segunda-feira, 30 de junho de 2014

Era inevitável!

Era inevitável!


               

              OEncantador de cães foi chamado à equipa técnica

LIDO

Chapelada electrónica. A lenta cozedura que agora se iniciou no PS deu já dois resultados, um negativo, outro positivo. O negativo está a ser o cristalizar de posições, melhor dizendo o crispar de olhares e punhos, fechando as portas à razão e à tolerância. Tribos políticas agregam-se por emoções e não se dissolvem em quatro meses. Treinam-se mosqueteiros do cardeal, para defrontarem mosqueteiros da rainha. O positivo está a ser a lenta definição dos comentadores e fazedores de opinião: começa a ser claro que a direita convencional está com Seguro, por recear Costa e o terreiro que a sua popularidade pode varrer. Clarinho, clarinho, será sempre melhor.
A situação é muito clara: uma forte maioria sociológica aspira por Costa, dentro e fora do partido. A máquina, minuciosamente planeada durante anos pelas últimas bancadas de São Bento, matematicamente produz decisões que espelham a proporcionalidade da divisão orgânica. Os estatutos, alterados em comissões nacionais complacentes ou distraídas, blindaram as lideranças. Órgãos jurisdicionais internos escudam-se na imprevisão estatutária. Com a segurança de quem tutela a sua maioria, obediente pelo pavor do que receia perder com a mudança, surge a proposta de eleição para um cargo inexistente, com o engodo da retirada em caso de derrota, tal como fez Cavaco a Seguro, quando lhe acenou com eleições antecipadas. Tempera-se com o sal de uma demagógica redução do números de deputados para a populaça aplaudir e argumenta-se com a suposta similitude com eleições primárias abertas a todos para escolha de líderes socialistas na França e Itália, como se do mesmo contexto se tratasse. Preparado o empadão, serve-se frio ou requentado, com quase quatro meses de espera.
Tal como aqui afirmámos há semanas, as coisas estão feias no PS e vão ficar ainda pior. À saída da Comissão Nacional de Ermesinde duas valorosas militantes (ou simpatizantes), vestidas com a camisola da selecção, assediaram Costa e apoiantes. O ambiente carnavalesco registado pelas câmaras tem efeito demolidor na política, juntando todos no mesmo saco, abrindo espaço ao populismo justicialista.
Quando aqui se apontava o eventual risco de chapelada, mal sabíamos como ela agora se apresenta, no século vinte e um. Não já com votos numerosos dentro do chapéu dos cabos eleitorais, mas com o sofisticado processo de recurso a redes corporativas. Agora foram farmacêuticos que conclamaram na rede respectiva o apoio a Seguro. Uma das conclamantes, dirigente nacional do PS. Pior ainda: citada a pronunciar-se a presidente do Partido e um dos secretários nacionais lavaram as mãos como Pilatos, com o argumento de se tratar de uma posição individual. (Agora se percebe o verdadeiro sentido de algumas escolhas para candidatos municipais). Amanhã serão associados de agremiações apolíticas a congregarem à participação grátis numa singular escolha de governo. Pouco faltará para vermos um futuro canal por cabo a recomendar o mesmo. Mais tarde serão homens de mão de partidos agnósticos a Costa a colaborarem, inscrevendo-se graciosamente para eleger um “candidato a primeiro-ministro”. Recusa-se o que possa aumentar as garantias de independência do processo, retirando ao contraditório a possibilidade de arguir a prática de actos malévolos e quem tem a autoridade interna não verbera estes procedimentos.


António Correia de Campos, in Público de hoje

sexta-feira, 27 de junho de 2014

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Futebol - a nossa Selecção

Terminou para Portugal o Campeonato do Mundo de futebol “Brasil/2014”. E terminou com uma vitória, é certo, mas com o sentimento de que era possível fazer muito melhor, já que o grupo que nos calhou por sorteio, em teoria, no dava quase a certeza que difícil era não ir aos oitavos de final.
Acabada a nossa prestação, melhor dizendo a nossa cinzenta prestação, é hora de fazer algumas interrogações:
- Será que foram mesmo os melhores jogadores?
- Como é possível que a quarta Selecção do ranking da FIFA (até há pouco tempo a terceira), sai da competição sem qualquer honra ou glória?
- Será que temos mesmo na equipa o “Actual” melhor jogador do mundo, que faz a diferença, pegando na equipa nas situações de crise?

Responda quem sabe?

MEMÓRIAS


Morreu Eli Wallach, o habitual vilão de westerns

BOLAS À TRAVE

E assim, Portugal sai do Mundial de Futebol sem honra nem glória.
É a vida...

