domingo, 27 de janeiro de 2019

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

CONTRIBUTOS EXTERNOS


##    FESTAS  LITÚRGICAS    ##
                                                                                 
   Gil Monteiro*


O nosso calendário
está repleto de festas e cerimónias,
algumas, por certo, mais brilham,
e aumentam de requintes e ritmos!
Gregos, latinos ou egípcios tinham tempos de concórdia.
Ainda hoje, ao escrever, se sentem essas saudações.
O Santo Natal é recordista!
Quando não neva, os socos repousam à lareira.
Bendito o lenho e os cavacos, cheiram a cerdeira;
Figuras bíblicas rodeiam o presépio da fogueira.
Os Reis Magos, carregados de prendas, vão aparecer,
Enquanto O Menino pisca os olhitos à vaquinha!
Na Austrália é verão e não existem pinheiros
as orquestras tocam nas praças e os cangurus saltam.
Na sobrevivência das espinhosas, os cedros podem dar cheiros.
O rapazio toma banho e assobia, entre as algas do mar,
com chapéus soleiros, e de telemóveis sempre a tocar!
A Missa do Galo é bela: Quem não canta ao Filho Nosso reza.
O senhor Prior, com a sineta, marca os compassos calmos
No chão granítico da Capela, o Zé Povo de socos e chinelas,
Salva-se A Sagrada Família ao som dos Salmos...

Porto, 24 de dezembro de 2018
*José Gil Correia Monteiro                                      jose.gcmonteiro@gmail.com

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

CONTRIBUTOS EXTERNOS



O Homem de Muitos Instrumentos (*)


Antunes Ferreira

Desde sempre “O Homem dos Sete Instrumentos” faccionou os portugueses. Recordo  que na minha meninice tinha um vizinho, o Senhor Samuel que além de ter três empregos, nos tempos do saudoso Salazar os tempos eram difíceis, (ainda que hoje os Mários Machados os tentem ressuscitar) tocava violino  nas horas vagas (?)   e ainda tinha tempo para à noite dar uma de guarda nocturno  com espadão e tudo. Por isso era conhecido pelo Homem dos Sete Instrumentos. E se mais houvera – mais tocara.Já nos nossos dias o Sérgio Godinho fez história com uma canção  a que deu exactamente esse título. Pessoalmente digo aqui à puridade que não sou fã do cantor de intervenção, realizador cinematográfico, autor, escritor, actor natural do Porto  cuja importância na música portuguesa é importantíssima e marcou uma época muito especial. A sua vida é bem o exemplo do título que deu à canção atrás mencionada.
Hoje temos um Senhor que é o Presidente da República e que também um Homem que toca Instrumentos mas no seu caso Muitos. Ou seja  ele é bombeiro, ele é fotógrafo, ele é enfermeiro, ele é professor, ele é nadador, ele é viajante, ele é visitante, ele é popular , ele é populista, ele é tudo e mais alguma coisa, ele é etc. Ele é mais do que Deus – está em toda a parte, é omnipresente e sabe de tudo,  é omnisciente. É o verdadeiro artista.
Convém, agora e aqui, dizer que não votei em Marcelo Rebelo de Sousa, não gosto de Marcelos. Também não gosto de selfies. Nem de abracinhos. É o meu feitio. E quem me fabricou já não está por cá e a forma que utilizou partiu-se. Posto isto, duas anotações que me deram dois murros no estômago, entre muitas outras. A saber:
1)  A ida à tomada de pose do capitão Jair Messias Bolsonaro como Presidente do Brasil. Para uma “conversa de um quarto de hora entre irmãos”? Irmãos? Eu não posso nem de longe nem de perto considerar, um fascista, racista, homofóbico, classista, machista e ouros qualificativos mais meu irmão!
2)  O seu telefonema para a Senhora Cristina Ferreira aquando da transmissão em directo do primeiro programa dela na SIC, alegadamente para a compensar da entrevista que concedera ao Senhor Manuel Luís Goucha. Um Supremo Magistrado da Nação não pode tomar atitudes destas. Em nome de quê? Da popularidade?


(*) substitui a publicada ontem



terça-feira, 8 de janeiro de 2019

MÚSICAS


CONTRIBUTOS EXTERNOS

O Homem de Muitos Instrumentos

Por Antunes Ferreira


Desde sempre “O Homem dos Sete Instrumentos” faccionou os portugueses. Recordo  que na minha meninice tinha um vizinho, o Senhor Samuel que além de ter três empregos, nos tempos do saudoso Salazar os tempos eram difíceis, (ainda que hoje os Mários Machados os tentem ressuscitar) tocava violino  nas horas vagas (?)   e ainda tinha tempo para à noite dar uma de guarda nocturno  com espadão e tudo. Por isso era conhecido pelo Homem dos Sete Instrumentos. E se mais houvera – mais tocara.
Hoje temos um Senhor que dizem ser o Presidente da República que é um Homem de Muitos Instrumentos