sábado, 28 de fevereiro de 2015

OUTRO DESMEMORIADO

O cidadão Pedro Passos Coelho esqueceu-se de pagar contribuições devidas à Segurança Social durante alguns anos em que exerceu actividades por conta própria. Alertado, agora, por um jornalista chato como a potassa, o primeiro-ministro, que não o cidadão, mandou que alguém do seu gabinete viesse esclarecer que aquele cidadão nunca fora notificado para pagar tal dívida, que entretanto prescreveu, sem deixar de manifestar o seu (do cidadão) enfado com o acesso indevido à informação. Parecendo assumir a falta, o cidadão Passos Coelho, através do porta-voz do primeiro-ministro, veio informar que  já se terá apressado a mandar liquidar a dívida e os inerentes juros de mora.
Espanto-me com a acanhada caixa craniana do cidadão-trabalhador Passos Coelho (tal como o Bava, que não retém memória de nada que lhe passou à frente do nariz na PT) e com a "incapacidade" ou "esquecimento" da SS, que não notificou a tempo o devedor até à prescrição da dívida, contrariamente ao que é habitual em relação a qualquer pé-descalço.

MEMÓRIAS



Neste dia, em 2007, morre Bily Thorpe, cantor de música rock, de origem inglesa e naturalizado australiano

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

LUTO (2)


Morreu Fernando Alvim, habitual "viola" de Carlos Paredes (mas não só)

A LISTA DO HSBC

"Fisco já tem lista de portugueses com conta no HSBC"

Dos jornais

Já consultei a lista e, para espanto meu, não vejo lá o meu nome. Que se terá passado? Acham que devo reclamar ou calo-me como um rato à espera que passe o mau tempo?

ZEINAL BAVA, O DESMEMORIADO

Para um super-premiado CEO, Zeinal Bava tem uma caixa craniana muito acanhada ou está a começar a sofrer da doença de Alzheimer - deve consultar urgentemente o seu médico. 
A resposta mais comum às perguntas dos deputados na Comissão de Inquérito ao caso GES/BES foi: "não guardo na memória".
Não há pachorra para aturar estes salafrários que se abotoam à custa dos menos dotados (em bens, massa encefálica ou padrinhos).

LUTO

Morreu "Mr. Spock" (Leonard Nimoy)


Morreu, aos 83 anos, Leonard Nimoy, o Mr. Spock da série "Star Trek" 

EM NOME DE ALÁ


Destruição, pelo ISIS, o denominado Estado Islâmico, do Museu Nacional de Arte Antiga em Mossul, Iraque.
Em nome de Alá e do seu profeta, Maomé...

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1902, nasce John Steinbeck, escritor norte-americano, prémio Nobel da Literatura, que viu várias das suas obras adaptadas ao cinema

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1971, morre Fernand Joseph Dèsiré Contandin, aliás Fernandel, actor francês

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

VIGILÂNCIA

"A Comissão Europeia põe Portugal (e outros países) sob vigilância apertada", dizem as notícias.
O nosso amado governo, mudo e quedo, não comenta.
O Passos Coelho tem que mandar a Maria Luís a Berlim, a fim de saber a opinião do sr. Schäuble, é o que é.

REFORMAS E PENSÕES DAS DITAS

O valor médio das novas pensões de reforma pagas pela CGA caiu 13,1% de 2013 para 2014. Contudo, o número de reformados subiu 14,6% no mesmo período.

Fonte: Público

Isto é: mesmo vendo o valor da sua pensão diminuir, os funcionários públicos preferem pôr-se a andar, não vão ver que para 2015 ainda vai ser pior.
Foi você que já se apercebeu de que as bichas (filas, se preferir) estão cada vez mais extensas nos diversos serviços públicos que costuma (é obrigado a) frequentar e o tempo médio de espera subiu substancialmente?


O TEMPO DA JUSTIÇA (2)

"Dono de barco incendiado por foguetes há mais de 14 anos vai finalmente ser indemnizado"

Título de notícia do Público de hoje


Felizmente não houve danos pessoais.
De qualquer forma, 14 anos para apurar responsabilidades não será tempo demais?

NAMOROS...(DASSE)!

Notícia interessante:

Uma apresentadora de TV, está, aos 35 anos, solteira de novo, após se separar de um diplomata, de quem teve uma filha.

Anteriormente, teve um relacionamento de 3 anos, de que resultou, também, uma filha.
No mesmo ano namorou com um cirurgião plástico, e meses depois "não escondeu" que namorava com um empresário, seguindo-se  um novo romance, que não resultou e por isso arranjou um outro, a que se seguiu um novo, agora com um jogador de futebol que também não deu certo, pelo que passou para um jogador de futebol de praia. Como também não acertou, virou-se para um actor brasileiro, sem que, no intervalo, não tenha tido a oportunidade de namorar um advogado.
Entretanto, corriam rumores de um arranjinho com um manequim e mais tarde com outro actor, sendo que foi, no entrementes, fotografada aos beijinhos com um ex-namorado de uma colega. Enfadada (digo eu) muda para um chef, ao mesmo tempo que era noticiado um romance com 2 outros namorados, um dos quais DJ.
Isto tudo antes de se casar com o diplomata referido no início. 

