Admirados? É o Presidente que temos!

Muito se criticou, e ainda se critica, o Presidente da República pelo facto de ter publicitado no seu facebook o seu pesar pelas mortes do Príncipe Friso da Holanda e do seu colega e correligionário António Borges, e não ter feito o mesmo quanto às mortes dos Bombeiros Voluntários que entretanto morreram a combater fogos, defendendo as pessoas e os seus bens, no âmbito das suas funções cujo lema é: Vida por Vida.

Bem, só se admira quem anda distraído, pois Sexa – o nosso Venerando, há muito que mostra o seu elitismo. Para ele é muito mais importante que os portugueses saibam – sobretudo aqueles que o elegeram – do seu pesar pelas mortes de António Borges e do Príncipe Friso, do que lhes dar conhecimento que mandou as condolências formais às famílias dos bombeiros falecidos. Eu quase juraria que Cavaco nem sabia quem era o príncipe Friso antes de este ter falecido.

É este o Presidente (de alguns portugueses) que temos!

As férias e as "rentrées"

É verdade que ainda decorre no país o habitual período de férias, em que há uma certa bonança na vida política e, daí, acontecerem as habituais “rentrées” dos diversos partidos, que normalmente só servem para que os seus líderes façam as habituais promessas e as profissões de fé do costume. Até agora só o PPD fez a sua, mas já estão marcadas as dos outros partidos.

Bem, como também estive ausente casa e da minhas rotinas do dia a dia, não dei conta de qualquer facto político relevante, a não ser de algumas trapalhadas do nosso desgraçado governo. Mas o que causou, e me continua a causar, mais preocupação é não ter dado conta de que o principal líder da Oposição tenha vindo a acalmar as inquietações dos portugueses e dizer-lhes que o PS continua vigilante, sempre pronto para o combate desta desgraça governativa que nos está a acontecer, e protagonizada pela desnaturada coligação que nos governa – PR/PPD/CDS.

Aguardemos a tal “rentrée” do partido, marcada para amanhã.

  

      

Os recados do rapazola

Alguém tem que dizer àquele rapazola que, para desgraça nossa, ainda nos governa, que Portugal é um Estado de Direito Democrático e que, por isso, não só os cidadãos, mas sobretudo os dirigentes políticos e, de entre estes, os governantes têm de cumprir e respeitar as leis. E se há lei que tem de ser respeitada, é a Constituição. Quer dizer então que o Governo tem de respeitar as leis e governar sem violar a Constituição. Outro princípio que, não estando escrito, se subentende, é o de que o Governo tem de respeitar o Tribunal Constitucional e acatar as suas decisões.

Ora, o tal rapazola que nos governa, julga-se, se calhar, um Salazar dos nossos tempos, quando não tem categoria e, sobretudo inteligência, para se equiparar ao velho ditador de Santa Comba. Até para se ser ditador é preciso ser mais inteligente que ele.

Resolveu o tipo mandar um recado ao Tribunal Constitucional, durante o comício do PPD realizado ontem no Algarve. Coitado, será que é tão ingénuo que pensa que os juízes do Tribunal Constitucional ficam com medo dele ou das suas pretensas ameaças? Se calhar, coitado! Tem tanta confiança no que faz que quer arranjar um culpado para as suas tropelias. Mas a “ladainha” que vociferou ontem já não cola e, pelo contrário, cada vez mete mais dó.

Mas o culpado de tanta desfaçatez do tipo, para lá do salta-pocinhas Paulo Portas, é o Presidente (de alguns portugueses), Cavaco Silva, que também ontem esteve na mira dele. Mas Cavaco gosta e, atá certo ponto, merece.

Só quem não merece é o Povo que vai tendo que os aturar. Até quando?      

A Justiça, vai bater no fundo, ou já está lá?

