Retiro do jornal "i":
A Associação dos ex-deputados do parlamento (AEDAR) e o Grupo Desportivo (GP) receberam nos últimos cinco anos do orçamento da Assembleia da República cerca de 286 mil euros. Este ano a associação de ex-deputados recebeu 42,5 mil euros e o grupo desportivo 15,2 mil euros.
Segundo o parlamento, estas comparticipações são aprovadas com os seguintes objectivos: “A Associação, para o seu funcionamento regular, estando previsto esse apoio nos termos do art.o 28.o do Estatuto dos Deputados. E o GDP, para apoio às actividades de índole cultural e desportiva desenvolvidas pelo grupo.
Um dos eventos organizados pelo GDP este ano foi um torneio de golfe na Quinta da Marinha que decorreu de 11 a 13 de Julho.
Ainda segundo os serviços do parlamento, “para o torneio de golfe, cuja organização foi da inteira responsabilidade do GDP, a AR teve como custos directos a oferta, como é tradicional em todos os parlamentos, do jantar de encerramento e de alguns prémios institucionais simbólicos”, montante que o parlamento não divulgou.
Luís Barbosa, ex-deputado do CDS e actualmente independente, é o actual presidente da associação dos ex-deputados. E explicou ao i que actualmente existem 370 ex-parlamentares inscritos, que pagam uma quota anual de 50 euros, o que perfaz 18 500 euros por ano.
A associação tem um gabinete na assembleia com uma funcionária a tempo inteiro e um técnico de contas. O orçamento da associação cobre estes custos e por vezes, como explicou o presidente, também serve para apoiar antigos deputados que recebem baixas reformas.
Questionado sobre se alguns dos associados recebe subvenção vitalícia, a qual foi concedida até 2005 a quem ocupasse pelo menos oito anos um cargo público, e que actualmente representa cerca de 5 milhões de euros no orçamento da Caixa Geral de Aposentações, Luís Barbosa disse desconhecer casos concretos, adiantando que a maioria dos parlamentares nunca exerceu este cargo tanto tempo. A associação tem reunido com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e estão a estudar a participação mais activa dos antigos deputados na melhoria da imagem dos políticos.
finalidade
O objectivo da associação, que também existe noutros países, tendo mesmo sido constituída uma federação internacional, “é promover uma convivência pacífica entre os ex-deputados”, disse Vânia Jesus, secretária da associação. “O presidente é independente e nos nossos planos de actividade promovemos o desenvolvimento regional.”
No blogue da associação, o último evento publicitado decorreu a 30 de Maio no auditório do edifício novo da AR, subordinado ao tema “como conviver com o seu corpo”, palestra inserida no âmbito do ano europeu para o envelhecimento activo. O orador convidado foi o médico de família Eduardo Mendes e na sessão de abertura esteve José Alberto Marques (membro da direcção da AEDAR e médico), tendo Luís Barbosa sido o moderador do painel.
Outro dos eventos, que aconteceu a 5 de Junho, foi uma visita à cidade de Tomar, onde o grupo da AEDAR, depois de uma recepção na câmara municipal, visitou alguns pontos da cidade, como a Praça da República. “Pudemos ver a estátua de D. Gualdim Pais, fundador da cidade de Tomar, à frente dos Paços do Conselho”, pode ler-se no blogue da associação.
Luís Barbosa explicou que estas deslocações, que normalmente são pagas pelos ex-deputados, têm como principal objectivo “mostrar que a democracia vive dos instrumentos que criou”. Miranda do Corvo foi outro dos locais visitados pelos antigos deputados, em Novembro do ano passado, onde estiveram na exposição “A Maçonaria e o advento da República”.
Comentáros para quê? São artistas portugueses...
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1 comentário:
Uma vergonha. Por essas e por outras é que o povo está cada vez mais divorciado da política e dos políticos
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