quinta-feira, 31 de março de 2011

NÃO HÁ DIREITO!

Anda um homem 8 anos numa Faculdade, conclui um número elevado de cadeiras (!), é, por isso e não só, nomeado administrador dos CTT e vê-se agora na obrigação de suspender funções, por suspeita de aldrabar o seu diploma! Talvez o invocado "Bolonha" lhe dê razão, o que espero aconteça, já que o homem devia estar de boa fé, embora desde sempre não entenda essas "licenciaturas à bolonheza", salvo para a boa saúde financeira das universidades, que enganam tolos, ou pelas quais os tolos se deixam enganar. E, mais, espero que se for despedido o homem receba o previsto até ao final do contrato ajustado e uma boa indemnização por perdas e danos.

A dissolução

Pronto. O Sr. Presidente da República dissolveu finalmente a Assembleia da República e marcou eleições legislativas para o dia 5 de Junho. Decidiu fazer agora aquilo que não teve coragem de fazer após o seu discurso de ruptura política com o Governo, no dia da sua posse. E, mais uma vez, passou a mensagem para os portugueses de que a culpa da crise política que se instalou é dos partidos e, particularmente, do Governo, para quem mandou vários recados, como o de lhe dizer, de forma indirecta (por falta de coragem?), que tem condições de recorrer à ajuda externa. Acho graça que esteja agora muito preocupado com a nossa economia, o bem estar dos cidadãos e das suas famílias e, pasme-se, com a defesa do regime democrático. E o que fez para evitar a crise? Nada, usou a sua "velha máxima": não me comprometam. Com uma grande descaramento, para não dizer mesmo, com grande cinismo, veio apelar para que se evite a crispação. Mas ..., ó Senhor Presidente: quem foi que deu o pontapé de saída da crispação, não foi V. Exa no seu discurso de posse? Ah! dirá V. Exa: fui mal interpretado.

ALEA JACTA EST


  1. - Faites vos jeux.

  2. - Anote na agenda.

  3. - Cinco de Junho é que é.

Cavaco dixit.

DA LÍNGUA

O JN surpreende-me todos os dias, e nem sempre pelos melhores motivos. Leio hoje, em artigo assinado por Alexandra Inácio, que "a escola a tempo inteiro (ETI) fica ameaçada, se o próximo Governo não rever [sublinhado meu] a legislação". A jornalista (!) tem que rever a conjugação do verbo rever.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mais uma desculpa para a fraca qualidade da justiça

Pelos vistos falta a tinta nas impressoras do Tribunal de Almada e também, em outros tribunais, dizem, por falta de pagamento do Ministério da Justiça. Mas vá lá, parece que vão emprestanto tinta entre eles. Há uma certa solidariedade entre tribunais, o que é bonito, muito bonito! Claro que um juiz já veio avisar que esta situação lamentável poderá brevemente afectar as decisões judiciais. Querem ver que a confusão toda que se instalou nos processos mais mediáticos, como o processo Casa Pia ou o processo Face Oculta, foi culpa da falta de tinta nos tinteiros das impressoras? E que por falta da tal tinta há processos, muito mais simples, que se arrastam nos tribunais há anos?

Cá para mim, nasceu mais uma desculpa para a falta de qualidade da nossa justiça.

Dissolução já

A partir do dia em que na Assembleia da República se formou a coligação dos cinco partidos da Oposição para chumbarem o PEC IV e derrubarem o Governo, tem sido deprimente ver, no todo ou em parte, através de reportagens televisivas, os trabalhos deste órgão de soberania. Neste momento só serve para "lavar roupa suja" e revogar Decretos Leis do Governo, entretanto já promulgados e em plena execução. Como estamos em vésperas de eleições legislativas, reina o oportunismo eleitoralista. Por isso: Dissolução já!

DA DITA CULTURA

O concurso "Quem quer ser milionário" tem perguntas que não lembram ao diabo, parecendo estar feito para ninguém ganhar um prémio que se veja. Mas há limites para a ignorância. Vejamos duas perguntas e respectivas respostas: - Samora Machel foi presidente de que país (hípóteses, se não erro: Portugal, Angola, Moçambique e Brasil)? Angola, responde o concorrente. - Que Presidente da República português foi assassinado? (alternativas: Teófilo Braga, Sidónio Pais, Óscar Carmona, Américo Tomás). Américo Tomás, responde o (outro) concorrente. Valha-me S. Francisco.

DÚVIDAS

Qual a razão para Cavaco Silva deixar arrastar a situação de um governo que não está em plenitude de funções, nem em gestão, nem demitido? A quem pode interessar este iato? Não me parece que seja ao País.

JOGADAS

Não sei como qualificar pior, se a actuação do Governo ao publicar um DL que aumentava os limites para autorização de despesas de contratos públicos em valores absurdos (e ao que parece fora do período que tinha para legislar sobre o assunto), se o chumbo do referido DL pela oposição unida na AR. Na dúvida, prefiro o chumbo, ainda que me pareça puro oportunismo. E talvez houvesse a possibilidade de o DL não ter sido promulgado ou o recurso ao TC. Jogadas sujas, de um e outro lado. Assim, não vamos lá.

NEOLOGISMOS

Ontem, referi aqui a 'presidenta' do Brasil com que o JN nos brindou. Vejo que a coisa é assumida e veio para ficar, já que o mesmo JN de hoje, logo na capa se refere à presidenta Rouseff, o que repete em textos no interior. Nada tenho a ver com o facto de a senhora Dilma Rouseff gostar de ser tratada por presidenta. O que não me parece minimamente aceitável é que o JN (ou qualquer outro meio de comunicação social) subverta a língua, inventando um termo "esdrúxulo"ao arrepio de qualquer norma. Ainda se, no mínimo, colocassem aspas... Um dia destes vamos ler "a chefa" de Estado do Brasil... Subserviência, parolismo ou o quê?

terça-feira, 29 de março de 2011

ÚLTIMAS NOTÍCIAS


  • - Os juros da dívida portuguesa ultrapassaram os 9%.

  • - O FMI ainda não foi convidado a visitar Portugal.

  • - Passos Coelho quer, afinal, medidas mais duras (para os mesmos, evidentemente).

  • - O Metro de Lisboa vai voltar a parar por uns dias, por greve.

  • - Os Sindicatos da Função Pública querem a revogação da avaliação (e bem, já que o Mário Nogueira a conseguiu e, ou comem todos, ou....).

  • - Portugal ganhou à Finlândia no jogo do pontapé na bola a feijões.



  • - Nem tudo são más notícias, como se vê.

O 25/4 JÁ FOI

O 25/4 já foi há muitos anos, tantos que já ninguém se lembra dele, salvo alguns centenários que por aí ainda andam a atrapalhar o trânsito. É por issso que este ano não é evocado na Assembleia da República, sob o pretexto de que a mesma se encontra dissolvida, o que, de momento, não é líquido, embora previsível, e ainda que tenha uma Comissão Permanente a funcionar até nova Assembleia. Pronto, o 25 barra quatro já foi. E para o ano a não evocação jé nem será notícia. Assim vamos.

NÃO ME LIXEM 2

Passos Coelho diz, para americano ler, que chumbou o PEC IV porque as medidas propostas pelo governo não iam suficientemente longe. Mas ele, por interposto Miguel Macedo, disse isso na AR? Quais foram as alternativas apresentadas? Ora, porra, não me lixem, para não dizer não me f... Este sujeito poderá vir a ser primeiro-ministro? Poder, pode, mas não vamos ficar mais bem servidos.

