sexta-feira, 31 de julho de 2015

A BILA E A VOLTA A PORTUGAL

A Volta
31.07.2015
FRANCISCO SEIXAS DA COSTA
Esperávamos, ansiosos, a chegada dos ciclistas, lá por Vila Real. Um pouco antes, nessa charneira dos anos 50 e 60, em que quase não havia transístores, alguém teria espalhado: "Já passaram no Alto de Espinho!". Esse era o separador mágico dos que estavam "p"ra cá do Marão", bem no topo das dezenas de curvas que começavam a nascer lá de baixo, em Amarante, contadas a partir do Largo do Arquinho. Imaginávamos então a descida infrene pela Boavista, Campeã e Arrabães, a derradeira subida desde a Ponte do Cabril, sob aquele calor transmontano dos "três meses de inferno".
Foi um tempo em que o ciclismo "eram" os clubes de futebol. Fora destes, havia, claro, outras vedetas, de Alves Barbosa a Ribeiro da Silva. Contudo, a nossa clubite congénita prevalecia sobre essas figuras, pelo que as camisolas de cor verde, encarnada (não se dizia vermelho, porque a censura cortava) ou azul eram por nós saudadas, à chegada, com um fervor que nos ligava diretamente a Alvalade, à Luz ou às Antas.
Nessa cidade que aqui recordo, onde nada ou quase nada se passava, a Volta era um acontecimento. As equipas distribuíam-se pelas pensões locais, as mais ricas iam para o Hotel Tocaio.
Desmontada a meta onde, horas antes, nos apinháramos para ver a chegada da caravana suada, o espetáculo passava então para a Avenida Carvalho Araújo, convertida num parque caótico de "carros de apoio", cheios de rodas com um reluzir metálico, de veículos da organização com papelada colada, os passeios subvertidos por hordas de estranhos, de identificação pendurada ao peito, o que lhes conferia uma dignidade mítica.
De chanatos arejados, numa mais do que duvidosa elegância, cheirando aos óleos da massagem pós-competição, os nossos "heróis" passeavam-se, impantes, ou jaziam refastelados em cadeiras de esplanadas, da Gomes ao Camposana, passando pela Brasileira.
Às vezes, viamo-los confraternizar com os jornalistas "da Volta". É que ali estavam, à nossa vista, o Aurélio Márcio, o Carlos Miranda, o Artur Agostinho, o Amadeu José de Freitas, o Manuel Dias, o Nuno Braz - nossos "íntimos" de "A Bola", do "Record", de "O Mundo Desportivo", do "Norte Desportivo" ou da "Emissora".
Ah! A cidade tinha um ciclista! Chamava-se Firmino Claudino. Emérito bilharista no "Excelsior", durante o ano arranjava e alugava bicicletas junto à estação. O Firmino às vezes corria a Volta, outras vezes não. Raramente chegava ao fim. Em qualquer caso, as etapas em Vila Real eram para ele momentos de glória, ao ser visto de braço dado com os companheiros famosos, como que a mostrar à terra: "Veem? Eu sou um deles!". Nesse dia, era.
*EMBAIXADOR

In JN de hoje

Que de recordações...
Sobra-me uma dúvida: o Firmino Claudino não tinha a loja junto ao antigo quartel, abaixo do Jardim da Carreira e quase em cima da meta do antigo circuito automóvel?


MEMÓRIAS

Neste dia,




em 1886, morre Franz Liszt, compositor húngaro, e





em 2001, morre Francisco da Costa Gomes, militar, Presidente da República na era pós-25 de Abril