EFEMÉRIDES


Neste dia, em 1942, nasce Gilberto Gil, cantor brasileiro

quarta-feira, 25 de junho de 2014

terça-feira, 24 de junho de 2014

CONTRIBUTOS EXTERNOS

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Uma estória na primeira pessoa do Henrique Antunes Ferreira, que está publicada no seu blogue A Minha Travessa do Ferreira e que ma dispensou




NA PRIMEIRA PESSOA

Ai a minha mãe!...
Antunes Ferreira
N
uma mata cerrada a diferença do dia para a noite são os animais; no resto tudo é escuridão graduada desde o cinzento carregado até ao preto tinta-da-china, mas sem tira-linhas. As árvores tapam o sol e tapam a lua, mais qual? De dia o silêncio assusta; de noite, os uivos, os grasnidos, os piares assustam também. Será que silêncio significa sossego? Bem pelo contrário. Os caludas em tom sussurrado atrofiam os homens fardados.
P

orém isto é quando os militares caminham em patrulha, na chamada bicha de pirilau ou estão alapados numa emboscada, à espera de quem caia nela – ou se safe. Aí o capim desempenha o seu próprio papel, actor mudo, sem caixa de ponto, mas importante. Porém quando segue uma coluna de camiões o caso é bem diverso. O barulho dos motores mata o psiu, alerta para longe da picada. E então, quando se constrói uma nova estrada pisando as marcas dos pés que por ali passaram, nem falar nisso. Buldózeres, cilindros, bidões de asfalto, serras mecânicas, pás, picaretas, martelos hidráulicos…

N
ão pode haver silêncio nestes transes. E quando se tem de dormir na picada, no meio da mata, ainda é mais complicado, nada de cigarros, o morrão é um excelente objectivo para eles, um olho aberto, o outro fechado, o brado da sentinela, quem vem lá? O vento no capim, o grito de um macaco, o zumbido de milhões de mosquitos são tudo motivo de suspeição: se são os sacanas estamos fodidos. Então pessoal, ninguém se deixa dormir sem a canhota à mão de semear. A segurança tem de ser tão eficaz quanto seja possível.

E
sta é a minha terceira coluna; vou, vamos, a caminho dos Dembos, dizem os conhecedores que é a pior zona do terrorismo(*) de Angola, mais precisamente para o Quibaxe para onde levamos material de guerra, alimentos e até gado vivo para abate. São 48 viaturas civis, interpoladas por outras militares: três “burros de mato”, os Unimog mais pequenos, dois maiores, dois jipes e na frente uma GMC da segunda guerra mundial, carregada de sacos cheios de areia e de pedras, com o fundo reforçado por placas de aço, bem como a cabina do condutor.

É
 o rebenta-minas, parido pelo desenrascanço português, que consiste num cilindro de metal com correntes grossas, daquelas das âncoras dos navios, penduradas, tudo soldado à frente da viatura pesadíssima na tentativa de prevenir qualquer rebentamento de bomba enterrada na terra do caminho, traiçoeira. Já vi uma não rebentada, lançada de avião, 300 quilos bem pesados, com um detonador acoplado que felizmente não… detonou. Resulta que, quando o camião se desloca, as correntes vão batendo no solo para detectar e rebentar as possíveis minas ali plantadas por eles, os turras. (*) 

C
ai a noite, caralho não conseguimos chegar ao fortim da fazenda Maria Fernanda, fartámo-nos do bate-cu nas “carroças”, de afastar uns abatises que por ali ficaram, de desenterrar camião atolado na lama vermelha, estamos feitos, temos de dormir na picada. Explicando melhor: eu comando as viaturas civis; o alferes miliciano atirador Pedro Martins, do Grafanil, comanda as militares e os soldados da escolta. Confabulamos, pigarreio e aviso a malta que passamos o breu ali mesmo. Monta-se a segurança e na medida do possível os camiões tentam formar um círculo à maneira das caravanas onde os brancos se defendem heroicamente dos sioux e outros peles vermelhas.

