Um
dos temas hoje mais referidos nos diversos órgãos de Comunicação Social foi, e
ainda é, os já muito falados cortes dos quatro mil milhões de euros nas
despesas do Estado. É noticiado que vai haver amanhã Sábado um Conselho de
Ministros (coitadinhos dos ditos!) para dar início ao estudo de tal medida.
Bom,
eu não acredito que uma loucura destas possa ir avante só porque o Governo é
sustentado por uma coligação de partidos que tem maioria no Parlamento, e que,
por isso, acha que pode impor ao país tudo o que lhe vem à cabeça, ou melhor
dizendo, tudo o que vem à cabeça do Gaspar. Por outro lado, embora saibamos que
o Presidente da República, perante os problemas que causam maior revolta nos
cidadãos, assobia para o tecto, não pode, desta vez, dar o aval a medidas que
têm por doutrina princípios com os quais ele já disse várias vezes que não
concorda. E depois, uma reforma do Estado, como agora lhe chamam, não pode ser
feita ao contrário, ou seja, não se podem cortar despesas só porque é preciso
agradar e fazer a vontade à Troika. Por último, parece-me que não há reforma
possível nesta altura de crise, sem que se tomem medidas que conduzam ao
crescimento da economia. Se nos comprometemos a não termos um défice superior a
2,5% do PIB, porque não aumentamos o PIB? É preferível empobrecer os
portugueses e mandá-los para a miséria?
Finalmente;
todos os dias lemos ou ouvimos dizer que “lá vai mais dinheiro para a banca!”,
para tapar os buracos que os banqueiros cavaram com a ganância desenfreada de
ganharem dinheiro e mais dinheiro, sejam quais forem os métodos que utilizam.
Só para o BPN e para o Banif já saíram, ou ainda vão sair, oito mil milhões de
euros – o dobro daquilo que Passos Coelho e Gaspar querem tirar aos
portugueses. Por isso, já há quem chame a esta dita reforma, uma reforma
terrorista!
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