Um
político que se preze de ser um bom político deve saber quando chega a altura
de entrar na primeira linha do combate político para poder ascender aos lugares
da governação. Mas sobretudo saber quando chegou o tempo de sair.
Ora,
o Tozé Seguro, sobretudo a partir do segundo governo de Sócrates, que teve de
enfrentar uma enorme crise financeira internacional que afectou as dívidas
soberanas de muitos países, intuiu que com a conivência de Cavaco Silva haveria
eleições antecipadas, que o PS as perderia e que causariam a queda do Governo e
do próprio Sócrates. Começou então, sem grandes ondas e subtilmente, a ganhar o
controlo do chamado aparelho, fazendo aquilo que nos partidos é conhecido pelo “circuito
da carne assada” – almoços e jantares com dirigentes locais e suas famílias
(muito importante as famílias). E, assim, se fez líder do PS.
Mas
o Tozé, passados três anos em que o país está a ser vítima de um governo que
sujeitou o Povo a uma maldita austeridade que só os empobreceu – país e Povo –
não consegue ganhar a confiança dos seus concidadãos para se apresentar como
alternativa (não alternância, como ele sente que pode ser) a formar um governo
que dê aos portugueses, sobretudo à classe média mais conotada com os
princípios programáticos do socialismo democrático e da verdadeira
social-democracia, uma esperança de melhor vida para si e sobretudo para os
seus filhos.
Pois
bem, após a vitória de Pirro nas eleições europeias, aparecem vozes no próprio
partido que manifestando desencanto com a situação falam que é preciso mudar a
estratégia e…, não só! Surge então alguém, com muita credibilidade no partido e
no país, que se diz disposto a liderar uma alternativa no partido que seja
ponto de partida para uma alternativa no país. E esta possível alternativa é
considerada bem-vinda por significativa percentagem de militantes do PS, por
grande percentagem de simpatizantes do partido e por muitos cidadãos. Só não é
bem -vinda, ou bem vista pela Direita. Porquê? Claro, dizem eles em surdina: o
Tozé é a grande esperança para uma possível vitória nas próximas legislativas.
E
só o Tozé não enxerga, por estar tão agarrado ao poder.
Abre
os olhos Tozé; está na hora de saíres, para bem do partido, mas sobretudo para
bem dos portugueses e do país! Por favor; faz-me a vontade, não só a mim mas a
muitíssimos portugueses!
Sem comentários:
Enviar um comentário