Hoje,
ao fim da manhã, vinha a ouvir na rádio o debate sobre a discussão do Orçamento
de Estado para 2013, que decorria na Assembleia da República. Falava o primeiro-ministro
Pedro Passos Coelho que, a determinada altura, disse mais ou menos isto: Os
dirigentes políticos devem ter cuidado com aquilo de dizem para, mais tarde,
não serem acusados de estarem a agir ao contrário do que tinham defendido. Fiquei
estupefacto. E disse cá para mim: Este gajo tem cá uma lata! Será que ele ainda
não viu aqueles pequenos vídeos que correm no youtube, noutras redes sociais e
em centenas de blogues, que mostram as contradições entre o que disse enquanto
líder na Oposição e aquilo que faz agora. Mas que grande pantomina que ele deu.
Que grande trapaceiro !
terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Nunca mais aprendem!
Respondendo
naturalmente a uma pergunta da Comunicação Social, o putativo candidato (como
diria Vasco Pulido Valente) pelo PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, disse
naturalmente que estava disponível a fazer entendimentos e coligações à
esquerda. É evidente que Manuel Pizarro, perante as circunstâncias, não poderia
dizer outra coisa. Mas, foi imprudente, pois esqueceu-se que o PCP se
consideraria também convidado. E isso só poderia trazer problemas.
Pois
bem, veio logo um tal Pedro Carvalho, vereador comunista na Câmara do Porto (pessoa
que eu não conheço e de quem nunca ouvi falar, nem bem, nem mal), “avisar(?)”
qua a CDU (a sigla de que o PCP se serve para esconder o nome) não está
disponível para “coligações oportunistas”. Era de prever. Para os comunistas o
seu principal adversário político sempre foi o PS. O Partido Comunista luta
pela sobrevivência. Não quer ter o mesmo destino dos outros partidos congéneres
na Europa. E, por isso, também critica o Bloco de Esquerda. Estes tipos não
aprendem!
sábado, 27 de outubro de 2012
Não tem vergonha
É
uma vergonha. Não há um português que reconheça a licenciatura de Miguel
Relvas. No entanto, o dito doutor da mula russa, como é um tipo sem vergonha,
continua a falar sobre o assunto e a dizer que tirou a licenciatura de acordo
com a lei então e vigor.
Pois
bem, a lei que ele invoca com descaramento pretendeu premiar o esforço de um ou
outro cidadão a quem a sua experiência de vida e sobretudo profissional poderia corresponder aos saberes de uma ou outra cadeira do currículo e por
isso ser-lhe-ia dada a equivalência. O que a lei não previa é que um manhoso
aproveitador com uma só cadeira de um outro curso e com mais três ou quatro
feitas “à borla” (com professores que não as leccionavam regularmente) pudesse
ficar licenciado tendo-lhe sido dadas trinta e tal equivalências! Por favor;
isto é um atentado ao esforço dos agora muitos licenciados que há no nosso
país. A licenciatura dada a
Relvas é uma vergonha! E os
professores que lha deram deviam ser banidos do ensino.
Estamos a andar para trás
Mais
uma sacanice, não conheço outro termo para adjectivar a atitude do Ministério
da Saúde. Foram suspensos os “cheques dentista” que permitiam às crianças cuidar e tratar os dentes, sobretudo as pertencentes às famílias mais
carenciadas. Foi uma medida implementada no tempo da ministra Ana Jorge,
bastante aplaudida por toda a gente, já que não há grandes alternativas no
Serviço Nacional de Saúde. Diz o Governo, mas eu e muita gente não acredita,
que a suspensão se deve a razões orçamentais e que os cheques dentista voltarão
em Janeiro. Quer dizer: uma criança necessita dos cuidados de um médico
dentista; ou os seus pais têm dinheiro para pagar os tratamentos do seu bolso,
ou espera por Janeiro. Até lá ficará com os dentes podres.
Cada
vez tenho menos dúvidas: Estamos a caminhar para trás; quase a chegar aos
tempos de Salazar!
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
É só para inglês ver!
Há
um dito bem português, muito popular, que se utiliza para qualificar
determinada coisa como sendo pouco ou nada importante apesar do destaque que se
lhe dá, e que é: “para inglês ver”.
Ora,
é para isso mesmo que servem as jornadas parlamentares da coligação, que estão
a decorrer na Assembleia da República. Ou seja, servem para nada. Na melhor das
hipóteses, talvez sirvam para mandar recados uns aos outros, e Portas já mandou
os seus apontando, como sempre, o dedo ao Gaspar. Seguir-se-ão, por certo,
outros recados, que darão muito “pano para mangas” aos jornalistas e
comentadores políticos. Ainda há pouco, ouvi um comentador dizer, com alguma
graça, que estas jornadas parlamentares se comparam aos casamentos: juntam-se
os convidados dos dois lados, há sorrisos, beijinhos e abraços e, sobretudo,
muita hipocrisia, já que mal se vão embora começam a dizer mal uns dos outros.
E
pensam estes tipos que conseguem enganar os portugueses!
LIDO
"Eu, que em 56 anos de vida tive mais problemas com polícias do que com ladrões, tenho mais simpatia pelos pequenos e médios ladrões, que roubam os ricos, do que pelos ladrões de impostos, que vivem à nossa custa, sejam eles banqueiros desonestos ou políticos corruptos. São gajos que dão mau nome à classe dos ladrões."
Jorge Fiel, in JN de hoje
Subscrevo.
Jorge Fiel, in JN de hoje
Subscrevo.
PRIVILÉGIOS
Nunca entendi por que razão algumas classes do funcionalismo público hão-de viajar de borla nos transportes públicos, isto é, nossos, salvo se em serviço, já que alguém vai ter que pagar. Adiante...
Ao que li ontem num jornal, as borlas nos transportes públicos de juízes e magistrados vão manter-se, parecendo que outras classes que gozavam do mesmo privilégio serão excluídas, sendo que a ministra terá pedido sigilo sobre tal privilégio.
Sobre o assunto transcrevo o post do blogue O Jumento, que merece o meu aplauso:
Se eu fosse magistrado sentiria uma imensa repugnância de mim próprio ao saber que há crianças a ir a pé para a escola por falta de dinheiro para o passe enquanto a ministra comprava os meus serviços oferecendo-me borlas nos transportes públicos. Sentiria nojo de ser um magistrado a quem cabe defender a legalidade e os valores constitucionais e ver que para mim havia um tratamento especial, que uma proposta de OE seria corrigido às escondidas dos olhos do grande púb,lico para que eu pudesse continuar a beneficiar de uma gorjeta miserável.
Mas como não sou magistrado e muito menos sindicalista não tenho de me envergonhar de ir a congressos de luxo patrocinados por bancos que estão a contas com a justiça ou de andar à borla em transportes públicos pagos com impostos de gente que ganha muito menos do que eu. É tão bom não ter bicos de papagaio!
Mas resta-me a revolta de ser cidadão de um país onde um sindicato de magistrados pede aos seus sócios para esconderem dos olhos do público que vão receber uma gorjeta do poder, gorjeta que será paga com os impostos de gente pobre a quem são cortados apoios sociais. Uma revolta que chega a ser vergonha de ser português, vergonha de viver num país onde todos os dias se viola o segredo de justiça ao mesmo tempo que os magistrados pedem segredo para coisas miseráveis como estas.
É triste ver gente que nem ganha assim tão mal e que estão entre os melhor remunerados do Estado estarem a receber às escondidas uns passes de borlas em transportes públicos, já não há fronteiras morais e a austeridade está a levar a um salve-se quem puder onde todos se atropelam.
Um nojo.
Ao que li ontem num jornal, as borlas nos transportes públicos de juízes e magistrados vão manter-se, parecendo que outras classes que gozavam do mesmo privilégio serão excluídas, sendo que a ministra terá pedido sigilo sobre tal privilégio.
Sobre o assunto transcrevo o post do blogue O Jumento, que merece o meu aplauso:
Se eu fosse magistrado sentiria uma imensa repugnância de mim próprio ao saber que há crianças a ir a pé para a escola por falta de dinheiro para o passe enquanto a ministra comprava os meus serviços oferecendo-me borlas nos transportes públicos. Sentiria nojo de ser um magistrado a quem cabe defender a legalidade e os valores constitucionais e ver que para mim havia um tratamento especial, que uma proposta de OE seria corrigido às escondidas dos olhos do grande púb,lico para que eu pudesse continuar a beneficiar de uma gorjeta miserável.
Mas como não sou magistrado e muito menos sindicalista não tenho de me envergonhar de ir a congressos de luxo patrocinados por bancos que estão a contas com a justiça ou de andar à borla em transportes públicos pagos com impostos de gente que ganha muito menos do que eu. É tão bom não ter bicos de papagaio!
Mas resta-me a revolta de ser cidadão de um país onde um sindicato de magistrados pede aos seus sócios para esconderem dos olhos do público que vão receber uma gorjeta do poder, gorjeta que será paga com os impostos de gente pobre a quem são cortados apoios sociais. Uma revolta que chega a ser vergonha de ser português, vergonha de viver num país onde todos os dias se viola o segredo de justiça ao mesmo tempo que os magistrados pedem segredo para coisas miseráveis como estas.
