segunda-feira, 25 de agosto de 2014
INTERMITÊNCIAS
Isto, por aqui, vai andar com intermitências (se não mesmo ausências) durante uns dias.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
CONTRIBUTOS EXTERNOS
As bolandas do PIB
Por Antunes Ferreira
Já se sabia que as coisas corriam (muito) mal no que concerne à dívida
pública. Mas a situação passou de má a pior. Com este (des)Governo despudorado
e ladrão. A
dívida das administrações públicas bateu o recorde: subiu de novo no segundo
trimestre do ano, fixando o seu rácio em 134% do PIB e alargando a distância
face à meta traçada pelo Governo. Para este agravamento contribuiu o programa
de reestruturação financeira às empresas públicas de transportes, que obrigou a
reconhecer na dívida pública 3,5 mil milhões de euros de dívida bancária da CP,
Carris e STCP.
Ora, em Março, ela
atingira 132,9%. E com este rácio ela pulou do obtido no final de 2013: 128,9%.
Mas o azar, quando bate à porta deixa sempre o infeliz visitado de cara à banda
e muito preocupado. Porque, além da dívida bruta, a dívida pública líquida de
depósitos da administração central ( que como se sabe é a “almofada” de
liquidez que tem ajudado o IGCP a gerir a dívida) também apresentou um aumento.
Os dados publicados pelo banco central indicam que a dívida líquida de
depósitos passou de 118,8% do PIB no primeiro trimestre do ano, para
122,4% no segundo trimestre.
O (des)Governo parece
ter assobiado para o lado face a estas percentagens. Recordo que o
estranhíssimo Documento de Estratégia Orçamental dado à luz em Abril previa que
no conjunto deste ano a dívida bruta atingiria os 130,2% do PIB. Até agora, de
São Bento ouve-se um silêncio assustador. Será que a desorientação habitual dos
homens de Passos e de Portas também cresceu? A ser assim é pior a emenda do que
soneto. Manuel Maria Barbosa du Bocage parece ter premoniado a actual situação
das finanças nacionais.
Face
a esta situação, António Costa, candidato às primárias do Partido Socialista
(que se me afigura viver em permanente ebulição e confusão geral) referiu que
no inicio desta crise, Portugal tinha a dívida publica em 97% do Produto
Interno Bruto e acrescentou que com todos os aumentos dos impostos, com todos
os cortes nos salários, nos serviços e nas pensões dos reformados, obra deste
suposto Executivo, ela atingiu os 134% já mencionados, segundo o Banco de
Portugal. Convém também mencionar que é o
banco central e regulador (?) da actividade que no seu boletim estatístico, a
desgraçada dívida pública na óptica de Maastricht a que conta para Bruxelas,
alcançou uns… 223.270 milhões de euros em Junho deste ano. Peanuts, para a
coligação.
Com a euforia representada pelas privatizações, pelas
exportações, pelos resultados fantásticos na ida aos mercados (que a esmagadora
maioria dos Portugueses nem sabem o que são…) há coisas que não se podem nem
devem ocultar. Um só exemplo serve para desmontar a falácia das exportações: a
balança comercial continua a ser altamente deficitária. Mas isso para o
(des)Governo não tem qualquer relevo. É despiciendo.
Se William
Shakespeare não se tiver enganado, o to
be or not to be, that’s the question
continua eterno. No caso vertente, isto é, o português, o
ser ou não ser, eis a questão, que Hamlet eternizou em “ A tragédia de
Hamlet príncipe da Dinamarca”, tem toda a
razão: ser deficitário ou não ser
deficitário, esta é a questão levantada pela Frau Angela Merkel e posta em
prática pela amaldiçoada tróica. Isto quer dizer que o Orçamento do Estado, que
era o último reduto das finanças portuguesas, também nos foi roubado e
europeizado.
Um dia destes, para não aumentar uma vez mais
o défice do PIB têm os (des)governantes de pensar em privatizar Portugal. O
problema é saber quem estará interessado. No “Frei Luís de Souza” a resposta do
Romeiro foi: Ninguém!
Aditamento: Texto da Lusa
Aditamento: Texto da Lusa
A atividade económica em Portugal voltou a abrandar em julho, fixando-se nos -0,3% e entrando pela primeira vez em terreno negativo desde setembro do ano passado, segundo indicadores divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP).