É O PORTO, É O PORTO!

Souto de Moura, depois de Siza Vieira, ganhou o prémio Pritkzer, considerado o Nobel da Arquitectura. E, assim, vão dois, para Portugal, para a "Escola" do Porto, que iguala a Suiça. O nome de Souto de Moura para uma Avenida, já!

NÃO ME LIXEM

Como já aqui tenho referido, não sou fã do Novo Acordo Ortográfico. Penso que tem disparates dispensáveis, como a eliminação de algumas consoantes mudas, sendo o cúmulo a eliminação do 'p' em Egipto, embora escrevamos "egípcio". Agora, "inventaram" uma nova palavra: "presidenta", para se referirem a Dilma Rouseff, como faz o JN de hoje, na sua página 8, em notícia não assinada, com o título "Lula aconselha compra de dívida", em que a "presidenta" aparece duas vezes. Será erro crasso de quem escreveu a "notícia" ou parvo diletantismo? Não me lixem.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O oportunismo

Quase todos os portugueses sabem que o PSD conseguiu na Assembleia da República a revogação do decreto da avaliação dos professores, por uma questão de oportunismo. Nunca viabilizou as propostas apresentadas nesse sentido pelos partidos da extrema esquerda como o PCP e o BE, e veio agora servir-se deles para, num acto de puro oportunismo, fazer junto dos professores uma autêntica caça ao voto,com vista às quase certas eleições legislativas antecipadas.

E oportunismo "puxa" oportunismo. Vai daí, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, também por oportunismo, considera que a suspensão do sistema de avaliação deve abranger todos os trabalhadores da função pública e não só os professores. E exigem ao Governo que a mesma atitude seja tomada aos restantes trabalhadores do Estado. E eu pergunto: ao Governo? O que é que o Governo tem a ver com a suspensão da avaliação dos professores? Nada. Por isso senhores do sindicato: Façam ver ao PSD que são uns bons milhares de votantes. Pode ser que, por oportunismo, o PSD lhes faça a vontade. Mas rápido, que o Parlamento está quase a "fechar".

sábado, 26 de março de 2011

Futebol a nossa selecção

A selecção portuguesa de futebol empatou hoje a uma bola com a selecção do Chile, em jogo realizado no Estádio de Leiria. A qualidade do jogo não foi muito boa mas, mesmo assim, Portugal poderia ter vencido. À excepção de um lance que decorreu ainda na 1ª parte e no qual se lesionou o jogador português João Pereira , a selecção do Chile não teve qualquer outra oportunidade, e o golo foi obtido de um livre directo a mais de trinta e metros. Foi um bom pontapé, é certo, mas pareceu-me que Rui Patrício foi mal batido. Desconcentrou-se e lançou-se tarde à bola.
Resultado melhor do que o deste jogo para a nossa selecção foi o do jogo Noruega-Dinamarca. Também empate a uma bola, o que nos permite assumir a liderança do grupo de qualificação para o Euro 2012, se em Junho ganharmos em casa à Noruega.

Onde já chegam os boys!

Todos sabemos que há um grupo de pessoas (homens maioritariamente, mas também algumas mulheres) militantes ou próximos dos dois maiores partidos portugueses - PS e PSD, que, de acordo com a cor política da altura, vão ocupando cargos de relevo e muito bem remunerados, na Administração Pública e nas empresas do chamado Sector Empresarial do Estado. São os chamados boys. E há casos em que se torna "necesário" que haja boys dos dois lados. Mas, nestes casos, define-ne a respectiva paridade, de modo a que cada partido tenha, relativamente ao outro, um número de boys correspondente à sua representatividade. É assim, não é? Não estou enganado, pois não?
Atendendo às perspectivas políticas do momento, os boys do PSD andam "numa roda viva". Como dirá o ministro Augusto Santos Silva, já andam a salivar. Sentem que está perto a hora deles. Os do PS, já estão a fazer contas e previsões de quando poderão voltar (se sairem, bem entendido!). É a vida, como disse António Guterres.
Mais estranho me parece que estas coisas se passem em empresas de capitais privados, como o BCP. Pois bem, leio no jornal Público que a lista para o Conselho Geral e de Supervisão do banco traz uma novidade: a adequação ao quadro político que se antecipa poder vir a ter o PSD como protagonista. Assim, Santos Ferreira foi buscar Leonor Beleza e Álvaro Barreto, ex-ministros e pessoas carismáticas do PSD. Mas descansem, senhores do PS, também vai buscar Daniel Bessa que, sendo independente e crítico de Sócrates, foi ministro de António Guterres. Onde já chegam os boys!

Agora é que está preocupado?

Leio que o Presidente da República está preocupado com a mega-emissão de dívida pública que vai inevitavelmente acontecer em Junho. E que, agora que tem de decidir pela dissolução do Parlamento e pela marcação de eleições legislativas antecipadas, se vê confrontado com uma enorme complicação de calendários. Mas ..., ó senhor Presidente, o senhor não tinha os calendários à sua frente quando resolveu redigir um discurso de posse que iria incentivar a Oposição a arranjar maneira de fazer cair o Governo? E mesmo quando se perspectivou que cairíamos numa crise política de consequências imprevisíveis se o PEC fosse chumbado, o que fez V. Exa? Lavou as mãos como o fez o antigo governador romano Pôncio Pilatos. Tal como este, V. Exa demitiu-se de exercer as suas funções. Pilatos não quiz desagradar àqueles que queriam ver Jesus Cristo crucificado, V. Exa não quiz desagradar àqueles que queriam derrubar o governo. Ambos tomaram tais atitudes porque não queriam chatices. Mas V. Exa vai tê-las, não tenha dúvidas. Foi bem avisado disso por muita gente. Mas qual iluminado, que nunca se engana e raramente tem dúvidas, não os quiz ouvir. Mas, entretanto, ouviu a preocupação dos líderes europeus com a crise política que se instalou em Portugal? Bom, dirá V. Exa, eles não sabem nada disto.
Faço-lhe um apelo, senhor Presidente, quando V. Exa falar ao país para anunciar que vai dissolver o Parlamento (ou, como sempre para não dar a cara, vai fazê-lo no facebook?), faça uma promessa solene aos portugueses, como já o fizeram antecessores seus: se das eleições não sair uma solução forte de governo que possa enfrentar a crise em perfeita estabilidade, V. Exa renuncia ao mandato. Era de homem corajoso, não era?

sexta-feira, 25 de março de 2011

Amplo consenso? Já o há

Vejo e ouço muita gente a opinar que o país só consegue tomar medidas eficazes para combater a crise se houver um amplo consenso ou até uma coligação alargada a vários partidos. Mas, coligação já existe : PSD, CDS/PP, BE e PCP. Não foi esta coligação de partidos, de larguíssimo espectro, que chumbou o PEC IV? Não foi esta muito ampla coligação que hoje votou a revogação da avaliação de professores? Então, para quê eleições? O Sr.Presidente da República deve chamar os líderes destes partidos e pedir-lhes que formem um governo, evitando-se os custos de novas eleições e o arrastar da crise política. Talvez os mercados, perante esta sólida coligação, recuperassem a confiança nas nossas finanças públicas! Ao que chegamos.

OUVIDO - 2

Almeida Santos, em entrevista a Maria Flor Pedroso, hoje, na Antena Um, disse do seu espanto por o Presidente da República não enviar, na quarta-feira passada, uma mensagem à AR, "coisa que demoraria, no máximo, meia hora a escrever" (cito de memória), no sentido de ser obtido um consenso quanto à aprovação do PEC IV, o que pode indiciar que o PR desejava o resultado alcançado.
Sem papas na língua.

