O
hastear da bandeira nacional ao contrário foi um dos factos mais marcantes das
cerimónias comemorativas do 5 de Outubro. No entanto, a meu ver, foi muito
empolado. É evidentemente um erro grave, não me parece contudo que seja
daqueles imperdoáveis que merecesse tanto aproveitamento político. Depois do
incidente já era de esperar alguma chacota, mas nunca que fosse assunto de
relevo em intervenções políticas de Jerónimo de Sousa e de Francisco Louçã e,
sobretudo, que fosse um dos momentos importantes daquele tal congresso das alternativas.
Muito
bem (outra vez) esteve hoje António Costa, Presidente da Câmara Municipal de
Lisboa, que veio, em carta enviada ao Presidente da República, assumir, em seu
nome pessoal e em nome da Câmara, as responsabilidades pelo ocorrido e
apresentar-lhe desculpas.
Muito
mal, entre outros, esteve o presidente da Associação Nacional de Sargentos que,
pateticamente (para não lhe chamar um nome feio), disse estar indignado e
qualificou como uma vergonha o facto de Cavaco Silva ter hasteado a bandeira ao
contrário. E até insinuou não poderem ser só coincidências. Bom, não acredito
que este Sargento seja o arquétipo dos sargentos das nossas Forças Armadas,
pois aqueles com quem convivi há quarenta anos não caíam num ridículo destes!
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