De
acordo com os Indicadores de Conjuntura hoje divulgados pelo banco central, o
indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da atividade
económica fixou-se nos -0,3%.
Este
valor indica uma queda de 0,3 pontos percentuais face a junho, mas a atividade
económica vinha a abrandar desde janeiro, quando o indicador se fixou nos
0,7%.
A
atividade económica entra assim em terreno negativo, o que não acontecia desde
setembro de 2013, quando o indicador referente se fixou nos -0,1%, segundo os
números do BdP.
Os
Indicadores de Conjuntura hoje divulgados dão também conta de uma ligeira
diminuição no consumo privado, com o indicador coincidente para a evolução
homóloga tendencial do consumo privado a fixar-se nos 0,9%, 0,1 pontos
percentuais abaixo do valor registado em junho.
Este
indicador desce a valores de fevereiro, depois de se ter mantido estabilizado
durante quatro meses.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
QUO VADIS, PS?
A guerra pela liderança do PS vai de vento em popa. Só que o vento vai forte e ameaça borrasca.
Basta ver a bagunça em Coimbra e em Braga para constatar que a luta vai ser renhida e pouco limpa: expulsões (parece que à margem dos regulamentos), inscrições em duplicado, residências em espaços públicos, mortos a pagar quotas e etc. Até houve quem dissesse que o pagamento de quotas a mortos foi feito por familiares em homenagem aos falecidos! Vale tudo.
Uma guerra suja, que não prestigia a política em geral e o PS em particular.
Como quer esta gente que o cidadão que a isto assiste confie em quem pretende vir a governar-nos?
Não haverá no PS ninguém que ponha cobro a este imundo estendal? E não me digam que tudo isto é apenas uma guerra entre barões locais, já que são esses barões que, no final, ditarão os resultados globais. Até porque se suspeita que possa haver por aí fora situações idênticas, menos graves e badaladas.
E os próprios militantes, que dirão e pensarão eles? Sentir-se-ão bem com o espectáculo indecoroso a que assistimos?
Basta ver a bagunça em Coimbra e em Braga para constatar que a luta vai ser renhida e pouco limpa: expulsões (parece que à margem dos regulamentos), inscrições em duplicado, residências em espaços públicos, mortos a pagar quotas e etc. Até houve quem dissesse que o pagamento de quotas a mortos foi feito por familiares em homenagem aos falecidos! Vale tudo.
Uma guerra suja, que não prestigia a política em geral e o PS em particular.
Como quer esta gente que o cidadão que a isto assiste confie em quem pretende vir a governar-nos?
Não haverá no PS ninguém que ponha cobro a este imundo estendal? E não me digam que tudo isto é apenas uma guerra entre barões locais, já que são esses barões que, no final, ditarão os resultados globais. Até porque se suspeita que possa haver por aí fora situações idênticas, menos graves e badaladas.
E os próprios militantes, que dirão e pensarão eles? Sentir-se-ão bem com o espectáculo indecoroso a que assistimos?
CONTRIBUTOS EXTERNOS
Texto e fotos de Henrique Antunes Ferreira, copiado, com sua permissão, do blogue A Minha Travessa do Ferreira
(Gravura do "Inferno" de Dante)
Antunes Ferreira
H
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orror e vómitos assim posso considerar o sentimento misto e repulsivo que se apoderou de mim, face à carnificina que com me deparei. Ainda hoje, quando recordo o que me surgiu de frente, penso que a minha sanidade mental estava fora do prazo de validade. Comigo tinha outros camaradas de farda cinzenta que abanavam as respectivas cabeças enquanto bramavam não pode ser, não pode ter acontecido, que raio é que aqui ocorreu? Um deles chorava copiosamente, outros limpavam os olhos esbugalhados, aqui e acolá soluçava-se. Eu conto, mas primeiro deixem que me localize.
A
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cabado o Curso de Oficiais Milicianos (COM), casei – a guerra colonial andava por perto e candeia que vai à frente alumia duas vezes… - e fui colocado como aspirante a oficial miliciano, para desempenhar a função de agente da Polícia Judiciária Militar no então Regimento de Infantaria 1, na Amadora. Hoje é o Regimento de Comandos, que desempenhou papel fundamental no 25 de Novembro de 1975, sob o comando de Jaime Neves e sobretudo com a direcção de Ramalho Eanes. Porém o que me traz aqui decorre antes do redentor 25 de Abril.
