Governar
como este desgraçado governo nos governa, não é difícil. Ainda há pouco ouvi o
senhor Relvas dizer que a grande prioridade é cumprir o défice (vá lá que não
disse como o seu amigo Pedro: custe o que custar). Pois é, mas como? Pondo os
portugueses a pagar mais impostos, sem quaisquer critérios, nem estudos prévios
das possíveis consequências. É como dizer: aumentar impostos à bruta. Um tipo
qualquer (que poderá até ser o Gaspar) lembra-se e diz: Vamos aumentar o IRS de
modo a cobrarmos mais x mil milhões de euros; ou o IMI, em mais y mil milhões
de euros. E assim é feito…
Nestes
últimos tempos, um dos impostos mais badalados quando se fala de aumentos
brutais dos ditos, é o IMI. Os contribuintes estão a receber notificações de
avaliação com o novo Valor Patrimonial Tributário e o novo Imposto a Pagar que
é de ficar espantado, e não só. A indignação é tanta, que nem a mais educada
das criaturas resiste em vociferar logo meia dúzia de palavrões.
Vou
dar um exemplo de como as coisas foram feitas “a martelo”. Tal como previ,
também recebi uma notificação referente ao IMI do apartamento onde moro. São
vários os parâmetros que entram no cálculo do valor patrimonial e,
consequentemente, do valor a pagar. Nem me atrevo a descrevê-los. Mas tudo foi
estimado por critério unilateral do “Chefe das Finanças” que assina a
notificação. Eu e/ou a minha mulher não fomos tidos nem achados. Decisão
autoritária à boa maneira do Estado Novo; pior até pior! Mas, é curioso, ao ler
a notificação chamou-me logo à atenção o parâmetro “idade do prédio”- 40 anos.
Ora, eu vivo nele há mais de trinta anos, comprei-o há mais de vinte, mas a
minha mulher vive nela há cinquenta e um anos! Pergunto: Como foi calculada a
idade do prédio? A olho? Talvez!
Isto
não é aumentar impostos. Isto é sacar (ou se quisermos roubar) dinheiro aos portugueses,
custe o que custar!
Sem comentários:
Enviar um comentário