Fonte: JN de hoje


Como diria o saudoso e nunca esquecido almirante Thomaz, só tenho um adjectivo para qualificar o percurso amoroso desta mulher de armas: gostei (de ler a notícia).

O TEMPO DA JUSTIÇA

Retiro do JN de hoje:

Em Janeiro de 2009, a bancada de um circo desabou e feriu 77 pessoas. 
Agora, o Ministério Público já conseguiu fazer a acusação: o dono do circo e os montadores da estrutura serão os responsáveis. Decorreram, apenas, 9 anos para a dedução da acusação!
Seguir-se-á o processo, com a defesa dos acusados, a eventual condenação, os recursos habituais e lá para 2025 o caso transita em julgado.
Caso haja lugar a indemnizações, já cá não estará quem pague e quem possa ter direito a receber.
A justiça (com letra pequena) no seu esplendor. 

GALP

Galp multada em Espanha por combinar preços da gasolina

 | Hoje às 13:09
A petrolífera portuguesa Galp foi uma das empresas do setor multadas, esta quarta-feira, em 32,4 milhões de euros, por combinarem preços dos combustíveis em Espanha.

JN online

E por cá, o que se passa? Não haverá também uns arranjinhos?

SUCESSO!

Comissão Europeia fala em "desequilíbrios excessivos" no Orçamento português para 2015 e reclama "medidas decisivas" para execução não derrapar.
Portugal está na lista de Bruxelas de países com "desequilíbrios excessivos". A decisão acaba de ser anunciada pelo comissário europeu para a Economia, Pierre Moscovici.

Económico

Ora aqui estão os parabéns ao Pedro e à Maria Luís.
Vai tudo como previsto...

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1873, nasce Enrico Caruso, tenor italiano

e...



...em 1983, morre Tennessee Williams, dramaturgo norte-americano

EFEMÉRIDES

Neste dia, 
nascem em,

- 1841, Pierre-Auguste Renoir, pintor francês
- 1855, Cesário Verde, poeta português
- 1917, Anthony Burgess, escritor britânico

e morre em

- 1983, Tennessee Williams, escritor  (dramaturgo) norte-americano (ver Memórias)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

CONTRIBUTOS EXTERTNOS

Mais um textículo do Henrique Antunes Ferreira, que anda 

pelas Índias onde sofreu um acidente e que aqui continua a 

relatar



A doença e o beijo

Antunes Ferreira

No meio das chatices em que estas pseudoférias têm sido férteis, hoje a dermatologista depois da consulta pelo meio-dia receitou-me novos medicamentos e disse que as coisas demoravam o seu tempo, mas que lhe parecia estarem a melhorar. Aliás quer o Zito Menezes que me acompanhou bem como a Raquel eram da mesma opinião. Fomos depois, mais tranquilos, almoçar ao Riviera debruçado sob o Mandovi também com a minha cunhada Maria Alice que aqui igualmente veraneia…) e regressámos a casa deviam ser umas quatro da tarde.

Estava preparado para fazer uma sesta e nisto telefona a Dr.ª Flora dizendo que estivera a repensar sobre o assunto e preferia que outro médico me visse, para ter uma outra opinião. Lá foi a Raquel de riquexó ao consultório da dermatologista pois ela escrevera uma carta para o seu colega. Às seis e meia da tarde estávamos na Clínica do Campal. Ia como o coiso mais apertadinho como podem imaginar, pois o homem era cirurgião dermatológico. Com o meu habitual pessimismo já me via sem a perna esquerda…
Porém o Dr. Bossuet Afonso cujo pai também médico a médico a Raquel conhecera na juventude dela foi um tipo muito simpático falando um Português excelente disse-me (nos, ao Zito e à minha cara metade) que não havia nada a acrescentar ao diagnóstico da Professora manteve a medicação, acrescentou mais duas mezinhas e disse-me que em Goa ninguém precisava da minha perna e por isso eu ficaria com ela. Só não acrescentou que eu era um maricas – o esculápio era um sujeito bem-educado – e mandou-ma na paz do Senhor… Creio que já o escrevi, mas, por cá os católicos são mesmo… católicos.

