Os
professores com menos de cinco anos de serviço que queiram candidatar-se a dar
aulas têm obrigatoriamente que fazer a chamada PACC – Prova de Avaliação de
Conhecimentos e Capacidades que é composta por uma componente geral e por
provas específicas das disciplinas a que os candidatos se propõem.
Foram
ontem divulgados os resultados de tais provas: Uma desgraça! Quando ouvi a
notícia, nem queria acreditar. Há disciplinas em que a percentagem de notas
negativas e, consequentemente, de reprovações, atinge mais de 60%, e são poucas,
mesmo muito poucas, aquelas disciplinas com percentagem de reprovações inferior
a 30%. A prova específica com média mais alta foi alcançada na disciplina de Educação
Especial – 88,2%, feita por três candidatos.
Ora,
pensava eu, que a média de reprovações seria residual – entre dez a quinze por
cento – já que os candidatos são obrigatoriamente portadores de um curso
superior – licenciatura ministrada por uma Universidade ou Instituto Superior –
o que à partida devia garantir bons conhecimentos científicos.
Perante
este quadro, não podem as instituições ligadas ao ensino cruzar os braços a
começar pelo Ministério da Educação que, lavando as mãos como Pilatos, fica-se
por um comunicado que refere: “a PACC insere-se num conjunto de medidas
destinadas a garantir que sejam os candidatos mais bem preparados a ensinar os
nossos alunos”; e…, “manda para canto”!
E
as universidades, não fazem nada? Não querem analisar todo o processo das PACC’s,
desde a elaboração, conteúdos (adequados ou não), critérios de correcção, etc?
Esta razia, não põe também em causa o ensino que ministram?
Não
esqueçamos, também, os muitos percalços que aconteceram na altura da realização
destas provas.
Uma
coisa é certa: Saem das nossas universidades excelentes
cientistas/investigadores, reconhecidos em todo o mundo, que estudaram nos ensinos
básico e secundário nas nossas escolas e foram ensinados por professores portugueses
que não fizeram PACC. Por isso os cidadãos exigem cabal explicação do sucedido.
1 comentário:
A verdade é que há aqui algo que não bate certo e tem que ser bem explicado. São os testes elaborados de tal modo que querem excluir o maior número de candidatos possível? São as regras de avaliação mal explicadas? Não me parece que sejam as escolas superiores as culpadas, mas então que peçam explicações. Se forem, o ministério é o culpado e deve encerrar as que têm piores resultados. Isto não me cheira bem.
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