OUVIDO

Miguel Portas, na Antena Um, sobre Passos Coelho:"é um farsola", com "a coluna vertebral de um caracol". Chiça!

Que grande pantomina!

"Os impostos indirectos tratam todos pela mesma medida, tanto pobres como ricos, razão porque são, nesse aspecto, mais injustos. É essa, aliás, a razão por que eu nunca concordei em taxar cada vez mais os impostos indirectos, nomeadamente o IVA."
Quem disse isto, quem disse? Foi Sócrates? Foi Teixeira dos Santos? Foi algum professor de economia , ou um qualquer daqueles paineleiros que andam nos painéis das TVs a falar daquilo de que se julgam sábios? Não, meus amigos. Foi o líder do PSD Pedro Passos Coelho. E para que não houvesse dúvidas deste seu pensamento, escreveu-o no seu livro recentemente publicado. Agora, que lhe cheira a poder, meteu a ideia não sei onde e divulgou que fará o contrário se ganhar as eleições e formar governo.
E que dizer disto: Que grande coerência, ou que grande pantomina? Começa bem a apresentar o seu programa, não começa?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Começou a caça ao voto

Tal como disse o ministro dos Assuntos Parlamentares Jorge Lacão, o PSD perdeu o sentido de decência, e eu ainda digo mais: iniciou a caça ao voto.
Anunciou que, caso forme governo, aumentará a taxa de IVA para 25%. Até agora, e sobretudo na altura das negociações para a viabilização do Orçamento de Estado para 2011, o PSD dizia não abdicar do princípio de que não haveria qualquer aumento de impostos. Todos nos lembramos do pedido de desculpas que Pedro Passos Coelho fez aos portugueses por ter aceite, ou não ter leventado problemas, a ajustamentos que o Governo fez relativamente a alguns impostos. É realmente uma enorme cambalhota, ou em linguagem mais apropriada ao momento, é uma enorme pantomina.
Mas, em termos de pantominas, o PSD não se ficou por aqui, pois apresentou no Parlamento um projecto de lei que determina a revogação do sistema de avaliação de professores que está em vigor. Ora, o actual processo de avaliação já vem da legislatura anterior, quando o PS tinha maioria absoluta. O PSD, embora dizendo que este processo de avaliação não era o seu, sempre contribuiu para que, nesta legislatura de maioria relativa, projectos de lei análogos propostos por outros partidos fossem chumbados. Agora, que cheira a eleições toca a dar um rebuçado a mais de 200.000 professores. Uma VERGONHA !

quarta-feira, 23 de março de 2011

A DECISÃO

A dissolução, ou não, do Parlamento está nas mãos de Cavaco Silva, depois de ouvir os partidos e o Conselho de Estado. Como parece haver uma maioria, ainda que contra natura, na AR, seria desejável que o PR "encomendasse" um novo governo com base em tal maioria, evitando uma ruidosa, enfadonha e custosa campanha eleitoral num momento em que há que apresentar soluções a "Bruxelas" e aos "mercados". Sempre quero ver qual a decisão do PR. Ele que diz defender a estabilidade, deve, ao menos uma vez, dar o seu contributo (a tal magistratura activa de que se arrogou) para que ela seja rapidamente conseguida. E, se assim for, espero uma "atitude responsável" por parte do PS, não inviabilizando o programa que tal governo apresentará na AR.

PRONTO!

Pronto, Sócrates vai de vela. Óptimo! Óptimo?!!! Sempre quero ver como vai ser até à tomada de posse do próximo governo. Sorte malvada a nossa, que vamos pagar grossa factura.

terça-feira, 22 de março de 2011

A culpa nunca é dele

Desde a sua reeleição que Cavaco Silva quando fala cria logo alguma polémica. No seu discurso de tomada de posse foi o que se viu, com Cavaco Silva a tomar o lugar de líder da Oposião e a falar da situação política, económico-financeira e social de Portugal, como se nada tivesse a ver com ela, apesar de ter sido ministro das finanças dois anos, primeiro-ministro dez e Presidente da República nos últimos cinco. Depois, numa cerimónia evocativa dos cinquenta anos do início da Guerra Colonial, pede aos jovens de hoje que se sirvam do exemplo dos então jovens combatentes de ontem para se empenharem em acções que tenham em vista um futuro melhor para o país (o que nos trouxe de bom a guerra colonial?). Agora, depois de muito criticado pelo demorado silêncio a que se votou perante um cenário de crise política muito prejudicial para Portugal, Cavaco Silva sacode, como sempre sacudiu, a água do capote e veio dizer que a forma como foi apresentado o chamado PEC 4, reduziu substancialmente a sua margem de manobra para actuar. Quiz dizer: a culpa do meu silêncio é do Sócrates. Como sempre, a culpa não é dele.

O TU CÁ TU LÁ

Será que toda essa gente andou comigo na escola ou na tropa? "Telefona já!". "Subscreve já!". "Compra já!". "Não percas esta oportunidade!" Até a Santa Casa me aconselha: "Aposta já!" [O jogo, diz o aviso da dita Santa Casa, é reservado a indivíduos maiores de 18 anos]. Não há anúncio (até na praga do multibanco), cartaz, sms, que não me conheça de bibe ou de calções, com ranho no nariz! O mundo parece estar infantilizado. Isto, para além de, depois de nos perguntarem o nome, nos tratarem sempre pelo nome prório, esquecendo o apelido, género tratarem-nos por senhor João ou Manuel, omitindo o Silva ou o Santos que também somos. Não se poderá extreminar esta corja? Ou será de exigir a extreminação de quem os ensina? Ou serão, mesmo, ensinados dessa maneira?

NOVAS BOLAS À TRAVE

Já mais abaixo me referi à morte de Artur Agostinho que, creio, todo o país conhecia e apreciava. Passos Coelho ter-se-á referido a Artur Agostinho como "figura ímpar da cultura portuguesa". Sem desprimor, julgo que não era preciso exagerar e seria de evitar o lugar-comum. Mas fica bem! Nomeadamente a Passos Coelho que parece um rapaz culto, e que terá assimilado os doutos conselhos do seu mentor e patrão.

E AGORA?

Previsivelmente, o governo vai cair. Depois, o país, com um governo de gestão, totalmente atado, a economia ainda mais definhada, com os juros da dívida a subir, será chamado a pronunciar-se. O povo, que está farto de Sócrates, decidirá. E decidirá em que sentido? Irá eleger Passos Coelho, só ou acompanhado por Paulo Portas? É provável. E daí, vai resultar o quê? Melhores salários, mais apoios sociais, menos impostos sobre os rendimentos das famílias ou descida do IVA, crescimento do emprego? Que soluções entendíveis e credíveis aponta o PSD? Desde já receio a provável próxima campanha eleitoral, com a demagogia habitual, mas agora em mais elevado grau, vinda de todos os quadrantes. O PR, promitente interventor, esfíngico, não se pronuncia. O assunto, ao que parece, merece-lhe menos atenção do que o Estatuto dos Açores, em que incomodou meio mundo, com uma comunicação dramática ao país.

MAGISTRATURA ACTIVA

Por onde anda o homem que prometeu ir ter uma magistratura activa?

AINDA MAIS BOLAS À TRAVE

Foi jornalista, actor de cinema (quem não viu o 'Leão da Estrela'?) e de TV, apresentador de programas de rádio e de TV e, até, escritor, mas o que fica, para mim, é o homem da rádio, a relatar os jogos de futebol com a emoção de que só ele era capaz.
Morreu Artur Agostinho. Paz à sua alma.