Naturalmente que regressei a casa muito mais confiante. Tinha apanhado um valente susto (felizmente até usava cuecas castanhas). Toda a malta amiga telefonava para saber da opinião do Dr. Afonso; a solidariedade é um facto e as notícias correm mais depressa do quem TGV. Pelo caminho ainda fomos a uma farmácia onde toda a gente falava Português (dois cavalheiros e uma dama, sem do um deles até era sportinguista, o que me levou a felicita-lo juntamente com o Zito) Ainda há bastante gente, sobretudo os que estudaram no liceu Afonso de Albuquerque, mas, claro duma geração que se vai finando…

Pelo caminho retomei a conversa que tínhamos tido ao almoço e que originava um enorme ponto de interrogação: um povo que criara a Kama Sutra, que edificara os templos de Kajurao e Konark, onde as paredes de pedra são todas cobertas figuras eróticas até mesmo pornográficas (eu vira os templos e os actos sexuais explícitos que metem homens e mulheres, homens e homens, mulheres e mulheres e atá cópulas diversas com animais). Não permite o beijo no cinema. Mas que raio de situação.

Zito disse-me que, ainda com reservas, já se trocam beijos nos ecrãs e como lhe respondi sobre a quase desaparição do casamento formal em Portugal, como de resto pela Europa, com os casais a viverem em comum sem qualquer certidão matrimonial, o médico que vê a RTPI quotidianamente, sabia perfeitamente disso, mas afirmou-me que tais práticas ainda eram muito raras na Índia e em especial em Goa. E de novo a religião. M alguns restaurantes já se veem casalinhos trocando algumas carícias. Mas, trata-se de casos ainda esporádicos.

 Fico a pensar que nesta terra bendita as diferenças continuam abissais. Os próprios católicos, ainda que não o digam, acreditam nas castas, tal como vivem com Deus. A esmagadora maioria não refere a questão, mas ela está no espírito e nas cabeças das pessoas.


Mau estou a misturar doenças com beijos. Cada vez mais sinto que a velhice me vem conquistando a passos largos. Ainda que comparado com essa constatação do grupo de terroristas sanguinários, que se auto proclama ser o “Estado Islâmico” não… comparação. Por vezes dá-me para cada um que, cada duas é um par…

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1685, nasce Georg F. Handel, compositor alemão



e....





...em 1965, morre Stan Laurel, actor cómico britânico, o Estica da Parelha "Bucha e Estica".

domingo, 22 de fevereiro de 2015

LIDO (2)

Da indignidade, da vergonha e da humilhação

por Nuno Saraiva

Não faço a mínima ideia se os relatos sobre a reunião
do
 Eurogrupo que dão conta de que Portugal, de braço 
dado 
com Espanha, se comportou como pau de cabeleira, 
isto é, 
empata-acordos, são verdadeiros. Não me chegam as 
palavras
 vagas do ministro holandês que preside ao 
"clube dos 19". 
Tenho aliás a tentação de confiar muito mais no que 
diz 
Yanis Varoufakis - afinal de contas, e ao contrário de 
outros que bem conhecemos, não rasgou as promessas 
que fez aos seus 
eleitores mal se apanhou no poder - que, com elegância, 
se referiu ao assunto, do que na retórica de alguém 
que é 
cúmplice da humilhação continuada a que gregos e 
portugueses têm sido sujeitos.
E sim, é de humilhação que se trata quando em 
causa está a dignidade de um país inteiro. Seja em Portugal ou na Grécia, é disto que estamos a falar. Senão, vejamos. Que outra palavra pode ser
 utilizada que não seja humilhação, quando 
assistimos à exibição da ministra das Finanças,
 Maria Luís Albuquerque, toda contentinha e bem amestrada no papel de aluna exemplar, pelo seu 
chefe alemão, Wolfgang Schäuble? Que outro sentimento podemos ter que não seja de repulsa 
pela indignidade que significa um governo 
vangloriar-se da sua obediência cega a Berlim, 
incapaz de reconhecer que o "austericídio" 
deixou um rasto de 1,2 millhões de 
desempregados - são os números do desemprego
 real -, uma vaga de emigração de mais de 300 mil pessoas em três anos, um aumento da pobreza para níveis de há várias décadas, um recuo da confiança dos empresários no investimento para patamares negativos, um crescimento económico anémico de 0,9% em 2014 que não compensa sequer 
a contração da economia em 1,5% em 2013? 
Como é que alguém com um pingo de vergonha, confrontado com a realidade dos factos, consegue insistir que tudo 
correu bem? Que outra expressão que não seja vexame podemos usar para classificar a atitude de quem, por mero preconceito, faz tudo para que o governo, democrática e legitimamente eleito pelos gregos, falhe e ainda diz, com orgulho e perfídia, que "eles [os gregos] vão ter muita dificuldade em explicar este acordo aos eleitores"?
Na verdade, esta gente só tem um propósito que é mostrar que manda, que tem o poder de vergar 
e pisar quem muito bem entende. Não se trata de diabolizar a Alemanha ou os alemães. Até porque, 
certa e seguramente, nem todos serão capazes de ostentar um cartaz que diga "Ich bin Schäuble!".
Sejamos claros. Aquilo que o primeiro-ministro e alguns dos seus correligionários protagonizaram nesta semana, bem como em todas as anteriores dos últimos três anos, foi só mais um episódio da 
narrativa moral e subserviente que começaram a escrever em 2011, quando aceitaram acriticamente seguir as ordens de uns mangas de alpaca que ninguém elegeu, que aterravam em Lisboa de três 
em três meses. E mesmo perante o ato de contrição, ainda que tardio, do presidente da Comissão Europeia, Passos Coelho preferiu continuar de joelhos, entrincheirado na barricada de quem parece desprezar os mais elementares valores da solidariedade europeia.
Foi aliás isso que Jorge Sampaio veio dizer quando recordou que "Portugal, desde que entrou para a UE, esteve sempre na formação dos consensos necessários", e que, "nos tempos que vamos vivendo, os países que têm sofVeremos se algum dia o atual governo vislumbra a luz e percebe que assumir que errou não é estúpido. E que abanar o rabo em vez de bater o pé é não se dar ao respeito e permitir que o povo que representa seja tratado de forma indigna e humilhante.
rido mais não devem pôr-se uns contra os outros".

