segunda-feira, 22 de outubro de 2012

E agora Menezes?


Por acaso, estava a ver a SIC Notícias quando Luís Filipe Menezes, contracenando com Mário Crespo, num dos noticiários apresentado por este artista, anunciou, com pompa e circunstância (tudo muito bem encenado para dar a ideia que era mesmo imprevisto), que era candidato à Câmara Municipal do Porto, e mais, que já tinha a aprovação do Presidente do partido - Pedro Passos Coelho. Confesso que na altura fiquei apreensivo, pois sou daqueles que classifica Menezes como um às da demagogia e um tipo de político que não olha a meios para atingir os seus fins – uma espécie de Alberto João Jardim cá do continente.  Comecei logo a imaginar como seria penoso suportá-lo à frente do município da cidade onde resido. Mas em democracia estamos sempre sujeitos a ter de suportar grandes contrariedades.
Passadas para aí duas horas comecei a lembrar-me que na altura da eleição de Menezes para Presidente do PPD, alguns militantes carismáticos do partido manifestaram publicamente o seu desagrado. Por outro lado não acreditava que Rui Rio, que teve de enfrentar algumas desfeitas de Menezes, e o CDS que foi hostilizado enquanto ele liderou   o partido, ficassem de braços cruzados. Pois bem, não tardou que Miguel Veiga, um histórico e fundador do PPD no Porto viesse dizer que o partido não devia apoiar Menezes. Poucos dias depois, Manuel Sampaio Pimentel, ex-Vereador do CDS na Câmara do Porto, publica dois artigos no jornal Público, justificando porque não podia votar em Menezes. Hoje, veio a machadada final. O CDS do Porto anuncia oficialmente que não apoia oficialmente a candidatura de Luís Filipe Menezes à Câmara do Porto. E agora Menezes?  




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