Não (ou)vi, porque não avisado (e se avisado, se calhar também não (ou)via, porque de desgraças já estou até aqui) a entrevista do nosso, salvo seja, primeiro-ministro, ontem, à TVI. Do que li, ressalta-me a admissibilidade por ele manifestada de o ensino obrigatório poder ter que vir a ser comparticipado, isto é, pago, pelos alunos, melhor, pelos pais dos alunos, já que, diz que disse Passos, a Constituição não o impede, logo, permite-o.
Espere aí: o ensino é obrigatório mas tem que ser pago? Por alma de quem? Vamos voltar aos anos 30/40 do século passado em que só era obrigatória - sem controle, aliás - a frequência da 3.ª classe, para aprender a escrever e a ler o nome e a contar pelos dedos, e quando foram encerradas as chamadas Escolas Normais, que formavam os professores ditos primários? É isto que este governo se propõe e nos propõe?
Esta gente só pode estar louca e deve ser internada rapidamente no Júlio de Matos ou no Magalhães de Lemos.
À especial atenção do inquilo de Belém, que detém o poder para determinar o internamento, se não estiver entretido no Facebook ou a memorizar uma intervenção de improviso numa das suas poucas saídas da toca.
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