, registado, documentado, com autorização superior". Se assim é, conclui a jornalista,só pode ter sido com autorização de Sócrates, que o jornal diz não ter conseguido contactar.
Não sei, mas gostava de saber, se Sócrates autorizou ou não o fornecimento de tais informações, quaisquer que tenham sido. O que o jornal não prova é a veracidade do título. Nem sequer se pode estribar numa afirmação concreta do "espião", que até poderia não ser verdadeira, salvo se tivesse disponibilizado documento comprovativo.
Jornalismo assim, não. Não vale tudo.

Nota - procurei o contacto do Provedor do Leitor do Público, a quem queria enviar esta "reclamação", mas não o jornal não o disponibiliza.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Será verdade que Director do Fisco da Madeira, está metido em esquema de fraude fiscal?

Nos últimos dias tem sido noticiado que o director do fisco da Madeira é parte de um grupo de dirigentes ou ex-dirigentes do clube "Nacional da Madeira" que terá criado um esquema fraudulento, recorrendo a uma off-shore, para benefício daquele clube. A principal finalidade era evitar a cobrança do imposto sobre rendimentos pagos a jogadores e técnicos. Este caso está a ser investigado por uma umidade especial da Procuradoria-Geral da República, que já concluiu que o mesmo teve intentos criminosos.

Ora, um caso destes é sempre um acontecimento grave, que merece punição severa, sejam quais forem as pessoas implicadas. Mas torna-se muito mais grave quando nele participa alguém que é alto servidor do Estado e ainda por cima responsável máximo da entidade burlada. Pior ainda, em termos políticos, a atitude de Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira, que veio em apoio do referido director do fico tentar desmentir o seu envolvimento, considerando falsos os factos que lhe são imputados na acusação do Ministério Público. O que dizer disto, que os servidores de Jardim estão acima das leis ? Para já o mínimo que se exige é a suspensão de tal figura de todos os cargos da Administração Pública, ainda que seja da Administração Regional. E o que diz disto o venerando Chefe de Estado?

INSÓLITOS

A fazer fé no Expresso online, o padre Mourinho, de Alagoas, Maceió, Brasil, ao deparar com uma nubente de costado ao léu, desconfiou de que por debaixo do vestido nada mais havia, o que seria um sacrilégio. A nubente foi por isso encaminhada para a sacristia, onde uma "ministra" confirmou não haver nem sutiã nem cueca, e, mais, os pelos púbicos (disse púbicos, não públicos!) estavam rapados, pelo que o padre recusou celebrar o casório.
Para evitar situações destas, o padre mandou afixar um aviso onde se pode ler: "noiva sem calcinha é satanás na cabecinha" e "vagina careca é o diabo na boneca".
Ele há coisas do arco da velha! Só faltou, mesmo, foi mandar averiguar, in loco, se a noiva ainda tinha os três.

PEIXEIRADA

Há dias, a propósito de um seu post, aconselhei o 4pereiró a não frequentar locais menos recomendáveis. Mas vi tantas referências ao assunto que não pude deixar de ir espreitar o vídeo que por aí circula sobre o frente-a-frente entre Alfredo Barroso e Teresa Caeiro.
O senhor Alfredo não é um inocente nem menino de coro, é sabido. Mas a senhora doutora Teresa Caeiro, embora nascida e/ou residente na Linha, deve ter frequentado a universidade de Pedrouços, com graduação no Mercado da Ribeira, sem desprimor para os/as profissionais daqueles locais.
Quanto ao untuoso e ressabiado moderador (!), como diria o actor António Silva, "não tenho palavras".
Primário, deplorável e indigno.

TUDO DENTRO DA LEI

Corre por aí um email, de cuja autencidade duvidei. Por isso, fui ver e confirmo que é verdadeiro.
A presidente da Assembleia da República, por despacho, atribuíu ao antigo presidente da AR Mota Amaral, e naquela qualidade, um gabinete próprio, com duas salas, uma para si e outra para uma assessora, bem como um BMW de matrícula recente, com o respectivo motorista e ainda um telemóvel de serviço "equiparado aos vice-presidentes da Mesa" da AR, seja lá o que for isso.
Não se trata de um despacho discricionário, mas fundamentado em normas da própria AR.
Nada tenho contra o dr. Mota Amaral, pessoa estimável, mas lamento que tenho aceite a benesse, do mesmo modo que lamento o despacho da senhora presidente. Ou tudo isto, para além de legal, é obrigatório? E é moral?
Como dizia o outro, o bom não é "ser", mas ter sido.
Por mim, espero a pancada em Novembro, para além das que vou levar até lá.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Futebol europeu

O Benfica Jogou hoje a primeira mão de uma eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. Jogou na Luz contra a equipa turca do Trabzonspor e ganhou por 2 - 0. Foi uma vitória justa, com um resultado que dá boas perspectivas para superar a eliminatória, que ainda podia ter sido mais dilatado. Houve dois lances passíveis de grande penalidade, sendo que num deles foi mesmo escandaloso não a marcar. Para além disto, que já não é pouco, árbitro perdoou o segundo amarelo ao jogador turco Giray, por duas vezes.

Mas, apesar do resultado, o Benfica mostrou que continua ainda com muitos equívocos, o maior dos quais é jogar com um ponta de lança que, salvo seja, só joga com um pé e, mesmo com esse pé, nem sempre joga bem. Mas como marca quatro golos a uma equipa de uns coitados amadores o treinador (outro equívoco), por pressão da comunicação social, põe-no a jogar, porquê? Gostava que me explicassem.

Os mais ricos não pagam a crise

Soubemos hoje que os mais ricos de Portugal aumentaram em média as suas fortunas em 17,8 %. Um deles, que passou a ocupar o segundo lugar dos mais ricos entre os ricos, aumentou a sua fortuna em quase 90%. Quer dizer que para estes parceiros a crise funcionou ao contrário. Para o comum dos cidadãos, sobretudo para a classe média, a crise empobreceu-os, mas para eles aumentou-lhes a riqueza. Diz-se em linguagem corrente que a crise lhes passou ao lado. Como ao lado lhes passou e vai continuar a passar, o conjunto de medidas referidas como indispensáveis para conter a dívida e controlar o défice. Relativamente ao valor das suas fortunas, muito pouco ou nada vão pagar de impostos extraordinários, já que estes impostos muito pouco ao nada vão afectar os investimentos financeiros. Por isso, porque não pagam ou pagam muito pouco, o nosso venerando Chefe de Estado deve estar também muito preocupado com eles, coitados!

OFERENDAS

Passos Coelho "ofereceu" o cargo de presidente da Assembleia da República a Fernando Nobre, ultrapassando os próprios deputados do seu seu partido e os da coligação que haveria de formar.

Vítor Gaspar, por sua vez, ofereceu" a vice-presidência da CGD a Nogueira Leite, à revelia das competências estatutárias do Conselho de Administração do banco estatal.

Pedro Rebelo de Sousa, mau grado as suas próprias contradições e o registo de interesses contraditários, entra também na CGD, que para acomodar os boys, alarga o Conselho de 7 para onze membros, onde entra também um pró-Portas.

É um regabofe.