quinta-feira, 30 de julho de 2015

quarta-feira, 29 de julho de 2015

MEMÓRIAS

Neste dia,   




em 1856, morre Robert Schumann, compositor alemão,







em 1925, nasce Mikis Theodorakis, compositor grego,




em 1983, morre David Niven. actor britânico,




em 2000, morre Vitorio Gassman, actor italiano,





em 2002, morre Rosemary Clooney, actriz norte-americana e




em 2003, morre Katharine Hepburn, actriz norte-americana 



terça-feira, 28 de julho de 2015

MEMÓRIAS

Neste dia





morre Antonio Vivaldi, compositor italiano, e







em 1750, morre Johann Sebastian Bach, compositor alemão







segunda-feira, 27 de julho de 2015

domingo, 26 de julho de 2015

MEMÓRIAS


Neste dia,





em 1928, nasce Stanley Kubrick, realizador norte-americano, e




em 1986, morre Vincente Minnelli, realizador norte-americano

sábado, 25 de julho de 2015

CONTRIBUTOS EXTERNOS


O Rei Sol e o rei Lua

Por Antunes Ferreira


Os franceses tiveram o seu Rei Sol entre dois séculos, Luís XIV; nós temos o Rei Lua, o político mais longevo desde o 25 de Abril, Aníbal Cava Silva; as diferenças entre os dois não são diferentes como se possa imaginar. Luís XII foi o monarca europeu que durou 72 anos  e 110 dias o que significa que o seu reinado foi o mais longo da história da Europa.  Por seu turno Cavaco na política desde 1980, até 1981, ministro das finanças de Sá Carneiro ; amealhou mais 11 anos como primeiro-ministro a que se juntam pelo menos mais nove (nesta data em que escrevo) que ainda podem chegar aos dez. Ou seja há 22 anos, mais coisa, menos coisa, que o aturamos.
Luís XIV tinha o seu cardeal Giulio Mazarino, Cavaco tem o seu Pedro Passos Coelho; ao primeiro é atribuída a frase “L´État cést moi”, ao segundo atribuem-se muitos ditos incríveis e inultrapassáveis, como por exemplo, o famoso façarei e os  cidadões. Ao Rei Sol credita-se-lhe a frase "Eu quase que esperei'". Dizia isso, mesmo com todas as suas carruagens chegando à hora marcada, o que demonstra bem o carácter absolutista e a visão que ele tinha de si mesmo.
Ao senhor Silva (recorde-se Alberto João Jardim) entre outras bacoradas credita-se-lhe o incrível “Para serem mais honestos do que eu tinham que nascer duas vezes”, que, aliás, afirmou, por duas vezes. O homem de Boliqueime também pensa que o Estado é ele. Basta ver-se a forma como entrou na pré-campanha eleitoral de 4 de Outubro, ao lado do seu partido, o PSD, transformado no eco, audível e visível do (des)Governo.  E ainda mais: se não houver uma maioria absoluta que garanta um modelo estável não dará posse ao Governo que sair das legislativa, seja ele do PS ou da coligação PSD/CD. Raios! E a Constituição?
É inacreditável, mas verdadeiro. Cavaco continua a ser o presidente dos ditos sociais-democratas, quando devia ser o Presidente de todos os Portugueses. Estultícia. Hoje em dia (quase) todos os Portugueses, pelo menos os que têm melhor formação e melhor informação (?), riem-se das bojardas em que é perito e até já acham (veja-se António Costa) que o falecido almirante Américo Tomás, último Presidente do Estado Novo, consegue ser melhor do que Cavaco.
Por vezes tem-se a sensação que ele é o pior PR do regime em democracia e liberdade que resultou do 25 de Abril – pelo menos eu assim penso. Mas creio que os meus concidadãos pensam da mesma maneira; ainda que as sondagens valham o que valham, ele é o menos votado, ou seja, tem a pior percentagem de intenções de voto de todos os Presidentes que o antecederam. Seria preciso mais? Para mim, não. Para alguns as sondagens mentem. Pontos de vista contraditórios.
É, infelizmente, uma situação muito complicada. O imbróglio é que por agora só existe uma dicotomia: um bom candidato – ou um mau candidato. De todos parece que o menos mau é Sampaio da Nóvoa. Porém pode ser o “mons parturiens”? Muita gente vem anunciando que se vai candidatar a Belém, mas são peanuts. Ninguém acredita que o engenheiro Henrique Neto, o dr. Paulo Morais, Carvalho da Silva e outros possam ganhar as eleições presidenciais. Há ainda aqueles de quem se diz que são candidatos a candidatos: Marcelo Rebelo de Sousa, Ri Rio e Pedro Santana Lopes. Livre-nos Deus…
O mais engraçado nesta política à portuguesa – e como diria La Palice ou o amigo Banana – é que enquanto se pensa nas presidenciais, parece que se esquecem as legislativas. Não é, porém, verdade. Os Partidos principais coligados ou isolados já apresentaram os respectivos “cadernos de encargos, os respectivos Programas para as eleições de 4 de Outubro. E já escolheram ou estão prestes a fazer as suas listas e candidatos.
Pelo andar da carruagem até parece que os partidos têm medo das… presidenciais. Se já tivessem escolhido os candidatos ao palácio de Belém, estariam no que se convencionou zona de conforto. Esta e o mito urbano ficaram, para já, na História de Portugal. No entanto, quando abordo este tema crucial lembra-me sempre a anedota sobre os partidos. Eu conto. Num comício eleitoral o candidato que chefiava a lista de qualquer coisa, engrossando a voz, apontava a si mesmo: Eu não vou em cantigas. Eu sou um homem de um só partido! E repisava, eu sou um homem de um só partido!
E no meio dos assistentes ouviu-se claramente uma voz: “Então, vem cá abaixo que eu parto-te o outro…” Si non è vero è ben trovato…