Nuno Saraiva in DN 

Ó P'RA ELA!

Maria Luís Albuquerque, a Alemã





Foto gamada a o Aspirina B


Que feliz que ela está!
Lá para o fim do ano deve ter lugar garantido em Berlim...


LIDO

O ex-ministro do Emprego do Governo de Aníbal Cavaco Silva considerou que "há uma clara falta de noção exata da realidade do que é a economia portuguesa por parte dos membros da 'troika'", composta pelo Banco Central Europeu (BCE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Comissão Europeia (CE).
"Dá ideia que fizeram um modelo, que é um modelo de pronto a vestir, que se aplica, indiferentemente das características culturais e económicas de cada país", disse o presidente do Conselho Económico e Social (CES).
No entender do responsável, que preside aquela que foi a "primeira instituição que falou num programa mal desenhado e num ciclo vicioso, centrado na austeridade e na incapacidade de redução do défice público", a "troika" descurou quatro aspetos que caracterizam a economia portuguesa.
Silva Peneda salientou que o desequilíbrio da economia portuguesa é de "natureza estrutural e muito profundo", assente em pequenas e médias empresas (PME), muito diferente dos países da Europa.
Num segundo aspeto, assinalou tratar-se de um programa aplicado num país que não tem moeda própria, o que dificulta o sucesso da sua aplicação.


Domingos de Andrade in JN de hoje


Silva Peneda, que Passos Coelho não quis que fosse Comissário Europeu, como lhe foi pedido pelo senhor Junker e que, por isso ou por causa disso, o convidou  para seu conselheiro, dá uma entrevista ao JN que vale a pena ler.
Passos deve estar com as orelhas a arder.

MEMÓRIAS


Neste dia, em 2002, morre Chuck Jones, cartoonista norte-americano

sábado, 21 de fevereiro de 2015

SENDEIROS E LAMBE-BOTAS

O presidente da Comissão Europeia afirmou há dias que a troika atentou contra a dignidade de Portugal, da Grécia e também da Irlanda. Pressuroso, o ministro da Presidência falou em "declarações infelizes" e o primeiro-ministro de Portugal veio desmentir que tal correspondesse à realidade, como muito bem sabem os portugueses, a quem nada tem faltado. Alguém do CDS, embora a meias-tintas e a tentar ganhar o seu espaço, veio frisar que aquele partido desde sempre achou que a troika estava a abusar. Por sua vez, o "nosso" ministro dos Negócios Estrangeiros entende que, a ser verdade o que disse o sr. Junker, Portugal deveria ser ressarcido, não se sabe em que termos. "Aguardemos", disse o sujeito.
Alguém entende esta gente?

Agora, sabe-se que a representante de Portugal, juntamente com o seu colega espanhol, fez a vida negra ao ministro grego nas negociações que ontem decorreram. Oxalá não venhamos a precisar de um qualquer apoio (numa votação internacional, por exemplo) por parte do governo grego.
Esta gente não enxerga o papel de sendeiro e lambe-botas que anda a representar. Será assim que defende o interesse do país? Ou estarão apenas a tentar assegurar desde já um qualquer tacho em Bruxelas ou Berlim?

