Através da coscuvilhice da comunicação social, neste caso do jornal Expresso que comprou informações da mais alta confidencialidade à Wikileaks, ficamos a saberque o embaixador americano enviou um telegrama à sua administração fazendo uma apreciação sobre o Ministério da Defesa e, de um modo geral, das forças armadas portuguesas. Comentava o embaixador que Portugal compra submarinos, fragatas, tanques, aviões de combate e outro equipamento pesado, gastando muitos milhões, por pressão dos seus pares. Fá-lo por uma questão de orgulho e desejo de ter brinquedos caros e também por complexo de inferioridade. Provavelmente não diria tanto se os tais brinquedos tivessem sido comprados a empresas norte americanas e não a empresas europeias.
Mas desancou nos nossos generais. Desvalorizou-os em termos de competência, disse que eram comandados pelos mais carreiristas e, comparando com forças armadas de outros países concluiu que, relativamente ao número de militares, Portugal é um dos países onde há mais generais.
Atendendo à natureza do documento, nada disto devia ser do conhecimento público, mas, lá no fundo, o embaixador disse o que já se sabia.
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