O
|
gabinete da Polícia Judiciária Militar (PJM) já existia e ali me instalei. Havia um montão de processos por terminar; ao lado numa outra sala ainda jazia mais papel. Eram os pedidos de amparo de família e dos abonos resultantes da guerra, para além de outros documentos. Resmas do chão até ao tecto, carregadas de pó, apenas com uns corredores enfermiços entre elas. Decidi que me ocuparia delas quando tivesse tempo para isso.
A
|
presentei-me ao coronel António Augusto Carilho que era o comandante do regimento o qual me alertou para uns “pequenos atrasos” no serviço de justiça; atrasos havia e muitos, pequenos eram apenas força de expressão do coronel, aliás pessoa excelente com que me viria a dar muitíssimo bem. Mais tarde iria encontra-lo já general comandante da Região Militar de Angola. O tenente-coronel Renato Nunes Xavier era um tipo porreiríssimo e excêntrico. Um dia contarei episódios que com ele vivi, ou antes vivemos todos os oficiais.
N
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o dia da minha entrada no gabinete apresentou-se-me o segundo sargento clarinete Ricardo Francisco Alves Vieira. O RI1 tinha uma banda que era considerada a segunda entre as militares, sendo a primeira a da Guarda Nacional Republicana (GNR). O Ricardo, entre uma clave de sol e alguns dó, ré, mi, fá, sol, lá, si era o meu escrivão. Mais, era um homem magnífico, de quem fiquei amigo. O que se poderia chamar, com pedido de escusas ao Mário Zambujal, um bom malandro.
C
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omeçámos uma tarefa ciclópica (expressão mais tarde usada pelo Marcelo Caetano quando chegou a presidente do Conselho, substituindo o cadáver adiado dum tal Salazar). Dar cabo dos processos ainda dentro do prazo, arrumar na cesta secção os prescritos, que eram muitíssimos, e tentar atacar de surpresa os amparos de família. Incomportável para um par de militares, mesmo cheios de vontade de alcançar o objectivo. Daí ter requisitado um cabo miliciano, o que mereceu despacho positivo do comandante. Mas, por força das sucessivas mobilizações para o Ultramar (as colónias) tantos passaram que nem lhe fixei os nomes.
O
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s meses iam correndo e a coisa funcionando, de tal modo que o novo comandante que chegara, o coronel Américo Mendoza Frazão, me concedeu mais um louvor, em cima de um outro dado pelo seu antecessor. Assustava-me, no entretanto. Pensava para com os meus botões que, como dizia o Ricardo, ainda seria condecorado com a medalha do Mérito Militar. O que viria a acontecer, publicado na Ordem do Exército. Nada me faltava para ser feliz, castrensemense falando.
T
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al qual estória para crianças, era uma vez um dia que estava um tanto mais animado do que o habitual, fugindo à rotina dos autos de averiguação por coronha de Mauser partida durante a instrução, por faltas a formaturas diversas, por fins-de-semana para além da segunda-feira e outras menores. Mariquices como essas no dizer do Ricardo Francisco Alves Vieira, morador na calçada da Ajuda, escrivão dos mesmos que terminavam pela fórmula sagrada: e lidas as suas declarações as achou conformes e assina juntamente comigo e com o escrivão deste auto.
Actos contra natura |
D
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ecorria uma averiguação que daria por certo auto de corpo de delito, a que a soldadesca chamava auto de copo de litro. Um soldado fora acusado de praticar actos contra natura com um cabo RD, ou seja readmitido. Quemetera o chico também de acordo com os recrutas mais espertalhões e até pelos menos. Linguagem de caserna… O assunto era escabroso e tinha de ser tratado com pinças. O RDM, Regulamento da Disciplina Militar, seria insuficiente para tal procedimento que, aliás os dois intervenientes juravam pela saúde das mães deles que não tinham praticado qualquer falta e eram até muito homens. Donde Código Militar.
R
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icardo esfregava as mãos de contente, sem descurar a escrevinhadela nas folhas azuis, obviamente. Paneleirices, meu aspirante, paneleirices, se calhar para fugirem à mobilização os pulhas são capazes de tudo, mas não me parece invenção. Além do mais havia testemunhas, eles tinham sido apanhados à noite na caserna pelo oficial de dia. Designação que sempre me deixou perplexo. Oficial de dia uma porra; oficial de noite é que devia ser, pois um gajo tinha de supostamente ficar acordado para ver se o inimigo atacaria entre a meia-noite e a madrugada.
