quinta-feira, 25 de abril de 2019

segunda-feira, 22 de abril de 2019

NO MELHOR PANO...

...cai a nódoa.
Leio a coluna diária de Miguel Esteves Cardoso no Público, cuja escrita, por vezes ligeira e descuidada, aprecio.
Contudo, ontem fiquei espantado, ao ler: "... lá tive de comprar quinhentas gramas, 'bem pesadas' numa balança de cozinha dos anos 50".
Quinhentas gramas, Miguel?
No melhor pano cai a nódoa.

CONTRIBUTOS EXTERNOS


Homens rijos que nem cornos


«Somos gente de trabalho, de muito trabalho. Somos gente que há 20 anos luta pelos seus direitos, por uma vida melhor, e ninguém ouviu e a quem nunca deram nada. Somos gente de um sindicato onde a política, os políticos e os sindicatos ligados à política não entram. Somos gente de trabalho, homens rijos que nem cornos e vamos levar esta greve até ao fim porque agora já nos ouvem», disse entusiasmado ao “PÚBLICO” Francisco Fidalgo, 54 anos, filiado no SNMMP e que há 20 anos conduz camiões de transporte de matérias perigosas.

Por Antunes Ferreira


Depois de uma maratona ao longo de uma noite e uma madrugada foi acordado entre o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, SNMMP e a Associação Nacional de Transportes Públicos de Mercadorias, ANTRAN, com a mediação do Governo, foi decidido levantar a greve que desde a passada segunda-feira deixara o país na maior confusão pela falta de combustível.
E quem diria que um sindicato a que muitos chamavam depreciativamente “Bebé” – fora fundado apenas a 8 de Novembro do ano passado – conseguiria pôr Portugal de cócoras? Mas conseguiram-no e o resto é conversa da treta. A frase tornou-se viral: «Somos homens rijos que nem cornos!» Dita com um altivez e orgulho ela representa bem a independência de que os motoristas de matérias perigosas. Uma greve que foi paga apenas e só pela quotização mensal de 6,5 euros, pelos 800 associados.
Agora fica um ano para prosseguirem as negociações entre patrões (ANTRAM) e trabalhadores (SNMMP) com o acompanhamento tão atento quanto seja possível pelo Executivo. Porque o Sindicato já foi avisando que se não houver acordo voltará a acontecer o flagelo da greve. Desta feita há que ter muito cuidado e o aviso não cair em saco roto. Já se viu no que resultaram estes quatro – sublinho quatro – dias de confusão, donde mais vale prevenir do que remediar. Se é que remediar ainda for possível.
Não convém esquecer, de modo nenhum que se trata de lidar com «homens rijos que nem cornos!»