quarta-feira, 24 de agosto de 2016

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

CONTRIBUTOS EXTERNOS

G E O L O G I A –
                                                                             
Gil Monteiro*
                                              

Geologia é a lei da vida
Sem essa existência não haveria outra vida
Do inorgânico nasceu o orgânico
Sem pressa, sem pânico!
O gene foi o alarme
Cadeias de arame?!
O oxigénio, hidrogénio e carbono
Uniram-se numa roda
Mais tarde, apareceu a poda!
O que seria a flora sem controlo?!
O fim estava determinado
Chegou a papoila ao prado!
O protoplaneta terra formou o sistema solar
As eras geológicas deram o bem-estar!
 O Além estava próximo, e a religião não era ócio.
Tudo é de pedra, tudo é de água
Seguimos em frente sem mágoa...


Porto, 18/6/16                                 

 *José Gil Correia Monteiro

domingo, 21 de agosto de 2016

JOGOS OLÍMPICOS

Acabaram os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro/2016, com enorme desilusão para os atletas e desencanto para os portugueses. Alguns diplomas e a medalha de bronze para a Telma Monteiro é pouco, bastante pouco, mesmo considerando a dimensão do país.
Haverá que preparar os próximos Jogos, desde já.

MEMÓRIAS

Neste dia, em 1986, morre Alexandre O'Neill, poeta português



Auto-Retrato

O'Neill (Alexandre), moreno português,
cabelo asa de corvo; da angústia da cara,
nariguete que sobrepuja de través
a ferida desdenhosa e não cicatrizada.
Se a visagem de tal sujeito é o que vês
(omita-se o olho triste e a testa iluminada)
o retrato moral também tem os seus quês
(aqui, uma pequena frase censurada...)
No amor? No amor crê (ou não fosse ele O'Neill!)
e tem a veleidade de o saber fazer
(pois amor não há feito) das maneiras mil
que são a semovente estátua do prazer.
    Mas sofre de ternura, bebe de mais e ri-se
    do que neste soneto sobre si mesmo disse...

sábado, 20 de agosto de 2016

CONTRIBUTOS EXTERNOS


 – A L P E R C E S –

                                                                        Gil Monteiro*

Os damascos, também chamados alperces, alperches ou albricoques são drupas bonitas e muito saborosas. São muito parecidos com os pêssegos de abrir da região duriense, dos quais se faziam, secando ao sol em tabuleiros, os frutos abertos e sem caroços. Eram, e ainda vão aparecendo, as orelhas de pêssego! No Douro, não há, o que é pena, um cultivo intensivo de damascos. Já no centro – sul existe com sucesso.
Quando frequentei a Escola Primária de Provesende deliciava-me comer fava-rica, comprada no “shopping tem tudo”, da S.ª Elvirinha. Trincar a fava torrada era um prazer. Por vezes até as sementinhas iam para o estômago! Estando no Algarve não posso falhar às feiras dos frutos secos, e peço sempre fava-rica. Eis a resposta: “Não temos”! Devia ter metido dó a um expositor que tinha umas favas como ornamentos de outros frutos, tirou-as e ofereceu-as!
 – No faço “questão”! Agradeci, e matei a gulodice!
Temos um território privilegiado para a produção de frutas e legumes. Veja-se apenas os frutos das peras e abacates obtidos nos quintais da cidade do Porto, para não ter de nomear as bananeiras dos vales “apertados” do Douro. Se fomos os primeiros a introduzir, com Garcia da Orta, médico enciclopédico, as plantas orientais na Europa, e traçamos a primeira região demarcada do vinho do Porto; devíamos já ter as regiões estruturadas das frutas. A produção dos mirtilos o indica, e não os grandes Centros Comerciais a rotularem as vendas das “suas” propriedades! Só o Alqueva, em pleno funcionamento, dava renovos para Portugal e Europa!




Tive o prazer (na tropa é uma aberração) de dar instrução, com um 2º Sargento, um pelotão de 60 soldados. Para motivar a aprendizagem o quartel de Torres Novas dava 3 fins-de-semana, à sexta, aos mais aplicados do pelotão. E o meu Zé Luís?! Era uma paz d´alma, simpático, bom colega, Mas, um antimilitar, tentando cumprir...  Era um filho único de pais tardios e agricultores. Nunca devia ser apurado para a tropa, mais em ano de guerra! Que prémio podia conquistar?! A simpatia de todos!
Pois bem: – Foi deliberado, por unanimidade, oferecer um fim-de-semana especial ao Zé Luís. Iria dizer que teve palmas e aclamação!
Ainda na estação da CP, manhã em arrebol no Entroncamento, esperava a camioneta para Torres Novas, Entre as saudações da 2ª feira, ouvia: – Já viu o Zé Luís?!
Na “aula” de ginástica das sete, quase noite, vejo o nosso amigo comprometido:
Regressava com um miminho de alperces para oficial, e ao ter uma boleia de tenente mais graduado, ofereceu-lhe a cestinha!...


