Em
Portugal não há, nem nunca houve eleições para primeiro-ministro. Aliás, é um
dos cargos políticos que não é eleito, mas sim nomeado. E a sua nomeação é da competência
do Presidente da República, depois de ter ouvido os partidos políticos com
representação parlamentar e tendo em conta os resultados eleitorais para a
Assembleia da República. Os cidadãos já sabem, quando vão votar para elegerem
os deputados para a Assembleia da República, que é quase certo que será
primeiro-ministro o líder do partido mais votado. E já agora: Em quantos países
na Europa, ou até no Mundo, há eleições para Chefe de Governo? Quer dizer então
que não havendo eleições nacionais para primeiro-ministro, não tem sentido haver
primárias para se eleger um candidato a disputá-las. Então, logo aí, a proposta
do Tozé é completamente descabida.
E
depois, eleições primárias, como? Quem pode votar nessas eleições: aqueles que
forem arrebanhados pelos stafes dos candidatos; ou aqueles que forem
arrebanhados pelos partidos da Oposição que preferem o candidato “mais fraco”?
Por favor, Tozé, não inventes. Ouve as figuras proeminentes do partido. Ouve
todos, mas todos os militantes. Ouve os independentes próximos do PS. Procura
saber quem é mais capaz de unir o partido, a maioria dos portugueses e ciar um clima que consiga acabar com este governo neoliberal que está a empobrecer o país e os
portugueses, excepto os detentores de grandes fortunas e os banqueiros. Mas,
por favor, Tozé, não ouças, nem um só segundo, o aparelho do partido. Esses não
querem saber do PS nem do País; só querem saber do seu futuro na política e das suas
clientelas.
Há
que saber sair “… de pé, como as árvores!”
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