sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

RIMAS DO ZÉ GIL

BEIJAR




O beijar foi o primeiro ato do bebé ao mamar

com palmadinhas no rabo, tinha despertado,

no banho, tinha feito gluglu e a família sorriu,

vestido foi para o colo da mamã transportado.

Em terra de vinho, onde o fino pontifica

umas gotas foram dadas ao recém-nascido a degustar.

Todos brindam e nos cálices nem gota fica!

Muita neve caiu, no tempo da corujeira

abundantes caminhos de Escola palmilhou,

em escorregas ingremes dos montes brincou

roupas rompeu e sujou, e à família deu canseira!

No tempo do liceu, uma rosa retirou do jardim,

oferecida a uma colega bonita, não murchou.

Flores dedicadas, passeios aprazados, em

ruas, jardins e praças, eram sítios de devaneio

cruzaram-se destinos, satisfeito o enseio.

Tempo agreste e, nas ruas ou praças a passear,

bátegas de chuva fazem o vão de porta abrigo

vento forte, porta estreita, guarda chuva a tapar,

permitiu o primeiro beijo, puro e casto, dar!



Porto, 13/2/13

José Gil

jose.gcmonteiro@gmail.com

1 comentário:

maceta disse...

ora aqui está algo bonito, coisa da vida...