quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Coragem, senhor primeiro-ministro?


Já não estranhos quando ouvimos o primeiro-ministro dizer um qualquer disparate, a pensar que está a dizer uma coisa acertada.
Vem isto a propósito do elogio que Pedro Passos Coelho resolveu dar aos trabalhadores “que tiveram a coragem de ir trabalhar”. Como, senhor primeiro-ministro? Os trabalhadores que resolveram não fazer greve só podiam ir trabalhar, não acha, senhor primeiro-ministro. Quer dizer: aqueles cidadãos trabalhadores que, por opção consciente e usando um direito que lhes assiste, resolveram não aderir à greve, foram, naturalmente e como fazem todos os dias, trabalhar, como é seu dever. Não o fizeram por um acto de coragem. Do mesmo modo, aqueles que aderiram à greve, fizeram-no usando um direito constitucionalmente estabelecido, por convicção e não por falta de coagem para irem trabalhar. O senhor, senhor primeiro-ministro, como não tem sentido de Estado e é um político medíocre, nem dá conta que está a faltar ao respeito aos cidadãos. E já agora, senhor primeiro-ministro, os desempregados não precisam de coragem. Precisam é de um governo que acabe com esta criminosa austeridade e adopte medidas que promovam o crescimento económico do país e crie empregos.
Coragem, senhor primeiro-ministro é coisa que o senhor não tem pois, caso contrário, já teria encostado os elementos da Troika à parede e fazia-lhes ver que as medidas adoptadas não resultaram em parte alguma do Mundo, incluindo na Irlanda, puseram a Grécia no estado calamitoso em que se encontra e que ao contrário dos objectivos que traçaram para Portugal, o défice, a dívida pública, o desemprego e a miséria não param de aumentar.
E já agora que fala de coragem, senhor primeiro-ministro, lanço-lhe um desafio: vá amanhã visitar os estivadores do porto de Lisboa, por exemplo. Mas…, não vai, pois não? É que, como diz o povo: “quem tem cú, tem medo”. E o senhor tem cú, não tem senhor primeiro-ministro?

1 comentário:

500 disse...

Este gajo é um mentecápcto perigoso.