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

EFEMÉRIDES





Neste dia, em 1932, nasce Milos Forman, realizador norte-americano, nascido na actual República Checa

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

DIA DE ENTRUDO

Resultado de imagem para entrudo


Hoje é dia de Carnaval, ou de Entrudo, "feriado" nuns municípios e noutros nem tanto

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

LIDO

(...)
Hércules é o mais extraordinário herói que a mitologia grega produziu. Entre as mil e uma façanhas, conseguiu matar a Hidra de Lerna, um monstro aquático de sete cabeças e forma de serpente. A Europa do século XXI tem uma crise profunda, de dimensão económica, mas com raízes sociais, culturais e identitárias ainda não totalmente medidas, menos ainda diagnosticadas. Como a hidra lendária, sempre que uma cabeça é cortada nasce outra no seu lugar. Ora ganha a forma de xenófobos (em que nos tornámos), de terroristas (que vivem entre nós) ou dos senhores da guerra como aquela que, neste momento, na Ucrânia, nos está a bater à porta.
Na hidra dos nossos tempos, não é o Syriza a cabeça a cortar. Nem sequer a troika, as três cabeças que o senhor Tsipras quer decapitar. A Grécia contemporânea não tem mitos nem heróis, apenas desempregados e miséria. Não perceber isso, reduzir o que está hoje em causa a um conto de crianças é escrever um livro de terror que ninguém vai querer ler amanhã.

Sérgio Figueiredo, in DN 

Será que ainda, por estes dias, vamos ver a Grécia a cortar cabeças da hidra que pontifica na UE?

CADÊ A SENHORA PGR?

A bastonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga, já tinha deixado o aviso em novembro: “as detenções têm requisitos legais”. Mas uma das advogadas de defesa do caso Sócrates foi mais longe e acusa, mesmo, o Ministério Público de “sequestro”. Paula Lourenço, que representa o empresário Santos Silva e o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, aproveitou a revista periódica da Ordem dos Advogados para falar pela primeira vez sobre o caso.
Sem referir nomes, mas falando de factos que mostram estar a falar do caso Sócrates, a advogada acusa a equipa liderada pelo Ministério Público de ter agido “sem mandado de detenção” e com “violência”. No artigo divulgado pela SIC, publicado na página seguinte a uma página a negro, onde se lê “Je ne suis pas Charlie, je suis avocat”, a advogada escreve um texto com o título “Vamos a supor”. E recorda o dia 19 de novembro – dia a que Santos Silva e Gonçalo Trindade Ferreira foram detidos no aeroporto de Lisboa (um dia antes da detenção de José Sócrates).
“Suponhamos que existia um processo em segredo de justiça iniciado em julho de 2013 de que falavam os jornais, em particular a partir do verão de 2014″, contextualiza a advogada.
“Suponhamos agora que os cidadãos chegam ao aeroporto num voo proveniente de Paris, pelas 18h, que são presos sem mais, sem que lhes seja entregue um mandado de detenção, que lhes são retirados os telemóveis das mãos para que não possam fazer qualquer contacto, revistados e apreendidos todos os documentos que transportavam consigo sem que igualmente houvesse um mandado para o efeito”, acusa.
Paula Lourenço afirma que tudo foi feito sem mandado de detenção e que as próprias mulheres dos arguidos foram interrogadas sem qualquer fundamento legal.
“Suponhamos agora que por não ter sido entregue o mandado de detenção nem feita a constituição do arguido, nem garantida a presença do advogado, as buscas que continuaram na casa de um dos putativos detidos são complementadas com “interrogatório” de várias horas ao seu cônjuge”, descreve.
Depois de se referir claramente ao empresário amigo de Sócrates, Santos Silva, mas sem nunca revelar nomes, Paula Lourenço explica como ocorreu a detenção do advogado que terá representado o empresário em vários negócios com Sócrates.
“Suponhamos ainda que uma das vítimas do sequestro ocorrido no dia 20 de novembro de 2014 era advogado e que a busca autorizada era igualmente para o seu escritório de advogado”.
“Suponhamos agora que, movidos pelo poder desmedido e adrenalina circundante (…) “agarram”, literalmente, no advogado, o levam para a sua própria casa e aí fazem busca não autorizada, apreendem documentação vária na presença da mulher, filho de cinco anos e bebé com dois meses que assistem horrorizados à violência com que despejam gavetas e lhes circulam (…) pela casa.”, conta.
A advogada refere que só de madrugada, e depois das detenções e das buscas, é que os arguidos foram notificados dos mandados de detenção e constituídos arguidos. Mais, nos dias que se seguiram – cinco dias de interrogatórios – não lhes terá sido dada oportunidade, sequer, de tomar banho e trocar de roupa.
“Suponhamos ainda, malevolamente, porque tal situação, claro, não seria possível num país como Portugal, que os arguidos – presos, interrogados sem apoio de um advogado, sujeitos a revistas ilegais nas suas casas e nos seus carros – são afinal notificados dos mandados de detenção e constituídos arguidos pelas 3 da manhã, quando tudo termina, buscas incluídas,”, escreve.
“Suponhamos agora coisas descabidas: suponhamos que os arguidos, durante os cinco dias que duraram as diligências do primeiro interrogatório (…) não tiveram sequer direito  tomar banho, a mudar de roupa, apresentar-se condignamente perante o juiz que os vai interrogar”
A advogada remata com uma crítica à justiça, que “prende para investigar” e que usa a comunicação social para lançar informações sobre o que está em causa no processo, argumentos já usados pelo advogado de Sócrates, João Araújo.