MAIS BOLAS À TRAVE

Então, não é que o dr. Madaíl não conseguiu ser reeleito para o cargo que ocupava na UEFA? E quando é que dá lugar a outro na Federação?

BOLAS À TRAVE

Dúvida: porque é que o Jesus não põe o Nuno Gomes a jogar nos últimos minutos, pelo menos, de todos os encontros?

sábado, 19 de março de 2011

Futebol

Mais que confirmado. Os problemas do Sporting não estão, nem nunca estiveram, nos treinadores. Afinal, Paulo Bento, Carlos Carvalhal e Paulo Sérgio não eram assim tão maus. A equipa tem dois ou três jogadores deTop, mas os outros, ou são jogadores vulgares ou jogadores que, pertencendo ao patamar dos bons, não se esforçam. Dá até a ideia de que estão a fazer um frete.
Também não ajuda à motivação dos jogadores, bem pelo contrário, que alguns dos candidatos a presidente falem em vassourada no balneário. Como diz o ditado: "Quem não se sente, não é filho de boa gente".

sexta-feira, 18 de março de 2011

Um incidente próprio de um país do terceiro mundo

Numa aldeia já de si pobre e meio abandonada do distrito de Bragança, uma criança de dois anos que brincava à porta de casa, abeira-se de um bidão com água, cai e morre por afogamento. Após chamado o INEM, bastante tempo depois por culpa da própria família, intervém o Ministério Público que não viu necessidade de autópsia do corpo da infeliz criança, deixando-o à guarda da família, que começou a tratar do seu funeral. Ora, ao tomar tal decisão o Ministério Público não tinha dúvidas que a causa da morte tinha sido o afogamento acidental e, portanto, não havia quaisquer indícios que permitissem suspeitar de crime.
No dia seguinte, à tarde, como quase sempre acontece nas pequenas terras de província, realiza-se o funeral. No decurso do mesmo, aparece a GNR para levar o corpo a fim de ser autopsiado, cumprindo ordens do Ministério Público que, afinal, tinha dúvidas sobre se tinha havido crime de abandono (?).
Levado o corpo para o hospital, escoltado pela GNR devido à óbvia indignação e revolta das pessoas presentes, é feita a autópsia que ..., confirma o afogamento como causa da morte. Como classificar este comportamento por parte do Ministério Público? Todos sabemos como são importantes, para aquelas gentes simples e quase sempre pobres das aldeias do interior, as horas de luto que se seguem à morte de um ente querido, incluindo as solenidades do funeral. Pelos vistos só o Ministério Público não sabe. Por isso foi o causador de um incidente próprio de um país do terceiro mundo!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sem ele a cerimónia valia zero

Nunca entendi porque é que tem de haver cerimónia oficial de abertura do ano judicial. E menos ainda porque razão esta cerimónia se realiza já o ano vai adiantado, como a deste ano que decorreu hoje, já na segunda metade do terceiro mês. Segundo ouvi ao líder do sindicato dos funcionários judiciais, esta cerimónia de abertura não serve para nada, a não ser para que se juntem pessoas que pouco ou nada percebem de justiça, para que se façam alguns discursos de circunstância e no fim "bebam vinho do Porto e comam um croquete".
Felizmente que desde que há Marinho Pinto as coisas não são tanto assim. Com a frontalidade e o seu estilo habitual, o bastonário da Ordem dos Advogados diz o que está mal na justiça e, ao contrário de outros, que apontam a falta de estruturas e de pessoal como a causa de todos os males, Marinho Pinto arrasa os magistrados, sobretudo os juízes, a quem acusou de fazerem ataques a orgãos de soberania, a não respeitarem a autoridade do presidente do Supremo Tribunal e a quererem um certo mediatismo. Mas, infelizmente, é o único a pôr o dedo na ferida. Os outros que falam ..., é só retórica. Mais dois ou três como ele e as coisas de certo que, pelo menos, começariam a mudar. Que pena!

terça-feira, 15 de março de 2011

Mais respeito pelos jovens de hoje e pelos de "ontem", Sr. Presidente

O nosso país tem a obrigação e o dever de não se esquecer e de homenagear todos aqueles que, voluntariamente ou obrigatoriamente, combateram numa qualquer Guerra. Por isso, se o Presidente da República é convidado a presidir a uma dessas homenagens, deve dizer umas palavras de apreço e até de gratidão aos ex-combatentes. Não pode, por insensibilidade, dizer disparates.
Numa cerimónia comemorativa do 50% aniversário do início da Guerra do Ultramar, Cavaco Silva faz um apelo aos jovens de hoje para que "se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo empenho e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na Guerra do Ultramar".
Sr. Presidente: Sobre que aspecto a Guerra do Ultramar foi essencial para o futuro do país? Coragem, não tenho dúvida que os então jovens combatentes tiveram, mas desprendimento e determinação duvido. Eu não tive, Sr. Presidente. Ainda me lembro que comigo deram entrada em Mafra à volta de seiscentos jovens, em tempo de exames nas Universidades, muitos dos quais ainda tinham direito a adiamento de incorporação, segundo as normas de recrutamento de então. Mas foram incorporados para servir de exemplo a todos os outros que se manifestavam contra aquela guerra e de um modo geral contra a ditadura e o colonialismo. Ambas as coisas condenadas por quase todas as instâncias internacionais. É que, Sr. Presidente, ao contrário dos jovens de hoje, a quem V.Exa pede que se façam ouvir, nós os jovens combatentes do Ultramar nada podíamos dizer. Por isso pedimos mais respeito!

A crise é mais que previsível

Pela declaração de hoje do líder do PSD - Passos Coelho, e pela entrevista, também de hoje, do primeiro-ministro aos canais SIC e SIC-Notícias, é mais do que previsível que a crise política está instalada. De facto, como o primeiro-ministro disse, não é possível participar numa cimeira dos líderes europeus fragilizado por se saber que, não tendo maioria absoluta no Parlamento, tem a ameaça dos partidos da Oposição de que reprovarão todas as medidas relacionadas com a redução do défice das contas públicas. E, é óbvio, sabe que não pode contar com qualquer tipo de apoio ou colaboração do Presidente da República, bem pelo contrário. Aliás foi o Presidente que iniciou as hostilidades, e consequentemente a crise, com o seu discurso de posse.
Infelizmente a crise vai-nos fazer passar um mau bocado.

CONTEM-ME COMO FOI

Sócrates vai dar uma entrevista à SIC, que não vou poder seguir.
Contem-me como foi, sff.

VAI TUDO PARA O TOREL

Recordo um filme com o Vasco Santana ('A Canção de Lisboa') em que, às tantas, por desacato público, vai tudo, (incluindo as velhas e provincianas tias do Vasquinho) para o Torel.
No Face Oculta também vai tudo para julgamento. Ainda bem, digo eu, que gosto de seguir as cenas da vida real, seja isso o que for.
Daqui a uns anos, depois de uns largos milhares (milhões?) de custos, vai tudo para o arquivo. O mais recente exemplo é o do 'saco azul' de Felgueiras, em que, ou não se provou rigorosamente nada, ou prescreveu nos meandros das gavetas e das prateleiras dos diversos tribunais por onde andou a coisa. É preciso dar que fazer aos 'actores' da justiça, não é? 'The show must go on'.

segunda-feira, 14 de março de 2011

SOLENIDADES

"Pronto, Sócrates atira a toalha ao chão". disse para comigo ao fim da tarde.
Ansioso, esperei pelos telejornais das 20 horas. Solenemente, Sócrates veio, afinal, comunicar que está para lavar e durar. E espera, isso digo eu, a comunicação no Facebook de Belém ou a saída de Belém, onde ocorre um encontro de alto nível, na próxima quinta-feira.

