sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Um Presidente ..., para desgraça nossa.


1 - Num país democrático do “primeiro mundo”, semipresidencialista como o nosso, o Presidente da República já tinha chamado ao palácio presidencial o primeiro-ministro e tinha-lhe dito: “Em face da contestação de que é alvo o seu ministro Relvas, de quem a maioria dos portugueses não gosta; tendo em conta que o dito mentiu em tempos ao parlamento, dizendo ter habilitações académicas que não tem; tendo em conta que se diz licenciado, quando, de facto, só foi aprovado no exame a uma disciplina, curiosamente de um outro curso; tendo em conta que a sua manutenção no Governo, espanta muita gente, incluindo alguns ex-governantes e ex-dirigentes do seu partido (veja-se o exemplo de um tal de António Capucho); do que é que o senhor está à espera para me pedir a exoneração dele?” E, dir-lhe-ia mais: “Se não o fizer num prazo de quinze dias a um mês, vou dirigir-me aos portugueses informando-os do facto. Se teimar em mantê-lo no Governo, então tudo farei para o exonerar a si e, em último caso, dissolverei o Parlamento”. De imediato o Presidente chamava o líder do outro partido da coligação (estivesse ele na “China, nas arábias, no Irão ou até na Síria) e dava-lhe conhecimento da conversa.
2 - Num país democrático do “primeiro mundo”, semipresidencialista como o nosso, o Presidente da República já tinha chamado ao palácio presidencial o primeiro-ministro e tinha-lhe dito: “ O seu ministro Gaspar não acerta uma só previsão e, de seguida, com a maior cara de pau, apresenta uma nova, na qual já ninguém acredita. Ou ele muda de política e começa a acertar nas previsões ou terei de lhe propor o mesmo que propus para o tal Relvas”.
Pois é. Isto seria assim se tivéssemos um Presidente, de facto, e não um Presidente de faz de conta. Como alguém já disse, Cavaco Silva está em Belém a olhar para o Tejo e a ver passar os navios! Para desgraça nossa.

1 comentário:

500 disse...

O PR anda a reler as leis promulgadas pelos antecessores para ver se está tudo bem publicado do DR. Até descobriu um "de" em lugar de um "da", numa lei com 8 anos. O que ele ainda tem para ler antes de se dar conta de que deu posse a um ministro com o currículo do Relvas...