BEIJAR
O beijar foi o primeiro ato do bebé ao mamar
com palmadinhas no rabo, tinha despertado,
no banho, tinha feito gluglu e a família sorriu,
vestido foi para o colo da mamã transportado.
Em terra de vinho, onde o fino pontifica
umas gotas foram dadas ao recém-nascido a degustar.
Todos brindam e nos cálices nem gota fica!
Muita neve caiu, no tempo da corujeira
abundantes caminhos de Escola palmilhou,
em escorregas ingremes dos montes brincou
roupas rompeu e sujou, e à família deu canseira!
No tempo do liceu, uma rosa retirou do jardim,
oferecida a uma colega bonita, não murchou.
Flores dedicadas, passeios aprazados, em
ruas, jardins e praças, eram sítios de devaneio
cruzaram-se destinos, satisfeito o enseio.
Tempo agreste e, nas ruas ou praças a passear,
bátegas de chuva fazem o vão de porta abrigo
vento forte, porta estreita, guarda chuva a tapar,
permitiu o primeiro beijo, puro e casto, dar!
Porto, 13/2/13
José Gil
jose.gcmonteiro@gmail.com
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1 comentário:
ora aqui está algo bonito, coisa da vida...
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