E o venerando apenas se preocupa com os cidadãos que não vão ser sujeitos ao imposto extraordinário em sede de IRS. Não, não são esses, são mesmo os que não têm rendimentos colectáveis. Os outros, os que, coitados, vivem dos rendimentos penosamente acumulados ao longo dos anos, não são, e bem, objecto da sua preocupação.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Completa falta de isenção

Praticamente todos os dias no "Jornal das 9" da SIC Notícias, apresentado pelo detestável Mário Crespo, há um tempo de debate com o título de "Frente a Frente" entre dois convidados, um ligado à área política da Direita e outro lidado à área política da Esquerda. Foi muitas vezes durante a segunda metade do 1º. Governo Sócrates e, sobretudo, nos dois anos do 2º. Governo Sócrates um momento de "dar pancada" no Governo e/ou no PS, já que muita vezes o par convidado era PCP vs PPD, BE vs PPD, PCP vs CDS ou BE vs CDS. E o detestável moderador também "molhava a sopa", quase sempre com um semblante de contentamento e entusiasmo.

Hoje os convidados do "Frente a Frente" foram Teresa Caeiro e Alfredo Barroso. O primeiro a intervir foi Alfredo Barroso que leu excertos de um artigo de opinião publicado num jornal, onde o autor, para provar que algumas das medidas já tomadas pelo actual Governo e outras a tomar, contrariam muito do que disseram para criticar o Governo Sócrates, sobretudo no que se refere ao aumento de impostos e aos cortes no subsídio de Natal de muitos portugueses. Teresa Caeiro, que ficou embaraçada, não teve argumentos para rebater o assunto, para lá do já estafado argumento do " buraco" ou "desvio colossal". E resolveu ser grosseira e mal educada para com Alfredo Barroso, que anda nisto há muitos anos e, poi isso, sentiu-se obrigado a responder-lhe à letra. O detestável moderador interveio em defesa da senhora, de tal forma que a determinada altura Alfredo Barroso disse mais ou menos: " eu sei que os senhores não gostam de ouvir isto...", ou seja, considerou o detestável Mário Crespo como um defensor do Governo.

A SIC, e nomeadamente a SIC Notícias, ganhou alguma credibilidade por se apresentar aos olhos dos portugueses como órgão de comunicação isento, mas infelizmente tem algumas "ovelhas negras", como o detestável Mário Crespo. É pena.

GOLDEN SAHARES

As golden shares existem em vários países da UE, a começar pela Alemanha da senhora Merkel (vg VW). Se assim é, porque razão nos foi imposto, e foi aceite, acabar com as golden shares? Somos o quintal dos fundos da UE?

DOIS?

Se bem entendi (não tenho grande paciência para homilias monocórdicas), o governo prepara, não um, mas dois orçamentos rectificativos. E porque não dois em um? Se se sabe, se é que se sabe, que é necessário rectificar o orçamento, porquê fazê-lo às pinguinhas? Tão novinhos e com tanta ronha... Ou, a verdade, é que não sabem o que estão a fazer e vão adiando? Não se esqueça que este governo, quando tomou posse, tinha total conhecimento da situação orçamental. Expliquem-se e expliquem-nos de uma vez por todas.

DIZ QUE É UMA ESPÉCIE DE...

Sempre que me deparo com o vererando nas tvs fico confrangido. Porque será? Começo a duvidar da minha sanidade mental.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A democracia da Madeira

Quatro dos partidos com representação na Assembleia Legislativa Regional da Madeira que hoje de manhã foram recebidos pelo Presidente da República ( para, nos termos da lei eleitoral, serem ouvidos sobre a marcação da data das eleições legislativas regionais), queixaram-se da falta de condições para a realização de eleições livres naquela região. E têm alguma razão. Para além da cena indecorosa daquele cão de fila chamado Jaime Ramos, que insultou e ofendeu um jornalista, procurando intimidar todos os outros que possam discordar do governo regional, Alberto João Jardim, servindo-se da imunidade que tem por ser Conselheiro de Estado, insulta todos quantos não concordam com as suas posições políticas. Ainda hoje insultou o novo líder do PS, por este ter dito que não vê que seja necessária uma revisão constitucional, mas apenas aperfeiçoamentos. Na Madeira aplica-se a regra de Salazar, segundo a qual quem não é por nós é contra nós e, portanto, quem contraria a opinião de régulo é insultado e ofendido na praça pública. E como já caiu no hábito os ofendidos, e não só, dizerem que não dão importância ao que ele diz, ele lá vai dando pontapés nos princípios da democracia. E quem de direito o devia chamar à atenção, vai assobiando para o tecto. Que tristeza!

domingo, 24 de julho de 2011

Os Portugueses e a Matemática

Afinal há jovens em Portugal que sabem, e muito, de Matemática. Um jovem de 16 anos, aluno do 10º. ano da escola Secundária de Alcanena, ganhou uma medelha de ouro nas Olimpíadas Internacionais de Matemática que decorream na Holanda e onde participaram perto de 600 outros estudantes oriundos de mais de cem países. Para além dele, participaram também no evento outros jovens portugueses, tendo outros três atingido resultados extraordinários, já que dois deles obtiveram medalhas de bronze e outro uma menção honrosa. Ora, os sucessos destes quatro estudantes portugueses parecem um absurdo, se tivermos em conta que ainda à meia dúzia de dias nos lamentávamos dos maus resultados da disciplina de matemática nos exames nacionais. Mas não. Estes jovens, para além de serem muito inteligentes e com propensão para a matemática, pertencem ao conjunto daqueles alunos que têm bons hábitos de trabalho e cujos pais participam na vida das suas escolas e se assumem como sendo os principais responsáveis pela sua educação. Por isso, tal como eu, muita gente acha que o insucesso da matemática e do Ensino em geral, não se combate com mais horas de aulas, mas sim com mudança de atitudes.

O ministro da Educação foi esperar a comitiva portuguesa ao aeroporto. Por mim, acho que fez bem, diria mesmo, muito bem. É preciso incentivar os jovens e mostrar o reconhecimento do Estado àqueles que trabalham e se empenham nos seus estudos.

Parabéns a estes quatro jovens.

PROMISCUIDADES

Como é possível António Nogueira Leite, um dos principais conselheiros do PSD, ser nomeado para o conselho de administração da CGD, quando é, simultâneamente, administrador do grupo José de Melo Investimentos? Que promiscuidade intolerável é esta? Não há um mínimo de pudor? A CGD vai ou não ser parcialmente privatizada? Cheira mal, muito mal, fede que se farta.

QUEIXAS PAROLAS

Noticiam os jornais que a Câmara Municipal do Porto está a usar vários dos ecrãs gigantes da cidade para aí publicar que "JN e presidente da Câmara Municipal de Gaia voltam a criticar a Câmara Municipoal do Porto".
Ridículo, risível e parolo.

sábado, 23 de julho de 2011

NOVO PS?

António José Seguro é dado como vencedor, com grande vantagem sobre Francisco Assis. Agora, venha o Congresso. Dele sairão os novos dirigentes e as novas políticas. Aguardemos as "novidades", para ver o que vai mudar e como vai o PS fazer a diferença na oposição.
Como já era esperado, António José Seguro é o novo Secrtário Geral do PS, eleito com aproximadamente dois terços dos votos. Espero que seja o motor de uma renovação que é preciso levar a cabo no partido, tal como já referi hoje neste blog. Quero dizer que gostei da comunicação em que Francisco Assis assume a derrota. Com um terço da votação Assis podia ficar na expectativa e, passado algum tempo tentar ser oposição interna em novo líder. Ora, Assis foi peremptório, quer um partido unido para ser Oposição forte.


Parabéns aos dois.

ATENTADOS NA NORUEGA

"O Grito", de Munch

As eleições no PS

Nã faltará muito para se saber quem vai ser o sucessor de José Sócrates no cargo de Secretário Gral do PS.