S
entado no estribo da Suzuki de 15 toneladas, rapo da ração de combate e melancólico abro a caixa de cartão. E logo o senhor Bravo, proprietário e condutor do camão me pergunta o que estou a fazer. Adriano Bravo é um tipo muito especial. Uma mina gamou-lhe a viatura que tinha e uma perna, a direita. Foi para o Alcoitão fazer a recuperação depois de lhe terem colocado uma artificial. E voltou a conduzir o novo camião, o Suzuki, porque esta é a minha vida e sou como os gatos, não tenho uma, tenho sete…

D
eixe-se de merdas, você vai comer connosco e dê a puta da ração ao preto que vai sentado no cimo da carga. Guerra extraordinária, em que os homens de um lado e do outro disparam com tudo o que têm à mão e, raio de prática, vão-se insultando enquanto atiram. Vai na tua terra soldado cabrão, vai meter no cu do Salazar na cona da puta da tua mãe, berram do capim. Vai levar na peida macaco, se te apanho corto-te os colhões, nunca mais tens filhos mesmo depois de morto. E assim.   
A

banco com os condutores, comemos postas de pescada do Cabo deliciosamente fritas,  lombo de porco assado já vindo de casa, batatinhas cozidas na hora, reinam os fogareiros de petróleo, guardadas as chamas por tabiques de contraplacado já trazidas de Luanda para o efeito. E tudo regado com um vinho de estalo, da colheita do Crispim que é de Viseu e rebatido com uma bagaceira do mesmo dono. Um banquete na picada, uma quase orgia nocturna, umas anedotas picantes, sabem aquela do padre e da freira? Não sabem, eu conto. E ri-se baixinho, mas ri-se. No entanto, porra, faltam as fêmeas.

N
o dia seguinte retomamos a marcha. Mais uma horitas e estamos a chegar se não houver merda. O Moreira da bazuca benze-se, pelo sim, pelo não. Há! O pessoal dum Unimog ia mas mais ou menos descontraído, já tinham passado o rebenta-minas e o camião civil onde eu ia e outro, um White curiosamente branco e, de repente, buuuummm!!! Mina controlada à distância por cordão de disparo, com certeza. Paneleiros!!!! Assassinos!!! Filhos de uma carrada de putas!!!!!!!!

P
ara espanto de todos, depois de tiros a esmo para a mata ou para o ar, não se vê ninguém, ficaram apenas três feridos. O maqueiro Lingrinhas já começou a tratar deles e, de supetão, ó Henrique! Na mata não se diz a patente, não ande por aí o Mata-alferes. Corro. Esparramado no chão, envolto em ligaduras, adesivos, pensos individuais do combatente está o Periquito, alentejano de Évora Monte, 22 anos, solteiro mas com dois filhos e um coto a jorrar sangue por troca com a perna esquerda.  O Lingrinhas faz-lhe um garrote com um cinturão bem apertado, mas… Henrique, o gajo morre-nos. Quim liga o rádio pede o heli para o evacuar! Foda-se Henrique, o cabrão não quer funcionar!

N
ão sei se alguma vez alguém morreu nos vossos braços. Eu sei. Eu sei o que custa, porque, garrotado, cheio de morfina, o Periquito engalfinhou a sua mão na minha, enquanto, sentado ao lado dele, eu o amparava, passando-lhe o meu braço sobre os ombros dele. E o sangue a empapar as ligaduras. E ele a gemer, ai a minha mãe!!... ai a minha mãe!... ai a minha mãe… Ai a minhaaa… Os olhos já vidrados. Por mais anos que viva nunca me esquecerei. Ai! O helicóptero aterra meia hora depois, foi rápido, mas não chegou a tempo. Metem-no lá numa padiola. E foi um cadáver que transportou de volta a Luanda.

P
orém, a estória vivida não fica aqui. O Zagalo, vizinho do Periquito em Évora, quando para ali se deslocaram por terem sido mobilizados abre-se comigo já no quartel: meu alferes há duas merdas estranhas; a primeira é que o moço estava amigado com uma gaiata a quem tirara os tampos quando ela tinha 16 anos; daí o casal de filhos, a miúda com oito anos e o puto com seis, logo ele tinha podido meter o amparo de família e passar à peluda, mas não fez ninguém sabe porquê, ele nunca se confessou à malta. A  segunda ainda me mete mais macaquinhos no sótão: a mãe dele já tinha falecido vai para três anos.


(*) Terminologia usada então…

segunda-feira, 23 de junho de 2014

domingo, 22 de junho de 2014

Alguém que faça qualquer coisa, para bem do partido!

