Já
não estranhos quando ouvimos o primeiro-ministro dizer um qualquer disparate, a
pensar que está a dizer uma coisa acertada.
Vem
isto a propósito do elogio que Pedro Passos Coelho resolveu dar aos
trabalhadores “que tiveram a coragem de ir trabalhar”. Como, senhor
primeiro-ministro? Os trabalhadores que resolveram não fazer greve só podiam ir
trabalhar, não acha, senhor primeiro-ministro. Quer dizer: aqueles cidadãos
trabalhadores que, por opção consciente e usando um direito que lhes assiste, resolveram
não aderir à greve, foram, naturalmente e como fazem todos os dias, trabalhar,
como é seu dever. Não o fizeram por um acto de coragem. Do mesmo modo, aqueles
que aderiram à greve, fizeram-no usando um direito constitucionalmente
estabelecido, por convicção e não por falta de coagem para irem trabalhar. O
senhor, senhor primeiro-ministro, como não tem sentido de Estado e é um
político medíocre, nem dá conta que está a faltar ao respeito aos cidadãos. E
já agora, senhor primeiro-ministro, os desempregados não precisam de coragem.
Precisam é de um governo que acabe com esta criminosa austeridade e adopte medidas
que promovam o crescimento económico do país e crie empregos.
Coragem,
senhor primeiro-ministro é coisa que o senhor não tem pois, caso contrário, já
teria encostado os elementos da Troika à parede e fazia-lhes ver que as medidas
adoptadas não resultaram em parte alguma do Mundo, incluindo na Irlanda,
puseram a Grécia no estado calamitoso em que se encontra e que ao contrário dos
objectivos que traçaram para Portugal, o défice, a dívida pública, o desemprego
e a miséria não param de aumentar.
E
já agora que fala de coragem, senhor primeiro-ministro, lanço-lhe um desafio: vá
amanhã visitar os estivadores do porto de Lisboa, por exemplo. Mas…, não vai,
pois não? É que, como diz o povo: “quem tem cú, tem medo”. E o senhor tem cú,
não tem senhor primeiro-ministro?
1 comentário:
Este gajo é um mentecápcto perigoso.
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