MAIS, DA JUSTIÇA

Dois dos três cimes de que Fátima Felgueiras era acusada no processo "saco azul", prescreveram, dizem os jornais.
Sem comentários desnecessários. A justiça continua a funcionar.

Iva para o leite achocolatado - 23%; Iva para o golfe - 6%. Porquê?

Foi hoje noticiado que o Governo vai alterar o IVA aplicado aos campos de golfe de vinte e três por cento para seis por cento. Tomei conhecimento desta triste medida logo de manhã, pela rádio. Fiquei tão surpreendido que comecei a imaginar se hoje seria um de Abril. Mas não, parece que há mesmo intenção do Governo em baixar o IVA nesta actividade, numa altura em que anuncia mais medidas de austeridade para atingir as metas de redução das contas públicas do Estado, medidas essas que vão atingir muita gente que já corta naquilo que come. Custa a acreditar que o Governo aumente o IVA para alguns produtos alimentares e o diminua para os serviços prestados nos campos de golfe. O golfe não é um desporto de massas, bem pelo contrário. Ninguém acredita que um praticante de golfe pondere se vai ou não vai jogar porque já não pode suportar o aumento do imposto aplicado. Mas já acredita que se venda menos leite achocolatado devido ao aumento do IVA. Por muitas voltas que dê à cabeça, não consigo compreender esta controversa medida.

domingo, 13 de março de 2011

Greve das empresas?

Por definição, Greve é a paragem colectiva e voluntária do trabalho, realizada por trabalhadores com o propósito de obter benefícios como aumento de salário, melhoria de condições, etc. Sendo assim, não faz sentido falar em greve das empresas de transportes, prevista para começar às zero horas de Segunda-feira. Aliás os sindicatos ligados ao sector, representantes dos trabalhadore, já vieram questionar a legitimidade e a legalidade desta paragem. Mais ainda, dizem os sindicatos que, sendo uma das reivindicações dos patrões a alteração da legislação laboral, os trabalhadores são usados para lutarem contra eles próprios.
Duas coisas têm que merecer a atenção das autoridades competentes:
- Há que tomar medidas se esta paragem vier a pôr em causa as condições de vida das populações;
- Defender, através das forças policiais, aqueles que quiserem não parar e, pelo contrário, queiram continuar com a sua actividade.
Num Estado de Direito ninguém pode impor aos outros as suas vontades.

ABSTENCIONISMO

Vi o assunto abordado algures e merece o meu acolhimento. O eleitorado queixa-se há muitos anos, com razão, dos políticos que temos e das políticas praticadas. Porém quando se trata de escolher os que nos hão-de 'governar' (AR, autarquias e PR), prefere ir para a praia ou ficar no quentinho, a ver a bola e a beber uma cervejolas.
Queixam-se porquê e para quê?

E AGORA?

Surpreendentemente para alguns, as manifs de ontem registaram a comparência de multidões, com a presença de filhos, pais e avós, mas tudo um pouco pífio.
Sócrates, sem dar cavaco a Cavaco, compromete-se a apertar o garrote, "para salvar o país". Passos Coelho diz que não viabiliza as medidas impostas pela sra. Merkel, para que o país se salve. Faz o quê? Está à espera que Sócrates apresente uma moção de confiança? Deixem-me rir. E Cavaco, que incentivou as manifs, faz o quê, também? Já aqui o disse: depois do discurso de posse (mal interpretado por alguns, diz), só pode convocar eleições. Fá-lo-á? Duvido. Para além de não estar no seu feitio, não tem quem "nomear".

BOLAS À TRAVE

Um nojo, o que se está a passar com a alegada agressão a um dirigente do Benfica e comentador futebolístico de um canal de televisão. Já não há o mínimo de decoro e já nem as velhas (no sentido de antigas) protistutas utilizam o vucabulário que ouço e vejo trancrito. Haja bom senso, contenção e vergonha na cara.

MAIS, DA JUSTIÇA

É um tema recorrente, este da Justiça, já várias vezes aqui abordado.
Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, em artigo inserto no JN de hoje, dá notícia de uma queixa que apresentou na PJ contra desconhecidos, tendo tomado conhecimento do seu arquivamento através de um jornalista, que consultou o processo. Sem mais aquelas, foi depois informado de tal arquivamento.
Se tratam assim o próprio bastonário da OA, que pode esperar um cidadão comum?

sábado, 12 de março de 2011

Futebol

Afinal o mau da fita no Sporting não era afinal o treinador Paulo Sérgio. Hoje foi confrangedor vê-lo jogar. O empate, por aquilo que jogou, foi em excelente resultado. Por tudo o que se vai vendo desta equipa do Sporting o terceiro lugar já será um lugar de luxo.

Contradizer o que disse?

Cavaco Silva, líder da Oposição ao Governo, não gostou das críticas ao seu discurso de posse de Presidente de todos os portugueses ... da direita. E como acha que nunca se engana e raramente tem dúvidas, veio esclarecer na rede Facebook que não disse aquilo que muitos portugueses dizem que ele disse. Para ele, alguns portugueses fizeram uma leitura abusiva ou distorcida das suas palavras, e que o seu discurso, ao contrário do que foi comentado, não identificou destinatários. É o costume, já que não foi a primeira vez que Cavaco Silva se queixou de interpretação abusiva das suas palavras. Como sempre, convive mal, mesmo muito mal, com a crítica.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Será que amanhã vou ter uma surpresa

Vamos lá a ver. Será que amanhã vou ver o líder da Oposição, Cavaco Silva, a desfilar ao lado do Jerónimo e do Francisco na manif do pessoal que está à rasca? Gostava de ver.

LEMBRETE

Não esqueça: amanhã há manif. Há previsão de chuva.

PARA DESANUVIAR

- Tu, aí, ó Manel: a quem de deve o pinhal de Leiria?
- Fosga-se, p'sora, então essa m*** ainda não está paga?

O manual

Pelos vistos o PSD, se for e quando for governo, pretende governar, não pelos seus princípios, mas pelo conteúdo de um manual que junta contributos de 55 dos mais poderosos empresários e gestores nacionais, de entre eles os nossos multimilionários e banqueiros (será que Oliveira e Costa também contribuiu?). Ah!, este livro, cujo título é "Voltar a Crescer" (as fortunas deles?), é leitura de cabeceira de Eduardo Catroga! Por isso o homem anda cheio de insónias.
Ainda não li atempadamente esta "preciosa" obra, mas algumas das medidas já me fizeram rir:
- "Melhorar a remuneração dos governantes ... "
- "Reduzir o número de deputados no Parlamento ..."
- "Aplicar o sistema do cheque ensino, permitindo às pessoas escolherem a escola privada ..."
- "Conceder benefícios fiscais a grandes empresas ..."
- "Baixar os impostos sobre os lucros... "
Mas há mais, muito mais. Por ora tomem lá mais duas:
- "Conceder benefícios fiscais a grandes fortunas que queiram fixar-se em Portugal ..."
- "Aceitar deduções em sede de IRS de gastos com empregadas (domésticas?), obras e outros expedientes que, normalmente ficam fora da contabilidade oficial ..."
E é o PSD um Partido Social Democrata? Não, não é; é um partido de empresários e não de cidadãos!