É triste ver gente que nem ganha assim tão mal e que estão entre os melhor remunerados do Estado estarem a receber às escondidas uns passes de borlas em transportes públicos, já não há fronteiras morais e a austeridade está a levar a um salve-se quem puder onde todos se atropelam.
Um nojo.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Uma pulhice; Piores que Judas Escariotes!
Ontem
à noite, acabados os futebóis, liguei para a SIC Notícias, onde decorria um
debate político com representantes dos partidos representados no Parlamento, e
fiquei a saber que o Governo propõe cortar 10% nos subsídios de desemprego mais
baixos, cortar 6% no Rendimento Social de Inserção e cortar também, pasme-se,
no valor de referência do Complemento Solidário para Idosos. A minha indignação
foi de tal ordem que apenas me ocorreu classificar a proposta destas medidas
como: “uma pulhice”. Nunca pensei ver o meu país governado por gente tão perversa.
Que grande desumanidade. Como é possível que alguém possa sequer propor que se
discutam medidas que, a irem avante, levariam gente que já é pobre a passar à
condição de gente miserável. E se pensarmos que gente desta andou a visitar
instituições de solidariedade social, como lares de idosos, a dar beijinhos às
velhinhas e abraços aos velhinhos, mais nos revoltamos. Comportam-se como Judas
Escariotes, que beijou Jesus Cristo sabendo que o ia entregar para ser
condenado à morte. Inqualificável!
AUSÊNCIAS
Nos tempos conturbados em que vivemos, em que pretendem, à sorrelfa do inerranável OE-2013, acrescentos como a diminuição do subsídio de desemprego e outras alarvidades, o venerando chefe de Estado desapareceu em combate, talvez a procurar caçar as coelhas (que párem até dizer basta, como coelhas que são) que invadiram a sua vivenda algarvia e comem tudo (elas comem tudo, parafraseando o Zeca Afonso) o que seja vegetal, incluindo a relva do jardim (e até comeriam o Relvas se o apanhassem a jeito!). Não tem sido visto em nenhuma visita, inauguração ou conferência e, que eu saiba, já nem no facebook manda escrever o que quer que seja.
A ministra da Justiça, que parece que agora até dá instruções à PGR, deveria mandar investigar o desaparecimento do homem. Estará morto e a família não se apercebeu ou não se queixou, ou apenas doente com uma gripe?
A ministra da Justiça, que parece que agora até dá instruções à PGR, deveria mandar investigar o desaparecimento do homem. Estará morto e a família não se apercebeu ou não se queixou, ou apenas doente com uma gripe?
terça-feira, 23 de outubro de 2012
E o défice e a dívida continuam a aumentar. Triste fado nosso
Tal
como já vem sendo habitual, também falhou a execução orçamental de Setembro, sobretudo
porque a receita com os impostos continuou a cair a um ritmo maior do que no
mês anterior. E em consequência disso o défice agravou-se em 76 milhões de
euros, nesse mês.
Ora,
toda a gente vê o que só o Governo não vê. Que a austeridade cega imposta aos portugueses
está a conduzir-nos a uma situação muito pior do que aquela que tínhamos quando se solicitou ajuda
financeira à malfadada Troika.
É
este o triste destino a que estamos condenados, se nada se fizer no sentido de
inverter a situação. A nossa economia está sobretudo alicerçada no consumo
interno, e sem ele o desemprego aumenta e os impostos, sobretudo o IVA, o ISV e
o ISP, diminuem muito. Ora, exceptuando uma dúzia de talibãs que pertencem à
irmandade do Gaspar, muita gente de vários quadrantes políticos têm chamado à
atenção para isso. Daí, as críticas à proposta do Orçamento. Mas o Governo não
ouve.
Então,
o que fazer? Sabe-se que alguns (muitos) deputados da maioria não concordam com
o que está proposto. Mas também sabemos que a cobardia de muitos deles os leva
a votar violando a sua consciência. Resta-nos uma atitude firme do Presidente
da República. Mas infelizmente Cavaco Silva é, nas grandes questões um
presidente ausente, que só fala através do Facebook.
Triste
fado o nosso!
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
E agora Menezes?
Por
acaso, estava a ver a SIC Notícias quando Luís Filipe Menezes, contracenando
com Mário Crespo, num dos noticiários apresentado por este artista, anunciou,
com pompa e circunstância (tudo muito bem encenado para dar a ideia que era
mesmo imprevisto), que era candidato à Câmara Municipal do Porto, e mais, que
já tinha a aprovação do Presidente do partido - Pedro Passos Coelho. Confesso
que na altura fiquei apreensivo, pois sou daqueles que classifica Menezes como
um às da demagogia e um tipo de político que não olha a meios para atingir os
seus fins – uma espécie de Alberto João Jardim cá do continente. Comecei logo a imaginar como seria penoso
suportá-lo à frente do município da cidade onde resido. Mas em democracia
estamos sempre sujeitos a ter de suportar grandes contrariedades.
Passadas
para aí duas horas comecei a lembrar-me que na altura da eleição de Menezes
para Presidente do PPD, alguns militantes carismáticos do partido manifestaram
publicamente o seu desagrado. Por outro lado não acreditava que Rui Rio, que
teve de enfrentar algumas desfeitas de Menezes, e o CDS que foi hostilizado
enquanto ele liderou o partido, ficassem de braços cruzados. Pois
bem, não tardou que Miguel Veiga, um histórico e fundador do PPD no Porto
viesse dizer que o partido não devia apoiar Menezes. Poucos dias depois, Manuel
Sampaio Pimentel, ex-Vereador do CDS na Câmara do Porto, publica dois artigos
no jornal Público, justificando porque não podia votar em Menezes. Hoje, veio a
machadada final. O CDS do Porto anuncia oficialmente que não apoia oficialmente
a candidatura de Luís Filipe Menezes à Câmara do Porto. E agora Menezes?
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Votar por solidariedade; com quem?
Hoje,
o patriota Paulo Portas informou os portugueses que o partido que lidera, e que
faz parte da coligação que nos governa, vai votar favoravelmente o Orçamento
Geral do estado, por solidariedade. Como; por solidariedade, com quem? Com o
Governo do qual ele faz parte? Com a parte do PPD que apoia o Governo? Com o
talibã Gaspar e alguns elementos da sua irmandade? Com a Sra Merkel e sua
doutrina neoliberal que quer a todo custo empobrecer os portugueses? E a
solidariedade que ele e o partido que lidera deviam ter para com os portugueses
a quem jurou não fazer aquilo que agora vai aprovar? É esta a coerência dele?
Que grande artista a quem nós estamos entregues!
MANUEL ANTÓNIO PINA
O JN (que dizem ir ser vendido) ficou mais pobre com o desaparecimento de MAP.
Os habituais leitores da sua coluna irão sentir a sua falta.
RIP
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
ARTISTAS DESONESTOS
Estes gajos que é suposto governarem-nos, são uns artistas desonestos, a começar pelo maior deles, o Gaspar (aqui o Passos e o Relvas não entram, porque suspeito que não saibam contar até dez). Então, não é que nas contas do orçamento comparam variações percentuais entre números absolutos com variações percentuais sobre percentagens, com o objectivo de enganarem o pagode e próprio parlamento, fazendo passar subliminrarmente a mensagem de que quem é mais causticado com o IRS são os grandes redimentos, quando a verdade é que são os de menores rendimentos que vêem a carga fiscal subir brutalmente?
Passar de 100 para 200 não é a mesma coisa do que passar de de 1000 para 1500, por exemplo.
Se isto não é desonestinade, é o quê?
Quando é que estes gajos são corridos? O venerando Chefe de Estado não se pronuncia? Terá ele ouvido as declarações de Jorge Sampaio, entre outras? Ou está entretido no Facebook com "amigos"?
Passar de 100 para 200 não é a mesma coisa do que passar de de 1000 para 1500, por exemplo.
Se isto não é desonestinade, é o quê?
Quando é que estes gajos são corridos? O venerando Chefe de Estado não se pronuncia? Terá ele ouvido as declarações de Jorge Sampaio, entre outras? Ou está entretido no Facebook com "amigos"?
Mas que grande pantomina!
O
nosso (credo, abrenúncio) ministro Álvaro, um pândego que ninguém leva a sério,
é capaz de, no espaço de dois ou três dias, dizer uma coisa e o seu contrário.
Há dois ou três dias o Álvaro, talvez influenciado pelas muitas criticas de
pessoas avalizadas, disse que o Orçamento do Estado, tal como nos foi dado a
conhecer, não era um estímulo ao crescimento da nossa economia. Pois bem, hoje
na Assembleia da República este caricato governante defendeu, com uma grande
lata, os princípios do projecto de orçamento. Disse, entre outras coisas, que
era um orçamento que nos irá levar à saída da crise e ao cumprimento das metas
acordadas com os credores. Dir-se-á que o pândego do Álvaro deu uma grande
cambalhota ou, melhor ainda, deu uma grande pantomina. E como já nos vamos habituando
a vê-lo às pantominas, temos todo o direito a dizer que o homem age como um
pantomineiro, não é?
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
O que é que eles mereciam?