O Partido socialista habituou os seus militantes, os seus simpatizantes e sobretudo os portugueses de uma forma geral a que o combate interno para liderar o partido se fazia de forma democrática, com divergências sim, e por vezes grandes, mas com muito civismo e respeito pelas opiniões contrárias e por quem disputa o poder. Mário Soares, o chamado pai fundador do partido, teve muitas vezes que enfrentar posições e moções de estratégia diferentes das suas, quer em Congressos, quer nos órgãos intermédios de decisão e poder. Ainda hoje se fala das célebres “reuniões dum sótão” e do grupo “do ex-secretariado”. Jorge Sampaio teve que enfrentar Guterres, que lhe tomou o poder. Em todas as situações de “luta pelo poder”, houve discussão, sim, mas nunca atitudes reles, próprias de gente “baixa”, provavelmente a soldo de quem não quer perder o poder, mesmo vendo que já perdeu há muito o apoio de quem se revê nos princípios do partido. E aqui refiro-me não só aos seus eleitores fiéis, mas também aos que votam ao centro e que ajudaram à conquista de uma quase maioria absoluta de António Guterres e à conquista da maioria absoluta de José Sócrates.
Infelizmente para o PS, e sobretudo para o país, o partido foi vítima do aparelhismo partidário e eis que a sua liderança é tomada por um político medíocre que, como o medíocre Passos Coelho, aprendeu nas jotas como tomar de assalto um partido. E não me venham com o argumento de que o tal Tozé chegou a líder do PS em eleições democráticas. Hitler também chegou ao poder na Alemanha através de eleições, não chegou?
O que se passou hoje em Ermesinde foi uma vergonha. Diz bem quem são os apoiantes do Tozé. Naturalmente, gente a soldo do seu séquito. Mas, por muitas atitudes rascas que tomem, não conseguirão os seus intentos. Chegou a hora das figuras “com peso” no partido tomarem uma posição. Há sempre “um Marinho Pinto” à espera de capitalizar quem não se revê em tanta mediocridade.

Espero que o presunçoso Secretário-geral (em agonia) diga, sem rodeios, se concorda com as atitudes daquela gente reles (felizmente pouco mais de uma dezena) que em Ermesinde insultou António Costa. Não me admira nada que, cobardemente, nada diga e sacuda a água do capote. Mas se dele já espero tudo, espero, no entanto, que alguns dos que estão com ele, nomeadamente Alberto Martins, digam o que pensam sobre o que se passou. Para bem da imagem do partido que neste momento dirigem (ou fazem de conta que dirigem!).

EFEMÉRIDES


Neste dia, em 1949, nasce Meryl Streep, actriz norte-americana

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1969, morre Judy Garland, cantora e actriz norte-americana

sábado, 21 de junho de 2014

MEMÓRIAS

Neste dia,


em 1732, nasce Johann C. Friedrich Bach, compositor alemão 






e, 

em 1908, morre Nikolai Rimsky-Korsakov, compositor russo





sexta-feira, 20 de junho de 2014

CONTRIBUTOS EXTERNOS


Mais uma crónica do Amigo Zé Gil

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PARQUES CITADINOS

                                                                             *Gil Monteiro

As atrações turísticas que vão sendo publicitadas, e cada vez mais, com os seus equipamentos de lazer e menos os famosos monumentos arquitetónicos ou naturais, já vistos e revistos nas redes sociais.
As crianças dos centros urbanos são as mais carentes de férias. Não era por acaso que tinham um ano escolar de mais de 9 meses, confinados às salas de aulas, e recreios improvisados (estão sendo melhorados), necessitando de correr e saltar. Deviam poder ver os ninhos das aves, por montes e vales de aldeias, aprendendo a interpretar a vida dos cucos e a sagacidade das perdizes, camuflando a ninhada de filhotes finos, muito finos – deitados de bico e pernas para o ar, parecendo tojos rasteiros! Nas cidades restam as ruas entupidas de viaturas ou os shoppings atulhados de gente, em mercadejar o necessário e o supérfluo, com tempo para dilatar o estômago de hambúrgueres e sorvetes! Fazerem uns dias de campo e praia devia ser obrigatório, como é o ensino. Frequentar os poucos parques das zonas urbanizadas estaria presente em todos os tipos educacionais, sendo indispensável.
Os adultos, os que antigamente iam para termas (férias), passaram a ir para as praias, algumas fluviais de natação, caça e pesca. Num país privilegiado de tantas e bonitas praias, as deslocações tornaram-se vulgares, mesmo antes da descoberta das águas tépidas do Algarve. Os trasmontanos, em geral, continuaram a ser fiéis às estadias na Póvoa de Varzim até Espinho. Em Julho e Agosto, os moradores da Foz Velha (Porto) passavam a viver nos anexos, alugando as casas aos veraneantes da Praia da Luz ou Homem do Leme. Hoje, procuram turismo de habitação, onde não faltem os tratamentos de beleza e piscina de água quente. Para os que podem pagar, claro!
Dá gosto visitar a Quinta de Serralves. Os jovens casais e os filhos são os heróis dos espaços. Os carrinhos de bebé rompem os caminhos e vão até aos prados, onde pachorrentos bovinos e equinos pastam! No Parque da Cidade (Circunvalação) as atividades gimnodesportivas de vários grupos criam a alma sã em corpo são, desentorpecem da vida morrinhenta da cidade! Correr, passear ou andar de bicicleta fazem mexer os convivas, exceto os namorados, sentados na relva a verem os cisnes e os patos, em cabriolas nas lagoas!
Tenho a sorte de a Quinta do Covelo, por artes mágicas da Câmara e vários donos, não ter sido loteada e vendida a retalho (!) Vejo do meu andar altaneiro os pinheiros, as giestas e os tojos. Vou lá ver a evolução das hortas pedagógicas, e comprar alfaces aos vaidosos alunos vendedores! Visito os vários locais, saudando as várias espécies vegetais, conhecidas ou não. Fico perplexo com tanta variedade frutos. Até os castanheiros selvagens dão frutos para mastigar!
Talvez o ar rural e os aromas campestres sejam responsáveis por alguns galinheiros, perto do monte do Covelo. Acordar com o cantar dos galos faz estremecer as recordações dos dias gélidos de nevoeiro, na apanha da azeitona da quinta de Provesende! Hoje, dia 13 de junho, dia de Santo António vai ser dia de Lua Cheia. Vou ter a sorte de à meia-noite “ver” as árvores do Covelo, da marquise do quarto!
Graças ao meu neto, consegui pesquisar a fauna da mata. Ver rolas, melros (muitos), pegas e gaios (!) enche a alma! Conseguir apanhar uma lagartixa foi um bambúrrio de sorte. Devia ainda estar sonolenta da hibernação... O Rui Pedro nem acreditava na simpatia do réptil... Não tive coragem de lhe cortar a cauda para o neto a ver saltar! Observar um formigueiro foi uma sessão de cinema!...