E
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stupros, esses, excitavam o eficiente escrivão/clarinete. Tentara por diversas vezes que eu o autorizasse a assistir aos exames se sanidade das pretensas desvirguladas. Nada feito, eu respondia-lhe sempre que aquilo não era o da Joana, tratava-se de coisa séria,
só médicos e o oficial da PJM se encontravam no local da avaliação dos estragos nos hímenes das pequenas, que para o efeito eram divididos como um mostrador de relógio, do que resultava o relatório: desflorada às dezasseis e vinte, ou hímen complacente não se verificam perfurações, ou mais raramente, virgindade nos conformes.
Era coisa séria |
E
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is senão quando entra pelo gabinete sem bater à porta o sargento-correeiro Correia, ai meu aspirante, que desgraça, que desgraça meu aspirante! Tem de ir lá já! O sorjanão era um jovem, bem pelo contrário, e aquela exaltação tinha deter um motivo grave, ou até gravíssimo. O nosso major Mário Manuel Martins Machado( a quem a caserna chamava o pentóxido da merda – cinco Ms: M de major e mais quatro correspondentes ao nome do sujeito) já tem o jipe preparado e quer que o meu aspirante, como oficial de Justiça o acompanhe.
C
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orreia, foda-se, mas ir aonde? – explique-se homem. E ele, com as mãos enclavinhadas, torcidas e um esgar de susto na face barbeada, à serra da Carregueira! Estalou lá um reboliço do caralho! Interrompi a audição do oficial de dia e seguido do Ricardo corri para o jipe. O major espumava, explodia, vamos embora, e chicoteava o condutor. Tens a sirene? Então põe-na a apitar e voa para o campo de tiro. Chegava o alferes médico Oliveira e Costa e o sargento enfermeiro Rodrigues. Saltaram para a viatura e ala que s faz tarde!
O "Inferno" de Dante |
O
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Inferno de Dante esperava-nos. Em frente à carreira de tiro de espingarda e pistola-metralhadora havia gente empapada de sangue, espalhada pelo terreiro que ali existia, ele próprio um mar vermelho, um cheiro intensíssimo a carne queimada, esturrada, à mistura com cinzas e restos de fardamentos e correias. No meio daquela sanguineira, daquela amálgama de morte, pude ver (juro pelos meus mais queridos que é verdade!) um cérebro a palpitar! Saído da sua caixa craniana que estaria sabe-se lá onde, era uma espécie de resquício de uma vida jovem cortada cerce.
A
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o fundo o restante pessoal, uns duzentos e tantos homens, duas companhias, miravam de boca aberta a cena maquiavélica. Os oficiais impediam-nos de avançar, uns e outros não sabendo o que teria acontecido. Mais ou menos recomposto do impacto tremendo, corri para a secretaria do campo de tiro, seguido pelo Ricardo: Entretanto chegavam mais viaturas do RI1. Consegui articular, desenrolando a língua, que houvera uma explosão enorme e que pedissem socorros de médicos e enfermeiros de outras unidades. Ao meu lado o escrivão/clarinete conseguira falar por rádio com o Hospital Militar e aos berros fazia o mesmo alerta.
M
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achado coçava a cabeça, aliás com pouco cabelo, e meio atarantado seguia a nossa actuação, desesperada. Excelente, rapazes, excelente. Chegavam o comandante e o seu segundo, tenente-coronel Renato Nunes Xavier, mas que desgraça, isto é um massacre, teria sido mina antipessoal? Onde estava o tenente Mendes, oficial de tiro? Foram-no chamar e encontraram-no sentado na bancada de onde se disparava, as mãos na fronte, chorando copiosamente, a culpa foi minha, o culpado disto sou eu, vão para a puta que os pariu, que se fodam os comandos!
No campo de tiro da Serra da Carregueira |
E
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nquanto isso Oliveira e Costa e os outros médicos que também tinham acorrido ao apelo, juntamente com os enfermeiros tentavam reanimar alguns dos que jaziam por terra. Injectavam-lhes soro, inundavam-nos de plasma sanguíneo, limpavam-lhes as feridas, reinavam o adesivo e as ligaduras, o mercurocromo, a tintura de iodo, os antibióticos e os analgésicos. Os mais destroçados eram enfiados nas ambulâncias que rumavam sirenando para o Hospital Militar e para os hospitais civis. Foram onze, mas alguns não aguentaram.
