Tal
como já vem sendo habitual, também falhou a execução orçamental de Setembro, sobretudo
porque a receita com os impostos continuou a cair a um ritmo maior do que no
mês anterior. E em consequência disso o défice agravou-se em 76 milhões de
euros, nesse mês.
Ora,
toda a gente vê o que só o Governo não vê. Que a austeridade cega imposta aos portugueses
está a conduzir-nos a uma situação muito pior do que aquela que tínhamos quando se solicitou ajuda
financeira à malfadada Troika.
É
este o triste destino a que estamos condenados, se nada se fizer no sentido de
inverter a situação. A nossa economia está sobretudo alicerçada no consumo
interno, e sem ele o desemprego aumenta e os impostos, sobretudo o IVA, o ISV e
o ISP, diminuem muito. Ora, exceptuando uma dúzia de talibãs que pertencem à
irmandade do Gaspar, muita gente de vários quadrantes políticos têm chamado à
atenção para isso. Daí, as críticas à proposta do Orçamento. Mas o Governo não
ouve.
Então,
o que fazer? Sabe-se que alguns (muitos) deputados da maioria não concordam com
o que está proposto. Mas também sabemos que a cobardia de muitos deles os leva
a votar violando a sua consciência. Resta-nos uma atitude firme do Presidente
da República. Mas infelizmente Cavaco Silva é, nas grandes questões um
presidente ausente, que só fala através do Facebook.
Triste
fado o nosso!
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