Tudo indica que o novo líder vai ser António José Seguro, mas ou ele ou Francisco Assis, evidentemente coordenando a respectivas equipa directivas, terão que mudar muita coisa no partido. Mário Soares, o chamado pai fundador, já escreveu que o PS tem de refundar-se e reencontrar o seu caminho como organização destinada a mediar o exercício do poder em nome dos cidadãos e a representá-los no governo do Estado. O PS tem que fazer uma análise e uma reflecção rigorosa e crítica da sua actividade nos últimos quinze anos, dos quais governou doze. É preciso pôr fim ao retrocesso que se verificou quanto à distribuição da riqueza (cada vez se alarga mais o fosso entre os ricos e os pobres), à protecção social dos cidadãos (incluindo saúde e educação) e à protecção daqueles que trabalham por contra do outrem, pondo fim ao trabalho precário e aos abusos cada vez mais descarados daqueles que detêm o poder económico.

Estou certo que é isto que esperam aqueles cidadãos que já deram ao PS uma maoiria absoluta, várias maiorias relativas, sendo que uma tinha metade dos deputados do Parlamento.

O GLORIOSO

O novo autocarro do Glorioso

(Recebido por email)

BAIRRÃO E AS SECRETAS

Será possível explicarem cabalmente a embrulhada do convite/desconvite ao Bairrão? Que é que as "secretas" e os ex-secretistas têm a ver com o assunto?
Olha se fosse o Sócrates! Esta rapaziada vai longe...

PORTO

Vou recebendo com regularidade emails com fotos do Porto, normalmente de boa qualidade. No entanto, fico fulo com a banda sonora que as acompanha, normalmente fados de Lisboa, na voz de Mariza, de Carlos do Carmo e etc., e também de fados e guitarradas de Coimbra, que aliás aprecio mas noutro contexto. Vejo que não estou só, já que Hélder Pacheco também se insurge, em artigo do JN de hoje. Aplausos.

Os boys

O Governo, embora de coligação, é um governo predominantemente do PPD. Pois é, muito se criticou o PS e Sócrates, que eram acusados de colocar boys em lugares chave de determinadas empresa públicas. Soubemos agora que Pedro Passos Coelho vai nomear para presidente da Caixa Geral de Depósitos o seu amigo e Vice-Presidente do partido, António Nogueira Leite. Que coerência! Ai se fosse o Sócrates a nomear um amigo para um cargo desta envergadura, a Comunicação Social não lhe dava sossego.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A caridade de um ex-comunista - ml

Ontem, na "quadratura do círculo" da SIC - Notícias, o comentador residente daquele programa, Pacheco Pereira, disse que o aumento dos tarifários dos transportes era uma medida inevitável, mas fez reparos ao Governo pelo facto de a ter anunciado sem ao mesmo tempo ter anunciado também algumas medidas de âmbito social para apoio às pessoas mais desfavorecidas. Confesso que fiquei comovido com esta preocupação caridosa dete antigo ex-comunista - ml, comnertido ao neo-liberalismo.


Estes tipos têm cá uma lata!

A baralhada colossal

Alguém que participou num Conselho Nacional do PPD bufou a um jornalista do Expresso (porquê do Expresso de Balsemão - militante nº.1 deste partido) que o primeiro-ministro Pedro Pasos Coelho informou os conselheiros que existia um desvio colossal na execussão das contas públicas. Ninguém desmentiu cabalmente que tal tivesse acontecido. Mais, até houve declarações contraditórias de dirigentes do partido. Alimentou-se a polémica. A partir dela alguns políticos do PPD e do CDS justificavam o IRS extraordinário. Dez dias depois, eis que surge um vídeo que, DIZEM, prova (prova o quê ?) que o primeiro-ministro não falou em desvio colossal, mas sim em "desvio, .... qualquer coisa, .... qalquer coisa, ... que vai dar um trabalho colossal". E é curioso que desta vez a contra informação (o vídeo) foi parar a RTP. Mas, é lógico que se pergunte: Porque motivo a notícia do Expresso não foi logo desmentida? Porque motivo é que o PPD alimentou a polémica? Quem obteve as imagens do vídeo? Porque motivo só foi divugado dez dias após o Conselho Nacional e depois de pedidos de esclarecimentos da troika?

Tudo isto é muito estranho, não é? A quem aproveitou esta baralhada colossal? Naturalmente que não foi àqueles portugueses que, como eu, vão ficar sem quase metede do subsídio de Natal. Uma coisa fiquei a saber melhor: estes gajos sabem muito!

ELEIÇÕES

Se V. é filiado no PS, não se esqueça de amanhã ir votar para o Secretário-Geral do partido. O facto de não ter as quotas em dia e o mês ir adiantado não é motivo para não comparecer ao acto: é só perguntar, discretamente, quem as paga e, assim, poderá cumprir o seu dever de cidadania.

PERSEGUIÇÕES

Diz o JN que o Tribunal de Contas enviou para o Ministério Público um relatório de verificação de contas da Câmara do Marco de Canavezes de 2005, último da responsabilidade de Ferreira Torres, só porque não havia registo de uns carros e de umas propriedades e outras minudências. Como nos restantes casos em que era acusado, onde nada se comprovou em seu desabono, este também este vai dar com os burrinhos na água, digo eu. Será que não deixam o homem em paz, a consultar as horas no seu relógio em ouro, oferta dos "seus" presidentes de Junta? Já deve ser mania de perseguição. Além do mais, o Tribunal de Contas até parece desconhecer que vai haver gastos desnecessários, num momento em que o dinheiro é escasso. Por mim, não gostava de contribuir para este esbanjamento dos recursos públicos. Estou a antever que daqui a uns anos o tribunal decreta: vá em paz e desculpe qualquer coisinha, a começar pelo incómodo.

LÁ CALHA

De quando em vez, a justiça parece acertar. Foi o caso de um tribunal ter considerado que a memória de Silva Pais, um alto responsável pela benéfica e benemérita polícia de costumes (e não só!) do regime do Botas, já falecido, não foi difamada numa peça teatral. Haja fé e esperança. Lá calha.

ARTISTAS

Primeiro, faz-se passar para a opinião pública o "desvio colossal" nas contas públicas, numa pretensa afirmação de Passos Coelho numa reunião partidária. O inenarrável Frasquilho vem confirmar, com um discurso redondo e dúplice, como é seu hábito, que assim é. O ministro das Finanças, por sua vez, ainda que não tenha assistido à reunião (parece que é "independente"), faz a sua interpretação autêntica da coisa e inventa uma estória para embalar meninos. O venerando, qual oráculo de Delfos em versão lusa e actualizada, não diz, como sempre, coisa com coisa e só os iniciados o entendem e aplaudem, mesmo sem consulta ao seu facebok. Um diário titula que a troika quer saber do tal "desvio colossal", que ainda não detectou e de que nunca ouviu falar. Passos continua mudo e quedo. Vem agora a lume a verdadeira versão, que nada tem a ver com a primitiva. Mas, à pala, metade do 13.º mês já lá vai (ou irá ir) e os transportes públicos acelerarm 15% na velocidade média.
Começo a pensar que Sócrates era um menino de coro, depois de ver a actuação destes artistas. E a procissão ainda tem os andores recolhidos e os anjinhos ainda estão na sacristia a pôr as asas nas costas e os resplendores na cabeça. Quando a procissão estiver a percorrer a rua principal, com os sinos a repicar, a fanfarra dos bombeiro a abrir, a banda musical a fazer-se ouvir, o senhor abade debaixo do pálio abençoando os fieis, pálio segurado pelos homens-bons da aldeia, então sim, vamos começar a ter festa, que terminará com o habitual arraial de fogo de artifício e a actuação de outros artistas da moda.
Não há nada como uma conversa de pé-de-orelha convincente com a kaiser para mudar tudo. Temos artista(s). Receio, contudo, que os romeiros fiquem exaustos com tanta (com)participação e não compareçam nas próximas festividades, até porque a recolha de fundos, dizem, mais parecia um assalto. Vão ser mais contidos nas promessas à santa padroeira das festividades.
PS - Parece-me que comecei com um propósito e subverti tudo. Está escrito e assim fica.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O aumento colossal dos transportes públicos

