Com
os votos da maioria (menos um deputado) foi ontem aprovada, na globalidade, a
desgraçada proposta do Orçamento do Estado para 2013. E o meu adjectivo de desgraçada
é bem mais suave do que outros que já a qualificaram, muitos dos quais ocuparam
cargos preponderantes nos partidos da maioria e em governos anteriores apoiados
pela mesma. E se é verdade que os deputados, em matérias essenciais, estão
obrigados à disciplina partidária, também o é que não devem, mesmo nessas
matérias, violentarem a sua consciência. Ora, vimos, ouvimos e apercebemo-nos
que muitos deputados em muito pouco estavam de acordo com os princípios deste
orçamento e alguns mostraram-no, por assim dizer, publicamente. E não foram só
deputados do CDS. Por exemplo: Miguel Frasquilho, que já foi Secretário de Estado
num governo de coligação PPD/CDS, fartou-se de mostrar o seu descontentamento.
Poderá dizer que votou a aprovação por disciplina partidária, mas não me consta
que tenha feito declaração de voto esclarecendo que só por isso (disciplina
partidária) o fez. Mas muito pior do que ele foi aquela cambada de deputados do
CDS, incluindo também na cambada o malabarista do seu líder – Paulo Portas. Até
parecia que tinham sido os mentores do orçamento. Que regozijo o deles!
Provavelmente já fazem parte do grupo de talibãs da irmandade do “Gaspassos”
(do Gaspar mais o Passos). Que coerência a destes sacripantas!
Mas
é justo salientar a atitude do deputado Rui Barreto do CDS – Madeira que, mesmo
com a ameaça de expulsão do partido, votou contra a orientação pantomineira do
partido e do seu líder Portas.
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