  
Porto, 13 de junho de 2014
                                                                                                      *José Gil Correia Monteiro

                                                                                                     jose.gcmonteiro@gmail.com

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1923, morre José Doroteo Artango, aliás, Pancho Villa, herói da Revolução Mexicana, de cuja vida foram feitos vários filmes, um doa quais com Pancho Villa a fazer o seu próprio papel

quinta-feira, 19 de junho de 2014

BOLAS À TRAVE

Jogadores norte-americanos têm instruções para levarem o Raul Meireles para Guantánamo

Por Vítor Elias


Os jogadores dos EUA viram o Portugal-Alemanha e ficaram aterrados.
Ao analisarem o meio-campo, perceberam que a selecção das Quinas conta com um taliban, pelo que estão a planear, no jogo de Domingo, cercá-lo, amordaçá-lo e levarem-no para o seu lugar, que é Guantánamo. Os norte-americanos também pretendem sequestra Hugo Almeida, pois acham que é o líder de um cartel de narcotráfico mexicano, devido ao seu bigode à Zapata. Quanto ao Pepe, pretendem recruta-lo para ser mercenário da CIA. VE

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EFEMÉRIDES


Neste dia, em 1944, nasce Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque), cantor e compositor brasileiro

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O TEOREMA DE PITÁGORAS EXPLICADO ÀS CRIANCINHAS

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A explicação


Pitágoras estava com um problema que não conseguia resolver. Por isso, pouco ou nada parava em casa. A mulher dele, Enusa, aproveitava-se da situação e transava com quatro cadetes do quartel ao lado.

Um dia, Pitágoras, cansado, voltou mais cedo para casa e apanhou Enusa em flagrante orgia. Desesperado, matou os cinco.

Na hora de enterrar os safados, Pitágoras dividiu o seu terreno ao meio. Dum lado enterrou apenas a sua esposa, do outro e em quadrados iguais enterrou os quatro cadetes. Dessa forma os quatro cadetes ocuparam um espaço idêntico ao que ele enterrou a sua esposa.

Subiu então a montanha ao lado do seu terreno para meditar e, olhando de cima para o terreno, achou a solução para o seu problema.

Era óbvio:

O quadrado da Puta Enusa era igual à soma dos quadrados dos cadetes ...

Se me tivessem ensinado assim, nunca teria esquecido o teorema de Pitágoras !!!


Recebido por email 

BOLAS À TRAVE

Está visto, don Felipe VI começa muito mal o seu reinado. 
Então não é que a Roja, campeã em título, foi arredada, sem apelo nem agravo, do Mundial de Futebol? 
Mais um argumento para os republicanos querem um referendo.
Que grande mierda!

