Por
acaso, estava a ver a SIC Notícias quando Luís Filipe Menezes, contracenando
com Mário Crespo, num dos noticiários apresentado por este artista, anunciou,
com pompa e circunstância (tudo muito bem encenado para dar a ideia que era
mesmo imprevisto), que era candidato à Câmara Municipal do Porto, e mais, que
já tinha a aprovação do Presidente do partido - Pedro Passos Coelho. Confesso
que na altura fiquei apreensivo, pois sou daqueles que classifica Menezes como
um às da demagogia e um tipo de político que não olha a meios para atingir os
seus fins – uma espécie de Alberto João Jardim cá do continente. Comecei logo a imaginar como seria penoso
suportá-lo à frente do município da cidade onde resido. Mas em democracia
estamos sempre sujeitos a ter de suportar grandes contrariedades.
Passadas
para aí duas horas comecei a lembrar-me que na altura da eleição de Menezes
para Presidente do PPD, alguns militantes carismáticos do partido manifestaram
publicamente o seu desagrado. Por outro lado não acreditava que Rui Rio, que
teve de enfrentar algumas desfeitas de Menezes, e o CDS que foi hostilizado
enquanto ele liderou o partido, ficassem de braços cruzados. Pois
bem, não tardou que Miguel Veiga, um histórico e fundador do PPD no Porto
viesse dizer que o partido não devia apoiar Menezes. Poucos dias depois, Manuel
Sampaio Pimentel, ex-Vereador do CDS na Câmara do Porto, publica dois artigos
no jornal Público, justificando porque não podia votar em Menezes. Hoje, veio a
machadada final. O CDS do Porto anuncia oficialmente que não apoia oficialmente
a candidatura de Luís Filipe Menezes à Câmara do Porto. E agora Menezes?
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