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terça-feira, 4 de março de 2014

Dá que pensar...!

Se ainda havia dúvidas que em Portugal se agrava cada vez mais o fosso entre ricos e pobres, tivemos hoje uma notícia que vem confirmar isso mesmo. Segundo a revista FORBES as fortunas dos três portugueses mais ricos – Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo – subiram mais ou menos 17%, que em termos de valor ronda os dois mil milhões de euros. Como é possível em tempo de crise?! Bom, é possível porque a austeridade, pelos vistos, não toca a todos do mesmo modo. Bem pelo contrário. Este trio faz parte de um núcleo de empresários a quem o Governo aumentou e continua a aumentar os benefícios fiscais.
Como se sentirão muitos portugueses, sobretudo aqueles que têm rendimentos que não lhes permite viver com a dignidade a que têm direito, e aqueles pertencentes às classes médias que no activo ou já na reforma são sempre chamados a suportar os cortes que têm como objectivo atingir um défice que o Governo não controla? Naturalmente com muita raiva.

Ora, provavelmente com outro tipo de políticas, talvez aqueles três senhores, e alguns outros que se lhes seguem, aumentassem menos as suas fortunas e permitissem um alívio àqueles que estão sempre a “pagar a fava”. Mas, enquanto formos governados por estes talibãs do neoliberalismo, não acredito que isso suceda. Por isso um alerta que está na moda: “de nada serve protestarmos como leões, se depois votamos como jericos”!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

EMPRERÁRIOS PATRIOTAS

O capital, de que este governo é mandatário, entra à cabeça na corrida para os botes de salvação e deixa para trás, entregues à sua sorte, sem o mínimo remorso, os passageiros da terceira classe . A Jerónimo Martins, florão do empresariado português, acaba de dar um exemplo edificante do entendimento que por aqui campeia do conceito de solidariedade, e partiu à sucapa para a Holanda onde os impostos sobre os lucros são mais suaves. Alguém que ainda se lembre de ter ouvido o patrão daquele próspero armazém atacar o estado social e o governo dos socialistas deveria atentar agora no uso que é dado a essa velharia ideológica a que chamam patriotismo. E já agora por que não começar a mobilizar as pessoas para que em lugar de se abastecerem no Pingo Doce, voltarem a comprar no merceeiro da esquina?
Aquilino Ribeiro Machado


(Vendo-a pelo preço por que a recebi)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ah, grandes empresários!

Está a ser noticiado, com todo o destaque nas aberturas dos jornais noticiosos, que a sede da empresa que controla as mercearias Pingo Doce mudou para a Holanda, recorrendo à esperteza saloia de vender o capital "deles para eles" (é caricato? Mas, no fundo, foi isso que eles fizeram). Diz-se que os objectivos são pagar menos impostos e também tornar mais fácil finalizar negócios noutras paragens como, por exemplo, na Colômbia. Bom, a bem dizer, é uma operação legítima, mas espero que o Senhor Soares dos Santos não venha dar mais lições de moral e de portuguesismo aos nossos políticos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

REMÉDIOS PARA O DESEMPREGO

Belmiro de Azevedo afirmou que a redução do IRC e da TSU é a melhor maneira de promover o crescimento do emprego. Também acho, mas entendo que é curto, bastante curto. As empresas não deviam pagar IRC (*) nem TSU e os salários até podiam ser pagos em espécie. No caso do Continente até era fácil: uns pacotes de arroz e de massa, uma garrafa de óleo e umas frutas e pelo Natal um peru e uma garrafa de jeropiga ou de ginjinha. No final do ano, uma garrafa de espumante e uns saquinhos de frutos secos. Assim, o engenheiro podia contratar muito mais pessoal, o que era muito positivo para a sua economia.


(*) A isenção de IRC nem seria descabida, desde que os dividendos fossem devidamente tributados. Mas isto seria para outro post.