Porto, 21 de junho de 2016
                                                                      *José Gil Correia Monteiro
                                           

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

MEMÓRIAS


Em 18 de Agosto de 2004, morre Elmer Bernstein, compositor norte-americano

CONTRIBUTOS EXTERNOS - 2


 – A L E G R I A –

                                                                     
       Gil Monteiro*

Alegria é como o pó que existe no meio ambiente. Não se vê mas sente-se os efeitos, por vezes é incontrolável e forte. Por exemplo: o abraço a um filho emigrado ou a piada do colega Joaquim, que prima por estar calado! Fica-se contente, e resplandece, tal como a luz que nos alumia! Cuidado, a exceção pode matar! Podem ser foguetes potentes de morteiros, que nos cegam nos arraiais! Viver sempre (mesmo em espírito), entre o resplendor da luz perpétua será possível?!
Quando a alegria bate a jorros é de desconfiar, assim como chorar por muito rir. Depois de avaliar uma ópera cómica porquê chorar?!
Charles Chaplin foi um grande cómico muito ternurento. Tinha uma mímica mágica para as mulheres e crianças. Era um normal protetor dos carenciados. Chorar, perdido de riso, foi ver o filme Luzes da Ribalta, quando menino! Até conseguia “ver” as pulgas a saltar! Charlot continua a ser o meu herói!
Outra ternura, agora tanto em voga, é o trato dado aos animais de qualquer espécie, principalmente aos cães rafeiros, sem donos certos e afeiçoados. Há uma palavra muito expressiva e delicada  -  “partilhar” -   e quando se refere aos animais domésticos, enche o coração de carinho.
Quando o tempo de alegria passa, deixa um vácuo de sentimentos, onde só as lágrimas (mesmo vertidas para dentro!) ou para fora dos olhos, são o resultado, e clamam amor!



Amor do Céu ou do meio ambiente?! Deus é Pai e perdoa, mas a nossa própria mãe é, e será sempre a eterna paixão
Se o exército fosse formado por mulheres, a artilharia ia à falência e as camaratas das enfermarias não tinham ocupantes e, dificilmente havia terroristas ou suicidas. Daí serem tão desprezadas, desde a Babilónia – os romanos conquistavam e as romanas ouviam música. No Condado Portucalense assim se teria passado?!
O que levará a dança e a música a provocarem tantos sentimentos de satisfação e alegria?
No pequeno cortejo, a caminho da capela, para se realizar o casamento do último filho da viúva, o noivo ao ver a mãezinha a chorar, de coração aflito, pergunta:
 – Por que choras, querida Mãe?!
 – Não sei se é por tristeza ou alegria!...
Choveu. Casamento abençoado...

Porto, 3 de julho de 2016
                                                                       
*José Gil Correia Monteiro
                                         
                                            
                                                 


CONTRIBUTOS EXTERNOS

Prevenir ou remediar?

Por Antunes Ferreira


Aqui há uns anos, na década de 80, escrevi no “Diário de Notícias” - de que então ainda era chefe adjunto da Redação – um texto que na altura muitos consideraram um insulto aos bombeiros que denodadamente combatiam os cíclicos incêndios florestais, bem como a outros cidadãos que também o faziam: guardas republicanos, polícias, sapadores florestais e outros. Também me referia aos meios utilizados pelos “soldados da paz” (designação calina que nunca tentei, sequer, compreender), desde os autotanques até às mangueiras. Não se falava ainda em meios aéreos, upa, upa. Anos atrás tinha havido uma titubeante abordagem deles mas foi chão que deu uvas.

Já estava habituado a que me batessem, me insultassem, quiçá tentassem “assassinar-me”; tinha, tenho e penso que terei costas largas. As virgens ofendidas que já tinham perdido os hímenes, os moralistas ad hoc, os velhos do Restelo, e outros “impolutos” vieram à estacada autopromovidos em guardiões dos bons costumes, da solidariedade, da religião e da decência. Tinha sido um desaforo quiçá um crime aquilo que escrevera.