É verdade que o acordo celebrado entre a já muito falada troika e o Estado português previa o aumemto do preço dos transportes públicos. Só que não quantificava qual o aumento a aplicar. Soube-se hoje que o Governo decidiu que esse aumento será em média de 15%, o que é um aumento colossal, praticamente o quíntuplo da inflacção. Diz o Governo que as empresas de transportes públicos têm uma dívida de milhares de milhões de euros e que os últimos aumentos das tarifas foram muito baixos e não acompanharam a inflacção. Pois bem, o exponencial aumento dos passivos destas empresas não é consequência dos preços das tarifas e dos apoios aos passes sociais, mas sim dos enormes (ou como está na moda dizer-se, dos colossais) encargos financeiros que estas empresas têm que suportar em consequência dos investimentos feitos em infra-estruturas. Veja-se o caso do metro do Porto, que apesar de andar sempre com as composições superlotadas, cada vez mais aumenta a sua dívida. A rede do metro foi aumentando mais por pressão dos autarcas que eram ao mesmo tempo administradores da empresa, do que para cumprir um projecto saído de estudos rigorosos feitos por quem sabe. Satisfizeram-se muitos interesses e o resultado está à vista. Por muito que aumentem as tarifas a empresa não vai sair da falência técnica. Para além disto, este colossal aumento vai incentivar o uso do carro, o que trará um aumento do consumo dos combustíveis e, em consequência, mais importação de petróleo, o que vai agravar o défice externo.


Ah, mais vai haver, lá para Setembro, tarifas baratinhas para aqueles pobrezinhos, que não se importem de ser humilhados cada vez que tiverem de dar a conhecer que são pobres quando forem renovar o passe. Ao que chegamos!


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Tripas à moda do Porto ou tripas à moda de Gaia

De vez em quando Rui Rio e Luís Filipe Menezes, presidentes das Câmaras do Porto e de Gaia, resolvem rivalizar a propósito de coisas que tendo alguma importância para as pessoas, não deixam de ser insignificantes para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes, que deve ser, ao fim e ao cabo, a primeira preocupação de uma autarquia.

Um grupo de pessoas, sobretudo ligadas ao sector da restauração, resolveram promover a candidatura das conhecidas "tripas à moda do Porto" às sete maravilhas da gastronomia. A Câmara do Porto começou por apoiar a iniciativa mas, perante o apoio que também lhe foi dado pela Câmara de Gaia, desistiu. Mas já há quem diga que não foi só o apoio da Câmara de Gaia que levou Rui Rio a acabar com a participação da autarquia portuense a este evento. Há quem invoque também o facto de Rui Veloso e Rosa Mota serem os padrinhos da iniciativa como uma das fortes razões que levaram a Câmara do Porto desistir do apoio. Não esqueçamos que Rui Veloso e Rosa Mota têm sido dois críticos de Rui Rio e que este há tempos excluiu dos apoios da autarquia todos os eventos aos quais estivessem ligados os autores de críticas à actividade do município.

Conclusão: se a candidatura for avante terá o apoio da autarquia de Gaia. Espero, que apesar disso esta iguaria culinária continue a chamar-se tripas à moda do Porto e não tripas à moda de Gaia.
Este artista, no tempo do Governo de Sócrates era frontalmente contra a introdução de portagens na Via do Infante. E até se dispunha a participar em manifestações de protesto. Agora já não se opõe às portagens, embora as considere injustas para os algarvios. Mas o tipo tem lata! Então não é que diz que a sua opinião é a mesma de sempre.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Os pais, a educação dos filhos e a escola

Em alumas mensagens que escrevi neste blog responsabilizei, de modo geral, os pais pelo insucesso escolar do nosso ensino. E não o fiz por acaso mas, sobretudo, com o saber que adquiri em dez anos de participação activa, como pai e elemento das Associações de Pais, na vida das escolas que as minhas filhas frequentaram.

Ao contrário do que muitas vezes se pensa, os pais têm assento próprio e de direito em alguns órgãos de gestão das escolas, nomeadamente Conselho Geral, Conselho Pedagógico e Conselhos de Turma, através dos seus representantes devidamente eleitos pelos outros pais. Só que os "outros pais" participam pouco. Fui presidente de uma Associação de Pais de uma escola secundária com aproximadamente mil e quinhentos alunos, na altura, mas apenas eleito por menos de cinquenta pais, tantos quantos os que apareceram apesar de convocados e incentivados a participar de várias maneiras. Eu e os outros pais da Associação de Pais da escola participávamos em muitas reuniões de órgãos de gestão da escola, em representação de todos os outros pais e, para melhor os representarmos, mandávamos-lhes uma informação de que estávamos em certos dias da semana e em certas horas à sua disposição para os recebermos e reunirmos. Pois não minto se disser que, por ano, não apareciam mais do que uma dúzia de pais. Nas reuniões que os Directores de Turma faziam no início de cada período escolar com os pais dos alunos da Turma, nunca vi que estivessem presentes mais do que quatro a cinco pais. É frustrante para os pais participantes mas, sobretudo, para os professores. Ah, mas o curioso, ou não, é que os filhos daqueles pais que apareciam tinham normalmente um bom aproveitamento e comportamento escolares. Porquê, será coincidência ou talvez não? A minha resposta é que talvez não.

É por isto que sou de opinião de que antes de mais horas é necessário fazer tudo para mudar as atitudes.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

OUTRA VEZ?

O preço dos combustíveis voltou a subir. Nada de novo. Olha se o euro tivesse devalorizado...
Mas, mais uma vez, o que espanta é que a subida parece concertada. A Autoridade da Concorrência, já sei, vai dizer, se falar, claro, que não encontra concertação nenhuma. As escutas feitas e a consulta aos emails entre as petrolíferas não permitem outra conclusão. Elas nem se falam, estão há muito de relações cortadas.! Tudo transparente, portanto.
Cá para mim, isto ainda é culpa do estaudante de Filosofia em Paris.

E as outras disciplinas, não contam?

Em complemento ao meu post sobre os resultados de Português e de Matemática, quero chamar a atenção para o facto de, querendo combater-se estes maus resultados, se estarem a desvalorizar os resultados de outras disciplinas como, por exemplo as disciplinas de Física, de Química, de Biologia e, até de Inglês. Creio mesmo que a Física e a Química os resultados não são melhores que os de Matemática.

Português (ou, mais correctamente, Língua Portuguesa) e Matemática são disciplinas essenciais, sem qualquer dúvida, mas as outras não podem ser prejudicadas pelo fundamentalismo destas.

INFORMAÇÃO RELEVANTE AOS MERCADOS

Manuela Fereira Leite, condecorada no último 10 de Junho com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo (como aqui se deu nota da altura), foi agora nomeada pelo PR como Chanceler das Ordens Nacionais.
(Esta informação não dispensa a consulta do documento).

A Língua Portuguesa, a Matemática e os fracos resultados

Todos os anos, conhecidos os resultados dos exames nacionais, surge a discussão sobre os fracos resultados nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática. E, depois, surgem as análises e as propostas do que se poderá fazer para alterar esta crónica situação. Muitas delas, análises e propostas, vêm dos chamados sectores corporativistas ligados à Educação, como as federações sindicais (uma delas - a FNE - agora afecta ao Governo), as associações dos professores disto e daquilo, com mais notoriedade para a Associação de Professores de Português e a Associação de Professores de Matemática, da qual já foi presidente e, creio, que ainda é associado o actual ministro da Educação e da Ciência.

