A greve é um direito dos trabalhadores, constitucionalmente estabelecido, e que serve de forma de luta extrema e praticamente última das suas lutas, sindicais e não só. Porém, se a greve é um direito, o seu uso implica deveres e, desde logo o dever de cumprir a lei que a rege: "a lei da greve". E de acordo com a lei da greve, há sectores de tal maneira estratégicos e importantes para os portugueses que, durante o período de greve são estabelecidos serviços mínimos. É isso que sucede no sector dos transportes, nomeadamente na CP quando os seus trabalhadores recorrem a esta forma de luta.
Ora, nesta última greve de trabalhadores da CP, que ainda hoje afectou milhares de portugueses, não foram cumpridos os serviços mínimos. Unilateralmente alguns trabalhadores, a conselho ou não dos seus sindicatos, resolveram não obedecer aos serviços mínimos estabelecidos e, assim, desrespeitaram a lei. Vi a notícia de que a CP pondera proceder contra os trabalhadores incumpridores e não queria acreditar! Ponderar? Não, tem que agir. Melhor, já o devia ter feito. Portugal é um Estado de Direito e num Estado de Direito as leis são para cumprir. Quem não as cumpre tem que ser punido. Não estamos na república das bananas.
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