E, afinal, o que motivara esses ataques? Uma frase muito simples em que opinava que (passo a transcrever de memória) “Os fogos das florestas, dos centros urbanos, da mais pequena aldeia não devem ser combatidos, devem sim ser prevenidos!” Qualquer leitor bem-intencionado do quotidiano centenário com sede na Avenida da Liberdade compreendera que a minha intenção era repetir um alerta que todos os anos se fazia, aliás debalde. Talvez os termos que utilizei pudessem dar azo a uma acusação de demência ou de senilidade. Quando muito. E não era nem sou a Pitonisa de Delfos…

Uns bons anos depois, em 2006, estava como primeiro-ministro António Guterres e fazendo parte do governo como ministro António Costa, veio a ser lançado e repetido pelos órgãos oficiais, governo central, governadores civis e autarquias um veemente apelo: tinha de prevenir-se os incêndios para que eles não acontecessem ou no mínimo que fossem cada vez menos. Assim, na prevenção estava o “segredo” da preservação do nosso património florestal, completada realmente pelo combate ao aumento exponencial dos fogos nas matas.

Os anos foram-se sucedendo e antes do Verão os governos, como sempre, apresentavam os meios humanos e materiais para se debelar os incêndios que aconteceriam – como aconteceram. Mais homens, mais viaturas e depois mais meios aéreos que já se tinham tornado imprescindíveis no combate às chamas. Debalde; os incêndios continuavam a acontecer e de ano para ano aumentava a superfície ardida.

Estamos em 2016 e a uma só voz o Presidente da República, o primeiro-ministro e outros membros do governo, autarcas, autoridades, todos repetiram a ideia da prevenção. "Esgotou-se o tempo comprado há dez anos com a reforma da Proteção Civil", afirmou o primeiro-ministro aos órgãos da comunicação social. A aposta na prevenção e reorganização da floresta foi a mensagem dominante de António Costa que, além da "mão criminosa", falou também em "mão negligente" na origem dos incêndios. "A prevenção passa por ter uma floresta devidamente estruturada e não uma ameaça constante para as pessoas", sendo as "áreas protegidas onde deve existir excelência na prevenção", reiterou.


Será que desta vez é mesmo a vez? Pelo andar da carruagem (habitual) tenho as minhas dúvidas. Nós, os portugueses, somos assim: deitados à sombra de um pinheiro bravo ou manso vamos deixando correr “as coisas” Só quando somos espicaçados é que vamos a correr tirar o pai da forca. Oxalá desta vez seja mesmo a vez..

sábado, 13 de agosto de 2016

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

CONTRIBUTOS EXTERNOS

Ó Elvas, ó Elvas, 
Badajoz à vista

Por Antunes Ferreira

Embora já tenha abordado o assunto – ainda que pela rama, numa resposta dada a uma comentadora – tenho de voltar-lhe, pois parece-me de algum interesse. Trata-se de algo que me despertou para a realidade triste, mas verdadeira. Por certo que já ouviram falar dele, mas por vezes as pessoas retraem-se convencidas (por elas próprias ou por pressão de outras) e escusam-se de denunciar o que se está a passar no domínio das finanças e da economia entre os dois países ibéricos.

Por isso estou a pensar em mudar-me para Elvas e ali passar a viver; para o Caia não porque é um local quase despovoado onde até uns anos não havia sequer uma ATM. E se calhar ainda não há…. Além disso tem uma bomba de gasolina que até mete dó e pode classificar-se como o lá vai um; e se calhar nem esse um lá vai…. Quase como a A6 normalmente deserta, que se dizia ser destinada a trazer espanhóis para Portugal e vice-versa. Um flop. Estou decidido: escolho Elvas. De resto o Paco Bandeira já cantava Ó Elvas, ó Elvas, Badajoz à vista, mas tenho de concluir que não nasci para contrabandista… E que, por graça do cordo de Schengen já não há fronteiras.

Abrevio. Passei por Estremoz onde fica a casa dos meus compadres Pereiras progenitores da minha filha/nora Margarida, ficámos, a Raquel e eu mais eles na boa cavaqueira e depois seguimos para Badajoz. Voltaríamos no dia seguinte pela tardinha, depois de nos alojarmos no Hotel Lisboa, bastante degradado; mas o pessoal dele trata-nos nas palminhas. Jantámos no centro da cidade, uma refeição carota, mas muito saborosa. Que diferença sobre o tempo em que se ia lá para comprar caramelos. É preciso dizer que enquanto Elvas tem 85 mil habitantes, Badajoz já alcançou os 150 mil.