Surge, assim, o anúncio das primeiras medidas a pôr em prática já no próximo ano lectivo. É curioso que os ajustamentos decorrentes dessas medidas vão recuperar partes da reforma curricular aprovada pelo Governo anterior, a qual foi revogada pelos partidos da oposição da qual faziam parte o PPD e o CDS. É curioso!!! São suprimidos do currículo do 3º. ciclo a Área Projecto e o Estudo Acompanhado e no 2º. ciclo a área Projecto. Em compensação vão aumentar as horas de Língua Portuguesa e de Matemática. Bom, não discuto a competência científica e pedagógica do ministro e de todos os seus acólitos, mas entendo que o insucesso não se combate com mais horas. O que é mais urgente é conseguir mudar as atitudes dos alunos, e não só, perante estas disciplinas. Tenho quase a certeza que uma percentagem enorme (colossal!) daqueles alunos que tiveram maus resultados àquelas disciplinas, não fariam melhor se tivessem mais horas de aulas no currículo. Tinham era dado mais faltas; tinham era perturbado mais aulas; tinham era deixado de fazer mais trabalhos de casa, etc, etc. Mas não é só a atitude dos alunos que é preciso mudar. Também é preciso mudar a atitude dos pais, que têm de tomar consciência que são os únicos responsáveis pela educação dos filhos. As escolas ajudam os pais nessa tarefa, ensinando o que eles não sabem ou não podem ensinar.

Portanto, antes de tomarem cegamente algumas medidas, faça-se uma discução pública séria das mesmas, sem espírito politiqueiro.

O COLOSSAL DESVIO

Quando é que o primeiro-ministro (e não o presidente do PSD) pega o touro pelos cornos e diz à gente onde está o "colossal devio" (dois mil milhões?) nas contas públicas? Atirar bolas fora, em reuniões partidárias, não basta, é necessário e urgente saber-se a verdade verdadeira, passe a redundância.
E, já agora, fora as viagens em turística e a abolição das gravatas, que cortes estão em curso?

OS PIGS QUE PAGUEM A CRISE

O orçamento alemão é "engordado" com os juros [usurários] que Portugal, Grécia e Irlanda pagam aos credores, entre os quais os alemães, só que os súbditos da senhora Merkel "não acreditam".
Quem o diz é o alemão Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira.

FRASES

"Ela [a kaiser] está a destruir a minha Europa", terá dito a um amigo o antigo chanceler alemão Helmut Kohl, ele que foi o padrinho político da senhora Merkel.
A kaiser, além de ter memória curta, é mal agradecida.

sábado, 16 de julho de 2011

ELEMENTAR

O venerando PR diz que gostava que o euro fosse mais fraco. Elementar, meu caro Watson, mas os "mercados" e a kaiser não o ouvem.

Pelos vistos as gravatas aquecem!

A propósito do folhetim das gravatas no Ministério da ministra Cristas, ouvi falar que, pelos vistos tirar a gravata equivale a uma diferença de 2 ou 3 graus de temperatura. Quer dizer: se estiver a 28 graus, tiro a gravata e já suporto o calor como se estivesse a 25 ou a 26. Conclusão: a gravata aquece. Por isso, eu que já deixei há algum tempo de usar gravata, vou voltar a usá-la no Inverno, pois fico mais quentinho. Será?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

As baixas policiais

Já foi tratado neste blog a estranha coincidência de pelo menos vinte e nove polícias da esquadra do Bairro Alto terem metido baixa (assim noticiam vários órgãos de comunicação social), imediatamente a ser conhecida uma sentença do Tribunal Criminal de Lisboa, que condenou a quatro anos de prisão efectiva dois agentes que terão agredido um jovem alemão.

Não posso perder esta oportunidade para fazer um apelo ao Bastonário da Ordem dos Médicos, no sentido de tomar posição sobre esta mais que estranha coincidência de adoecerem quase metade dos efectivos de uma esquadra de polícia. E, para lá de estranha, esta coincidência é referida pelos jornalistas como sendo um acto de "solidariedade com dois colegas condenados a prisão por agressões em esquadra de Lisboa". A ser assim, somos levados a pensar que todos ou quase todos aqueles polícias faltosos estavam tão doentes quanto estavam os outros seus colegas que se apresentaram ao serviço. O próprio presidente de um dos sindicatos da polícia veio lamentar a "posição extrema a que se chegou" e veio dizer que a pena aplicada aos agentes condenados é muito dura quando comparada com outro tipo de sentenças relacionadas com casos mais graves. Daí poder entender-se que as baixas não são mais do que actos de protesto levados a cabo com a conivência dos médicos que atestaram as respectivas doenças. Está, então, em causa um acto médico absolutamente condenável. É preciso acabar com estas situações e credibilizar, de uma vez por todas, os atestados médicos.

E o que diz o senhor ministro da Administração Interna? Não é a primeira vez que uma situação destas ocorre na PSP. Intolerával. É preciso tomar medidas.

ELE HÁ CADA INICIATIVA!

Uma associação sem fins lucrativos (?), tendo tomado conhecimento do caso de uma criança que nasceu sem uma mão e à revelia da família da criança, abre uma subscrição pública para a implantação de uma prótese. Quando disso teve conhecimento, a família apresentou queixa e requereu a apresentação de contas, o que foi feito pela dita associação. E é assim: recolha de fundos - 29 072 euros; despesas - mais de 31 000 euros, das quais 14 392 para salários. Isto é, a angariação de fundos deu um prejuízo do caraças. Apesar disso, a associação ainda arranjou maneira de enviar à mãe da criança um cheque de 153 euros que ela, e bem, não descontou e enviou para o processo.
Há iniciativas do caraças. E artistas, nem se fala.
Espero que o fisco tenha tributado, ou vá tributar, em IRS os salários auferidos pelos "trabalhadores" da "associação". E em IRC, se a dita não estiver isenta.

POUPANÇAS

Para diminuir a pegada ecológica (gosto da expressão!), a ministra Cristas dispensa todo o pessoal masculino do seu ministério do uso de gravata, no Verão, já que, assim, o gasto com ar condicionado vai diminuir. Como diria o venerando almirante Thomaz, só tenho um adjectivo para qualificar o gesto: gostei. Espero que a ministra Cristas vá ainda mais longe e sugira as mini-saias ou biquini ao pessoal feminino e o dispense do uso de cuecas e soutiens, devendo ela própria dar o exemplo. Assim, os custos de energia vão diminuir ainda mais, o que é bom para a economia do país, não tanto para a EDP, mas não se pode ter tudo, né?

BAIXAS MÉDICAS

Depois de Braga e de Faro, agora são agentes da PSP de uma esquadra de Lisboa que metem baixa médica ao serviço. A razão alegada é que ficaram doentes por alguns seus colegas terem sido condenados a prisão efectiva, por terem assapado desalmadamente, dentro de uma esquadra, a um cidadão alemão.
Ficaram tão traumatizados que os médicos não tiveram dúvidas sobre o seu estado de saúde. Não ouvi a Ordem dos Médicos pronunciar-se sobre os casos anteriores, como não o espero agora. Mas gostava. Como gostava de ver os dirigentes sindicais das polícias condenarem os actos menos próprios dos seus "sócios", em lugar de pactuarem com gente que não tem capacidade para exercer as suas funções. E gostava, ainda, de ouvir os responsáveis pelas esquadras (e não só!) onde estas coisas acontecem.