quarta-feira, 22 de julho de 2015

MEMÓRIAS

Neste dia, 



em 1968, morre Giovanni Guareschi, escritor italiano, criador de "Dom Camilo"

e





em 2014, morre Sacha Distel, cançonetista francês

sábado, 18 de julho de 2015

CONTRIBUTOS EXTERNOS


"PorAcasoFoiIdeiaMinha"

Por Antunes Ferreira


Já (quase) todos sabíamos que Pedro Passos, o Coelho, era um mentiroso contumaz. Mas esta questão do fundo de privatizações da Grécia tornou-o ridiculamente obsceno na Europa e no Mundo. Emproado e supostamente importante, o nosso primeiro deu uma imagem fatal dele próprio e de Portugal, ao dizer na segunda-feira, 13 (aziago?) que por acaso a ideia fora dele. Nas redes sociais em especial a Twitter foi a galhofa. Pelos vistos na Ecosfera em particular na Internet, nunca um facto  (alegadamente) português teria originado tanta hilaridade.

Leia-se a imprensa que aproveitou de imediato a calinada mentirosa de Coelho, pois poucas horas depois surgiu a hashtag "PorAcasoFoiIdeiaMinha” e as piadas não pararam de surgir, estando este tópico entre os mais populares do dia no Twitter. "Ir além da Troika” "PorAcasoFoiIdeiaMinha", "Aprovar orçamentos inconstitucionais”  "PorAcasoFoiIdeiaMinha", "A cura para a sida? "PorAcasoFoiIdeiaMinha” ah, mas ainda não descobriram? Não faz mal, quando lá chegarem fui eu", "O 25 de Abril ? "PorAcasoFoiIdeiaMinha", "A Operação Marquês?"PorAcasoFoiIdeiaMinha", "Explicar ao Tsipras como é que se ganha eleições com um programa e no dia seguinte se faz exactamente o contrário "PorAcasoFoiIdeiaMinha"
Desporto, política nacional e internacional ou momentos que marcaram a História - como o 25 de Abril, a chegada do Homem à Lua ou o 11 de Setembro - estão entre as muitas linhas que se têm escrito no Twitter e no Facebook esta segunda-feira. A mentira do nosso primeiro foi de tal dimensão que motivou a perplexidade nos membros do Eurogrupo, que, aliás, nas recentes declarações de Yanes Fakourakis em entrevista a um jornal inglês não existe (quase), pois não tem suporte legislativo nem como recomendação…
Entre nós já se conhecia a “capacidade e facilidade” de Coelho quanto a petas E é conveniente lembrar que está bem acompanhado no primeiro de Abril “quotidiano". Mente o suposto e ainda PR; mente o vice Portas, mentem por ordem aleatória os membros do (des)Governo. Mentir entrou nos hábitos dos Portugueses que inventaram o dito parvo – “não faz mal, estamos em Portugal”. Que é uma adaptação da frase original em que entra Carnaval, e que também se ajusta como uma luva ao nosso país natal que “carnavaleja” durante 365 dias que nos anos bissextos são 366.