PAÍS INVIÁVEL

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Haverá por aí empresas que obrigam as candidatas a emprego a assinar uma declaração em que se comprometem a não engravidar nos seguintes 5 anos. Não me parece que tal declaração tenha qualquer valor legal, mas condiciona severamente a vida familiar da candidata a emprego. E se a empresa não puder, como julgo que não pode, usar a declaração como argumento para um despedimento, sempre arranjará maneira de despedir a indesejável grávida, que não teve o cuidado bastante para não se enganar nos comprimidos antes de se deitar.
Por estas e por outras é que, como ouvi hoje afirmar ao prof.  Joaquim Azevedo, dentro de 40 anos Portugal poderá ter 5 a 6 milhões de habitantes, todos na 3.ª idade, isto é, um país socialmente incapacitado e falido, de quem "ninguém quererá tomar conta" (cito de memória as palavras do prof. Joaquim Azevedo).

Mas, como dizia a outra, isso agora não interessa nada. Quem é que está cá daqui a 40 anos para estar preocupado com estas minudências?

O TC E O SUBSÍDIO DE FÉRIAS (2)

TC desmente interpretações do 

Governo

por JPHHoje55 comentários

O Tribunal Constitucional emitiu
 hoje ao fim da tarde um 
comunicado 
onde afirma que "não pode ser 
retirada qualquer ilação" da sua 
recusa de "aclarar"
 a aplicação do acórdão que chumbou
 três normas do OE 2014.
"Em face de afirmações públicas quanto às implicações
 da decisão do Tribunal
Constitucional sobre o pedido de aclaração do Acórdão 
n.º 413/2014, o Tribunal lembra que tal pedido foi 
indeferido, pelo que desta decisão não pode ser
 retirada qualquer outra ilação", lê-se no comunicado.
Implicitamente, o TC responde assim a afirmações 
do ministro adjunto Poiares Maduro, o qual considerou 
hoje à tarde que "o tribunal torna claro que [o acórdão] 
só se aplica realmente a partir de 31 de maio e quanto àqueles que receberam já subsídios de férias com cortes,
não há qualquer alteração a fazer".
Poiares Maduro justificou assim a decisão governamental 
de manter os subsídios de férias pagos no Estado antes 
de 31 de maio abrangidos pelos cortes que o TC 
considerou inconstitucionais.

DN online

Comentário:

Uma marretada na tola do Poia Maduraço, e bem 
merecida. Está visto, este pessoal tem que meter
 um explicador, ao menos para este explicar que, 
se não sabem a matéria, que não digam asneiras 
se não mesmo baboseiras. É a estória do sapateiro
 e do rabecão. 

O TC E O SUBSÍDIO DE FÉRIAS


Quem já recebeu subsídio de férias com cortes não receberá mais nada, diz Governo


Para o ministro Poiares Maduro, esta é uma das ilações a tirar do acórdão do Constitucional que rejeitou nesta quarta-feira o pedido de aclaração feito pelo Governo.

Público on line

Comentário:

O TC diz que não há nada a aclarar, isto é, "leiam o acórdão e apliquem-no nos seus precisos termos. Se não perceberam metam explicador".
O Maduro já fez uma interpretação pessoal da coisa e afirma que quem já recebeu, recebeu, e quem ter a receber vai receber.
O direito ao subsídio de férias é constituído no dia 1 de Janeiro, independentemente da data do seu efectivo pagamento, julgo eu.
Se o governo não repuser a diferença a quem já recebeu o subsídio, os tribunais vão ser inundados de processos, o que é bem feito. Só que, há custas que os interessados vão ter que suportar e com decisões a destempo e, eventualmente, contraditórias.
Este governo não respeita o Estado de Direito que é suposto sermos. 
Com o calor que se faz sentir, em Belém dormita-se, após o almoço.

EFEMÉRIDES


Neste dia, em 1942, nasce Paul McCartney, um dos Beatles 

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1901, nasce Anastasia Romanova, grã-duquesa da Rússia
Ingrid Bergman haveria de interpretar a sua vida no filme 'Anastasia', pelo qual recebeu um Óscar 

terça-feira, 17 de junho de 2014

BES


Publicado por Ana Gomes no blogue Causa Nossa


http://aba-da-causa.blogspot.be/2014/06/grupo-espirito-santo-big-to-fail-ou.html

MEMÓRIAS



Neste dia, em 1882, nasce Igor Stravinski, compositor russo

segunda-feira, 16 de junho de 2014

HOMEM PREVIDENTE

Passos Coelho, escudado com um acórdão do TC, decidiu não ir ao 1.º jogo de Portugal, contra a Alemanha, no Mundial do Brasil. 
Teria ele um pressentimento de que teria que felicitar, com gosto ou a contra-gosto, a sua amiga Angela? O homem foi previdente e merece o meu aplauso. Quem tem capa sempre escapa e quem anda à chuva tende a molhar-se, se prevenido não estiver com o indispensável guarda-chuva. É de gente desta que o país precisa.