Toda
a gente tem direito a dizer disparates. Mas há pessoas que nos últimos tempos
não fazem outra coisa. E, ao dizê-los, estão sempre à espera de protagonismo,
porque pensam que são mais espertos do que outros, quando na realidade só fazem
figuras tristes. Mas foi mixordando, como eles mixordam, que lá conseguiram
grandes reformas com meia dúzia de anos (ou menos) de trabalho.
Falo,
neste momento de dois artistas da nossa praça: António Borges e Mira Amaral.
Estavam tão bem calados e, p’ró que lhes deu, resolveram falar. Pronto, deu
asneira.
António
Borges veio dizer que: “Gaspar é muito bom, é uma sorte enorme tê-lo”. Só pode
estar a afrontar a maioria dos portugueses que já não podem, sequer, ouvir
falar em Gaspar (até se consta que este ano nos presépios portugueses só vão
figurar dois reis magos: O Belchior e o Baltasar).
Mira
Amaral deu uma no cravo e outra na ferradura a propósito do Orçamento do Estado
e mandou calar o bico aos dirigentes dos dois partidos da coligação, sobretudo
àqueles que, quanto a ele, têm “falado de mais”. Evidentemente que este tipo se
está nas tintas para o comum dos portugueses e, por isso, chegou até ao
desplante de dizer que é natural que seja a classe média a suportar mais os
efeitos das medidas de austeridade. Grande safado este que acumula faustosos
vencimentos com uma pensão, cujo valor vai muito acima da média, por meia dúzia
de anos de Administrador na Caixa Geral de Depósitos.
O
que é que estes tipos mereciam?
Tão amigos que eles são; ou eram?
Tão
amigos que eles são, ou que eles eram?
Parece
que os últimos desenvolvimentos políticos, nomeadamente o projecto do Orçamento
Geral do Estado, está a causar problemas no relacionamento PC – PP. Parece que
ambos iam a Bucareste para participarem num Congresso do Partido Popular
Europeu. Ora, Paulo Portas já informou que não vai, invocando “motivos de agenda”; Qual agenda? Este
Portas é de mais!...
É
claro que um episódio destes só pode ser entendido como mais uma “paulada” na
já frágil coligação. Será o princípio do fim da mesma? Aguardemos os próximos
episódios.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Futebol - A nossa (pobre) selecção
Uma
vergonha! E é esta a terceira selecção do ranking da FIFA? Por favor, eu sou
português, quero que qualquer selecção portuguesa, seja de futebol, de andebol,
ou até de berlinde ganhe, mas não quero, nem posso, meter a cabeça na areia e fazer
de conta que não vejo a realidade.
Responsáveis,
claro que há. Porque é que Eliseu, que está em grande forma em Espanha, não é
convocado, nem após a lesão de Fábio Coentrão? Porque é que Éder, que
revolucionou o nosso ataque quando entrou e foi o obreiro do golo, não foi titular?
Porque saem do jogo Miguel Lopes e Ruben Micael, que até estavam a jogar
benzinho e não Veloso e Postiga que estavam a jogar mal? Qual o ganho com a
entrada de Ruben Amorim?
E
depois: Ronaldo, o melhor jogador do mundo? Tenham dó. Melhor jogador do mundo
é o Méssi que joga e faz jogar. Na selecção Argentina marca dois golos e dá um
a marcar. Melhor jogador do mundo foi o Eusébio, que pegou na equipa num jogo
contra a Coreia, em que perdíamos por 3-0, e marcou e deu golos a marcar. Fez a
diferença. Melhor jogador do mundo foi Figo que fez a diferença em alguns
jogos. O resto …, é conversa!
Lá
volta a nossa signa: “ se ganharmos àquele e aos outros, e se os outros
ganharem ou perderem de acordo com o que nos convém, lá ficaremos apurados”.
Senhores jornalistas não embandeirem e arco. Caiamos na realidade
As desgraças do Orçamento
Eu
já tinha prometido a mim mesmo pouco ou nada comentar sobre o Orçamento, uma
vez que, tirando um ou outro talibã neoliberal que provavelmente lê a mesma
cartilha do ministro Gaspar (estou a lembrar-me daquele comentador Camilo Lourenço
que algumas vezes vejo logo de manhã no “Bom Dia Portugal” da RTP), várias
personalidades das áreas políticas da Esquerda e da Direita, muitas das quais
ocuparam cargos de relevância política no nosso país, já lhe chamaram tudo: Assalto,
roubo, terramoto, septicémia, etc, etc.
Mas há coisas às quais não me posso calar.
A
primeira é à actuação de Victor Gaspar. Não respeita nada nem ninguém. Com um
cinismo, que eu só sei qualificar de sacana, afronta e falta ao respeito aos
cidadãos, parecendo elogiá-los (melhor povo do mundo), mas espezinhando-os
através do enorme agravamento dos impostos, afronta os deputados, mandando-lhes
o recado de que “têm que aprovar o que ele quer” (esquecendo-se que é ele que
depende do Parlamento), afronta o CDS – o partido minoritário da coligação – e
sobretudo o seu líder Paulo Portas e, para cúmulo, falta ao respeito ao
Presidente da República dando a entender que pouco lhe interessa as opiniões de
Cavaco Silva, nomeadamente o que este escreve no Fecebook . Não pode ser. Alguém tem que o meter na ordem.
A
segunda coisa que quero realçar é a cobardia de muitos deputados do PPD, que se
mantêm calados como se tivessem uma mordaça na boca. Ponham os olhos nos
deputados Ingleses do partido Conservador que são os primeiros a chamar à
atenção do seu líder e primeiro-ministro que não pode governar com a regra do “quero
posso e mando”.
Finalmente
quero comentar o comportamento do Presidente da República, perguntando: Onde
está ele? Porque não fala aos portugueses? Numa altura de profunda crise, à
beira de confrontação social, em que os cidadãos pouco ou nada acreditam nas
instituições e que já perderam a esperança, o Presidente da República, em vez
de se lhes dirigir através dos principais meios de Comunicação Social,
manda-lhes recados pelo Facebook. Simplesmente
deplorável.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
PROPOSTA DE OE
Não creio que seja necessário ser perito em finanças públicas para concluir que a proposta de OE hoje apresentada pelo ministro Gaspar só pode conduzir ao encerramento definitivo do país a muito curto prazo.
Eventuais alterações na AR não mudarão em nada o "programa" desenhado a régua e esquadro, algures, e bem aplicado por alunos bem comportados.
Poderá restar o veto, improvável, do PR (que só "fala" no facebook) ou o recurso ao TC, com decisão tardia e sem efeitos retroactivos. Até lá, já morremos todos...
Em alternativa, irmos, já, todos para a rua e dizer: BASTA! e correr com esta gente, cuja incompetência ou erros, deliberados, vamos ter que pagar! Mas talvez valha o preço.
Eventuais alterações na AR não mudarão em nada o "programa" desenhado a régua e esquadro, algures, e bem aplicado por alunos bem comportados.
Poderá restar o veto, improvável, do PR (que só "fala" no facebook) ou o recurso ao TC, com decisão tardia e sem efeitos retroactivos. Até lá, já morremos todos...
Em alternativa, irmos, já, todos para a rua e dizer: BASTA! e correr com esta gente, cuja incompetência ou erros, deliberados, vamos ter que pagar! Mas talvez valha o preço.
Jograis OUP- Oh Relvas Oh Relvas
Nasceu no meio dos "jotas"
Uma carreira de esquemas
Mesmo tirando más notas
Tem notas sem problemas
Oh Relvas, oh Relvas
Tu já fazes vista
És contrabandista de universidades
Um doutor das novas oportunidades
Espiavas à semana
Com o Silva Carvalho ias
Aos domingos tinhas ganas
De extinguir as freguesias
Oh Relvas, oh Relvas
Tens canudo à vista
És contrabandista de universidades
Não andas de Clio, nem dizes verdades
Um curso sobre-humano
Fizeste 5 em 1
Se fossem mais de vinte anos
Podias ser qualquer um
Oh Relvas, oh Relvas
Foste vigarista
Tu és recordista de velocidade
Doutor da batota sem necessidade
Letra: Miguel Bastos "Misha" / Jograis do Orfeão Universitário do Porto
Viola: João Sousa / Voz: Pedro "Figueira" Martins
In: XXVI FITU "Cidade do Porto" - Coliseu do Porto, 13 de Outubro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
O Gaspar é incompetente
Afinal,
parece que a proposta de Orçamento que o Conselho de Ministros aprovou após
trinta e três horas de reunião (treze + vinte), não passa de “proposta de
proposta”, pois segundo sabemos agora ainda vai haver mais tempo de reunião, na
Segunda-feira, para possíveis “ajustamentos”
ou, digo eu, alterações. O que dizer disto?