Já não íamos a Badajoz há uns três ou quaro anos e agora pudemos constatar que naquele restaurante dos oito empregados de mesa, seis eram… lusitanos. À conversa com um deles ficámos a saber que vive em Elvas e bastam quinze minutos para chegar ao trabalho - porque ali há trabalho. Os outros camaradas eram de Rio Maior, Vila Boim, Barbacena e Santa Eulália. “Aqui ganha-se mais do que em Portugal e se um homem não aprovêta está mesmo fodido, desculpe minha Senhora.”

Já na quinta-feira fomos às compras, tendo corrido três hipermercados e um centro comercial. Lá voltou o espanto: o salário mínimo em Espanha é €655 e em Portugal está nos €530; pois os preços são mais baixos do que no nosso país. Por isso os portugueses que vão comprar coisas a Badajoz são quase metade dos clientes. Não vale a pena compara-los (os preços) pois as diferenças são evidentes. Reina o pague dois leve tês. À saída de um deles (não digo nomes para evitar a publicidade grátis) a caixa tinha um dístico na blusa: Maricarmén.

Quando nos ouviu falar imediatamente informou: “também sou portuguesa e chamo-me Maria do Carmo; mas estes filhos da puta – desculpe-me minha senhora rebaptizaram-me...” Em tom baixo disse-nos que era de Vila Fernando onde o casal de filhos ficava durante o dia com a avó, pois o marido era mecânico de automóveis no bairro de Valdepasillas, numa oficina de Seats. E acrescentou quase num sussurro que ali ganhava-se muito melhor do que no nosso país. Disfarçou, pois passava o gerente.

Fiquei a pensar em Olivença/Olivenza com os seus brasões portuguesas e com os velhos a falar um portunhol ressabiado. “Temos que volver a nuestra Pátria que não es Espanha, es Portugal”. Sendo ou não sendo são águas passadas, porém aqui não há muitos portugueses. Não há hipermercados, nem sequer supermercados. Por isso só um saudosismo espúrio leva até lá os turistas lusitanos.

Antes de voltar ainda fui atestar o depósito do meu Hyundai numa bomba pertencente a uma grande superfície. O litro é de €1,12; aí sim, com o recibo das compras há um desconto e assim fica a €1,09; em Portugal é de €1,44 e com desconto leva-nos €1,29. E embora se continue a dizer que “de Espanha nem bom vento, nem bom casamento” mantenho-me na minha: penso que vou mesmo morar em Elvas…

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

OS INCÊNDIOS

Os incêndios estão a ser uma tragédia este ano (só este ano?). 
Mas não será que as tvs estão a abusar das imagens, repetidas até à náusea, e com perguntas absurdas, género "como se sente?" a alguém que acaba de ver a sua casa destruída ou a um turista norueguês encaminhado de um hotel de 5 estrelas para os balneários de um estádio, e a entrevistar comandantes de bombeiros que nada acrescentam? Será reconfortante ver o presidente da República deslocar-se à Madeira, mas, concretamente, o que foi ele fazer? Melhor será convocar o primeiro-ministro e dizer-lhe que o problema, de grande complexidade, tem que ser estudado a fundo, de modo a que a médio (que não a curto) prazo haja uma solução razoável para esta tragédia que regularmente nos visita.
Tendo a concordar com uma petição que por aí circula, no sentido de penalizar o crime de fogo posto ao máximo admitido por lei.

MEMÓRIAS

Neste dia, em 1912, nasce Jorge Amado, escritor brasileiro, de quem li boa parte da obra. Creio que o primeiro livro que li, em edição brasileira, proibida em Portugal (e julgo que no Brasil, à época),  foi 'Os Subterrâneos da Liberdade', uma obra violenta contra a violência da ditadura brasileira.
Teria merecido o prémio Nobel da Literatura.



terça-feira, 9 de agosto de 2016

MEMÓRIAS



Neste dia, em 1975, morre Dmitri Shostakovski, compositor russo

(Não há muito publiquei este vídeo, mas creio que vale a pena a repetição)

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

JOGOS OLÍMPICOS






Marcelo tem que mandar fazer mais medalhas: a Telma já tem uma medalha de bronze no judo. Parabéns à bonita menina Telma!

