O
Senhor primeiro-ministro, numa das vezes em que foi solicitado a comentar o
assunto da licenciatura do doutor (eh, eh, eh…) Miguel Relvas, disse que tudo
tinha sido feito sem atropelos à lei, pelo que o assunto se tornava um não
assunto. Ora, todos sabemos que nem tudo o que é feito sem violar as leis é correcto,
sobretudo do ponto de vista ético. Quantas vezes, no decurso da nossa vida, nos
vimos confrontados com situações que nada se lhes podia apontar de ilegais, mas
que intuíamos que eram autênticas aldrabices. Alguém acredita que haja uma
pessoa, mesmo o super inteligente ministro Relvas, que tenha adquirido saberes
equivalentes às matérias de 32 disciplinas de uma licenciatura, sabendo-se
ainda que 11 delas corresponderam a uma experiência empresarial de escassos
meses? Claro que ninguém acredita, mesmo o amigo Pedro Passos Coelho.Mas se o primeiro-ministro não quer ver a aldrabice da licenciatura “à
bolonhesa”, não pode chamar não assunto ao facto de se saber que o doutor da
mula russa mentiu mais do que uma vez aos serviços da Assembleia da República,
informando-os que as suas habilitações literárias eram o 2º ano do curso de
Direito, quando apenas tinha feito uma cadeira do 1º ano, e com a brilhante nota de DEZ valores. Ó senhor
primeiro-ministro: Quem faz uma coisa destas, fá-la por distracção, ou porque é
aldrabão? E, então, isto não é um assunto, ou quer meter a cabeça na areia e
chamar-lhe não assunto?
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