Vejam
como estes tipos (e tipas) nos governam. Dizem ou mandam dizer, como no caso da
“privatização” da RTP, que vão fazer… “assim”; o povo manifesta-se, chovem
críticas de todos os lados e, lá vem a emenda: afinal vão fazer… “assado”. Foi
o que sucedeu, por exemplo, com a concessão da RTP, com a TSU, agora com o IRS
e também com outras medidas da tal proposta(?) de Orçamento. Ou seja, decide-se
tomar determinada medida sem se fazer qualquer estudo do impacto que a mesma
tem na sociedade e nos cidadãos. Ainda agora com o IRS se verificou que a
alteração dos escalões levou a que os contribuintes incluídos nos escalões mais
baixos vejam a sua contribuição mais agravada do que os contribuintes incluídos
nos escalões mais altos. Isto é a doutrina do Gaspar: “os mais pobres que
paguem a crise”. Eu já não tenho dúvidas: O Gaspar é um INCOMPETENTE!
CARDEAL PATRIARCA
Tenho apreço por dom José Policarpo, por isso fiquei desencantado e até espantado com as suas declarações, ontem, em Fátima, sobre o actual momento político e as manifestações populares que têm ocorrido por todo o país. Até parece que dom José desconhece a Constituição, que consagra que o poder, não estando na rua, está no Povo, que tem que manisfestar o seu desagrado quando é necessário, como acontece nos tempos que vivemos. A democracia não se resume ao uso do voto nas datas pré-determinadas pelo calendário.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Quem tem ..., tem medo
Não
há a mais pequena dúvida: Passos Coelho está cheio de medo das reacções dos
portugueses. Pesa-lhe a consciência das medidas brutais que nos está a impor e,
vai daí, foge-lhes. Só assim se compreende que tivesse “inventado” uma ida à
Hungria para não estar nas comemorações do 5 de Outubro, tivesse usado a
desculpa do Orçamento para não ir participar na campanha eleitoral dos Açores,
tivesse ido visitar uma faculdade acompanhado de muitos “gorilas”, um dos quais
até quis “acertar o passo” a um jornalista, e que hoje na Assembleia da
República tivesse mostrou o pânico de
que está possuído ao acusar o PCP e outros partidos da Oposição de excessos de
linguagem que podem causar actos de violência.
Pois
é, como diz o povo: “quem tem cú tem medo”.
A austeridade chega aos mortos!
A
austeridade até chega aos mortos! Pois chega, já que a proposta de Orçamento
que o Governo vai apresentar na Assembleia da República, reduz e muito o valor
máximo para o subsídio de funeral. Quer dizer que o comum dos cidadãos já não
pode morrer descansado e, sobretudo, despreocupado uma vez que pode ocasionar à
família uma carga de trabalhos! Esta troika lusa PVP- Pedro, Victor e Paulo- já
nem pelos mortos tem respeito.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Reunião para aprovação ou para ... encenação?
Vinte
horas de reunião, a fazer o quê?
É
muito estranho que o Governo estivesse reunido vinte horas para aprovação, pelo
Conselho de Ministros, da proposta do Orçamento do Estado para 2013. Ninguém
acredita que, seja ele que governo for e em que altura for (com crise ou sem
crise), a proposta do orçamento de um qualquer estado do mundo civilizado não
vá praticamente pronto para uma reunião de aprovação, e que apenas sejam
discutidos pormenores. E se juntarmos a estas vinte horas, mais treze horas da
reunião de Domingo, concluímos que os ministros precisaram de estar reunidos
trinta e três horas para aprovação do Orçamento do Estado.
Bem,
eu não sou excepção e, por isso também digo não acredito. A não ser que tenha
de concluir primeiro que os nossos ministros são, como dizer …, de compreensão
lenta !!
Ah,
já agora: Fizeram pausas para o “chichi”?
PASSOS , RELVAS & COMANDITA
Do Público de hoje, assinado pelo jornalista José António Cerejo:
A Tecnoforma, empresa de que Passos Coelho foi consultor e depois gestor, conseguiu fazer aprovar na Comissão de Coordenação Regional do Centro (CCDRC), em 2004, um projecto financiado pelo programa Foral para formar centenas de funcionários municipais para funções em aeródromos daquela região que não existiam e nada previa que viessem a existir. Nas restantes quatro regiões do país a empresa apresentou projectos com o mesmo objectivo, mas foram todos rejeitados por não cumprirem os requisitos legais. As cinco candidaturas tinham como justificação principal as acrescidas exigências de segurança resultantes dos ataques às torres gémeas de Setembro de 2001( Dá para rir, não dá?).
O programa Foral era tutelado por Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local, e na região Centro o gestor do programa Foral (e presidente da CCDRC) era o antigo deputado do PSD Paulo Pereira Coelho, que foi contemporâneo de Passos Coelho e de Relvas na direcção da Juventude Social Democrata (ver PÚBLICO de segunda-feira).
O projecto da Tecnoforma destinado a formar técnicos para os aeródromos e heliportos municipais espalhados pelo país começou a ser preparado no início de 2003, deparando-se desde logo com dificuldades várias ao nível da aprovação dos cursos pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), a única entidade que os podia homologar, e da possibilidade de ser financiado pelos fundos europeus do programa Foral.
No Verão desse ano, a administração da Tecnoforma negociou o assunto com a secretaria de Estado da Administração Local e a 31 de Julho escreveu ao seu titular, Miguel Relvas, ao cuidado da sua então secretário pessoal (Helena Belmar), que agora ocupa as mesmas funções no gabinete de Passos Coelho. “Na sequência das reuniões que têm vindo a ser realizadas com a área dos Transportes e com a Secretaria de Estado da Administração Local fomos incumbidos de apresentar um projecto nacional” de formação de técnicos de aeródromos e heliportos municipais, lê-se no ofício.
Seis meses depois, a 23 de Janeiro de 2003, Miguel Relvas e Jorge Costa, então secretário de Estado das Obras Públicas (com a tutela do INAC) assinaram um protocolo que visava criar as condições para que o INAC aprovasse um conjunto de cursos para técnicos de aeródromos e heliportos municipais, que eram, palavra por palavra, os anteriormente propostos pelas Tecnoforma; e arranjar maneira de o programa Foral os pagar.
O documento estipulava também que o gabinete de Miguel Relvas deveria sensibilizar as empresas privadas de formação profissional, para se envolverem na formação desses técnicos, e autarquias que possuíam aeródromos e helipistas, para inscreverem os seus funcionários nos cursos.
Dezassete dias depois, a 9 de Fevereiro, a Tecnoforma, invocando aquele protocolo, candidatou-se, com dossiers de centenas de páginas, a financiamentos do Foral para realizar aqueles mesmos cursos nas cinco regiões do país. A candidatura maior, que previa 1063 formandos (correspondentes a um total entre 300 e 400 pessoas distintas, porque algumas poderiam frequentar vários cursos) foi entregue na região Centro e apontava para um custo global de 1,2 milhões de euros. E foi a única, que foi aprovada.
Foi aliás a mais cara de todas as que foram financiadas no quadro do programa Foral nos seis anos que este durou (2002-2008). O protocolo patrocinado por Miguel Relvas não foi objecto de qualquer espécie de divulgação e nenhuma empresa, além da Tecnoforma, se candidatou formar os tão necessários técnicos de aeródromos e heliportos municipais.
A execução do projecto da Tecnoforma, cujas contas finais foram assinadas por Pedro Passos Coelho em Março de 2007 (já com o PS no Governo), acabou por não ver aprovada a última das várias prorrogações solicitadas e revelou-se um fracasso. Dos 1063 formandos, a empresa acabou por formar apenas 425 (embora a esmagadora maioria deles tenha participado apenas em sessões de apresentação dos cursos) e em vez dos 1,2 milhões de euros recebeu cerca de 311 mil euros. Nenhum dos cursos que foram ministrados foi concluído e os 36 funcionários que municipais que os frequentaram nunca foram certificados pelo INAC
Nota:
- li, algures, hoje, que a senhora Helena Belmar, referida no texto, então secretária pessoal de Relvas, foi despedida, por razões pouco abonatórias, por Passos, de quem era, até há dias, secretária pessoal
Obs.:
Será que a nova PGR vai mandar investigar a coisa?
A Tecnoforma, empresa de que Passos Coelho foi consultor e depois gestor, conseguiu fazer aprovar na Comissão de Coordenação Regional do Centro (CCDRC), em 2004, um projecto financiado pelo programa Foral para formar centenas de funcionários municipais para funções em aeródromos daquela região que não existiam e nada previa que viessem a existir. Nas restantes quatro regiões do país a empresa apresentou projectos com o mesmo objectivo, mas foram todos rejeitados por não cumprirem os requisitos legais. As cinco candidaturas tinham como justificação principal as acrescidas exigências de segurança resultantes dos ataques às torres gémeas de Setembro de 2001( Dá para rir, não dá?).
O programa Foral era tutelado por Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local, e na região Centro o gestor do programa Foral (e presidente da CCDRC) era o antigo deputado do PSD Paulo Pereira Coelho, que foi contemporâneo de Passos Coelho e de Relvas na direcção da Juventude Social Democrata (ver PÚBLICO de segunda-feira).
O projecto da Tecnoforma destinado a formar técnicos para os aeródromos e heliportos municipais espalhados pelo país começou a ser preparado no início de 2003, deparando-se desde logo com dificuldades várias ao nível da aprovação dos cursos pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), a única entidade que os podia homologar, e da possibilidade de ser financiado pelos fundos europeus do programa Foral.
