Desde
há algum tempo que alguma comunicação social noticiava que um jovem, agora com
dezassete anos, mas no início com dezasseis, estava preso preventivamente, acusado
de ter abusado sexualmente de dois menores numa instituição de acolhimento em
Chaves. Era entendimento dos jornalistas que se interessaram pelo caso e o
investigaram que tudo indiciava que o jovem Leandro estava inocente, já que essa
era também era a opinião da Direcção do lar e de outras educadoras que os acompanhavam
e que achavam pouco consistentes as declarações dos menores que supostamente
seriam as vítimas. O próprio relatório forense ia no sentido de que o jovem não
teria cometido o crime de que era acusado. A tudo isto o tribunal foi
insensível e o jovem Leandro esteve preso 10
meses (uma eternidade para um adolescente) só porque a
Polícia Judiciária dizia que ele tinha confessado o crime, muito embora o jovem
dissesse ter sido ameaçado e agredido pelos respectivos inspectores para
confessar. A ser verdade, como é que isto é possível no Portugal democrático
que acabou com a PIDE há quarenta e um anos?
Hoje
foi conhecida a sentença do Tribunal que o julgou: O jovem foi absolvido dos
crimes de que era acusado. Ainda bem, digo eu. Foi feita justiça? Não, não foi.
Como considerar justiça ter-se libertado um miúdo que esteve preso quase um ano
por causa de erros grosseiros da justiça
portuguesa?
Então,
como confiar numa justiça capaz de quase destruir a vida de um jovem? Pior,
isto dá que pensar e até dá para ter medo. Quem garante que um qualquer de nós
não poderá ver-se envolvido num imbróglio destes?
E
o mais alto magistrado da Nação, não toma posição? Devia, não devia? No mínimo
chamar a procuradora Geral da República e o Presidente do Supremo Tribuna de Justiçal
e pedir-lhes explicações. Mas, já sabemos: não o faz. Ia agora meter-se num
sarilho!
1 comentário:
Vi/ouvi a notícia na TV. Fiquei passado dos cornos, como gosta de dizer um amigo meu em casos desta natureza. Como é possível que um juiz tenha mandado o miúdo para a cadeia sem provas consistentes? Quem e em quanto o indemnizam? Que traumas lhe vão sobrar para o resto da vida? Como irão conviver, num meio pequeno, as famílias envolvidas? E os polícias não não ser chamados à pedra?
Isto está uma pocilga.
E o sr. Silva não lê nem ouve notícias, como é sabido.
Como costuma dizer o Henrique Antunes Ferreira: pqp!
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