O
assunto já foi tratado neste blog por um post do amigo 500, mas quero dar também
o meu contributo para tão importantíssimo acontecimento.
Na
história política de Portugal já constava uma cadeira célebre: aquela da qual
Oliveira Salazar caiu nos fins do verão
de 68, quando passava umas curtas férias, o que lhe provocou um hematoma cerebral
e, em consequência dele e dos tratamentos que se seguiram, incluindo uma
cirurgia, o incapacitou e levou a que deixasse, de facto e de verdade, de
governar. E digo de facto e de verdade, já que Américo Tomaz - então Presidente
da República e Marcelo Caetano - que o substituiu, aceitaram que o velho
ditador governasse no “faz de conta” até à sua morte.
Desde
ontem, outra cadeira entrou para a nossa história política: a cadeira para S
Exa o nosso venerando Chefe de Estado. O designer da cadeira foi o Arqto Paulo
Lobo que disse tê-la concebido de modo a que a mesma corresponda à leitura que
ele faz da personalidade do venerando. “É uma cadeira sóbria, de trabalho, já
que o trabalho é muito importante para o Presidente”, disse.
Bom,
para se fazer a entrega de tão importante peça de mobiliário e,
consequentemente, a sua inauguração, realizou-se uma sessão solene com pompa e
circunstância no Palácio de Belém. Tudo apontava que o primeiro rabo a
sentar-se na dita, fosse o presidencial rabo de SExa, o venerando. Mas, chegada
a altura, eis que um outro rabo se antecipa: o da sua Maria, que se mostrou
muito contente, mas algo supersticiosa. Não quis encostar-se,
não “ fosse o diabo tecê-las”. Provavelmente, lembrou-se da outra cadeira da
história política portuguesa, de trágicas consequência para o político que se
sentou nela. Credo…, abrenúncio!
2 comentários:
um fscto que vai ficar na história (com h minúsculo)!
V. aí não gostam mesmo do homem.
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