terça-feira, 20 de novembro de 2012

A avaliação da troika


Já ontem, mas fundamentalmente hoje, não se fala noutra coisa se não na 6ª. avaliação da Troika. Ora, só alguém muito distraído, ou caído das nuvens, poderia duvidar que a Troika, ou se quisermos os funcionários de quinta categoria das três instituições que a compõem, pudesse fazer uma avaliação diferente das outras cinco anteriores.
Sabe-se que o memorando original (o assinado pelo governo Sócrates, com o apoio e concordância dos partidos que constituem a desgraçada coligação que nos governa) foi negociado em condições muito difíceis. Talvez por isso, já previa medidas de austeridade que, sabiam eles, iriam abanar a economia portuguesa. Com a chegada ao poder deste governo de matiz neoliberal, cujo primeiro-ministro fez uma declaração de fé que queria ir para lá das medidas austeras do memorando e apontou como solução o empobrecimento, a Troika “esfregou as mãos” e concluiu que estavam encontrados os carrascos (para não lhes chamar cretinos) que iriam pôr os portugueses (sobretudo a classe média) a pagar os juros usurários do empréstimo acordado, fiquem ou não na miséria. Pois bem, chegados a Portugal, os homens da Troika sentem a contestação do povo; a crítica exacerbada dos partidos da oposição; o desemprego a aumentar; os hospitais sem dinheiro para fazerem face às despesas; mais gente na rua a pedir esmola; e filas grandes nas chamadas “sopas dos pobres” …, concluem: estamos no bom caminho!
Por isso, como poderia a troika dar avaliação negativa?                   

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