São Tantos, mesmo tantos, os casos que mostram o estado a que chegou a justiça portuguesa, que se torna repetitivo falar dela. Mas, o que se está a passar com as decisões de diferentes tribunais sobre a elegibilidade ou a inelegibilidade de candidatos às autarquias locais, por limitação de mandatos, é simplesmente vergonhoso e dá que pensar. Como é que os cidadãos podem confiar na Justiça, e nos tribunais em particular, quando nestes últimos dias são confrontados com decisões contrárias de diversos tribunais. Há tribunais que não aprovam candidaturas de autarcas que após três ou mais mandatos numa autarquia concorrem a outra (casos dos candidatos do PPD a Tavira e à Guarda) e outros que aprovam candidaturas nas mesmas circunstâncias (casos de Seara, em Lisboa e Menezes, no Porto). E não venham agora os juízes ou os seus representantes sindicais dizer que a culpa é das leis, que eles só interpretaram, pois, nestes casos, a lei é a mesma.

Pergunto: Como é possível? A partir de agora os cidadãos ficam a saber que não é a mesma coisa ser autor ou réu no tribunal do Porto ou no Tribunal da Guarda. Porque o desfecho dum qualquer processo judicial, pelos vistos, também depende do juiz que o decide.

Eu e muitos portugueses esperamos que o Conselho Superior de Justiça venha explicar-nos como foi possível tantas decisões diferentes para casos iguais. De contrário a Justiça vai bater no fundo, ou será que já lá está? 

O dois em um!

Pois é. Pelos vistos Miss Swaps vai assumir a pasta da Secretaria de Estado do Tesouro, em substituição do aldrabão, perdão, do desmemoriado Joaquim Pais Jorge. Ora, das duas uma: Ou Miss Swaps não encontra quem queira fazer parte daquela equipa, que é um autêntico covil de mentirosos; ou pensa que não vale a pena mais uma posse numa equipa em quem já ninguém acredita e que tem os dias contados.

E qual é a posição do venerando? Vai aceitar que não lhe” deem troco” da saída e substituição de um membro do Governo que ele nomeou e a quem deu posse? Se calhar!   

Haja respeito pelos cidadãos

Este covil de mentirosos que nos governa, já não tem só falta de vergonha, mas falta de respeito pelos cidadãos, que afrontam com o maior descaramento. E até não se importam de fazer figura de urso perante a Comunicação Social, como foi o caso da triste figura que Joaquim Pais Jorge fez no primeiro briefing a que o mandaram.

Então, a actual equipa do ministério das Finanças é o arquétipo desta falta de vergonha e de respeito. Começa logo com Miss Swaps que ainda Secretária de Estado mentiu repetidas vezes dizendo que pouco sabia sobre swaps, mesmo perante evidências e até provas documentais que indicavam que ela tinha que saber. Mas, como tem uma grande lata e a cobertura do primeiro-ministro (vá lá saber-se porquê!) continua a afirmar que não mentiu. E, pior, como a sua falta de respeito não tem limites, resolveu, já como ministra das Finanças escolher para seu sucessor na Secretaria de Estado do Tesouro um aldrabão pior que ela, que já não se lembrava de ter tentado vender uns swaps tóxicos ao Governo de Sócrates com o fim de esconder défice – o acima já referido Joaquim Pais Jorge. Mas milagrosamente, ou talvez não, o bom do Joaquim veio dizer umas horas após o desastrado briefing que afinal sempre esteve em três encontros com o fim de vender swaps a Sócrates.

Perante tudo isto, que é grave, é lícito perguntar ao primeiro-ministro e ao Presidente da República: Quanto tempo mais vamos assistir aos delírios daquela gente? Haja decoro e sobretudo respeito pelos cidadãos.

QUEM, EU?

Secretário de Estado nega envolvimento na proposta de swap a Governo de Sócrates

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Num briefing hoje de manhã, Joaquim Pais Jorge não se cansou de repetir que não tinha responsabilidade sobre a concepção e negociação de produtos financeiros como os swap.

Público online

Coitado do homem, ele nem sabe o que é um swap! Bastava, para quem viu na tv, olhar para o seu cremoso rosto. E, se calhar, nem sabe quem é o Sócrates ou o Teixeira dos Santos ou qualquer outro membro do anterior governo. Vade retro, satanás!