A VERDADE, ACIMA DE TUDO

A verdadeira frase, que nem o ministro das Finanças explicou muito bem (foi, até, um pouco trapalhão), foi a seguinte:
"Peço deculpa pelo atraso, mas a verdade e que tive que fazer um desvio, já que havia, logo à saída de Massamá, um colossal engarrafamento".

A verdade, acima de tudo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Afinal o desvio é ou não é colossal?

Na conferência de imprensa dada hoje pelo ministro das Finanças para me explicar a mim e a todos aqueles a quem vai tirar quase metade do subsídio de Natal, os jornalistas confrontaram-no com a questão do "desvio colossal" das contas públicas, expressão utilizada pelo primeiro-ministro em acção política interna. Explicou o ministro que tal expressão resultou da omissão de palavras entre a palavra "desvio" e a palavra "colossal"; ou seja, o que se queria dizer é que foram detectados desvios e assim o cumprimento das metas orçamentais vai exigir um trabalho colossal. Que grande confusão senhor ministro! O primeiro ministro quiz justificar-se perante dirigentes do seu partido (seu dele) do facto de ter tomado medidas (aumentar e muito os impostos) completamente ao contrário daquilo que tinha dito em campanha eleitoral, e o senhor, perante tal disparate, veio dar uma interpretação brincalhona daquilo que foi dito. Mas, estamos a falar de coisas sérias e o que é preciso saber é se o desvio detectado é ou não é colossal. Se não é, então o primeiro ministro, para se limpar, anda a causar alarme social.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Já há quem "enfie a carapuça"?

Na sua caminhada de candidato a líder do PS, Francisco Assis sabe que luta contra aquilo a que é comum referir-se como o "aparelho do partido", que no fundo são as pessoas que na estrutura nacional e nas estruturas locais gerem a nível interno o partido, conhecem bem os seus militantes, muitos dos quais o são por seu convite e por sua proposta, e que em muitos casos lhes são gratos por algumas "atenções" com que foram contemplados. Mas o "aparelho do partido" não existe só no PS. Todos os partidos democráticos de todos os estados democráticos têm os seus "aparelhos". É claro que no Partido Comunista não há "aparelho".

Ora, Francisco Assis sabe bem que é muito difícil ganhar uma eleição interna num partido lutando contra o dito aparelho. Veja-se o caso do PSD em que um candidato que até tinha meses antes ganho as eleições europeias, conseguindo inverter a lógica da altura, foi derrotado pelo candidato que tinha o apoio do aparelho do seu partido. Francisco Assis também ainda não esqueceu que foi vítima do aparelho local do PS de Felgueiras, onde em acção política de reprovação da recandidatura de Fátima Felgueiras, foi agredido. Também sabe Francisco Assis que, por acção dos aparelhos , sempre que há eleições internas ocorre um extraordinário aumento de pagamento de quotas por parte de muitos militantes que durante muito tempo não participam na vida do partido, mas que vão aparecer para votar. E, mais uma vez, é justo que se diga que isto ocorre em todos os partidos. Daí Francisco Assis ter falado que vai lutar contra um grupo de dirigentes intermédios que dominam o partido e que é preciso acabar no PS com "os passageiros clandestinos". Não posso estar mais de acordo com ele.

Entretanto, li hoje no jornal Público um artigo de opinião do militante socialista Artur Penedos, que critica Francisco Assis e que o acusa de "ultrapassar os limites da decência e do respeito que é devido a toda a família socialista". E, pergunto eu. Senhor Artur Penedos: quem é a família socialista a que se refere, aqueles como o senhor que foi várias vezes eleito deputado do partido e que quando não foi eleito, embora sendo candidato, acabou por ser nomeado assessor, chefe de gabinete ou outra coisa importante de um qualquer dirigente socialista? Não, senhor Penedos. A família socialista são os mais de um milhão de portugueses que votam sempre ou quase sempre no partido.

Será que já há quem "enfie a carapuça"? Se calhar já há.

HÁ DESVIO?

Diz que Passos Coelho afirmou ter encontrado um "desvio colossal" nas contas do anterior governo. A ser verdadeira a afirmação , quero saber urgentemente a quanto monta esse desvio, para me prevenir a quantos mais cortes vou estar sujeito no meu rendimento.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Eleições no PS

O PS vai eleger novo líder em eleições directas que vão decorrer nos próximos dias 22 e 23 do corrente mês de Julho. Já referi neste blog que não sou militante do partido, mas que não me é indiferente o resultado destas eleições.

Pertenço ao grupo de pessoas que acha que a democracia se realiza com partidos políticos, embora estes na sua acção política, para lá dos seus militantes, devam contar com a colaboração de cidadãos não militantes, ditos independentes. Ou seja, os partidos devem estar abertos à participação das pessoas normalmente seus apoiantes e votantes. Por isso, quando um partido tem que tomar uma decisão tão importante quanto esta de eleger um líder, devem os seus militantes, que vão de facto e de direito tomá-la, ter em consideração em que sentido vai o desejo desses simpatizantes.

Está instalada a ideia de que António José Seguro, que sempre foi um homem do chamado aparelho do partido ou próximo dele, terá alguma vantagem relativamente a Francisco Assis. Mas também parece ser um facto que Francisco Assis recolhe, de longe, muito mais simpatia e vontade de o ver líder junto dos simpatizantes não militantes. Ora, o objectivo dum partido como o PS é atingir o poder. E o poder atinge-se através de eleições, nas quais votam muito mais simpatizantes não filiados do que militantes. E, mais importante ainda é o facto de os simples simpatizantes, quando votam, não estarem pressionados pelos chamados aparelhos partidários.

Quero então dizer que se eu fosse militante tomaria em consideração na minha escolha, o facto de Francisco Assis ter muito mais simpatizantes fora do partido.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

ARTISTAS

O senhor dom Duarte, pretendente a uma coisa inexistente (o trono de Portugal) foi de embaixador à Síria (tendo disso dado conhecimento ao senhor ministro dos Negócios Estrangeiros, dr. PauloPortas), onde se encontrou com o presidente Al-Assad, um democrata e humanista reconhecido internacionalmente, que se queixou da incompreensão europeia, e que lhe pediu para interceder junto de outras casas europeias (!) a favor daquele país. Dom Duarte considera que Al-Assad é um homem bem intencionado. O morticínio que por lá tem havido deve ser resultado de mal-entendidos da populaça síria. E se o senhor dom Duarte fosse para a Síria evangelizar os ignorantes nativos?
Há cada artista!

Fonte: Expresso

UMA CÂMARA FAMILIAR

O presidente da Câmara de Loures consegue o pleno: encaixou no município a mulher, a filha, dois cunhados e a nora. Ou seja, uma Câmara Municipal Familar. Tudo legal e a Bem da Nação.

Fonte: Expresso

COISAS DO ARCO DA VELHA

Os cerca de 750 funcionários das três Direcções Regionais de Educação, faltaram ao serviço, em 2010, cerca de seis mil dias. A DRCentro, com 253 efectivos, registou 2705 dias, ainda assim com uma diminuição de 30% em relação a 2009!
Quanto a remunerações, temos que o máximo varia entre 3700 euros no Norte e 4512 euros em Lisboa e no Centro.
Não somos uma país de maravilhas?

Fonte: Público

LIDO

Da coerência do homem:

... "O que testemunhámos na última semana com o nosso Presidente da República foi um episódio de conversão digno de S. Paulo na estrada de Damasco." (...) "Antes [Cavaco] explicou-nos que 'não podemos insultar os mercados, que são quem nos empresta o dinheiro'; agora anseia por expulsar os vendilhões do templo."