CONTRIBUTOS EXTERNOS


As virtudes da melancia

Por Antunes Ferreira
Estamos em pleno Verão, o calor aperta, os graus chegam aos 40 e mais, as praias enchem-se, as férias no estrangeiro estão cada vez mais difíceis, a crise e austeridade teimam em ficar. Há quem prefira o campo, mais tranquilo e mais ameno, o cheiro a flores herdado da Primavera, os pinhais cujas folhas não caem, as searas e os rosmaninhos, enfim uma panóplia de verdes e de cores variegadas.
O Estio tem uma variedade de frutos que nos espanta. Dentre eles avulta a melancia. Fresca, saborosa, vermelha por dentro, verde por fora – na brincadeira costuma até dizer-se que é do Partido os Verdes… - que muitos dizem que é só água, por isso a sua prescrição sem receita dum qualquer João Semana, mata a sede e, em resumo, é barata, coisa difícil de encontrar nos dias de hoje.
Por incrível que pareça especialistas em vitaminas e outros componentes consideram a melancia como um armazém de vitaminas e nutrientes diversos que obviamente podem proporcionar aos humanos uma maior e melhor qualidade de vida. Porque estamos na estação do ano resolvi trazer aqui esta fruta da época tentando dar a conhecer as suas múltiplas valências.
Chegado aqui, tenho de avisar quem ainda me consegue ter, ou seja, me aturar, que daqui em diante procurarei fazer – não sendo exaustiva, longe disso – uma informação sobre a composição e vantagens do consumo da melancia. Com nutrientes como o licopeno, vitamina A, vitamina C e a citrulina. Esta é um aminoácido não essencial, ou seja, não produzido pelo corpo, é um dos mais importantes na questão alimentar, na manutenção da boa forma física e outras. O site Little Things partilhou uma lista de nove benefícios de comer uma fatia de melancia por dia:
1. Deixa a pele saudável e bonita. De acordo com  especialistas a vitamina A da melancia ajuda a promover o crescimento do tecido corporal, fazendo com que a pele fique fresca, hidratada e com óptimo aspecto.
2. Promove a saúde cardiovascular. O licopeno presente na melancia melhora as funções cardíacas e outras substâncias como a vitamina C, as catenoides e o potássio ajudam a reduzir o colesterol e a proteger o coração de várias situações perigosas.
3. Contribui para a saúde dos rins. Pela água que contém, a melancia aumenta o fluxo urinário sem sobrecarregar os rins. Alivia a pressão nos rins e livra do excesso de fluidos.
4. Melhora a visão. A vitamina A na melancia pode ajudar a proteger contra a degeneração macular relacionada com a idade, bem como prevenir a cegueira nocturna.
5. Contribui para a saúde óssea. A melancia contém licopeno e potássio que fortalecem os ossos e as articulações, ajudando a reduzir o risco de lesão ou deterioração dos ossos.
6. Reduz a tensão arterial. A boa quantidade de potássio e magnésio que está presente na melancia é muito benéfica para reduzir a tensão arterial
7. Alivia a dor muscular. A melancia também é muito boa para combater a inflamação e reduzir as dores musculares.
8. Combate a asma. Os especialistas da Medical News Today escrevem que o consumo de quantidades elevadas da vitamina C na melancia pode ajudar a diminuir os riscos do desenvolvimento de asma. E para quem já sofre de asma, os nutrientes da melancia podem ajudar a melhorar a saúde geral dos pulmões.
9. Combate o cancro da próstata. Como foi publicado no Live Science, a melancia pode ser útil para reduzir o risco de cancro graças às suas propriedades antioxidantes. O licopeno, em particular, tem sido ligado à redução do cancro da próstata, de acordo com o National Cancer Institute.

Com estes dados e conselhos sobre o “fruto essencial” para o Verão que colhi junto de especialistas e publicações dedicadas à saúde e ao nutricionismo, penso ter dado algumas dicas para ajudar a ultrapassar a canícula. Boa vida, boa saúde, bom Verão com a boa melancia.