Coelho, porém, exagera. Fernando Pessoa escreveu «O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.». Poeta o nosso primeiro? Nem, sequer, sabe rimar, por isso se sente e se refugia num mentiroso compulsivo. Peço perdão ao maior Poeta português por este quase plágio, mas o nosso primeiro mente gradualmente, isto é, em todo o tempo que passa, passa-o a mentir descaradamente. Por mais que lhe contem as mentiras, não dá o braço a torcer, portanto nunca se emenda.
Pelo contrário a múmia de Belém em tempo passado disse a célebre frase que ficou para a estória (atenção não escrevi História): “Eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas”. Basta ver os diplomas que envia ao Tribunal Constitucional para “comprovar” a afirmação. Mesmo que se tente ignorar o cuidado do senhor Silva, o que é verdadeiro é o envio de uma lei para avaliar da sua constitucionalidade. Porém também não se pode ignorar que também o (pouco) Parado afirmou concisamente que : “'Para serem mais honestos que eu têm que nascer duas vezes”. Nem com Cristo aconteceu, mas…
Estava-se neste impasse fui eu ou não fui eu, quando a maldita informação noticiou (quiçá em favor a António Costa que não gostou de ouvir o que ouviu, muito mesmo do que escreveu) que as coisas eram muito diferentes do que anunciara o nosso primeiro com o ênfase que lhe é normal. E desmistificou a afirmação de Coelho, ou seja uma forma politicamente correcta de dizer que ele mentira.


Por acaso, a ideia para o fundo de privatizações da Grécia, o "trust" de 50 mil milhões de euros que vai absorver o espólio que for vendido nos próximos anos, foi ideia do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, revelou Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu. Há dias em que um homem não deve sair de casa – à noite.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

quinta-feira, 16 de julho de 2015

quarta-feira, 15 de julho de 2015

terça-feira, 14 de julho de 2015

CAVACO SILVA, O SABE TUDO

Se bem entendi, o venerando chefe de Estado Cavaco Silva só falhou um momento na História pátria desde o 25/4: precisamente nesse dia levantou-se tarde, já o émulo Thomaz tinha sido escorraçado da Chaimite. Mas, desde aí, esteve sempre presente em tudo que importa: estudou, investigou, leccionou, interveio e até escreveu livros, diz.
Eis "Um Homem para a Eternidade", onde até "entra" Thomas More ( ou será Thomas Mann?).

GRÉCIA - NOVO REFERENDO

O governo grego vai aprovar um novo referendo.
Sabido que foi Passos Coelho quem desbloqueou o impasse nas negociações, o que evitou o grexit e a bancarrota, foi considerado de elementar gratidão a construção de uma estátua a tão insigne líder político.
O problema é do local onde deve ser erigido o monumento, já que a coligação governamental não se entende. Por isso o referendo, cuja pergunta é: 
"Onde deve ser erigida a estátua ao grande/enorme amigo dos gregos, Pedro Passos Coelho: 
1 - Acrópole 
2 - Praça Syntagma
3 - Monte Olimpo?"

MEMÓRIAS

Neste dia,






em 1918, nasce Ingmar Bergman, realizador sueco e





em 1993, morre Léo Ferré, músico e cançonetista francês

DIAS

Hoje é Dia Nacional de França 
(aniversário da Tomada da Bastilha)

segunda-feira, 13 de julho de 2015

ENFIM, A GRÉCIA

Enfim (enfim?, a ver vamos) a Grécia parece ter saído do buraco onde se meteu e a deixaram meter.
Após mais umas 17 intermináveis horas de discussão, um chefe de governo da Eurozona pôs fim à contenda ao tirar um coelho da cartola, apresentando "O" plano, que foi aceite por todos e mereceu palmas e uma rodada de vinho do Reno. E quem foi? Não, não foi Hollande, nem Renzi, nem Rajoy. Adivinharam: Pedro Passos Coelho, il même!

sábado, 11 de julho de 2015

CONTRIBUTOS EXTERNOS


“Compromisso Ético”