A crise não é para todos, bem pelo contrário

A crise economico-financeira que surgiu em 2009 e que atingiu as economias mais poderosas do mundo, trouxe menor poder de compra para o comum dos cidadãos, mais pobreza para os mais pobres e criou mais pobres em consequência do desemprego.
Parecia, então à partida, que a crise iria afectar toda a gente, mesmo os mais poderosos, os tais chamados multimilionários. Puro engano. Segundo a revista Forbes, os detentores das maiores fortunas aumentaram-nas. Quer dizer que ao contrário das outra pessoas a crise para eles foi uma dádiva dos deuses.
Em Portugal, um país periférico e com um tecido produtivo pobre (destruído nos tempos do cavaquismo) a crise fez-se sentir muito mais do que na maior parte dos outros países. Difícil seria que os nossos multimilionários fossem, assim, muito beneficiados. Mas não. O crescimento das fortunas dos nossos três multimilionários foi de 1,4 mil milhões de euros em 2010. Valor que mais ou menos correspondente aquilo que o Governo foi tirar aos funcionários públicos. Por isso, para estes: Viva a crise!

PRONTO...

...Agora é que é, de vez.
Vêm aí novas, as últimas, medidas para estancar a crise e acalmar os mercados. Se porém, o que não se espera, os mercados se não acalmarem, uns derradeiros ajustamentos se seguirão, até que a sra. Markel também acalme e não nos aconteça como ao cavalo do inglês que, como se sabe, depois de se habituar a não comer, morreu, desidratado e esquelético.

quinta-feira, 10 de março de 2011

AS NOTÍCIAS DO DIA

Nada sei sobre a discussão da "moção de censura" ao governo proposta pelo BE, salvo que não foi aprovada, como já se sabia. Uma não-notícia, portanto.
Notícias, são, para já, os resultados do bola europeia em que intervieram os clubes portugueses, que ganharam, com destaque para o FCPorto, por ser na casa do adversário. Só faltam 90 minutos ao FCPorto, ao Braga e ao Benfica, para seguirem em frente.

BRANCO É...

...galinha o põe.
Cavaco, depois do discurso de tomada de (re)posse de ontem, não tem outra saída que não seja a de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições. Tal discurso tem que ter consequências, não bastando atirar, qual pequeno e vingativo David, todas as pedras de que dispõe no seu bornal, sem que daí resulte o derrube de um Golias que o enfrenta.
Convoque-se o eleitorado e acabe-se com esta estrumeira mal-cheirosa. Ou Cavaco tem medo das consequências e espera que outros (a manifestação dos À Rasca?) façam o trabalho que lhe compete? Assuma-se, de uma vez por todas.

quarta-feira, 9 de março de 2011

O discurso

Cavaco Silva tomou hoje posse para um segundo mandato do cargo de Presidente da República. Havia uma certa expectativa relativamente ao conteúdo do discurso de posse. E Cavaco Silva não frustou essas epectativas. Fez um discurso de completa ruptura com o Governo e, sobretudo, com o PS. Acabou o discurso com uma descarada colagem aos jovens, por quem nada fez durante os dez anos em que foi primeiro-ministro (ah! fez, fez ..., mandava-lhes a polícia de choque), dirigindo-lhes um vibrante apelo para que se façam ouvir. Isto a três dias de uma manifestação do movimento que se denomina como Geração à Rasca. Será que o Presidente leu bem o manifesto da manifestação? E está de acordo com ele? Era bom que, sem os equívocos do costume, nos desse a conhecer a sua posição. Perante este discurso, nada pode continuar como até aqui. Não vejo qualquer possibilidade de cooperação, seja ela estratégica ou outra.
Após o discurso reflecti um pouco e interroguei-me: Mas, este senhor não foi governante doze anos, sendo que em dez deles foi primeiro-ministro? Não foi nos governos dele que Portugal recebeu milhões de euros (na altura escudos ou contos) por dia, sem que se vissem as tais mudanças estruturais de que agora fala? Pelo contrário, o tecido produtivo não foi destruído nessa altura? Não foi Presidente da República nos últimos cinco anos? Então, também não é culpado do estado do país? Nem vale a pena responder.
Já foi o Presidente eleito com menos votos do povo portugês. Na sua reeleição bateu-se o record de abstenção em eleições presidenciais. Agora passou a ser o Presidente de alguns portugueses. Se tiver a coragem de que se arroga, só lhe resta uma solução: Amanhã mesmo reúne o Conselho de Estado, dissolve a Assembleia da República e marca eleições legislstivas antecipadas. Isso é que era de homem!

terça-feira, 8 de março de 2011

Era o que faltava!

Ontem, Sábado, um grupo de dezena e meia de arruaceiros resolveu incomodar as pessoas presentes num encontro partidário e, sem pedirem licença, munidos de um megafone interromperam quem, por direito próprio, se dirigia aos presentes para lhes apresentar procedimentos e acções a levar a cabo pelo partido no futuro. Estavam à espera de quê, que lhes batessem palmas? A reunião era um encontro partidário, devidamente autorizada por quem de direito e, nada nem ninguém tinha o direito de malcriadamente ter afrontado quem nela participava. Era o que faltava que, num Estado de Direito como é o nosso, um partido político não pudesse reunir-se em sossego.
Este acção levada a cabo por grupo que se diz ligado ao movimento Geração à Rasca, é própria, sim, de gente rasca que, felizmente, não representa a enorme maioria dos jovens portugueses, e ainda bem.

segunda-feira, 7 de março de 2011

CUSTOS

Nas contabilidades há vários critérios para a valoração dos stocks e do custo das vendas, sendo os mais conhecidos o custo médio, o FIFO e o LIFO, chamados custos hitóricos. A GALP e congéneres utilizam, agora, um outro, que é o NIFO, ou seja, o do próximo custo. Não lhes interessa o quanto pagaram pelo crude, mas o quanto vão pagar pelo crude que irão receber daqui a uns meses. Claro está que tal método só lhes interessa quando o preço do crude sobe, já que quando ele desce utilizam um dos outros critérios. E a chamada Alta Autoridade para a coisa diz que está tudo nos conformes. E não se pode extreminar a dita Autoridade? Sempre se poupavam uns milhares numa inutilidade.

MAIS SIMPLEX

Tem umas ideias e quer fundar uma empresa, mas não tem carcanhol nem crédito bancário? Não faz mal. A partir do fim deste mês, desde que disponha de 1 (um) euro, pode constituir a sua empresa na hora. Depois, é só esperar que os fornecedores acreditem no seu potencial sucesso. A coisa correu mal e não resultou? Parta para outra, desde que disponha de outro euro. Mais simplex não há!

ELE HÁ CADA UMA!

Diz o JN online, com vídeo e tudo, que uma mamalhuda israelita, foi, durante uma gravação de rádio, mordida numa das mamas, por uma cobra, pelo que teve que ser assistida no hospital. A cobra, coitada, morreu, intoxicada pelo silicone das mamas da mamalhuda modelo.
Ele há coisas do caraças!

DESFORRA?