CONTRIBUTOS EXTERNOS

A “telenovela” das sanções

Por Antunes Ferreira

A estória das sanções, das multas e quejandos está muito mal contada. Pelos vistos esteve sempre e penso que no futuro também estará. É uma telenovela com todos os matadores. As notícias vindas a público deixaram os portugueses com manifestações de euforia; melhor do que o tema - só sermos campeões europeus e o golo histórico do Éder. Tento aqui fazer uma tabela classificativa de várias situações. Deus me valha, uns à faca, outros à navalha…Só depois vêm as afinidades de Marcelo Rebelo de Sousa e quase simultânea a coça que o FMI deu no governador do Banco de Portugal. A resposta de Carlos Costa vem provocando ataques de hilaridade. E por isso já fica no carro de apoio…
Da primeira alínea deste comentário há que tirar algumas ilacções mas também diversas dúvidas. Primeiro tem de se ensinar ao povo, “jornalistas” e “comentadores” que multa zero e possíveis cortes nos fundos estruturais não são de todo a mesma coisa. Vai para aqui uma montanha de afirmações que mais parece uma feira da ladra… Bem pelo contrário: o perdão da multa já foi votado pelos comissários europeus, enquanto que no que toca aos cortes nos fundos estruturais continua a originar uma enorme ansiedade, sofrendo-se até se conhecer a deliberação que irá sair,  mas só em Setembro.
E se é certo que o regozijo do Presidente da República, do Parlamento e do Governo é absolutamente natural, já é de admirar (no mau sentido) a posição do PSD. Não fomos multados, muitos parabéns, dizem eles arremedando gargalhadas de hiena, mas imediatamente a declaração de que terminou o “folhetim de 2015”. É uma tentativa de branquear que foram os mesmos laranjas que originaram a confusão, quando no ano passado não respeitaram o défice de 3% constante do Pacto de Estabilidade e Crescimento da (des)EU. É uma forma acintosa de tentar varrer o assunto para baixo do tapete.

No que concerne à cena internacional, a Ucrânia, a Crimeia e a Rússia desapareceram da classificação. O que está a dar são as diversas declarações do Mr. Trump, uma pior do que a outra em fila interminável. Mas uma boa parte dos americanos gostam do homem e das suas bojardas; no entanto pode adivinhar-se o que será o Mundo se o multimilionário ganhar as eleições de Novembro e por isso se instalar na Casa Branca; portanto, mesmo tendo em conta a desilusão de Sanders, a vitória da senhora Clinton  (do mal o pior) a verificar-me originará muitos suspiros de alívio. Porém as sondagens muito equilibradas não sossegam os democratas.
Os símbolos dos dois partidos são um burro (PD) e um elefante (PR). Curiosamente o paquiderme é uma boa imagem de Trump: força e poder sob a égide do cornaca que é o dinheiro. Costuma dizer-se que nos Estados Unidos quem tem dinheiro tem poder e vence terminantemente. Mas os homens simbolizados por um burro não vão em cantigas; dizem-se trabalhadores, persistentes e também um pouco casmurros. Ninguém os tiram do lugar (da vitória) pois recusam-se a perder…
Nesta classificação também está muito bom colocado o papa Francisco com a sua visita, a solo, a Auschwitz. O Pontífice acrescentou muitos pontos com tal decisão, durante o Encontro da Juventude católica que decorre na Polónia. No fundo da tabela encontra-se a Indonésia que avançou com o enforcamento de várias pessoas alegadamente culpadas pelo tráfico de drogas, apesar dos protestos e das pressões (e das ameaças) vindas do estrangeiro. O Mundo em que (sobre)vivemos está mesmo louco.
Voltando ao tema inicial: o vencedor do “concurso” das multas da (des)União Europeia é António Costa e por arrastamento Mário Centeno. A “batalha” ganha em Bruxelas é a antítese do servilismo de Passos e Portas agachados perante a Frau Angela Merkel e Herr Wolfgang Schäuble. Mas ela também pertence ao Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. Um senhor chamado Cavaco tem forçosamente de fazer vénia ao seu sucessor, obviamente a contragosto. Comparar Marcelo e Cavaco é comparar o dia com a noite…
Depois deste arrazoado tenho de mencionar um facto que quase é uma anedota, porém muito triste: no Brasil roubaram a chama olímpica e apagaram-na. Creio que nunca acontecera tal estupidez criminosa. Enfim, depois das péssimas instalações da “favela olímpica” que os atletas de quase todos os países foram encontrar, aparece a tragicomédia da chama dos Jogos Olimpicos Rio 2016.Rsta dizer porque estamos no país das telenovelas: que mais lhes poderá acontecer…

Nota: publicado com atraso



CALOR E PREGUIÇA

Está um calor danado, o que aumenta exponencialmente a preguiça.
Contudo, vou ver se regresso às lides.