Por Antunes Ferreira


Depois de se demarcar da coligação no poder, de acordo com a última sondagem, o Partido Socialista acertou os cabeças de lista para vários distritos. Tudo indica, de acordo com o secretário-geral do PS, António Costa, que foi uma renovação muito ampla. Os nomes indicados na Comissão Política do PS não têm estado em relevo no quadro da política portuguesa. Só para dar dois exemplos o investigador Alexandre Quintanilha, recentemente jubilado, encabeça a lista do Porto, enquanto que em Coimbra, a lista é encabeçada por Helena Freitas, professora da Universidade de Coimbra e especialista em ecologia
Naturalmente em Lisboa o cabeça de lista é António Costa e entre os escolhidos há gente que regressa à política activa depois de anos de afastamento; é o caso de José Apolinário e de Margarida Marques ambos secretários-gerais da Juventude Socialista que antecederam António José Seguro que não faz parte das listas. Trata-se realmente duma renovação a que alguns menos moderados poderão chamar revolução. De qualquer forma a revelação destes nomes significa que algo está a mudar no largo do Rato.
Mas a principal novidade é muito especial: a Comissão Política analisou um documento intitulado "Compromisso Ético”; de acordo com ele os candidatos a deputados têm de garantir ausência de dívidas perante o Fisco e a Segurança Social e renúncia a práticas de "lobbying”. Pela primeira vez estes temas “quentes” foram abordados ontem na já mencionada Comissão Política. É um esforço justificado para trazer à política as ideias base da honestidade, da transparência e da verdade.




Relata a comunicação social que na versão preliminar do documento, consta a exigência de que os candidatos a deputados socialistas revelem “as actividades que desenvolveram nos últimos cinco anos, bem como a composição do agregado familiar e respectivas actividades profissionais, incluindo participações sociais do próprio e do cônjuge". Têm também de apresentar declarações, "sob compromisso de honra, da inexistência de dívida ao fisco e à Segurança Social" e terão de renunciar "desde já a qualquer exercício de actividade de 'lobbying' que possa vir a ser prevista na lei".

"No desempenho do mandato, os deputados manterão total clareza e transparência na sua relação com entidades públicas, estando designadamente impedidos de desenvolver ou participar directamente em negócios com o Estado", refere-se no documento.
Entre os compromissos de honra exigidos estão também a garantia de que os deputados dêem "prioridade ao exercício do seu mandato, só o podendo suspender para o exercício de funções governativas ou de cargos que decorram de escolha ou eleições em representação do PS".

No documento, os candidatos a deputados comprometem-se ainda a prestar contas "publicamente" do seu mandato e têm de cumprir disciplina de voto em moções de censura (ou de confiança), no programa do Governo e nos orçamentos do Estado, embora a regra seja a liberdade de voto. Os deputados eleitos  podem ainda invocar "objecção de consciência" relativamente à apresentação de iniciativa legislativa ou determinação de sentido de voto pelo Grupo Parlamentar, devendo, para tanto, tornar públicas junto dos eleitores as regras da sua opção".

O cenário político português acolhe pela primeira vez tais palavras insertas no documento que deverá ser aprovado na próxima reunião da Comissão Política. Não posso, porém, deixar de registar a declaração que fez ao “Público” Tiago Brandão Rodrigues, cabeça de lista  por Viana do Castelo. O candidato, com 38 anos troca a sua carreira de investidor de bioquímica na área da oncologia na Universidade de  Cambridge pela apresentação como candidato independente integrado nas listas do PS e por isso disse  “Acredito que os próximos dois ou três anos são decisivos para o país. A pedra basilar da minha decisão, é o meu impulso consciente para ajudar o meu país. É evidente que o faço sem uma visão messiânica do que vou fazer ou do que posso mudar. Mas o futuro do país é a preocupação de muitos dos que estão fora”.

Está-se perante um testemunho de alguém que fez uma opção política de significado evidente. Agora há que perguntar se a estas boas intenções corresponderão actos que as realizem. Mesmo assim, os cidadãos devem ir às urnas depositar os seus votos com a consciência de que “é agora ou nunca”




MEMÓRIAS

Neste dia, 





em 1937, morre George Gershwin, compositor norte-americano e








em 1989, morre Laurence Olivier, actor britânico

sexta-feira, 10 de julho de 2015

LUTO


Morreu hoje Omar Sharif, actor egípcio

Finalmente!