No Verão desse ano, a administração da Tecnoforma negociou o assunto com a secretaria de Estado da Administração Local e a 31 de Julho escreveu ao seu titular, Miguel Relvas, ao cuidado da sua então secretário pessoal (Helena Belmar), que agora ocupa as mesmas funções no gabinete de Passos Coelho. “Na sequência das reuniões que têm vindo a ser realizadas com a área dos Transportes e com a Secretaria de Estado da Administração Local fomos incumbidos de apresentar um projecto nacional” de formação de técnicos de aeródromos e heliportos municipais, lê-se no ofício.
Seis meses depois, a 23 de Janeiro de 2003, Miguel Relvas e Jorge Costa, então secretário de Estado das Obras Públicas (com a tutela do INAC) assinaram um protocolo que visava criar as condições para que o INAC aprovasse um conjunto de cursos para técnicos de aeródromos e heliportos municipais, que eram, palavra por palavra, os anteriormente propostos pelas Tecnoforma; e arranjar maneira de o programa Foral os pagar.
O documento estipulava também que o gabinete de Miguel Relvas deveria sensibilizar as empresas privadas de formação profissional, para se envolverem na formação desses técnicos, e autarquias que possuíam aeródromos e helipistas, para inscreverem os seus funcionários nos cursos.
Dezassete dias depois, a 9 de Fevereiro, a Tecnoforma, invocando aquele protocolo, candidatou-se, com dossiers de centenas de páginas, a financiamentos do Foral para realizar aqueles mesmos cursos nas cinco regiões do país. A candidatura maior, que previa 1063 formandos (correspondentes a um total entre 300 e 400 pessoas distintas, porque algumas poderiam frequentar vários cursos) foi entregue na região Centro e apontava para um custo global de 1,2 milhões de euros. E foi a única, que foi aprovada.
Foi aliás a mais cara de todas as que foram financiadas no quadro do programa Foral nos seis anos que este durou (2002-2008). O protocolo patrocinado por Miguel Relvas não foi objecto de qualquer espécie de divulgação e nenhuma empresa, além da Tecnoforma, se candidatou formar os tão necessários técnicos de aeródromos e heliportos municipais.
A execução do projecto da Tecnoforma, cujas contas finais foram assinadas por Pedro Passos Coelho em Março de 2007 (já com o PS no Governo), acabou por não ver aprovada a última das várias prorrogações solicitadas e revelou-se um fracasso. Dos 1063 formandos, a empresa acabou por formar apenas 425 (embora a esmagadora maioria deles tenha participado apenas em sessões de apresentação dos cursos) e em vez dos 1,2 milhões de euros recebeu cerca de 311 mil euros. Nenhum dos cursos que foram ministrados foi concluído e os 36 funcionários que municipais que os frequentaram nunca foram certificados pelo INAC
Nota:
- li, algures, hoje, que a senhora Helena Belmar, referida no texto, então secretária pessoal de Relvas, foi despedida, por razões pouco abonatórias, por Passos, de quem era, até há dias, secretária pessoal
Obs.:
Será que a nova PGR vai mandar investigar a coisa?
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
SENTENÇAS
Juiz (Vítor):
- levante-se o réu. Tudo visto, constata-se que você andou a estourar por aí o que não era seu, pelo que vou condená-lo a 20 anos de prisão. Não obeteve merecimento o pedido de indemnização da parte, se você se portar bem até meio da pena.
Réu (o Zé):
- ó senhor doutor juiz, tenha pena de mim, que nasci órfão de pai e mãe e até de avós e fui incentivado a..., sabe como é... e até estou sem vintém, o plasma já está penhorado, e até a mulher me deixou...
Juiz:
- pois bem, atendendo a que você faz parte da melhor aldeia do mundo, é boa pessoa, é um homem pacífico, que nunca, que tenha ficado provado, insultou grosseiramente nem bateu no regedor, vai cumprir apenas 19 anos e 11 meses.
Réu:
- Obrigado, senhor doutor juiz, o senhor é um bom homem e deve ser um bom chefe de família, que Deus o guarde. E aos senhores doutores Lebre e Paulão, meus advogados oficiosos, que tão bem me defenderam, também estou grato. Inté....
- levante-se o réu. Tudo visto, constata-se que você andou a estourar por aí o que não era seu, pelo que vou condená-lo a 20 anos de prisão. Não obeteve merecimento o pedido de indemnização da parte, se você se portar bem até meio da pena.
Réu (o Zé):
- ó senhor doutor juiz, tenha pena de mim, que nasci órfão de pai e mãe e até de avós e fui incentivado a..., sabe como é... e até estou sem vintém, o plasma já está penhorado, e até a mulher me deixou...
Juiz:
- pois bem, atendendo a que você faz parte da melhor aldeia do mundo, é boa pessoa, é um homem pacífico, que nunca, que tenha ficado provado, insultou grosseiramente nem bateu no regedor, vai cumprir apenas 19 anos e 11 meses.
Réu:
- Obrigado, senhor doutor juiz, o senhor é um bom homem e deve ser um bom chefe de família, que Deus o guarde. E aos senhores doutores Lebre e Paulão, meus advogados oficiosos, que tão bem me defenderam, também estou grato. Inté....
O OURO DO SALA
Sabe-se que as exportações têm crescido, um pouco à custa do ouro. Mas não se trata de ouro extraído das minas de Jales ou de alhures. Não, trata-se de poupanças dos nossos pais, avós ou até bisavós, em moedas, arrecadas, brincos, fios, pulseiras, broches e outros artefactos. Isto significa o empobrecimento das famílias e das pessoas a quem já nada mais resta, salvo os dedos que pensam ainda vir a ter alguma utilidade.
Entretanto, vejo na SIC-N um anúncio nojento do António Sala, preocupadíssimo com a crise, como se fosse um analistaeconómico ou um ministro das Finanças, aconselhando a venda desse ouro a uma qualquer empresa espanhola.
Tal anúncio é, para além de nojento, rasteiro e insultuoso, e devia ser proibido por atentado à ética, aos bons costumes e traição à Pátria. E a SIC-N não sai bem no retrato. Não pode valer tudo. Haja dignidade.
Entretanto, vejo na SIC-N um anúncio nojento do António Sala, preocupadíssimo com a crise, como se fosse um analistaeconómico ou um ministro das Finanças, aconselhando a venda desse ouro a uma qualquer empresa espanhola.
Tal anúncio é, para além de nojento, rasteiro e insultuoso, e devia ser proibido por atentado à ética, aos bons costumes e traição à Pátria. E a SIC-N não sai bem no retrato. Não pode valer tudo. Haja dignidade.
ESTÓRIAS DO ZÉ GIL
Aí vai uma crónica interessante do Zé Gil
ANIMAIS CITADINOS
Gil Monteiro*
“Quem estima os animais tem bom coração”, dizia a Maria Lara para a prima, quando a visitou, e viu a cadelinha híbrida de reconhecidas raças. Tinha sido recolhida na movimentada rua de Costa Cabral, abandonada e quase a ser atropelada.
O coração não é mais que o órgão, agora estudado como um aparelho propulsor da atividade, deve ter células benemerentes que levam a gostar e acarinhar os seres vivos. Portanto, os rurais mudados para a urbe, se pudessem, levariam as ovelhas! Mesmo os cães e os gatos nem sempre são aceites pelos condomínios. Mas, pequena vingança, enchem as varandas ou sacadas e escadas com plantas, e mais plantas, por vezes pequenas árvores de fruto! Moderno, moderno, são os andares com terraços ajardinados, onde oliveiras velhas do Douro passaram a frutificar! Mais: dá gosto observar a antiga Praça Lisboa (Clérigos) transformada em olival relvado, com lojas novas por baixo do prado!
Explorando os campos de Paranhos, ainda podemos ver atividades agrícolas e alguns animais domésticos. O cantar do galo madrugador vai-se ouvindo. Propriedades rurais, escondidas entre prédios novos, ainda se encontram. Metem dó as antigas latadas abandonadas serem invadidas pelas silvas. As amoras têm melhor paladar que as uvas dos raquíticos cachos. Os muros, em perpianho de granito tosco, limitavam velhas habitações, as hortas e o poço. Devido à abundante camada freática do Porto, as residências eram obrigadas a terem poços de água, pois os fontanários eram poucos, e não havia água canalizada.
Pessoa amiga herdou uma dessas casas antigas e anexos, “perdida” entre as urbanizações da avenida Fernão de Magalhães e Costa Cabral, perto da Areosa. Fez as obras de adaptação, com uma condição: conservar o muro alto de granito, que separava a residência da única rua lateral. Criou um paraíso, transformado em inferno. Como das janelas de casa não se vê, e a rua tem pouco movimento, os carros param, e são atirados gatos e cães rejeitados para o jardim! Está farta de oferecer animais, e correr para os serviços de veterinária.
No Porto existem poucos cães vadios, já gatos são muitos, por terem maior poder de sobrevivência: não passeiam nas ruas, caçam bicharada, e até pombas; têm refúgio nos arbustos dos campos abandonados, e não são apanhados, pois metem-se por baixo dos carros estacionados. Alguns vivem e procriam nas garagens, e aproveitam as aberturas da porta para, pacatamente, fazerem os seus passeios ao ar livre. O tempo das portas das lojas terem um buraco, para entrada e saída dos gatos, já lá vai!