M
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endes aceitara que o levassem junto do comandante e comitiva, conseguira parar as lágrimas e os soluços, apenas fungava e assoava-se. Ele também não sabia o que acontecera. Seria preciso averiguar a origem da chacina. E olhava para mim, como se eu fosse um anjo salvador, o da guarda falhara. Estávamos nisto quando apareceu o Ricardo, acompanhado por um recruta de farda esfarrapada e queimada, com a cabeça ligada que fora um dos que tinham sobrevivido àquela matança. Inquirido, começou por soltar uns ais e confessou que vira o que tinha ocorrido.
O
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s mortos e os restos de outros foram carregados numa camioneta com toldo. Para que não se visse a carga humana sem vida. E o restante pessoal já estava em formatura, oficiais à frente, sargentos e cabos milicianos enquadrando os pelotões que também se enfiaram em viaturas diversas, GMC da segunda guerra, Matadores da mesma proveniência, já naquela altura os nossos aliados tinham proibido o fornecimento de armas e material para atropa que lutava no que em Portugal era chamada a guerra no Ultramar e outros países e até a ONU corrigiam para guerra colonial.
A guerra colonial |
C
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om uma ou outra designação os combates custavam muito dinheiro para além das vítimas mortais, dos estropiados, dos afectados psicológica e psiquicamente. Começava então o descalabro das finanças de Portugal, crescia desmesuradamente o défice, as armas compradas no mercado negro, as munições, as viaturas Unimog e Berliet, os aviões Fiat, tudo custava montanhas de escudos transformados em divisas estrangeiras que os “bondosos” vendedores e os “solícitos” intermediários só aceitavam assim. As guerras têm sempre os seus “beneméritos” abastecedores. São eles que ganham com elas, são eles os vencedores.
(Continua quando Deus quiser...)
terça-feira, 19 de agosto de 2014
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
EFEMÉRIDES
Neste dia, em 1933, nasce Roman Polanski, realizador franco-polaco-norte-americano
e em 1936, nasce Robert Redford, actor e realizador norte-americano
e em 1936, nasce Robert Redford, actor e realizador norte-americano
domingo, 17 de agosto de 2014
sábado, 16 de agosto de 2014
MEMÓRIAS
Neste dia,
em 1977, morre Elvis Presley, cantor (roqueiro) norte-americano, e
em 2008, morre Dorival Caymmi, músico brasileiro
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
O PAPA E O KIM
Papa apela à paz entre as Coreias, Kim Jong-un lança mísseis
TC
O TC acaba de dar mais um pontapé nos tom...s do Coelho (e nas canelas do Paulo) e aí vai ele chiando caím, caím, tentando agarrar-se à saia da miss swaps.
O avô Aníbal lavou as mãos e devolve, sem mais, a coisa a S. Bento.
O avô Aníbal lavou as mãos e devolve, sem mais, a coisa a S. Bento.
EFEMÉRIDES
Neste dia, em 1385, ocorre a batalha de Aljubarrota em que, para além de Nun'Álvares Pereira, brilha a padeira Brites de Almeida que, respectivamente, à espadeirada em quadrado, e à pàzada bem quente no forno, correm com os castelhanos, depois de o povo de Lisboa mandar desta para melhor o Conde Andeiro, que era um sendeiro.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
CONTRIBUTOS EXTERNOS
NASCER
Ato previsto?
Ato achado?!
Tempo do cio
Encontro desejado.
Nasce, cresce e morre
Falta a reprodução
A vida incorria
Em grande implosão!
Elementos das tribos
No meio ambiente
Variando uns cibos
Temos outras gentes!
A desova dos cardumes
Têm época determinada
Sobrevivem os mais aptos
Evolução expressada
Nova célula ou nada!
Porto, 1 de julho de 2014
José Gil
jose.gcmonteiro@gmil.com
BES (2)
E, já agora: o senhor primeiro-ministro ainda continua de manta rota? Deus o não permita, já que as noites estão um bocado para o frio e uma constipação ou, quem sabe, uma pneumonia, agora, não era de todo bem-vinda....
BES
O senhor presidente da República continua bem na sua importante época balnear? Deus queira.
DA LÍNGUA
A propósito do caso BES, ouço, há instantes, na SICN, um locutor (jornalista?), dizer e repetir, pelo menos mais duas vezes, o termo séniores. Topam?!
