quinta-feira, 7 de maio de 2015

Pobre País!

Ontem, nas comemorações do aniversário do PPD, a maior parte do discurso de Passos Coelho mais parecia um discurso do chefe da oposição ao PS do que do primeiro-ministro e líder do principal partido da maioria que, infelizmente, nos governa. Entre outras baboseiras, Passos Coelho informou que a maioria não iria obrigar o PS a submeter o documento de política macroeconómica “Uma Década para Portugal” à absurda auditoria da UTAO. Quem o ouviu só pôde ter pena do coitado que naturalmente pensa que é um Salazar ou um Marcelo Caetano em tempos de democracia e que pode impor a sua vontade recorrendo à sua maioria como se ela fosse uma espécie de UN – União Nacional, ou de ANP Acção Nacional Popular dos tempos do Estado Novo. Provavelmente está à espera que os portugueses lhe agradeçam muito “Obrigados Atentos e Veneradores”.
Querendo fazer boa figura perante os seus adeptos, mas esquecendo-se da má figura que faria perante os portugueses, Passos Coelho resolveu criticar o tal documento que servirá de base à elaboração do programa de governo do PS, dizendo que o mesmo não tinha credibilidade, pois não aceitava compromissos assumidos com a União Europeia. Esquece-se Passos Coelho que os tais compromissos de que ele fala foram uma principais das causas que conduziram Portugal e os portugueses ao empobrecimento e alguns à miséria. Para Passos Coelho é mais importante obedecer às ordens da União Europeia (diga-se a frau Merkel) do que tirar muitos portugueses da pobreza ou do limiar da pobreza.
Pobre País que tal primeiro-ministro tem!



1 comentário:

500 disse...

Está visto, o programa eleitoral da coligação é tentar destruir o programa do PS, a ver se passa.