Rui Tavares, in Público de hoje

domingo, 10 de julho de 2011

Que grande pantomina!

Já aqui me referi às enormes pantominas dadas por muitos comentadores, pela forma como mudaram de opinião ao comentarem as descidas do nosso rating por parte das agências de notação financeira, antes e depois das eleições legislativas ou, melhor dizendo, no tempo de Sócrates e depois de Sócrates, no que foram infelizmente acompanhados por Cavaco Silva. Quero, contudo, referir particularmente um deles, porque fala quase sempre com a presunção de quem está a dizer algo inquestionável, que nem o mais letrado pode pôr em causa. Refiro-me ao sábio jornalista da SIC José Gomes Ferreira (aquele a quem Catroga falou dos "pintelhos"). Disse tão douta pessoa em finais de Março, no tempo de Sócrates, que aqueles investidores que têm o dinheiro em Singapura, em Hong-Kong e noutros países, para investirem, sabem da crise financeira portuguesa, não têm confiança e, portanto, não investem. E conclui que as descidas diárias dos ratings dos nossos bancos e da nossa dívida soberana refletem a realidade. E, remata: "Andamos aqui a enganarmo-nos. Acho que já chega" (é de homem!).

Mas em 6 de Julho, depois de Sócrates, diz o sábio e coerente(????) jornalista: "Só os ingénuos acreditam que esta descida do rating da Moody's em quatro pontos tem a ver com critérios puramente técnicos. Só os ingénuos acreditam".

Que grande pantomina! E quem dá uma pantomina destas, é um grande pant..., não é?

A nossa tábua de salvação!

O Senhor Presidente da República e o Senhor Governador do Banco de Portugal participaram num torneio de golfe, intitulado "5ª. Taça de Golfe Portugal Solidário", evento destinado a angariar fundos para uma Associação de Portadores de Trissomia 21. É de louvar que o nosso Venerando Chefe de Estado e o Governador do nosso Banco Central tenham participado numa iniciativa que lhes serviu de motivo para apelarem à solidariedade, mas extravasaram a importância do Golfe, quer quanto à importância que tem nas férias dos portugueses, quer quanto ao que tem na recuperação da nossa economia. O Golfe, senhores Presidente e Governador, não é um desporto praticado pelo comum dos portugueses. Bem pelo contrário, praticá-lo só é acessível aos portugueses de maiores recursos financeiros (dizendo doutro modo: é um desporto para ricos). Daí aproveitar um evento de Golfe para apelar aos portugueses para que sejam solidários com os que se encontram em situações de sofrimento, parece-me despropositado. Mas pior, parece-me ter o senhor Governador ter dito que este desporto deve ser valorizado para combater o desemprego e reforçar a solidariedade. "São dois vectores importantes da acção social e da acção política", disse. Já agora, digo eu, subam o IVA do golfe para 23%; e quando mexerem nas taxas do IVA criem uma especial de 35% para o Golfe; A diferença entre as taxa normal e a especial a criar, reverterá para instituições de caridade. Acham bem?

sábado, 9 de julho de 2011

O MEU MAGALHÃES

Exemplar (em muito bom estado) do Magalhães que utilizei na minha "Primária".


Não tinha rato, sendo manobrável com uma pena.




sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sua Exa falou. Tarde e mal, mas falou

Até que enfim. O Presidente da República resolveu falar sobre a decisão da Moody's de baixar o rating da República para a categiria de lixo. Só que fê-lo em declarações aos jornalistas durante uma visita ao Centro de Educação Ambiental da Liga para a Protação da Natureza, no Alentejo, quando o devia ter feito no Palácio de Belém, em comunicação para o efeito dirigida aos portugueses, mas de modo a ser ouvida pela comunidade internacional. Tinha, de certo, outro impacto. De qualquer modo, ainda bem que mudou de opinião. Vale mais tarde, que nunca.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Será que o nosso PR já está de férias?

Para além daqueles que falaram ontem, e foram muitos, hoje vimos ou ouvimos gente importante de praticamente todo o mundo a desvalorizar o corte do rarating de Portugal pela agência de notação Moody's. Até Alberto João Jardim veio, no seu jeito truculento criticá-la e "decretar que ela e as outras agências de rating não entram mais na Madeira. Mas, talvez a mais importante e significativa crítica foi feita pelo presidente do BCE, Jean-Claude Trichet que, por outras palavras mais elegantes, disse que o banco central da zona euro se estava a marimbar para a classificação do rating do nosso país dada pla Moody's e, por arrastamento, pelas outras agências. Pensei, então, que com esta atitude do BCE o nosso Presidente da República perderia os seus medos e viria fazer uma comunicação ao país e, com ela, falar bem alto para as ditas agências. Pois, como diz o povo, bem posso esperar sentado. Até agora Sua Exa. não dá sinais de notícias. Será que já "está de férias". Por mim, continuo sentado à espera de o ouvir falar.

MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO

Fui apanhado de surpresa com o passamento de Maria José Nogueira Pinto, uma Mulher de causas e com pensamento próprio.
Paz à sua alma.

RATINGS

Até que enfim: o BCE tomou uma posição que há muito deveria ter sido assumida, qual seja a de não tomar em consideração as notações atribuídas pelas empresas de rating aos países do euro.
E para quando empresas de rating europeias, como fez a China e também os EUA?
Irá o BCE a tempo de estancar o descalabro da eurolândia, ou vai permitir a continuação da engorda dos grandes accionistas das raters americanas?

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sua Exa mandou dizer que não está de acordo

Ficamos a saber, através de fonte oficial de Belém, que Sua Exa o Presidente da República de Portugal considera que não há a mínima justificação para o corte do rating da República por parte da agência Moody's. Congratula-se com a condenação da atitude desta agência de notação por parte das instituições europeias e de vários governos europeus, e acha que as questões relacionadas com a notação financeira dos Estados-Membros devem merecer uma resposta europeia.

Mas, ó Senhor Presidente: a resposta a este ataque da Moody's à nossa situação financeira deveria ser sua, na qualidade de representante do povo português. E uma resposta enérgica e sem medo. Mas não, Senhor Presidente. Dá a ideia que o senhor tem medo deles e, por isso em vez de lhes falar directamente, como quem fala olhos nos olhos, mandou-lhes um recadito através de uma fonte oficial do seu gabinete, em resposta a questões colocadas pela Lusa. Assim não, Senhor Presidente. Assim é que não ganhamos o respeito dos mercados, de quem o senhor tem tanto medo!

LIXO

Durante a campanha para as presidenciais, dizia o venerando candidato que era prioritária a sua eleição à primeira volta, já que, de outro modo, as empresas de rating iriam fazer subir as taxas de juro da dívida soberana. O Bom Povo, avisado e comovido, fez-lhe a vontade e elegeu-o à primeira.
Foi deixando também entendido que era necessário mudar de governação para que se alcançasse tal desiderato. E, de novo, o Bom Povo, esteve pelos ajustes. Bom Povo que vai ver parte do se 13.º mês pelo canudo e os bons empresários que têm boas expectativas de poderem mudar de Ferrari antes do fim do Verão, graças à diminuição da TSU.
Vem agora uma das empresas de rating mandar para debaixo do tapete da sala de visitas a dívida da República. Diz o patrão dos patrões que o senhor primeiro-ministro apanhou um soco no estômago com tal medida. Espero que, tendo já falado com a sua madrinha Angela, tenha recuperado. Mas o que me espanta é o silêncio do venerando, que nada diz sobre o assunto. Será que, pela primeira vez se (nos) enganou? No melhor pano cai a nódoa. Ou será que ando distraído e deverei consultar o seu facebook, coisa que não domino?