Finalmente! Foi a expressão que me saiu quando vi, em diferido, uma boa parte do debate sobre o Estado da Nação, sobretudo as várias intervenções de deputados do PS. O meu aplauso para a estratégia usada em que intervieram vários deputados da bancada. A diferença foi tão grande, relativamente aos desempenhos do partido nos debates quinzenais, que nem me atrevo a compará-los. Gostei, e não só eu como verifiquei pelos vários comentários que ouvi (até Marcelo gostou!!) de todas as intervenções, muitas delas bem demolidoras para o primeiro-ministro que foi várias vezes chamado de mentiroso e, como diz o povo, com todas as letras. Mas de entre elas destaco as de Euridice Pereira, de João Galamba de Ana Catarina Mendes e de Pedro Delgado Alves. Esta, para mim, a mais assertiva.
Há muito tempo que o PS deveria ter combatido a ladainha usada por este desgraçado governo e da maioria que o apoia para se desculpar com o governo anterior do mal que fez aos portugueses durante esta legislatura. O governo anterior foi em devido tempo julgado pelos portugueses, que acreditaram nas mentiras de Passos Coelho e lhe deram a possibilidade de governar (ou desgovernar?) o país. Infelizmente, o país está muito pior do que estava quando o governo do mentiroso Passos e do malabarista Portas tomou posse.
Esperemos que o povo tenha tomado consciência de todas as patifarias que eles nos fizeram e lhes dê um valente chuto no traseiro nas próximas eleições.


MEMÓRIAS


Neste dia, em 1895, nasce Carl Orff, compositor alemão

terça-feira, 7 de julho de 2015

segunda-feira, 6 de julho de 2015

MEMÓRIAS

Neste dia, 




em 1971, morre Louis Armstrong, músico e compositor norte-americano,





em 1999, morre Joaquín Rodrigo, compositor espanhol, e






em 2002, morre John Frankenheimer, realizador norte-americano

domingo, 5 de julho de 2015

OS GREGOS, OUTRA VEZ

Pronto. Pronto? Os gregos votaram OXI, não. E agora o que se segue? O BCE vai abrir os cordões à bolsa?
Julgo que os gregos vão continuar a ver-se gregos por mais uns tempos.

sábado, 4 de julho de 2015

OS GREGOS

Hoje, em dia de reflexão (?), os gregos devem ver-se gregos. Como irão votar amanhã? O vencedor será o "sim" ou o "não"? E qual a diferença para o povo grego? E quais poderão ser as consequências para a UE, incluindo Portugal?
Confesso que não gostaria de me encontrar na situação de dilema em que os gregos se encontram. A sua responsabilidade é enorme.

DIAS

Bandeira dos Estados Unidos




Hoje é o dia em que é comemorada a independência  dos Estados Unidos da América




EFEMÉRIDES

Neste dia, em 1927, nasce Gina Lollobrigida, actriz italiana




MEMÓRIAS



Neste dia, em 1992, morre Astor Piazzolla, compositor e bandoneonista argentino

sexta-feira, 3 de julho de 2015

CONTRIBUTOS EXTERNOS


Quem de dezanove tira um…

Por Antunes Ferreira

Dir-me-ão que o tema, além de recorrente já começa a cheira mal e eu concordo. No entanto e enquanto não é conhecido vencedor do referendo na Grécia (estou a escrever na sexta-feira, 3) convém dar um acrescentamento ao último texto por mim assinado. Há anos estive na praça Syntagma , assistindo a   um megacomício organizado pelo PASOK que é como se sabe o partido irmão do PS. Disse-me na altura Andéas Papandreou que a ocorrência era a demonstração de que os Gregos sabiam viver em democracia,

Papandreou era o primeiro-ministro cargo que exerceu por duas vezes. Esta era a primeira e embalado pelo apoio da Internacional Socialista, de que o PASOK fazia parte, julgava que se eternizaria o poder que detinha. Mas, obviamente estava enganado. Era pelo ano 1988 e apenas um ano depois o Ta Nea, o partido conservador , tirava-lhe a expectativa desde logo exagerada e até arrogante. Andrés Papandreou era um homem convencido e herdara do seu pai Georgios, também político, uma forma de estar que se resumia numa trindade: eu, eu e eu.

