Decorreu
hoje na Antena 1 um fórum cujo tema era o assunto mais em foco nesta altura: A
licenciatura do doutor da mula russa e as suas repercussões na imagem do
Governo. Poderá dizer-se que o assunto já cansa, mas todos os dias aparecem
dados novos ou comentários de alguém, que passam a ser um novo assunto.
Não
ouvi o fórum em directo, mas ouvi uma passagem da participação de Luís Filipe
Menezes. Bem, os disparates que ele disse são de tal gravidade que não consigo
encontrar um adjetcivo para os qualificar. A determinada altura LFM, querendo
atingir Alberto João Jardim (que ontem na Madeira, brincando com o assunto
Relvas, reivindicou quatro licenciaturas), disse que quem andou 14 anos na
Universidade não pode criticar a licenciatura de Miguel Relvas. Ora, para não
dizer outra coisa, digo que a criatura não pode estar bem da cabeça. Primeiro,
porque ainda que AJJ tenha andado 14, 15 ou até 20 anos na universidade,
licenciou-se mesmo de facto. Quer dizer: estudou para ser aprovado em exames em
todas as cadeiras do curso. Depois, porque o que está em causa não é o facto de
Jardim ser doutor e Relvas ser doutor da mula russa. O que está em causa é o
carácter de Miguel Relvas, atendendo a todas as trapalhadas que ficamos a
conhecer nos últimos tempos: mentiras, trafulhices, ameaças de chantagem a
jornalista, querer ser aquilo que não é, etc, etc. E Relvas não é um ministro
qualquer. É, talvez, o ministro com mais poder no Governo.
Mas
mais preocupante que o caso Relvas é darmos conta que é gente do calibre dele e
de Menezes que neste momento têm o poder no PPD, ou gravitam à volta dele. E o
PPD, infelizmente, é um dos partidos que suporta o actual Governo. Para além
disto, que não é pouco, sabemos que LFM, tem uma ambição: ser presidente da
Câmara do Porto e conhece o poder que têm os amigos de Relvas nos actuais
órgãos regionais do PPD. Por isso, os partidos da Oposição, sobretudo o PS, têm
que “arrepiar caminho”. Num país fragilizado por uma crise económica e
financeira grave, é fácil chegar ao poder com argumentos demagógicos e
populistas. É verdade que as eleições autárquicas são daqui a ano e meio, mas é
tempo de agir, antes que seja tarde!
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