Já não me admiro que muitos candidatos a professor tenham cometidos erros ortográficos, de sintaxe, de pontuação, de acentuação e de etc.
Aliás, os 'séniores' e' júniores' são correntes nos comentadores e jornalistas desportivos de rádio e tv.
Espantoso foi ouvir, há dias, o João Gobern dizer "...os caracteres, perdão, os carácteres..."). Ó João, foi um pontapé dos antigos, de onde eu não supunha.... Acontece, como diria o Carlos Pinto Coelho, não é?
Já não me admiro que muitos candidatos a professor tenham cometidos erros ortográficos, de sintaxe, de pontuação, de acentuação e de etc.
Aliás, os 'séniores' e' júniores' são correntes nos comentadores e jornalistas desportivos de rádio e tv.
Espantoso foi ouvir, há dias, o João Gobern dizer "...os caracteres, perdão, os carácteres..."). Ó João, foi um pontapé dos antigos, de onde eu não supunha.... Acontece, como diria o Carlos Pinto Coelho, não é?
LUTO
Morreu Emídio Rangel, o homem que, com ou sem berbequim, revolucionou a rádio e a TV em Portugal, e que afirmava poder fazer eleger um Presidente da República do mesmo modo como podia fazer aumentar a venda de uma marca de sabonetes.
Paz à sua alma.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
MAIS BES
Moreira Rato devia ser gestor
do Novo Banco?
por PEDRO TADEUHoje
João Moreira Rato recebeu o beijo da morte do
Wall Street Journal. Nomeado administrador
financeiro do Novo Banco, que substitui o
proscrito BES, o homem que desde junho de
2012 geria com aparente brilhantismo a
negociação de dívida pública do Estado é
apontado a dedo pelo jornal norte-americano:
entre 2008 e 2010 Rato era sócio gerente
da Nau Capital, um fundo de investimento
que criou
com João Poppe graças a 200 milhões de
euros emprestados pelo Banco Espírito
Santo.
Wall Street Journal. Nomeado administrador
financeiro do Novo Banco, que substitui o
proscrito BES, o homem que desde junho de
2012 geria com aparente brilhantismo a
negociação de dívida pública do Estado é
apontado a dedo pelo jornal norte-americano:
entre 2008 e 2010 Rato era sócio gerente
da Nau Capital, um fundo de investimento
que criou
com João Poppe graças a 200 milhões de
euros emprestados pelo Banco Espírito
Santo.
João Poppe é sobrinho de Ricardo Salgado
e fora vice-presidente do BES entre 2001 e
2007.
e fora vice-presidente do BES entre 2001 e
2007.
Moreira Rato saiu da Nau Capital em 2010
para dirigir a Morgan Stanley. Poppe levaria,
em 2011, o fundo da Nau Capital para a
Eurofin, onde ganhou um lugar na direção.
para dirigir a Morgan Stanley. Poppe levaria,
em 2011, o fundo da Nau Capital para a
Eurofin, onde ganhou um lugar na direção.
A Eurofin é uma firma com sede na Suíça
que realizou várias operações de
financiamento ao Grupo Espirito Santo
(GES). Para a Eurofin trabalhava Francisco
Machado da Cruz. Segundo a empresa,
ele foi administrador não-executivo da
Eurofin Holding SA
até março passado, mas não teve mandato
da
Eurofin Group em relação ao BES ou ao
GES.
que realizou várias operações de
financiamento ao Grupo Espirito Santo
(GES). Para a Eurofin trabalhava Francisco
Machado da Cruz. Segundo a empresa,
ele foi administrador não-executivo da
Eurofin Holding SA
até março passado, mas não teve mandato
da
Eurofin Group em relação ao BES ou ao
GES.
Acontece, porém, que este Machado da
Cruz
era contabilista da ESI, a "holding" de
controlo
do GES onde foram detectadas
irregularidades
nas contas de 2012 pois faltavam contar
prejuízos
no valor de 1,3 mil milhões de euros.
Em entrevista
ao Expresso, em junho, o contabilista
afirmou que "Ricardo Salgado sabia"
que as contas da ESI não refletiam a
verdade.
Cruz
era contabilista da ESI, a "holding" de
controlo
do GES onde foram detectadas
irregularidades
nas contas de 2012 pois faltavam contar
prejuízos
no valor de 1,3 mil milhões de euros.
