sábado, 6 de outubro de 2012

A bandeira


O hastear da bandeira nacional ao contrário foi um dos factos mais marcantes das cerimónias comemorativas do 5 de Outubro. No entanto, a meu ver, foi muito empolado. É evidentemente um erro grave, não me parece contudo que seja daqueles imperdoáveis que merecesse tanto aproveitamento político. Depois do incidente já era de esperar alguma chacota, mas nunca que fosse assunto de relevo em intervenções políticas de Jerónimo de Sousa e de Francisco Louçã e, sobretudo, que fosse um dos momentos importantes daquele tal congresso das alternativas.
Muito bem (outra vez) esteve hoje António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que veio, em carta enviada ao Presidente da República, assumir, em seu nome pessoal e em nome da Câmara, as responsabilidades pelo ocorrido e apresentar-lhe desculpas.
Muito mal, entre outros, esteve o presidente da Associação Nacional de Sargentos que, pateticamente (para não lhe chamar um nome feio), disse estar indignado e qualificou como uma vergonha o facto de Cavaco Silva ter hasteado a bandeira ao contrário. E até insinuou não poderem ser só coincidências. Bom, não acredito que este Sargento seja o arquétipo dos sargentos das nossas Forças Armadas, pois aqueles com quem convivi há quarenta anos não caíam num ridículo destes!

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