Todos sabemos que há um grupo de pessoas (homens maioritariamente, mas também algumas mulheres) militantes ou próximos dos dois maiores partidos portugueses - PS e PSD, que, de acordo com a cor política da altura, vão ocupando cargos de relevo e muito bem remunerados, na Administração Pública e nas empresas do chamado Sector Empresarial do Estado. São os chamados boys. E há casos em que se torna "necesário" que haja boys dos dois lados. Mas, nestes casos, define-ne a respectiva paridade, de modo a que cada partido tenha, relativamente ao outro, um número de boys correspondente à sua representatividade. É assim, não é? Não estou enganado, pois não?
Atendendo às perspectivas políticas do momento, os boys do PSD andam "numa roda viva". Como dirá o ministro Augusto Santos Silva, já andam a salivar. Sentem que está perto a hora deles. Os do PS, já estão a fazer contas e previsões de quando poderão voltar (se sairem, bem entendido!). É a vida, como disse António Guterres.
Mais estranho me parece que estas coisas se passem em empresas de capitais privados, como o BCP. Pois bem, leio no jornal Público que a lista para o Conselho Geral e de Supervisão do banco traz uma novidade: a adequação ao quadro político que se antecipa poder vir a ter o PSD como protagonista. Assim, Santos Ferreira foi buscar Leonor Beleza e Álvaro Barreto, ex-ministros e pessoas carismáticas do PSD. Mas descansem, senhores do PS, também vai buscar Daniel Bessa que, sendo independente e crítico de Sócrates, foi ministro de António Guterres. Onde já chegam os boys!
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