Dos jornais


E, então, a senhora PGR não diz nada ou está de férias ou num Congresso na Nova Zelândia?
É verdade, é mentira? Se verdade, é mau, muito mau. Se mentira, a advogada tem que ser chamada à pedra por quem o dever fazer.

MEMÓRIAS



Neste dia, em 1925, nasce Carlos Paredes, guitarrista e compositor português

sábado, 14 de fevereiro de 2015

COLAGENS

Sondagem. Passos está demasiado colado à Alemanha

EXPRESSO14H22

Primeiro-ministro português está excessivamente colado às posições da Alemanha e da chanceler Merkel revela o Estudo da Eurosondagem para o Expresso/SIC.


Também, já havia notado

GRAÇOLAS?

Antigo dirigente do PS propõe ex-ministra das Finanças do PSD para candidata à Presidência da República. Marcelo Rebelo de Sousa já respondeu e diz que objetivo é "lançar a confusão".

No Bloco Central transmitido este sábado na TSF, Pedro Adão e Silva, militante e antigo dirigente do PS que faz parte do painel de comentadores do programa, propôs o nome de Manuela Ferreira Leite para a corrida a Belém do próximo ano.

Dos jornais

Isto terá sido a sério ou é apenas para brincar com coisas sérias?
Faltava-nos uma avó cantigas em Belém!

LIDO

Os "povos" que não querem trabalhar

Em 2010, ainda governava José Sócrates, Cavaco Silva ouviu do Primeiro-ministro checo as seguintes palavras: «O défice do nosso orçamento chegou, o ano passado, aos cinco por cento. Eu fico muito surpreendido por Portugal não estar preocupado quando tem um défice de oito por cento. É um caso curioso, interessante e espero que não estejam aqui jornalistas porque, a nível interno, eu digo que é absolutamente necessário eliminar o défice o mais depressa possível e defendo a introdução de medidas radicais para o conseguir. Portanto, sr. presidente, peço-lhe que não divulgue por cá que vocês têm um défice ainda maior que o nosso».
Vaclav Klaus fez várias afirmações deste tipo diante de Cavaco Silva, algumas nos contextos mais inapropriados, e o Presidente ficou muito incomodado. Acabou por responder que Portugal iria sem dúvida no futuro ter défices mais baixos e elogiou um dos PEC de Sócrates.

Muita água passou de 2010 a 2015. É natural que hoje Cavaco Silva se sinta como Klaus face à Grécia, até porque as suas afirmações da semana passada são do mesmo teor das do político checo. No intervalo, Portugal “ajustou”, ou seja, aumentou exponencialmente os seus impostos, cortou salários e despediu centenas de milhares de portugueses, levou milhares de empresas à falência, destruiu a vida e o futuro de muitas famílias portuguesas, acabou com a escassa e débil classe média que se formara depois do 25 de Abril, alterou profundamente o equilíbrio das relações laborais a favor do patronato, vendeu todas as “jóias da coroa” menos uma, aumentou a pobreza, a exclusão social e as diferenciações sociais, desmantelou vários serviços públicos na administração central, na saúde, na educação e na justiça, e tem uma política externa ficcional. Mas “ajustou”, pelo que Cavaco Silva pode aparecer orgulhoso diante do sucessor de Klaus e dizer, na linguagem adolescente de Passos Coelho, que “fez o trabalho de casa”. Como batemos no fundo, alguns números da economia são debilmente positivos e outros continuam negativos, uns crescem, outros descem, outros já cresceram e depois desceram. Nalguns casos, as coisas melhoraram exactamente pelas razões que o governo demonizava, como seja o consumo interno.

Nada de sólido, tudo muito instável e ninguém de bom senso é capaz de dizer que foi feita qualquer “reforma estrutural” em Portugal, muito menos na economia. Na sociedade sim, mas chamar-lhe reformas é um insulto à inteligência. Andou-se para trás. Quem quiser “compor” o país, vai ter enormes dificuldades.

É verdade que os juros estão historicamente baixos, só que não há nenhum analista independente que atribua essa circunstância aos méritos nacionais, mas sim ao BCE e ao excesso de liquidez dos investidores, que levaram quase todos os juros europeus (incluindo os gregos, até Janeiro de 2015), a baixar muito. A única coisa que o governo pode dizer a seu favor na questão dos juros é que, como sempre foi bom aluno das políticas de “ajustamento”, não foi um óbice para essa descida, como é o haver hoje em Atenas um governo rebelde. Mas, como também qualquer analista independente dirá, os juros são de tal maneira voláteis face aos diferentes riscos europeus, que podem voltar a subir a qualquer altura.