O homem só cá veio ver a bola, qual venda de produtos tóxicos! Pois se até a sua chefe luízinha confia nele... Bom, agora fiquei enredado!!! Recordo o outro que disse acreditar na palavra do seu conselheiro de Estado... Mas isso agora não vem ao caso.

SONDAGENS

Depois da sondagem da Católica, em que PS e PSD estão quase empatados e o CDS quase desaparece, temos agora a da Eurosondagem

Há para todos os gostos, é só escolher a que mais nos convém. Por mim, estou mais inclinado para esta. Mas isso sou eu.

PS: 37.4% (+0.4)
PSD: 24.4% (-0.6)
CDU: 12.5% (+0.5)
CDS-PP: 7.7% (-0.3)
BE: 7.5% (-0.5)

O DR. RELVAS REAPARECE

Miguel Relvas, Alto-Comissário da Casa Olímpica da Língua Portuguesa no Brasil

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2 de Agosto, 2013

O ex-ministro de Estado e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, vai ser Alto-comissário da Casa Olímpica da Língua Portuguesa no Brasil, cargo para o qual foi escolhido pelo "conhecimento da realidade dos países de língua portuguesa".Segundo um comunicado hoje divulgado por esta associação cívica sem fins lucrativos, "que desenvolverá a sua actividade a partir de hoje e até ao final dos Jogos Olímpicos de 2016, que decorrerão no Rio de Janeiro, o objectivo é divulgar a cultura dos países de língua portuguesa, através de "eventos culturais, encontros, exposições, palestras, fóruns, mostras, colóquios, vivências, festas e celebrações".
O convite a Miguel Relvas partiu dos promotores - "um conjunto de personalidades portuguesas e brasileiras", entre os quais o presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, o actor Ricardo Pereira e o advogado Paulo Elísio de Souza - que destaca, o "conhecimento que [Relvas] dispõe da realidade dos países de língua portuguesa, com especial enfoque no país que receberá os Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil".
O antigo braço direito do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e que se demitiu em Abril no meio de várias polémicas em torno da sua alegada licenciatura, destaca, no mesmo comunicado, que vai desempenhar o cargo "a título não oneroso" e que quer promover países que "têm com a cultura portuguesa uma conexão forte e associação que perseguem os mesmos fins que os comités olímpicos nacionais".
O comunicado adianta que a criação desta Casa Olímpica visa responder "a duas premissas levantadas pelo Comité Olímpico de Portugal": promover a língua portuguesa como língua de trabalho do Comité Olímpico Internacional e criar um "espaço de promoção da cultura nacional na cidade-sede do maior evento multidesportivo do mundo".
Lusa/SOL



Ora aí está uma escolha óbvia. Ainda vamos voltar a ouvir falar muito do homem até e depois dos Jogos Olímpicos. E merecerá, certamente.

Tenho vergonha da Justiça Portuguesa

Desde há alguns anos, que nas escolas do primeiro ciclo as crianças começam a ouvir que o álcool não faz bem a nada e que, pelo contrário, quando consumido em excesso é nocivo para a saúde. Mais, aprendem que só podem consumir bebidas alcoólicas quando forem adultos e, mesmo assim, muito moderadamente. Também já há muito tempo que há leis que proíbem a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em determinados locais e/ou determinadas horas, e outras leis, muito rigorosas, que punem severamente quem é apanhado a conduzir com excesso de álcool no sangue, sendo que a partir de 1,2 g/l é mesmo crime.

Pois bem, para três juízes da Relação do Porto, 2,3 g/l de álcool no sangue não é motivo para despedimento. Mas se a decisão já espanta, o que dizer do acórdão que a justifica? Os senhores juízes, entre outras coisas, dizem: “Com álcool o trabalhador pode esquecer as agruras da vida…”, ou “… aquele trabalhador alegre é muito produtivo…”.

Não consigo qualificar este acórdão. Apenas digo que tenho vergonha da Justiça Portuguesa.

Ah, espero que o bom senso não permita que venha um qualquer elemento do sindicato dizer que a culpa não é dos juízes, mas da lei que tiveram de aplicar.