No século passado, a Alemanha tentou dominar pelas armas e por duas vezes, a Europa, com os resultados conhecidos, que não deverão ter ficado esquecidos no seu subconsciente.
Hoje, as armas são de outra natureza, e na França não existe um Miterrand, mas um pobre diabo que dá pelo nome de Sarkozy, como na Alemanha não há um Koll ou, sequer, um Adenaeur. A Alemanha do Plano Marshall, a Alemanha reunificada, com a aquiescência da restante Europa, a começar pela França, já foi.
Aquilo que a Alemanha não conseguiu pelas armas, parece estar na mira do actual poder alemão, ou seja, o domínio da Europa pela economia, para o que contribuiram e contribuem os seus "parceiros", veneradores e obrigados.
Que o digam a Grécia e a Irlanda e, provavelmente, a curto prazo, Portugal. E depois se verá quem se segue, até ao dobrar dos joelhos dos restantes países da UE.
A vingança serve-se fria, e a frio, por uma mão do antigo e frio Leste?

domingo, 6 de março de 2011

Pobre Festival da Canção!

Realizou-se ontem o Festival RTP da Canção. Longe vão os tempos em que a noite de sábado do festival era um serão especial, em que as famílias jantavam cedo e rápido para se juntarem todos em frente à televisão, algumas vezes acompanhados de vizinhos, e verem e ouvirem em silêncio cada canção, comentando-as no fim de cada interpretação. Era uma festa. No dia seguinte, Domingo, no fim das missas, nos cafés, nos intervalos do cinema, etc, falava-se e discutia-se com amigos e conhecidos a qualidade das canções, o bom ou mau desempenho dos apresentadores, a justiça ou injustiça das classificações e ..., a esperança de "ser este ano que vamos ganhar na Eurovisão". belos tempos!
Agora as coisas são muito diferentes, é óbvio. Os tempos são outros, a tecnologia e os meios audiovisuais evoluiram exponencialmente. Por isso o festival devia ser diferente para melhor. Mas não, vem piorando desde há alguns anos. Uma boa parte dos portugueses, sobretudo os mais jovens, já pouco ou nada liga ao festival e os melhores autores, compositores e intérpretes de canções portuguesas não concorrem.
O deste ano, que se realizou ontem, foi, em meu entender, uma miséria. A todos os níveis, incluindo a produção do mesmo e a apresentação. Só duas ou três canções eram menos más, sendo que, como tinha que vencer uma, o júri nacional até escolheu talvez a melhor. Mas agora, para prender o espectador e lhe darem a ideia de que também "tem voto na matéria", a escolha final é, no todo ou em parte, também decidida através de televoto, voto por e-mail ou outro através da internet. Ora, todos nós sabemos que este tipo de votação é enganadora para não lhe chamar aldrabona. Já vimos concursos com sessões a eliminar em que concorrentes que um júri especializado na matéria queria excluir, era depois contrariado pela votação do "público (?)". Vinha-mos depois a saber que eram pessoas ligadas a associações recreativas, ou até a cafés, de pequenas cidades ou de regiões autónomas. Quer dizer: a escolha não era justa, mas interesseira.
Foi o que aconteceu com a escolha da canção de ontem e que, infelizmente, nos vai representar no festival europeu. Triste miséria! Vi, e não queria acreditar. Até pensei por breves momentos que tínhamos voltado ao tempo do PREC. A Europa, felizmente só aquela pouca que ainda vai em festivais, vai arregalar os olhos e abrir a boca de espanto. Pobre Festival da Canção!

sábado, 5 de março de 2011

Há rebuliço

Alguns falam em surdina, mas outros militantes com algum peso no partido, mas que neste momento não "comem à mesa" dos actuais dirigentes, como Rui Rio, Pedro Santana Lopes, Pacheco Pereira, Paulo Rangel, o Menezes de Gaia, e até Aguiar-Branco, criticam em conferências, entrevistas e artigos de opinião algumas posições e opções dos dirigentes do PSD. Com mais contundência Rui Rio, que diz não bastar mudar de governo, e Santana Lopes que vai ao ponto de dizer que se sente cada vez mais distante do partido, porque o PSD não pensa no que é importante para o país, mas no que interessa a alguns que nele militam. E até propôs a substituição de Pedro Passos Coelho por Rui Rio, o qual ... "modestamente recusou".
Perante isto, cheira-me que há rebuliço no PSD. Por isso os boys estão cada vez mais ansiosos.

O PSD perdeu o "tino"

O Governo e o primeiro-ministro, para sossegarem os mercados e dar alento e esperança aos portugueses, congratularam-se e mostraram a sua satisfação pelo facto de, quer no mês de Janeiro, quer no mês de Fevereiro, ter havido sucesso na execução orçamental. Ficou a saber-se que, para lá do aumento das receitas, houve pela primeira vez, desde há muito tempo, uma significativa redução nas despesas do Estado.
Pois bem, o PSD que se farta de ameaçar o Governo que não deixará de tomar uma posição se a execução orçamental não for bem sucedida, em vez de se mostrar satisfeito com este cumprimento dos objectivos do orçamento, desatou a acusar Sócrates, outros ministros e o PS de estarem a fazer propaganda política.
Porque a Alemanha e, obviamente a Sra Merkel, vão ter um peso importante na próxima cimeira dos líderes europeus, que se realizará brevemente, e porque as decisões dessa cimeira terão uma enorme importância para Portugal e para o combate das suas dificuldades financeiras, o primeiro-ministro português foi a Berlim para um encontro de trabalho com a sua congénere alemã. Essa reunião de trabalho foi bem sucedida e a Sra Merkel elogiou as medidas implementadas pelo nosso governo para enfrentar a crise. Pois bem, para o PSD, José Sócrates foi tirar o chapéu à sra chanceler alemã.
Mas, mais e pior. O Governo decidiu reestruturar o currículo do ensino básico, tomando decisões que iam até ao encontro daquilo que o PSD preconizava há anos. Pois bem, imbuído da mais vilã demagogia, coliga-se com PCP e BE e trava no Parlamento as medidas que deveriam entrar em vigor em Setembro, ou seja, no próximo ano lectivo. E ainda, descaradamente, chora lágrimas de crocodilo com pena dos professores que podem cair no desemprego. Que lata! Então, não quer o PSD substituir no todo ou em parte as escolas públicas por escolas privadas?
Este PSD, governado pela JSD, está ansioso por chegar ao poder, não vá passar o sua oportunidade. Os seus boys, que já se empurram nas filas não lhes perdoavam. Por isso, perdeu o "tino".

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ao que chega a demagogia e a incoerência do PSD

Já sabemos que o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda são partidos de contestação e de protesto, pois sabem que não é nada provável que cheguem ao poder por muitos e bons anos. Por isso, não surpreende que aproveitem todas as situações para contrariarem algumas medidas importantes do Governo, mesmo que com isso possam ocasionar mais despesa do Estado do que aquela que foi prevista no Orçamento. Agora que o PSD se coligue com eles por motivos meramente demagógicos, contrariando até princípios que defendeu no passado, não é admissível.
Hoje, a coligação PCP/BE/PSD aprovou no Parlamento a cessação da entrada em vigor do diploma do Governo sobre a reorganização curricular do ensino básico. Tal medida desta controversa coligação vai trazer como consequência mais despesa para o Ministério da Educação do que aquela que está orçamentada. Então que coerência tem o PSD com esta posição, quando se farta de acusar o Governo de não conseguir cortar na despesa pública? Mas pior, os tempos da Área Projecto e Estudo Acompanhado foram introduzidos no curriculo do ensino básico, em 2001, pelo segundo Governo de António Guterres. Na altura o PSD não concordou com estas opções, porque desviavam os alunos das aprendizagens centrais. E agora, porque não quiz que acabassem?
Até o eurodeputado Paulo Rangel, antigo líder parlamentar e membro destacado do partido, criticou o comportamento do PSD nesta matéria. A ansiedade de chegar ao poder é tanta , que lhe falta o juízo.