Em entrevista
ao Expresso, em junho, o contabilista
afirmou que "Ricardo Salgado sabia"
que as contas da ESI não refletiam a
verdade.
Seguiu-se o descalabro conhecido que
levou
Vítor Bento e Moreira Rato a irem para o
BES o
que, entre um milhão de outras coisas
mais
relevantes, os leva a deter 15% do capital
da
empresa onde trabalho.
levou
Vítor Bento e Moreira Rato a irem para o
BES o
que, entre um milhão de outras coisas
mais
relevantes, os leva a deter 15% do capital
da
empresa onde trabalho.
Porque é que o Wall Street Journal achou
importante fazer esta tortuosa ligação
entre
Moreira Rato e o "lado mau" dos negócios
do Grupo Espírito Santo? Se esta parte da
história ficar por aqui não se visiona nada
de irregular, suspeito ou equívoco com ele.
Certo? Certo, mas...
importante fazer esta tortuosa ligação
entre
Moreira Rato e o "lado mau" dos negócios
do Grupo Espírito Santo? Se esta parte da
história ficar por aqui não se visiona nada
de irregular, suspeito ou equívoco com ele.
Certo? Certo, mas...
Para o Wall Street Journal esta notícia
terá
um significado: o novo administrador
do Novo
Banco foi substancialmente financiado
pelo
BES e foi sócio de um sobrinho de Ricardo
Salgado envolvido nos negócios do banco.
Será injusto mas, dada a situação explosiva
que se vive, estes factos tornam temerária e
insensata a nomeação de Moreira Rato para
este cargo específico.
terá
um significado: o novo administrador
do Novo
Banco foi substancialmente financiado
pelo
BES e foi sócio de um sobrinho de Ricardo
Salgado envolvido nos negócios do banco.
Será injusto mas, dada a situação explosiva
que se vive, estes factos tornam temerária e
insensata a nomeação de Moreira Rato para
este cargo específico.
Quem o nomeou sabia? E ele, avisou quem
devia? Provavelmente sim. Acharem que isso
não tinha importância poderá ser fatal para o
Novo Banco. Basta o Wall Street Journal ou
outro qualquer insistirem para os mercados,
os bem ditos mercados, acusarem o toque.
E os políticos também estão à coca... Uma
fragilidade, adicional, bem escusada.
Uma parvoíce, em suma.
devia? Provavelmente sim. Acharem que isso
não tinha importância poderá ser fatal para o
Novo Banco. Basta o Wall Street Journal ou
outro qualquer insistirem para os mercados,
os bem ditos mercados, acusarem o toque.
E os políticos também estão à coca... Uma
fragilidade, adicional, bem escusada.
Uma parvoíce, em suma.
Pedro Tadeu, in Diário de Notícias online
Que e quem se seguirá a esta estória?
Que e quem se seguirá a esta estória?
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
LIDO E COPIADO
Desde a semana passada Portugal vive a Febre de
Sábado à Noite. O País para, as famílias à mesa
suspendem a colher de sopa, nos cafés as cabeças levantam-se. Todos de olhos fixos no televisor: na
SIC, Marques Mendes (M.M.) faz de meteorologista, atividade que se dizia que tinha deixado de existir.
Nada mais falso, o que deixou de haver foi tempo
morno. Agora, sem mesmo precisar de mapa ao fundo, porque o que se vai dizer não é pequena subida de temperatura em Évora ou barlavento na costa algarvia,
não, é todo o País que vai ser atingido por tufão. O programa, que se fosse filme de Hollywood chamava-seArmagedom, porque é com M.M. chama-se "O habitual comentário semanal de Luís Marques Mendes".
Não se deixem iludir com "o habitual" e "Luís Marques Mendes", palavras que evocavam sono. Isso foi até
sábado passado. Agora, se bem se lembram do que aconteceu naquele dia, M.M. diz, como as ciganas,
que a linha de vida da palma da mão é curta, mas, ao contrário das ciganas, acerta. Então, ele disse que
Portugal estava mais uma vez e, desta vez, de vez, tramado. E, no dia seguinte, o Carlos Costa dos bancos confirmou. Não devemos querer-lhes mal, só são mensageiros - é pena que sejam do género cangalheiro,
só se debrucem sobre o irremediável. Ontem, Marques Mendes anunciou que vai gente dentro. Se M.M. diz, irá. Receio, e é essa a catástrofe anunciada nesta Febre de Sábado à Noite, já será gente tesa para nos pagar o que devem.