Como na minha rua há uma escola secundária, com zonas verdes arborizadas, à volta dos pavilhões e dos campos recreativos, é um alfobre de gataria. Suponho que o carinho dos alunos, professores e funcionários, mais os restos das merendas, são responsáveis pela existência.
Mas, há senhoras muito ternurentas para os gatos vadios, talvez por não terem condições de os albergar, formaram uma comissão de tratamento dos gatos vagabundos da rua e arredores, cuidando:
A alimentação diária, e escondida da cobiça das gaivotas e pombas, contagem ou identificação;
Apanhar, e ir ao veterinário castrar as gatas ou outros tratamentos.
A hospedaria é tão boa que um gato persa agarrado, entregue ao dono, voltou para a liberdade!
Porto, 3 de outubro de 2012
*José Gil Correia Monteiro
Jose.gcmonteiro@gmail.com
ANIMAIS CITADINOS
Gil Monteiro*
“Quem estima os animais tem bom coração”, dizia a Maria Lara para a prima, quando a visitou, e viu a cadelinha híbrida de reconhecidas raças. Tinha sido recolhida na movimentada rua de Costa Cabral, abandonada e quase a ser atropelada.
O coração não é mais que o órgão, agora estudado como um aparelho propulsor da atividade, deve ter células benemerentes que levam a gostar e acarinhar os seres vivos. Portanto, os rurais mudados para a urbe, se pudessem, levariam as ovelhas! Mesmo os cães e os gatos nem sempre são aceites pelos condomínios. Mas, pequena vingança, enchem as varandas ou sacadas e escadas com plantas, e mais plantas, por vezes pequenas árvores de fruto! Moderno, moderno, são os andares com terraços ajardinados, onde oliveiras velhas do Douro passaram a frutificar! Mais: dá gosto observar a antiga Praça Lisboa (Clérigos) transformada em olival relvado, com lojas novas por baixo do prado!
Explorando os campos de Paranhos, ainda podemos ver atividades agrícolas e alguns animais domésticos. O cantar do galo madrugador vai-se ouvindo. Propriedades rurais, escondidas entre prédios novos, ainda se encontram. Metem dó as antigas latadas abandonadas serem invadidas pelas silvas. As amoras têm melhor paladar que as uvas dos raquíticos cachos. Os muros, em perpianho de granito tosco, limitavam velhas habitações, as hortas e o poço. Devido à abundante camada freática do Porto, as residências eram obrigadas a terem poços de água, pois os fontanários eram poucos, e não havia água canalizada.
Pessoa amiga herdou uma dessas casas antigas e anexos, “perdida” entre as urbanizações da avenida Fernão de Magalhães e Costa Cabral, perto da Areosa. Fez as obras de adaptação, com uma condição: conservar o muro alto de granito, que separava a residência da única rua lateral. Criou um paraíso, transformado em inferno. Como das janelas de casa não se vê, e a rua tem pouco movimento, os carros param, e são atirados gatos e cães rejeitados para o jardim! Está farta de oferecer animais, e correr para os serviços de veterinária.
No Porto existem poucos cães vadios, já gatos são muitos, por terem maior poder de sobrevivência: não passeiam nas ruas, caçam bicharada, e até pombas; têm refúgio nos arbustos dos campos abandonados, e não são apanhados, pois metem-se por baixo dos carros estacionados. Alguns vivem e procriam nas garagens, e aproveitam as aberturas da porta para, pacatamente, fazerem os seus passeios ao ar livre. O tempo das portas das lojas terem um buraco, para entrada e saída dos gatos, já lá vai!
Como na minha rua há uma escola secundária, com zonas verdes arborizadas, à volta dos pavilhões e dos campos recreativos, é um alfobre de gataria. Suponho que o carinho dos alunos, professores e funcionários, mais os restos das merendas, são responsáveis pela existência.
Mas, há senhoras muito ternurentas para os gatos vadios, talvez por não terem condições de os albergar, formaram uma comissão de tratamento dos gatos vagabundos da rua e arredores, cuidando:
A alimentação diária, e escondida da cobiça das gaivotas e pombas, contagem ou identificação;
Apanhar, e ir ao veterinário castrar as gatas ou outros tratamentos.
A hospedaria é tão boa que um gato persa agarrado, entregue ao dono, voltou para a liberdade!
Porto, 3 de outubro de 2012
*José Gil Correia Monteiro
Jose.gcmonteiro@gmail.com
COITADOS DOS ANTIGOS DEPUTADOS
Retiro do jornal "i":
A Associação dos ex-deputados do parlamento (AEDAR) e o Grupo Desportivo (GP) receberam nos últimos cinco anos do orçamento da Assembleia da República cerca de 286 mil euros. Este ano a associação de ex-deputados recebeu 42,5 mil euros e o grupo desportivo 15,2 mil euros.
Segundo o parlamento, estas comparticipações são aprovadas com os seguintes objectivos: “A Associação, para o seu funcionamento regular, estando previsto esse apoio nos termos do art.o 28.o do Estatuto dos Deputados. E o GDP, para apoio às actividades de índole cultural e desportiva desenvolvidas pelo grupo.
Um dos eventos organizados pelo GDP este ano foi um torneio de golfe na Quinta da Marinha que decorreu de 11 a 13 de Julho.
Ainda segundo os serviços do parlamento, “para o torneio de golfe, cuja organização foi da inteira responsabilidade do GDP, a AR teve como custos directos a oferta, como é tradicional em todos os parlamentos, do jantar de encerramento e de alguns prémios institucionais simbólicos”, montante que o parlamento não divulgou.
Luís Barbosa, ex-deputado do CDS e actualmente independente, é o actual presidente da associação dos ex-deputados. E explicou ao i que actualmente existem 370 ex-parlamentares inscritos, que pagam uma quota anual de 50 euros, o que perfaz 18 500 euros por ano.
A associação tem um gabinete na assembleia com uma funcionária a tempo inteiro e um técnico de contas. O orçamento da associação cobre estes custos e por vezes, como explicou o presidente, também serve para apoiar antigos deputados que recebem baixas reformas.
Questionado sobre se alguns dos associados recebe subvenção vitalícia, a qual foi concedida até 2005 a quem ocupasse pelo menos oito anos um cargo público, e que actualmente representa cerca de 5 milhões de euros no orçamento da Caixa Geral de Aposentações, Luís Barbosa disse desconhecer casos concretos, adiantando que a maioria dos parlamentares nunca exerceu este cargo tanto tempo. A associação tem reunido com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e estão a estudar a participação mais activa dos antigos deputados na melhoria da imagem dos políticos.
finalidade
O objectivo da associação, que também existe noutros países, tendo mesmo sido constituída uma federação internacional, “é promover uma convivência pacífica entre os ex-deputados”, disse Vânia Jesus, secretária da associação. “O presidente é independente e nos nossos planos de actividade promovemos o desenvolvimento regional.”
No blogue da associação, o último evento publicitado decorreu a 30 de Maio no auditório do edifício novo da AR, subordinado ao tema “como conviver com o seu corpo”, palestra inserida no âmbito do ano europeu para o envelhecimento activo. O orador convidado foi o médico de família Eduardo Mendes e na sessão de abertura esteve José Alberto Marques (membro da direcção da AEDAR e médico), tendo Luís Barbosa sido o moderador do painel.
Outro dos eventos, que aconteceu a 5 de Junho, foi uma visita à cidade de Tomar, onde o grupo da AEDAR, depois de uma recepção na câmara municipal, visitou alguns pontos da cidade, como a Praça da República. “Pudemos ver a estátua de D. Gualdim Pais, fundador da cidade de Tomar, à frente dos Paços do Conselho”, pode ler-se no blogue da associação.
Luís Barbosa explicou que estas deslocações, que normalmente são pagas pelos ex-deputados, têm como principal objectivo “mostrar que a democracia vive dos instrumentos que criou”. Miranda do Corvo foi outro dos locais visitados pelos antigos deputados, em Novembro do ano passado, onde estiveram na exposição “A Maçonaria e o advento da República”.
Comentáros para quê? São artistas portugueses...
A Associação dos ex-deputados do parlamento (AEDAR) e o Grupo Desportivo (GP) receberam nos últimos cinco anos do orçamento da Assembleia da República cerca de 286 mil euros. Este ano a associação de ex-deputados recebeu 42,5 mil euros e o grupo desportivo 15,2 mil euros.
Segundo o parlamento, estas comparticipações são aprovadas com os seguintes objectivos: “A Associação, para o seu funcionamento regular, estando previsto esse apoio nos termos do art.o 28.o do Estatuto dos Deputados. E o GDP, para apoio às actividades de índole cultural e desportiva desenvolvidas pelo grupo.
Um dos eventos organizados pelo GDP este ano foi um torneio de golfe na Quinta da Marinha que decorreu de 11 a 13 de Julho.
Ainda segundo os serviços do parlamento, “para o torneio de golfe, cuja organização foi da inteira responsabilidade do GDP, a AR teve como custos directos a oferta, como é tradicional em todos os parlamentos, do jantar de encerramento e de alguns prémios institucionais simbólicos”, montante que o parlamento não divulgou.
