Não
tinha ouvido ou lido qualquer referência à greve (?) de hoje nos STCP. Por
isso, não estranhei ter visto um autocarro numa reportagem televisiva, em
directo, do programa da RTP “Bom Dia Portugal, a propósito de dar notícias
sobre situação do trânsito na cidade do Porto. Saí de casa no meu carro, com o
rádio ligado e sintonizado na TSF. A determinada altura está na hora de um dos
serviços noticiosos daquela emissora e o destaque é: “Autocarros parados no Poro
devido à greve nos STCP”. Aqui, sim, estranhei, pois confirmei pelo espelho rectrovisor
que atrás de mim circulava um autocarro da careira 503. Mas, chegado ao
cruzamento da rua S. João de Brito com a Avenida Boavista reparo noutro autocarro
também parado no semáforo, este da carreira 502. Entro na avenida para subir
dois quarteirões até à rua Primeiro de Janeiro, onde fica o Estádio do Bessa.
Não percorri mais do que trezentos metros, mas foi quanto bastou para ver mais
três autocarros, um deles, lembro-me, da carreira 201. Então, pensei: como é
possível haver greve nos STCP se em tão curto espaço de tempo vi cinco
autocarros, para além daquele que tinha visto na televisão? Comecei a ficar
zangado com a TSF. Como era possível uma rádio de referência dar uma notícia
tão despropositada?
Começa
o desenvolvimento do noticiário e a certa altura fala um dirigente sindical da
FESTRU que dizia estar a greve a ser um êxito, pois havia mais autocarros
parados que o número de trabalhadores sindicalizados e…, outros disparates!
Pensei
então: com sindicalistas deste calibre o sindicalismo português afunda-se cada
vez mais. Os dirigentes sindicais em Portugal agem como há 38 anos. Para eles
nada mudou no país e no mundo. Que tristeza! Continuam correias de transmissão
dos partidos. Que pena!
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