A Grécia adquirira a “mania” da alternância democrático e os dois partidos iam-se revezando no poder. Confesso que - sendo Andréas da mesma família política em que me encontrava e encontro – o homem não me agradou, antes pelo contrário. Encontrava-me na Grécia ao serviço do DN, mas correspondendo a pedido de Mário Soares (e depois de ter informado a direcção do jornal) levara uma carta do secretário-geral dos socialistas uma carta para Papandreou e assim pude encontrar-me e conversar com ele.

Dizem que a História se repete enquanto outros negam a afirmação, afirmando que a mesma água nunca mais passará por baixo da mesma ponte. Vá lá entendê-los… O acontecido leva-me agora a voltar ao tema Grécia e (des)União Europeia. Leio nos jornais matéria de que aposso e que de seguida transcrevo:



«O primeiro-ministro grego discursou, (esta sexta-feira à noite), na praça Syntagma onde se encontram milhares de pessoas a manifestarem-se pelo "Não" no referendo. Frente a milhares de gregos, Alexis Tsipras voltou a apelar ao voto no "Não" e garantiu aos gregos que "a democracia é o caminho a seguir". Depois de na passada quarta-feira ter defendido que " a democracia não é um golpe de estado" e que, nesse sentido, o "não" no referendo não significa uma divisão com a Europa, mas "o regresso aos valores europeus", o primeiro-ministro grego pediu ao povo grego que faça "história" e que no domingo dê "um grande e orgulhoso 'Oxi' ao ultimato".  

"Hoje, todos os olhos estão na Grécia. No domingo, vamos mandar uma mensagem de democracia e dignidade à Europa e ao Mundo. No domingo, não vamos apenas decidir ficar na Europa, vamos decidir viver na Europa com dignidade. Não vamos deixar a Europa nas mãos daqueles que querem sufocar a sua tradição de democracia", afirmou Tsipras. 

Também me aproveito de um parágrafo dum texto do colaborador do Sorumbático Carlos Barroco Esperança (pelos vistos esta crónica nem me pertence, mas a preguiça é mal tamanho que não me repugna o roubo escandaloso, ainda por cima sem pedir autorização para o fazer a Barroco Esperança; se o fizesse tenho a certeza que, desta feita e sem ter nada que ver com o referendo grego me responderia “sim”
 “Ouvir o PM, cuja formatação ajuda a entender as declarações, em linha com as decisões venais e nepotismo, é confrangedor, mas ouvir o PR, no meio da tempestade, no Titanic [UE], perante o naufrágio do primeiro passageiro [a Grécia] a dizer que “… se sair ficam 18 países”, não é apenas o rebuscado exercício de aritmética ao nível do primeiro ano de escolaridade, é a metáfora de alguém que faz de Hollande um estadista notável.”»


Cavaco cada vez que abre a boca sai asneira pois nenhuma mesma se arriscaria a entrar naquela cloaca. Não nos devemos admirar com as bacoquices de Sua Insolência. Já lá vão os “cidadões” e o “façarei” que ficaram guardados na massa cinzenta de cada um dos Portugueses; já lá vão também as vacas açorianas a sorrirem de felicidade… Basta de tanto sofrer. Quousque  tandem Cavaco abutere patientia nostra? Mas provavelmente o homem nem saberá o que isto quer dizer, quanto mais o autor da interrogação…

MEMÓRIAS

Neste dia,



em 1969, morre Brian Jones, músico britânico, fundador da banda Rolling Stones,





em 1971, morre Jim Morrison, músico do The Doors e




em 2005, morre Alberto Lattuada, realizador italiano

quinta-feira, 2 de julho de 2015

quarta-feira, 1 de julho de 2015

MEMÓRIAS

Neste dia,






em 1920, nasce Amália Rodrigues e







em 2000, morre Walter Matthau, actor norte-americano