Luís Barbosa, ex-deputado do CDS e actualmente independente, é o actual presidente da associação dos ex-deputados. E explicou ao i que actualmente existem 370 ex-parlamentares inscritos, que pagam uma quota anual de 50 euros, o que perfaz 18 500 euros por ano.
A associação tem um gabinete na assembleia com uma funcionária a tempo inteiro e um técnico de contas. O orçamento da associação cobre estes custos e por vezes, como explicou o presidente, também serve para apoiar antigos deputados que recebem baixas reformas.
Questionado sobre se alguns dos associados recebe subvenção vitalícia, a qual foi concedida até 2005 a quem ocupasse pelo menos oito anos um cargo público, e que actualmente representa cerca de 5 milhões de euros no orçamento da Caixa Geral de Aposentações, Luís Barbosa disse desconhecer casos concretos, adiantando que a maioria dos parlamentares nunca exerceu este cargo tanto tempo. A associação tem reunido com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e estão a estudar a participação mais activa dos antigos deputados na melhoria da imagem dos políticos.
finalidade
O objectivo da associação, que também existe noutros países, tendo mesmo sido constituída uma federação internacional, “é promover uma convivência pacífica entre os ex-deputados”, disse Vânia Jesus, secretária da associação. “O presidente é independente e nos nossos planos de actividade promovemos o desenvolvimento regional.”
No blogue da associação, o último evento publicitado decorreu a 30 de Maio no auditório do edifício novo da AR, subordinado ao tema “como conviver com o seu corpo”, palestra inserida no âmbito do ano europeu para o envelhecimento activo. O orador convidado foi o médico de família Eduardo Mendes e na sessão de abertura esteve José Alberto Marques (membro da direcção da AEDAR e médico), tendo Luís Barbosa sido o moderador do painel.
Outro dos eventos, que aconteceu a 5 de Junho, foi uma visita à cidade de Tomar, onde o grupo da AEDAR, depois de uma recepção na câmara municipal, visitou alguns pontos da cidade, como a Praça da República. “Pudemos ver a estátua de D. Gualdim Pais, fundador da cidade de Tomar, à frente dos Paços do Conselho”, pode ler-se no blogue da associação.
Luís Barbosa explicou que estas deslocações, que normalmente são pagas pelos ex-deputados, têm como principal objectivo “mostrar que a democracia vive dos instrumentos que criou”. Miranda do Corvo foi outro dos locais visitados pelos antigos deputados, em Novembro do ano passado, onde estiveram na exposição “A Maçonaria e o advento da República”.
Comentáros para quê? São artistas portugueses...
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Aumento de impostos? Não. Isto é sacar dinheiro!
Governar
como este desgraçado governo nos governa, não é difícil. Ainda há pouco ouvi o
senhor Relvas dizer que a grande prioridade é cumprir o défice (vá lá que não
disse como o seu amigo Pedro: custe o que custar). Pois é, mas como? Pondo os
portugueses a pagar mais impostos, sem quaisquer critérios, nem estudos prévios
das possíveis consequências. É como dizer: aumentar impostos à bruta. Um tipo
qualquer (que poderá até ser o Gaspar) lembra-se e diz: Vamos aumentar o IRS de
modo a cobrarmos mais x mil milhões de euros; ou o IMI, em mais y mil milhões
de euros. E assim é feito…
Nestes
últimos tempos, um dos impostos mais badalados quando se fala de aumentos
brutais dos ditos, é o IMI. Os contribuintes estão a receber notificações de
avaliação com o novo Valor Patrimonial Tributário e o novo Imposto a Pagar que
é de ficar espantado, e não só. A indignação é tanta, que nem a mais educada
das criaturas resiste em vociferar logo meia dúzia de palavrões.
Vou
dar um exemplo de como as coisas foram feitas “a martelo”. Tal como previ,
também recebi uma notificação referente ao IMI do apartamento onde moro. São
vários os parâmetros que entram no cálculo do valor patrimonial e,
consequentemente, do valor a pagar. Nem me atrevo a descrevê-los. Mas tudo foi
estimado por critério unilateral do “Chefe das Finanças” que assina a
notificação. Eu e/ou a minha mulher não fomos tidos nem achados. Decisão
autoritária à boa maneira do Estado Novo; pior até pior! Mas, é curioso, ao ler
a notificação chamou-me logo à atenção o parâmetro “idade do prédio”- 40 anos.
Ora, eu vivo nele há mais de trinta anos, comprei-o há mais de vinte, mas a
minha mulher vive nela há cinquenta e um anos! Pergunto: Como foi calculada a
idade do prédio? A olho? Talvez!
Isto
não é aumentar impostos. Isto é sacar (ou se quisermos roubar) dinheiro aos portugueses,
custe o que custar!
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Primeiro pena; depois ..., preocupação
Ontem
de manhã por volta das nove horas ouvi, num noticiário, que o Governo estava
reunido para tratar do Orçamento do Estado para 2013. Fiquei surpreendido, mas
cheio de pena (?) daquela gente. Coitados, até ao Domingo trabalham!
Já
ao princípio da tarde voltei a ouvir que continuavam reunidos e exclamei de
novo: Coitados; e não recebem “horas extraordinárias”!
Ao
fim da tarde, já praticamente noite, sou surpreendido com a notícia: “O Governo
continua reunido …”. É então que a pena se vai e chega a preocupação. Normalmente,
penso eu, quando esta gente reúne cinco ou seis horas, saem medidas que nos dão
cabo da vida – aumentam impostos, aumentam taxas, cortam subsídios, diminuem
prestações sociais, etc. Tudo medidas que nos lixam (para não dizer…) a vida. Ora,
reunidos um dia inteiro, só podemos esperar o pior. E parece que não me
enganei. Infelizmente.
OS NEGÓCIOS DO PASSOS
Segundo o Público de hoje, Passos Coelho e o seu grande amigo e mentor, doutor Relvas (com o escudo de outros amigos e companheiros da JSD), estiveram ligados a uma infinidade de acções de formação um pouco inexplicáveis, com muito bons proveitos e proventos. A bem da higiene, é bom que Passos explique, direitinho e sem lapsos de memória, o relatado por aquele jornal.
AS GORDURAS DO SEGURO
Premente, na opinião de António José Seguro, é diminuir o número de deputados, embarcando em demagogias baratas ouvidas nos fóruns radiofónicos e televisivos. Mais premente do que o Orçamento que aí vem!
Premente, era Seguro ter um discurso parecido, eu disse parecido, ao que fez João Galamba, na AR, que pode ser visto abaixo.
A diminuição do número de deputados, aliás previsto na Constituição, não pode ser, no meu ponto de vista, um tema tabu, desde que não desvirtue a representatividade e não exclua ninguém por métodos administrativos. O que me choca é a oportunidade do anúncio, já que há temas muito mais importantes a abordar nos tempos que correm.
Assim, o PS não vai lá.
Premente, era Seguro ter um discurso parecido, eu disse parecido, ao que fez João Galamba, na AR, que pode ser visto abaixo.
A diminuição do número de deputados, aliás previsto na Constituição, não pode ser, no meu ponto de vista, um tema tabu, desde que não desvirtue a representatividade e não exclua ninguém por métodos administrativos. O que me choca é a oportunidade do anúncio, já que há temas muito mais importantes a abordar nos tempos que correm.
Assim, o PS não vai lá.
sábado, 6 de outubro de 2012
A bandeira
O
hastear da bandeira nacional ao contrário foi um dos factos mais marcantes das
cerimónias comemorativas do 5 de Outubro. No entanto, a meu ver, foi muito
empolado. É evidentemente um erro grave, não me parece contudo que seja
daqueles imperdoáveis que merecesse tanto aproveitamento político. Depois do
incidente já era de esperar alguma chacota, mas nunca que fosse assunto de
relevo em intervenções políticas de Jerónimo de Sousa e de Francisco Louçã e,
sobretudo, que fosse um dos momentos importantes daquele tal congresso das alternativas.
Muito
bem (outra vez) esteve hoje António Costa, Presidente da Câmara Municipal de
Lisboa, que veio, em carta enviada ao Presidente da República, assumir, em seu
nome pessoal e em nome da Câmara, as responsabilidades pelo ocorrido e
apresentar-lhe desculpas.
Muito
mal, entre outros, esteve o presidente da Associação Nacional de Sargentos que,
pateticamente (para não lhe chamar um nome feio), disse estar indignado e
qualificou como uma vergonha o facto de Cavaco Silva ter hasteado a bandeira ao
contrário. E até insinuou não poderem ser só coincidências. Bom, não acredito
que este Sargento seja o arquétipo dos sargentos das nossas Forças Armadas,
pois aqueles com quem convivi há quarenta anos não caíam num ridículo destes!
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
FERIADOS
Tal como 1.º de Dezembro, o 5 de Outubro não tem qualquer significado. São apenas datas que se repetem anualmente, como quaisquer outras. E a bem da produtividade (!), que tem que aumentar, custe o que custar, riscam-se, ambos, do calendário dos feriados nacionais a partir do próximo ano, acompanhados por dois dias de feriados religiosos, que também não têm qualquer cabimento, mesmo para quem gosta de os respeitar e festejar.