O ENTENDIDO

Mundial 2014: 

"Costumo dizer que o sucesso é filho do erro" -- Pires de Lima

Visão online

Pires de Lima, o entendido em cerveja, manda bitaites sobre futebol.

BOLAS À TRAVE

O futebol é isto, onze contra dez e no fim ganha a Merkel digo, a Alemanha.
Nada está perdido, dizem os entendidos com quem tendo a concordar. Mas ponho duas condições: o Rui Patrício tem que aprender a jogar com os pés e o Paulo Bento esquece o Pepe.
O resto é fácil.


domingo, 15 de junho de 2014

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1996, morre Ella Fitzgerald, cantora de jazz norte-americana

sábado, 14 de junho de 2014

sexta-feira, 13 de junho de 2014

BOLAS À TRAVE

Expliquem-me lá: como é que a arrogante Espanha, actual campeã do Mundo do pontapé na bola, encaixa 5 da Holanda? 
Don Felipe VI começa mal o seu reinado, pelo menos ao que futebol diz respeito. Ou será, antes, que don Juan Carlos acaba mal?
Há laranjas bem amargas, para eles, os espanhóis, que até já reinaram na Holanda! 

MEMÓRIAS (ADENDA)



E também neste dia, em 1984, morre António Variações




MEMÓRIAS

Neste dia






em 1231, nasce António de Bulhões, o "nosso" Santo António,








em 1888, nasce Fernando Pessoa








em 1958, morre Vasco Santana




e em 1986, morre Benny Godman, clarinetista e regente de orquestra norte-americano

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Futebol - Campeonato do Mundo 2014

Brasil 3 – Croácia 1
No jogo de abertura do Campeonato do Mundo o Brasil ganhou à Croácia, mas não foi muito superior. Aliás, quem não viu o jogo, ao saber do resultado, é levado a pensar que a vitória brasileira não é passível de qualquer contestação, o que não é de todo correcto. O Brasil até marca os quatro golos, um deles na própria baliza, mas há alguns momentos no jogo em que é feliz, e não só!
Vira o jogo a seu favor com um penalty, no mínimo, muito duvidoso. Estou mesmo certo que, na área contrária, o árbitro japonês (que me pareceu um árbitro medíocre) não assinalaria falta. E já perto do fim, quando a Croácia o encostava às cordas – e teve duas ou três boas oportunidades para empatar – marca o terceiro golo num contra-ataque que sai duma jogada confusa no meio campo, mas que é efectivamente um grande golo de Óscar – para mim o melhor jogador em campo. Neymar, apesar dos dois golos (um deles de penalty) foi capaz do melhor e do pior – naqueles momentos em que desapareceu do jogo.

De qualquer modo foi bom para o Brasil. Eu gostei, não só pela afinidade que nós portugueses temos com eles, mas também por ser a equipa de Scolari a quem o nosso futebol muito deve. 

A FALSA SAÍDA LIMPA

Atiraram foguetes (pelos vistos muito antes da festa) por Portugal ter tido uma "saída limpa", mau grado o relógio do Paulinho ter "dito" que era a hora. O relógio, sabe-se agora, era de fabrico chinês.
 Vai-se a ver, o Governo vem agora declarar que "prescinde" da última tranche do empréstimo da troika, e a 12.ª e última avaliação não consegue ser fechada. Então, pergunto: quando é que fecham a porta, definitivamente? Vamos ficar suspensos, como que num limbo? E se explicassem a coisa de modo a que todos conseguíssemos entender o que está em causa? Bem sei que as desculpas residem no TC, mercê do seu último acórdão, e até no próximo que deve estar a estalar por aí. Não era suposto o Governo ter um plano B, ciente que deveria estar dos prováveis chumbos às suas propostas orçamentais? Se não são incompetentes, parecem; se querem alterar a Constituição à sorrelfa, o que até é mais plausível, os juízes do TC não estão para aí virados, mesmo aqueles que, segundo a vice-presidente e deputada do PSD, Teresa Leal Coelho, estavam "obrigados" a votar favoravelmente as propostas vertidas nas leis orçamentais, "nomeados" que estavam pelo seu partido. Pois, é como certos peixes, que comem o isco e cagam no anzol.
E o PR, que diz ele? Continua a apelar a consensos que sabe não serem exequíveis.

Está na hora!