Cavaco Silva e Passos podem hoje esnobar da Grécia, como Klaus fazia com Portugal, mas ao fazê-lo enfileiram no pior que existe hoje na política europeia: a perversão dos objectivos da União, transformada num instrumento da política económica e financeira da Alemanha. A essa situação de facto, que nenhum Tratado permite, juntam-se duas outras ainda maiores perversões – o declínio do socialismo europeu domado pelo Tratado orçamental, logo a perda da alteridade política, e o permanente resvalar das democracias europeias para retirar do escrutínio dos parlamentos e, pior ainda dos eleitores, todas as políticas europeias decisivas. Está criado um monstro, e é da natureza dos monstros fazer monstruosidades.

Ora, quando Cavaco e Passos passaram a falar dos “gregos” como uma entidade orgânica, um país de gente preguiçosa, que só quer férias, que não paga impostos, nem aliás coisa nenhuma, das portagens à electricidade, e que pretende viver eternamente à custo do dinheiro estrangeiro, eles engrossaram uma hoste europeia que é demasiado conhecida e que vai do Partido dos Verdadeiros Finlandeses, à Liga Norte italiana de Umberto Bossi e à sua reivindicação da Pâdania.

O caso italiano é muito significativo, porque espelha argumentos muito comuns nas zonas ricas de um determinado país, em relação às zonas mais pobres, muitas vezes rurais e pouco industrializadas, como é o caso do Sul da Itália. Por que razão o Norte italiano rico, industrial, trabalhador e próspero tem que “pagar” para esses preguiçosos da Calábria que vivem da assistência social e não querem trabalhar? O mesmo tipo de “argumentos” existe em vários países: na antiga Checoslováquia por parte dos checos e contra os eslovacos, em Espanha e mesmo em Portugal. E não é verdade que os alentejanos não gostam de trabalhar e querem viver sempre à “sombra de um chaparro” a dormir? E Pinto da Costa não falou várias vezes do Porto e do Norte trabalhador que alimenta os “mouros” de Lisboa para baixo? E em que é que estes “argumentos”, atingindo povos, regiões, histórias diferenciadas, são diferentes dos que a extrema-direita dá contra os “pretos”, os “árabes”, e os “imigrantes”, que também não querem trabalhar, mas viver da segurança social e das regalias dos países mais ricos, em detrimento dos seus habitantes “nacionais”?

Cavaco Silva e Passos Coelho falaram dos “gregos” com o mesmo grau de generalidade e anátema. Como muito dos seus repetidores nos media e nas redes sociais, são as “características” intrínsecas do povo que são atacadas. O que aconteceu na Grécia, nesta versão, é culpa do povo, não dos anteriores governos gregos. Percebe-se, porque o povo votou mal e derrotou o governo preferido por Cavaco Silva e Passos Coelho: o tandem troika-Nova Democracia.

Sim, porque se o PASOK tem culpas no passado, a Grécia era até Janeiro governada por um governo membro do Partido Popular Europeu (de que faz parte Merkel, Rajoy, Passos Coelho e Portas) que foi apoiado pelos partidos no poder na Alemanha, Espanha e Portugal. E mais: foi governado pela troika, em conjunto ou em cima, e se os resultados deixaram a Grécia com a gigantesca dívida que tem, e sem “ter feito o trabalho de casa”, a culpa é de quem? Do Syriza? Silêncio.

E os gregos não querem austeridade, o pecado mortal da Grécia para Cavaco e Passos. Mas o que é que eles tiveram nos últimos anos: despedimentos, falências, encerramentos, corte de serviços fundamentais, cortes na educação, na saúde, na segurança social, uma queda brutal do produto Interno Bruto? De onde é que isto veio, do esbanjamento e da preguiça inata aos gregos? Como é que se chama a isto, senão uma dura, penosa, cega, punitiva austeridade? Na verdade, como Passos Coelho diz com todas as letras: foi pouco, têm ainda que ter mais. Mas o que nem Cavaco nem Passos dizem, é aquilo que é evidente: não resultou, nem resulta, nem resultará. É uma receita errada quer em Portugal, quer na Grécia. Mas era a continuação dessa receita, aquilo a que chamam “cumprir as regras”, que Passos queria para a Grécia, com aquela cegueira que tem os acólitos e que continua mesmo quando os mestres já estão noutra.

Voltando a Klaus, ele disse uma coisa muito interessante, pediu a Cavaco “que não divulgue por cá que vocês têm um défice ainda maior que o nosso”,porque isso iria fazer os checos contestarem as medidas do governo. Uma parte importante da intransigência com os gregos vem de governos acossados, como é o caso do português e do espanhol, que andaram a dizer aos seus povos que não havia alternativa a não ser a política que seguiam.

Ora, a questão não é a de validar o programa do Syriza, ou assinar por baixo de Tsipras e Varufakis, mas a de saber se, no fim de tudo, os gregos têm ganhos de causa ao terem votado como votaram. E se sim, como é que ficam os que tinham para eles a receita de tudo continuar na mesma, votando na Nova Democracia, na obediência à troika, e na política até agora intangível da Alemanha. Esse é que é o mal grego que Cavaco e Passos querem extirpar.