O 5 de Outubro deste ano, em ambiente íntimo e reservado por indicação do venerável PR (que, por razões económicas, não abriu os jardins de Belém à populaça lisboeta), não contou com a presença do primeiro-ministro, que aproveitou para ir passear pela Eslováquia e Malta e rever uns amigos de peito, no que andou bem. Quem tem bons amigos, deve guardá-los, pela sua raridade hoje em dia. Em sua representação, enviou um ilustre ministro de 2.ª apanha e cujo nome me escapa (o único que não aplaudiu, nem por mera cortesia, o discurso do anfitrião; em boa verdade, mesmo um PM primoroso nas escolhas não está livre de apanhar com um qualquer casca-grossa no elenco) que, com a ajuda de Cavaco, hasteou a bandeira de pernas para o ar. Tenho para mim que foi Passos que disse ao Costa: "já que não estou cá em pessoa, permita-me que ofereça uma bandeira nova para a cerimónis". As bandeira estão caras e, vai daí, falou com o António Mexia que, por sua vez, depois de conversar com o pentelhos, a encomendou ao Win Shinguan (reputado fabricante chino; sorte, o fabricante já ter alterado os pagodes para castelos).
Mas, como é costume, há sempre alguém que estraga a festa: duas mulheres, mulheres, repito, entenderam que a "festa" estava monótona e decidiram animá-la. Que se saiba, não houve mortos, nem sequer feridos, desconhecendo-se se tais intrusas (de tomates, salvo seja) foram identificadas e não têm que se apresentar ao juiz de turno. Espero bem que sim, já que "isto" não é nem pode ser uma república das bananas. Ninguém deve invadir locais reservados sem convite e armar uma peixeirada das antigas. A Bem da Nação.
Ah, grande António Costa! Miserável o discurso de Cavaco Silva
António
Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, fez há pouco um discurso
demolidor para o Governo, na cerimónia das comemorações do 102º aniversário da
implantação da República. Deu, quanto a mim, uma coça a esta trupe que
desgraçadamente nos governa. Até o cabeçudo que na praça personificava Passos
Coelho, que fugiu às comemorações, ficou engasgado. Ah, grande António Costa;
Bravo!
E,
já agora, que dizer do vergonhoso discurso de S Exa o Presidente de alguns
portugueses, e não de todos, como devia. Nem uma palavra para a miserável crise
que atravessamos. A pouco mais se referiu do que à inevitável saída dos nossos
jovens para o estrangeiro, porque sentem que o nosso país não tem futuro. Agora,
compreendo porque Cavaco fugiu do local habitual: Teve medo dos portugueses.
Pura cobardia!
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Que rica troika
Ontem
não tive paciência para ouvir em directo a conferência de imprensa do ministro
das Finanças. Já não suporto o cinismo com que ele anuncia as sucessivas
medidas de austeridade aos portugueses. Como alguém já referiu é um manso que consegue
dizer aos seus concidadãos que os vai lixar (apetecia-me empregar outro termo),
com um ar de quem lhes está a dar uma boa notícia.
Claro
que, como todos já prevíamos, lá veio ele dizer-nos que, mais uma vez, vai
haver “um enorme aumento de impostos” (o termo é dele), sobretudo no que diz
respeito ao IRS e ao IMI. Assim é fácil governar, não é?
Mas
se Gaspar é um cínico, Passos Coelho, para além de mentiroso e trapaceiro,
mostrou agora que também se porta como um cobarde, pois era a ele que competia
dar a cara e anunciar aos portugueses que está e vai continuar a governar ao
contrário de tudo o que prometeu quando se apresentou aos portugueses como
candidato a chefiar o Governo de Portugal.
Para
além destes dois, há ainda Paulo Portas. Que figurinha a deste figurão que é
realmente um verdadeiro artista como actor político! É capaz de rezar a um
Santo e depois renegá-lo. A cara que ele
fez quando o comunista Honório Novo o confrontou com uma carta que há pouco
mais de um mês escreveu aos militantes do CDS a dizer-lhes que os impostos
tinham atingido os limites e que, por isso, não poderia haver novos aumentos.
Que safado! Até Passos Coelho, ao seu lado, se ria.
É
esta a outra troika que nos governa. Mas, apesar de tudo, é mais fácil dar-lhes
um chuto no cú. Basta que os portugueses acordem.
SERVIÇO PÚBLICO
A RTP começou há instantes a transmissão de uma corrida de touros, coisa digna de apreço para as gentes de uma certa Cultura e tão apreciada pelas boas gentes do Minho, de Trás-os-Montes e das Beiras, por exemplo. Ora aí está um bom exemplo de serviço público. Obrigado, RTP, .mas dispenso.
BOCAS SUJAS
Creio que todos, pelo menos os mais velhos, temos um pouco de nascísicos e temo-nos como um povo "valeroso", que deu novos mundos ao Mundo e essas coisas aprendidas na cartilha do Botas, ainda que consigamos rir-nos de nós próprios. Mas ouvir, de um boca suja, que somos "o melhor povo do Mundo" pelo exemplo da manifestação popular de 15 de Setembro, cheira-me a oportunismo e a sacrilégio, vindo de onde vem. Prefiro que me digam cara a cara quais os meus defeitos, para eu melhorar e enojam-me os elogios descabidos, delambidos e em tom gozão.
O povo português é digno, sim senhor, e deve ser tratado como tal e como adulto, e não como uma cambada de analfabetos e atrasados mentais.
Vá bugiar para outro lado e desampare a loja, senhor Vítor.
O povo português é digno, sim senhor, e deve ser tratado como tal e como adulto, e não como uma cambada de analfabetos e atrasados mentais.
Vá bugiar para outro lado e desampare a loja, senhor Vítor.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Quem manda é o Povo
Em
democracia os governos não podem governar de costas para o povo e, muito menos,
tomar decisões às escondidas do povo. Sabe-se que o Governo já informou as
entidades que constituem a Troika das novas medidas de austeridade que pretensamente
vão substituir aquela ideia maluca de porem os trabalhadores a pagar quase um
terço da parte da TSU que compete aos patrões, sem das mesmas dar conhecimento
à Assembleia da República, de quem depende, e aos cidadãos que detêm o poder soberano
de o escolher e, porque não, de o mandar abaixo. Ainda hoje ouvi o senhor
Relvas, pretenso ministro adjunto e dos assuntos parlamentares, respondendo à
Comunicação Social, dizer que as medidas serão dadas a conhecer aos cidadãos,
em devido tempo. Ora, o devido tempo já lá vai, pois é inadmissível negociar com
a Troika medidas de austeridade a impor aos portugueses, antes de as mesmas
serem aprovadas no Parlamento.
Senhor
primeiro-ministro e senhores ministros: a Democracia tem regras e os senhores
governam em nome do povo e porque foi o povo que os escolheu em eleições
livres. Assim manda a Constituição da República, que o nosso (também é meu?) Presidente
jurou cumprir e fazer cumprir. Jurou mas…, pelos vistos já se esqueceu!
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Uma situação intolerável
Já
nada espanta nas atitudes deste governo. Hoje, em vários órgãos de Comunicação
Social, pudemos ouvir o Presidente da Comissão Europeia, o português Durão Barroso,
dizer que não vai haver atraso no envio para
Portugal da nova tranche do empréstimo relativo à ajuda financeira acordada com
a Troika, da qual a Comissão Europeia faz parte, juntamente com o Banco Central
Europeu e o Fundo Monetário Internacional. E Justificou dizendo que o governo
português já tinha informado a Comissão das medidas que ia tomar em
substituição daquela ideia maluca (este qualificativo ele não disse) da
diminuição da TSU para as empresas e o aumento da mesma para os trabalhadores.
Mas
quais medidas? Pergunto eu, perguntam todos os outros cidadãos e perguntam
todos os partidos da Oposição com assento parlamentar. Alguém as conhece? Não,
ninguém as conhece. E isto é grave, porque Portugal é um Estado de Direito
democrático em que, em termos constitucionais, o Governo dimana do Parlamento,
que lhe aprova o programa de governação, que fiscaliza a sua actividade e pode
originar a sua queda. Ora, a ser verdade que o Governo (se calhar só o Coelho e
o Gaspar) já decidiu quais as novas medidas de austeridade a que vai obrigar os
portugueses, não as deu a conhecer ao Parlamento e as comunicou à Troika,
estamos perante uma ofensa grave e inqualificável ao povo soberano, o que não é
tolerável.
SCUTs
Será que entendi bem? As antigs SCUTs têm um desconto de 15% para toda a gente? Se assim for, porque não põem a tabela 15% mais barata? Parece o desconto em cartão do tio Belmiro.
BORGES PAVÃO
Depois de ouvir as declarações do Borges Pavão sobre a TSU, não tenho dúvidas de que a "medida" anunciada pelo Passos só pode ter saído da mona do ilustre pavão Borges, que ficou agastado por a mesma não ter sido aceite, sequer, pelos patrões, sendo certo que o seu próprio patrão, o merceeiro do pingo doce, bem tentou adocicar o dislate.
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