sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

TRANSPARÊNCIAS


O jovem Carlos Sá Carneiro abandonou a advocacia e juntou-se à trupe dos estarolas quando ela se alçou à São Caetano. Após as eleições legislativas, este jovem advogado rumou, com Passos Coelho, para São Bento.Hoje, o Diário da República publica dois curiosos despachos de Passos Coelho: • No primeiro, exarado a 10 de Janeiro do corrente ano, procura-se “legalizar” a situação de Sá Carneiro, tendo, agora, sido incumbido de realizar tarefas no período entre 21 de Junho e 30 de Novembro de 2011; • No segundo despacho, de 9 de Janeiro, é nomeado assessor com efeitos a partir de 1 de Dezembro de 2011.Esta forma atabalhoada de regularizar a situação dos funcionários do PSD que transitaram para o aparelho de Estado tem o seu lado cómico, suscitando algumas questões:• Como é que o primeiro despacho de Passos Coelho tem uma data posterior ao segundo despacho?• Se, só a partir da publicação do despacho, Sá Carneiro pode ser remunerado, é o PSD que lhe vem pagando o ordenado (apesar de estar a exercer funções no gabinete de Passos Coelho desde 21 de Junho de 2011), fazendo-se agora um acerto de contas entre São Bento e a São Caetano?• Estando atribuída por lei a remuneração dos adjuntos dos gabinetes ministeriais, mas não a dos assessores, qual vai ser a remuneração de Sá Carneiro, que o despacho não fixa?Até nestas questões (e a procissão ainda vai no adro) se vê como os estarolas estavam preparados para governar o país. »

Pescado de O Jumento


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