Sábado à Noite. O País para, as famílias à mesa
suspendem a colher de sopa, nos cafés as cabeças levantam-se. Todos de olhos fixos no televisor: na
SIC, Marques Mendes (M.M.) faz de meteorologista, atividade que se dizia que tinha deixado de existir.
Nada mais falso, o que deixou de haver foi tempo
morno. Agora, sem mesmo precisar de mapa ao fundo, porque o que se vai dizer não é pequena subida de temperatura em Évora ou barlavento na costa algarvia,
não, é todo o País que vai ser atingido por tufão. O programa, que se fosse filme de Hollywood chamava-seArmagedom, porque é com M.M. chama-se "O habitual comentário semanal de Luís Marques Mendes".
Não se deixem iludir com "o habitual" e "Luís Marques Mendes", palavras que evocavam sono. Isso foi até
sábado passado. Agora, se bem se lembram do que aconteceu naquele dia, M.M. diz, como as ciganas,
que a linha de vida da palma da mão é curta, mas, ao contrário das ciganas, acerta. Então, ele disse que
Portugal estava mais uma vez e, desta vez, de vez, tramado. E, no dia seguinte, o Carlos Costa dos bancos confirmou. Não devemos querer-lhes mal, só são mensageiros - é pena que sejam do género cangalheiro,
só se debrucem sobre o irremediável. Ontem, Marques Mendes anunciou que vai gente dentro. Se M.M. diz, irá. Receio, e é essa a catástrofe anunciada nesta Febre de Sábado à Noite, já será gente tesa para nos pagar o que devem.
BES - BIS
Se o Novo Banco foi vendido por um valor superior à injecção do Fundo de Resolução, o ‘lucro' passa para o BES.
"Um outro princípio orientador relevante para assegurar a adequação e proporcionalidade da medida é a regra estabelecida no artigo 145.º-I do RGICSF, segundo a qual o eventual remanescente do produto da alienação é devolvido à instituição de crédito originária ou à sua massa insolvente", refere a acta da reunião de 3 de Agosto do Banco de Portugal, divulgada ontem no site de uma sociedade de advogados.
Esse artigo do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) impõe uma hierarquia na distribuição do montante conseguido na eventual venda do Novo Banco. Primeiro está o Fundo de Resolução. E depois o Fundo de Garantia de Depósitos ou o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, que podem ser convidados pelo banco central "a cooperar no processo de transferência de depósitos garantidos".
Devolvido os fundos aplicados por esses organismos "o eventual remanescente do produto da alienação é devolvido à instituição de crédito originária ou à sua massa insolvente".
Ou seja, se o Novo Banco for vendido por mais de 4,9 mil milhões de euros - o montante da injecção que recebeu do Fundo de Resolução -, o ‘lucro' passará para o BES, que reúne os activos considerados tóxicos a liquidar e que é controlado pelos accionistas e credores subordinados.
Económico online
A ver se entendi: se os "donos" e gestores do Novo Banco o gerirem bem e lhe acrescentarem valor, o lucro daí resultante vai para o Banco Mau? E, ao menos, receberão os juros do capital investido, ou nem isso? Expliquem-me melhor a coisa, sff.
BES
BES. Baros vendeu a totalidade das acções do banco a 31 de Julho
As acções do BES foram hoje excluídas do PSI20
A Baros, empresa regulada pela legislação do Luxemburgo, que detinha 2,15% do Banco Espírito Santo (BES), deixou de ter ações naquela instituição a 31 de julho.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BES informa que, “no dia 6 de agosto, a Baros, S.à.r.l. comunicou que deixou de deter uma participação qualificada no BES e que, a 31 de julho de 2014, deixou de deter ações do BES”.
“Assim, a partir daquela data, a Baros, S.à.r.l. passou a deter 0% do capital social e dos direitos de voto do BES”, acrescenta o comunicado hoje divulgado.
No dia 28 de julho, a Baros adquiriu, numa transação fora de bolsa (“over the cuonter”), 120.725.000 ações e direitos de voto do BES, representando 2,15% do capital social do banco.
i online
Quem terá sido o garganta funda? O pequeno Marques Mendes? Ou, quem sabe, o próprio Salgado, a troco de uma comissão nas Ilhas Fiji?
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