Um político que se preze de ser um bom político deve saber quando chega a altura de entrar na primeira linha do combate político para poder ascender aos lugares da governação. Mas sobretudo saber quando chegou o tempo de sair.
Ora, o Tozé Seguro, sobretudo a partir do segundo governo de Sócrates, que teve de enfrentar uma enorme crise financeira internacional que afectou as dívidas soberanas de muitos países, intuiu que com a conivência de Cavaco Silva haveria eleições antecipadas, que o PS as perderia e que causariam a queda do Governo e do próprio Sócrates. Começou então, sem grandes ondas e subtilmente, a ganhar o controlo do chamado aparelho, fazendo aquilo que nos partidos é conhecido pelo “circuito da carne assada” – almoços e jantares com dirigentes locais e suas famílias (muito importante as famílias). E, assim, se fez líder do PS.
Mas o Tozé, passados três anos em que o país está a ser vítima de um governo que sujeitou o Povo a uma maldita austeridade que só os empobreceu – país e Povo – não consegue ganhar a confiança dos seus concidadãos para se apresentar como alternativa (não alternância, como ele sente que pode ser) a formar um governo que dê aos portugueses, sobretudo à classe média mais conotada com os princípios programáticos do socialismo democrático e da verdadeira social-democracia, uma esperança de melhor vida para si e sobretudo para os seus filhos.
Pois bem, após a vitória de Pirro nas eleições europeias, aparecem vozes no próprio partido que manifestando desencanto com a situação falam que é preciso mudar a estratégia e…, não só! Surge então alguém, com muita credibilidade no partido e no país, que se diz disposto a liderar uma alternativa no partido que seja ponto de partida para uma alternativa no país. E esta possível alternativa é considerada bem-vinda por significativa percentagem de militantes do PS, por grande percentagem de simpatizantes do partido e por muitos cidadãos. Só não é bem -vinda, ou bem vista pela Direita. Porquê? Claro, dizem eles em surdina: o Tozé é a grande esperança para uma possível vitória nas próximas legislativas.
E só o Tozé não enxerga, por estar tão agarrado ao poder.

Abre os olhos Tozé; está na hora de saíres, para bem do partido, mas sobretudo para bem dos portugueses e do país! Por favor; faz-me a vontade, não só a mim mas a muitíssimos portugueses! 

MEMÓRIAS

Neste dia, em
2003, morre Gregory Peck, actor norte-americano









e, em 2008, morre Jean Desailly, actor francês




quarta-feira, 11 de junho de 2014

AGORA SIM!

Droga, prostituição e contrabando vão ter impacto positivo de 0,4% no PIB
As actividades ilegais representam 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) português, de acordo com a melhor estimativa divulgada hoje por fonte do INE (Instituto Nacional de Estatística).
Esta estimativa, que representa 676 milhões de euros com base no produto previsto para este ano, resulta de um trabalho mais exaustivo de apuramento do rendimento nacional bruto e cobre a margem gerada pelo tráfico de droga, prostituição e contrabando.
Em linha com orientações do organismo europeu de estatística Eurostat, o PIB passará a incluir a partir de Setembro deste ano a estimativa sobre a margem gerada por estas actividades e que terá um efeito positivo de 0,4%, segundo foi explicado hoje por responsáveis do INE numa apresentação sobre o impacto da adopção das novas contas nacionais.
Este número resulta de um conjunto de simulações, convenções e hipóteses que procuram medir a margem gerada por estes negócios, que corresponde ao seu valor acrescentado bruto. No caso da droga por exemplo, fica excluído o custo de aquisição da matéria-prima que é importada.
Estes princípios e metodologia, que foram objecto de consensualização a nível europeu, procuraram avaliar o número de clientes ou consumidores no caso da droga, prevalência de e hábitos de consumo, preços, entre outros factores, tendo por base estudos e relatórios nacionais e internacionais.
Parte da receita gerada por estas actividades já estava reflectida no PIB, designadamente através do consumo de bens e serviços por parte de pessoas cujos rendimentos resultam das actividades ilegais.
Economia não observada vale 13% do PIB
Outros rendimentos de actividades ilegais, como os gerados pela evasão fiscal, estavam já contabilizados nas estatísticas da economia não observada que, de acordo com dados avançados por responsáveis do INE, vale cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB)
Este número não inclui apenas as receitas de actividades ilegais ou o impacto da evasão fiscal, mas também rendas não têm de ser declaradas e que não são necessariamente ilegais.

i online


A partir de Setembro o PIB vai aumentar de forma sustentada. É só fazer as contas, como diria o Toneca. E nem temos que fazer qualquer declaração perante o Fisco, que esse calcula por nós, a seu bel-prazer. Contudo, julgo que, ainda assim, valia a pena sortear uns carritos para quem declarasse ter ido às p...ou consumido uns gramas de pó, e uns carrões para quem declarasse ter colocado uns milhões em off shors. à atenção da miss swaps.