ORÇAMENTO DE ESTADO

O Orçamento de Estado é apresentado à Assembleia da República e aí aprovado, não sendo passível de, por iniciativa desta, alterar receitas ou despesas, o que compete ao governo, através de propostas de alteração orçamental, se e quando se verificar a sua necessidade, o que não é invulgar

Assim sendo, como é que uma resolução da AR faz aumentar as despesas orçamentadas para o Ministério da Educação? Não curo de saber, de momento, da bondade da resolução, mas da sua constitucionalidade. E parece-me um precedente grave, já que qualquer coligação ocasional na AR pode levar à descaracterização do OE e, em última instância, à impossibilidade de o executivo levar a fim o seu programa orçamental.

PRESIDENTES DA TRETA

A União Europeia tem, para além do Parlamento, outros órgãos, como a Comissão, com o seu presidente e o Conselho, também ele com um presidente após o Tratado de Lisboa. E servem para quê, exactamente? Será suposto que se destinem a coordenar certo tipo de políticas da UE. Então, a que título a senhora Merkel "convoca/convida", a Berlim, o primeiro-ministro português, para que ele lhe explique a governação portuguesa? E qual o papel do sr. Durão Barroso e do sr. Rompuy? São meras figuras decorativas ou presidentes da treta? Há aqui alguma coisa que não me soa bem.

MANIA DAS GRANDEZAS!

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, propõe a fusão em sete ou oito as actuais 24 freguesias do concelho. Se é para imitar o seu colega de Lisboa terá esquecido que a capital é praticamente toda urbana, enquanto V.N. Gaia tem uma boa parte rural, para além de as áreas não serem comparáveis, já que a capital tem cerca de 84 km2 contra os 170 de Gaia.

Palpita-me que é só palpite do presidente gaiense, para estar na onda. Que guerra santa o homem iria arranjar... Palpita-me, também, que o palpite só foi emitido porque este é o último mandato do dr. Menezes, pois de outro modo não faria tal proposta.

Se não se tratasse de redução, diria que o homem tem a mania das grandezas.

DIFAMAÇÕES

O Hospital de Braga, público, mas de gestão privada, estará a enviar para o S. João doentes que não lhe interessam e não manda o cheque, como devido, isto no dizer do S. João, que por isso vai queixar-se à ERSE. O Hospital de Braga, sentindo-se atingido na sua honra(!), vai, por sua vez, apresentar queixa em tribunal, ao que julgo, contra o S. João, por difamação.
E se cumprissem as regras instituidas e tratassem como deviam os doentes? Os tribunais não têm mais que fazer e o dinheiro a gastar não terá melhor aplicação?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Que tipo de regime?

Rui Rio, numa conferência sobre "grandes debates do regime", aproximando-se do discurso de Alberto João Jardim, mas com menos truculência, referiu que a situação portuguesa é tão má que não chega mudar de governo, é necessário mudar de regime. E eu pergunto: mudar para que tipo de regime? Para um regime autoritário, como parece que ele gosta, ou até mesmo para uma ditadura? É que relativamente à Justiça, dá ideia que prefere a da ditadura. Para se fazerem algumas reformas, como preconiza, não vejo necessidade de mudar de regime. O que é necessário é que os líderes partidários ponham o interesse do país à frente do seu interesse pessoal. Concordo que a justiça tem que levar uma grande volta. Direi mesmo uma grande vassourada. Mas o Dr. Rio esqueceu-se que ainda no tempo do líder Marques Mendes foi acordado com o PS um pacto sobre a justiça, pacto esse que o sucessor deste mandou para as "calendas gregas".
Não é preciso mudar o regime para que os partidos se entendam.

RARIDADES

A atleta Sara Moreira, vice-campeã europeia dos 3000 metros, foi inscrita, por engano, nos 1500 metros, no Europeu que amanhã se inicia em Paris, pelo que a atleta, nos termos regulamentares, vai ficar de fora.
Assumindo o erro, o presidente da Federação de Atletismo, de seu nome Fernando Mota, apresentou a sua demissão.
Registe-se o bonito gesto, até pela sua raridade, seja em campo for.

BOLAS À TRAVE

Com que então vamos ter uma final inédita na Taça da Liga, um Benfica-Paços de Ferreira, Paços que hoje aviou o Nacional, na Madeira! Quem houvera de dizer!

(IN)COERÊNCIAS

Parece que nem o próprio sabe, exactamente, como escrever o seu nome, mesmo em caracteres árabes. Convenhamos, porém, que, na mesma notícia, escrever Khadafi e Kadkafi, como se pode ver o "i" on line, não será muito coerente. Assentem numa versão única! Será pedir muito?

NEM TANTO AO MAR...

...Nem tanto à terra.
Apertar o cinto é preciso. Cortar em mordomias escandalosas é imperioso.
Porém, pagar 6 euros à hora a um cirurgião, ainda por cima sendo o único no País a saber fazer a "coisa", é aberrante, aviltante, mesmo.
Cavaco, ainda que por caminhos ínvios, parece ter razão. "Importe-se", já, de Cuba ou da Ucrânia um médico da especialidade.

quarta-feira, 2 de março de 2011

CHATICES

Mais uma chatice para (os companheiros de) Pedro Passos Coelho. A senhora Merkel ainda não lhe(s) estendeu a passadeira, retirada a Sócrates, como era por ele(s) suposto.

OUVIDO

Decorre o Benfica-Sporting para a Taça da Liga. Diz o comentador, pouco depois do início:"uma imagem quase rara", com adeptos de ambas as equipas lado a lado nas bancadas. Bonito, digo eu, mas essa do "quase rara" é que me deixa confuso. Alguém explica o "fenómeno"? Bem dizia o outro que a língua portuguesa é muito traiçoeira.

CRISE MILITAR

"Militares contra cortes nas despesas", noticia o JN de hoje.
Pois, se há crise, e parece que há, que não seja em submarinos, fragatas, aviões, carros de combate e assim. Esses brinquedos, que os militares adoram e não dispensam, não podem faltar. A cortar, que seja na ADSE e nos subsídios de férias ou de Natal do pessoal da função pública, nunca em meios militares, não vá o Kadafi vir por aí com a sua tenda repleta de armas de destruição maciça.

terça-feira, 1 de março de 2011

Ao que chegámos!

Já é "um lugar comum" dizer-se que Portugal é um Estado de Direito e que num Estado de Direito as leis têm que ser cumpridas por todos - cidadãos ou entidades colectivas. Mas ..., em Portugal é necessário dizer de seguida: excepto para os senhores do futebol. Estes, cumprem ou não as leis de acordo com o que lhes apetece. A prová-lo está o vergonhoso caso dos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol. Não cumprem a lei; é preciso alterá-los; mas uma minoria de senhores, que sentem a perda do poder de muitos anos, não deixa. Ou seja: há cidadãos que impedem que a lei se cumpra; e ninguém os responsabiliza por isso. O Ministério Público "faz de conta" porque, caso contrário, os responsáveis já estariam acusados. Não é necessário investigar. As actas das reuniões da Assembleia Geral falam por si.
Anda agora o Presidente da Federação de mãos erguidas perante a UEFA e a FIFA pedindo-lhes que aguardem mais uns dias para que os estatutos passem a cumprir as leis. É que estas entidades não têm medo do Dr. Lourenço Pinto nem daquele senhor de Braga que muda de opinião como um catavento muda o seu sentido. Será desta que os novos estatutos serão aprovados? Ao que chegámos!