Este
ano, em seis meses, o Estado arrecadou 47 milhões de euros em multas de
trânsito, praticamente o mesmo valor do que arrecadou todo o ano passado. E, se
o ritmo das multas não abrandar, prevê-se que no fim do ano se atinja um valor superior
aos 90 milhões de euros, praticamente o dobro de 2011.
Partindo
do princípio que é difícil de imaginar que os portugueses estejam a prevaricar
o dobro do que prevaricaram o ano passado no que diz respeito ao cumprimento do
Código da Estrada, resta-nos admitir dois cenários : Ou as autoridades policiais
levaram a cabo várias acções pontuais de grande “caça à multa”, ou estão muito
mais rigorosas na fiscalização “dia a dia” das regras. Eu inclino-me mais para
a primeira hipótese, pois continuo a presenciar autênticos atentados às regras
de trânsito, todos os dias, tanto nas estradas como nas cidades. E não tenho
dúvidas que a fiscalização “dia a dia” falha muito mais na cidade do que na
estrada. Então na minha cidade, é o caos. Para lá do excesso de velocidade em algumas
ruas, são inúmeros os casos de desobediência aos semáforos, de condutores e
condutoras a falar ao telemóvel e, sobretudo, de carros estacionados onde é
proibido fazê-lo ou até onde é proibido parar. Dou apenas um exemplo: na Rua S.
João de Brito, no quarteirão entre as ruas Mota Pinto e das Andrezas, há placas
que indicam proibição de parar, em ambos os lados da rua. Pois bem, todos os dias,
incluindo Domingos, há carros estacionados
entre as 9 e as 20 horas. É um autêntico atentado à autoridade do Estado. Como
é possível, a polícia não passa lá? Passa, passa, mas não liga. Se ligasse…,
talvez já só arriscasse um ou outro condutor. Mas há mais; muito mais!
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