José Pacheco Pereira, in Público de hoje
 

PASSISSES...EM QUE FICAMOS?



Afinal, Portugal não foi o país da zona euro que mais ajudou a Grécia

Os números disponíveis contrariam a ideia defendida por Passos Coelho. Dados da Bloomberg podem ter ajudado à confusão.



Portugal está entre os países da zona euro que concederam até agora um menor volume de empréstimos à Grécia, quer em percentagem do PIB, quer levando em conta a dimensão da sua população. Isso acontece pelo facto de Portugal, a partir do momento em que lhe foi aplicado também um programa da troika, ter ficado dispensado dos custos associados à ajuda financeira à Grécia.
Os números disponíveis parecem, assim, contrariar a ideia defendida por Pedro Passos Coelho esta quinta-feira de que Portugal é “de longe o país dentro da União Europeia que, em percentagem do seu produto, maior esforço fez de apoio e solidariedade em relação à Grécia”.
A confusão pode ter acontecido na sequência de dados publicados por um economista da Bloomberg sobre o grau de exposição de cada país da zona euro à dívida grega. Maxime Sbaihi calculou, em contas reproduzidas por alguns meios de comunicação social nacionais, que o Estado português tinha uma exposição à dívida pública grega de 5,5 mil milhões de euros. Este valor representa cerca de 3,2% do PIB e superaria assim os 2,8% registados por Chipre e os 2,5% de Eslovénia, Malta e Espanha.
O problema com estes números de Portugal é que apenas parecem ser possíveis de atingir se, para além dos empréstimos bilaterais que foram concedidos pelos países do euro à Grécia logo no início da crise, da quota parte da exposição do BCE à Grécia e da quota parte da exposição do FMI, tiverem sido também considerados encargos de Portugal com os empréstimos concedidos pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

Mas, tal como confirmou ao PÚBLICO o porta-voz desta instituição, Portugal não teve de contribuir com qualquer transferência ou garantia para o FEEF. Por uma razão simples: por essa altura, Portugal também iria passar a receber os seus próprios empréstimos, na sequência da chegada da troika ao país. Isso aconteceu igualmente com a Irlanda e Chipre, para além, é claro, da Grécia.
Portugal contribuiu sim, num montante próximo de 1100 milhões de euros com empréstimos bilaterais à Grécia, logo na fase inicial da crise, quando a falta de instituições próprias para os apoios financeiros de emergências, a zona euro optou por financiar a Grécia através de créditos concedidos por cada um dos países. Portugal está ainda, de acordo com as quotas que tem nas respectivas instituições, exposto ao risco que é assumido pelo BCE (ao emprestar dinheiro ao Banco da Grécia e ao próprio Estado grego) e pelo FMI.
Um cálculo da exposição de cada país da zona euro, publicado em Janeiro pelo director da IESEG School of Management, Eric Dor, chega a números bastante diferentes dos de Maxime Sbaihi. Neste caso, que não inclui os empréstimos do FMI, Portugal tem uma exposição total de 2676 milhões de euros (1106 milhões dos empréstimos bilaterais e 1574 milhões relacionados com o BCE), o que representa 1,5% do PIB. 
Este valor supera apenas o de quatro outros países na zona euro: Luxemburgo, Chipre, Letónia e Irlanda. E fica consideravelmente abaixo dos 3,4% da Eslovénia, 3% da Espanha e Itália, 2,5% da França e 2,4% da Alemanha.
Quando se leva em conta as paridades do poderes de compra (assumindo que custa mais a Portugal emprestar um euro do que aos países mais ricos), as diferenças esbatem-se em relação às maiores potências europeias. Ainda assim, o peso é de 1,7% do PIB em Portugal, contra 3,2% em Espanha, 2,9% em Itália e 2,2% na França e na Alemanha.
A exposição por pessoa à Grécia é de 257,5 euros em Portugal, contra, por exemplo, 715 euros em Espanha ou 882,4 euros na Alemanha.
Se se levasse em conta os empréstimos do FMI, os números seriam mais altos, mas não apenas para Portugal, já que todos os países da zona euro fazem também parte da estrutura accionista do Fundo.
As declarações do primeiro-ministro surgiram como resposta à carta subscrita por 32 personalidades que defendem ser “contraproducente” a forma como o governo português tem gerido o debate europeu em relação à Grécia. “Tive a ocasião de ler a carta. Ela parte de um equívoco. Portugal é de longe o país dentro da União Europeia que, em percentagem do seu produto, maior esforço fez de apoio e solidariedade em relação à Grécia”, afirmou Passos Coelho.
Não foi possível obter junto do gabinete do primeiro ministro qualquer resposta sobre quais os dados usados para sustentar esta afirmação.
                 
Público de hoje