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fiquei comovido!!!

Confesso que fiquei comovido, e até "chorei umas lárimas de crocodilo" quando soube que o Ex-futuro Presidente da Assemblei da República, o ex-deputado Fernando Nobre, renunciou ao mandato. Sobretudo quando li a sua justificação. lindo, muito lindo, quando o Sr. doutor referiu que trocou o Parlamento pela AMI, porque se sente mais necessário na acção humanitária e mais útil no terreno (em qual terreno?) a ajudar os portugueses mais afectados pela crise. Já agora pergunto: ó sr. doutor, se tivesse sido eleito (hipótese académica) seu presidente, já era mais útil na Assembleia do que no terreno? Tenha dó de nós. Faça-me um favor: não saia mais do terreno, sim? E não se preocupe: a Casa da Democracia é por inerência a Casa da Cidadania. Da verdadeira, não da Cidadania fingida.

Já agora, gostava de ouvir ou ler a opinião do Dr. António Barreto, sobre o episódio Fernando Nobre.

Viva a Moody's! dirão os nossos comentadores

Os nossos comentadores políticos, os chamados paineleiros, que comentam aquilo que sabem e aquilo que não sabem, devem dar vivas à Moody's. Mais uma oportunidade de ganhar uns dinheirinhos a comentar este assunto. Traçam o quadro mais negro que possamos imaginar, dando à agências de rating uma credibilidade que já classificaram como nenhuma, noutras alturas, nomeadamente quando se lembram que foram estas as mesmas agências que, pouco antes das falências, consideraram alguns bancos americanos como financeiramente sólidos. É "o vira que vira e torna a vivar ..., toma lá o recibo verde e dá cá o cacau".

A Moody's e as outras agências de rating, estão ao serviço de quem?

A Moody's, uma das agências de notação financeira, desceu hoje o rating de Portugal em quatro níveis, colocando-o num nível em que o investimento é considerado especulativo e, na gíria, considerado mesmo como sendo lixo. E dão como justificação o facto de entenderem que Portugal necessita de recorrer a um novo empréstimo e de não conseguir cumprir as metas acordadas com a troika para a redução do défice e da dívida, o que, no mínimo, se pode considerar uma justificação feita com má fé, uma vez que o processo de ajuda externa começou agora, o que torna impossível concluir se é necessário um novo empréstimo e se as metas acordadas vão ou não ser cumpridas. Ora, se é certo que esta atitude da Moody's nos pode causar embaraços, também é certo que é tempo serem desmacaradas estas qualificações das agências de rating, que só podem estar ao serviço dos grandes agiotas internacionais. Interessa-lhes que quando Portugal quizer ou tiver que voltar ao mercado financeiro para vender dívida, os juros seja de novo altíssimos. Para além disso, anunciar que um país da zona euro está em graves dificuldades financeiras, beneficia o dólar em relação à moeda europeia. E o que fazem as autoridades políticas e financeiras da Europa? Nada. Cada vez me incluo mais no grupo de cidadãos que considera que a União Europeia é gerida por medíocres. Até quando? E o nosso PR, não diz nada? Como sempre, em matérias difíceis e polémicas, fica calado.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

DSK

Ao que parece, a acusação que impende sobre DSK está para ir pelo cano abaixo. Vai daí, uma jornalista francesa vai avançar agora com uma queixa por assédio sexual ocorrido em 2002 (!), quando DSK era ministro das Finanças de França. Um período de maturação (escrevi maturação, não masturbação) demasiado elevado para tal decisão. Ou nem tudo o que parece é?

PREVISÍVEL, MAS LAMENTÁVEL

Depois da entrevista ao Expresso, ainda na campanha eleitoral, era expectável que Fernando Nobre renunciasse ao mandato de deputado. Depois de ter estado ausente do debate do programa do governo, concretizou a "ameaça" e foi-se embora. Sai mal no retrato, e melhor não sai quem o "convidou" para presidente da AR.
Receio que a arrogância de Fernando Nobre venha a causar prejuízos incalculáveis à "sua" AMI, o que não deixa de ser lamentável. Mas, que raio!, o senhor já tem idade suficiente para ponderar decisões desta natureza.

sábado, 2 de julho de 2011

E ninguém o mete na ordem

Mais uma vez Alberto João Jardim, sem qualquer respeito pelo comum dos portugueses, veio fazer exigências ao Governo da República e, de um modo mais geral a todos os portugueses. Numa altura de crise, que afecta a vida da maior parte dos cidadãos, que vêem a sua situação económico-financeira a piorar de dia para dia, este mal agradecido, para lá de insultos, ainda faz ameaças de separatismo. Eu espero que o actual Governo não vacile perante o que ele diz e lhe responda que já é mais que tempo de deixar de desbaratar o dinheiro dos continentais que, ano após ano, cobrem o défice da sua demagógica governação. Revolta ver túneis rodoviários que custaram milhões de euros para passarem meia dúzia de carros por hora. Revolta saber que se gastaram cem milhões de euros na construção de dois estádios de futebol, para "estarem às moscas". A Madeira não tem população residente suficiente para chegar ao fim de uma época futebolística e poder dizer que os seus estádios tiveram uma média de assistência aos jogos de, pelo menos, quarenta por cento. Mas, quem de direito, que presumo dever ser o Presidente da República, deveria criticar publicamente os disparates que diz e os insultos que profere. E, já agora, quanto às ameaças de separatismo, devemos encará-las pensando no velho ditado popular que diz: "cão que ladra não morde". Ele sabe que para lá dos portugueses, mais nenhum outro povo estaria disposto a, desculpem-me a frase, "sustentar pançudos". Eu até gostava de o ver governar sem o nosso dinheiro!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Onde esteve o PS?

Feita a apresentação do seu programa de governação na Assembleia da República, que foi discutido e debatido durante os dias de ontem e de hoje, e uma vez não foi rejeitado, o Governo entrou na plenitude das suas funções. Ora, atendendo em que estava em causa debater medidas de austeridade que em muito vão afectar a vida dos portugueses, sobretudo a classe média que vive dos rendimentos do trabalho ou de pensões de reforma para as quais contribuiu ao longo da sua vida activa, esperava-se um debate mais vivo. Mas não, foi um debate de certa forma morno, propício até para que os ministros estreantes nestas "lutas" políticas fizessem a sua estreia sem sobressaltos. E tendo em conta que na abertura do debate o primeiro-ministro anunciou uma medida duríssima que vai reduzir, e muito, o poder de compra da já referida classe média, ainda mais se esperava uma reação enérgica da Oposição. Mas não. À parte meia dúzia de intervenções de outros tantos deputados, quase deu a sensação que os outros deputados estavam resignados. E o PS, pergunto eu, onde esteve o PS? Até dava a ideia que não achava relevante que uma parte substancial dos trabalhadores e dos pensionistas portugueses percam uma percentagem grande do seu subsídio de Natal. O PS só deve considerar-se vinculado às medidas que negociou com a troika. Quanto às que vão para lá delas o PS deve combatê-las energicamente, se não concordar. Dir-me-ão, mas os dois candidatos a líderes manifestaram discordância com aquele brutal aumento de impostos. É verdade mas deviam tê-lo feito intervindo no debate. Os portugueses, e não só os que votaram no PS esperam vê-lo a fazer oposição, construtiva é certo, mas enérgica. Não quero um PS a favor da tal situação explosiva de que fala Cavaco Silva, mas quero um PS que defenda os direitos dos cidadãos. E já, sem ter que esperar por um novo líder.