Já
ontem, mas fundamentalmente hoje, não se fala noutra coisa se não na 6ª.
avaliação da Troika. Ora, só alguém muito distraído, ou caído das nuvens,
poderia duvidar que a Troika, ou se quisermos os funcionários de quinta
categoria das três instituições que a compõem, pudesse fazer uma avaliação
diferente das outras cinco anteriores.
Sabe-se
que o memorando original (o assinado pelo governo Sócrates, com o apoio e
concordância dos partidos que constituem a desgraçada coligação que nos
governa) foi negociado em condições muito difíceis. Talvez por isso, já previa
medidas de austeridade que, sabiam eles, iriam abanar a economia portuguesa. Com
a chegada ao poder deste governo de matiz neoliberal, cujo primeiro-ministro fez
uma declaração de fé que queria ir para lá das medidas austeras do memorando e
apontou como solução o empobrecimento, a Troika “esfregou as mãos” e concluiu
que estavam encontrados os carrascos (para não lhes chamar cretinos) que iriam
pôr os portugueses (sobretudo a classe média) a pagar os juros usurários do
empréstimo acordado, fiquem ou não na miséria. Pois bem, chegados a Portugal,
os homens da Troika sentem a contestação do povo; a crítica exacerbada dos
partidos da oposição; o desemprego a aumentar; os hospitais sem dinheiro para
fazerem face às despesas; mais gente na rua a pedir esmola; e filas grandes nas
chamadas “sopas dos pobres” …, concluem: estamos no bom caminho!
Por
isso, como poderia a troika dar avaliação negativa?
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