Ontem,
nas comemorações do aniversário do PPD, a maior parte do discurso de Passos Coelho
mais parecia um discurso do chefe da oposição ao PS do que do primeiro-ministro
e líder do principal partido da maioria que, infelizmente, nos governa. Entre
outras baboseiras, Passos Coelho informou que a maioria não iria obrigar o PS a
submeter o documento de política macroeconómica “Uma Década para Portugal” à
absurda auditoria da UTAO. Quem o ouviu só pôde ter pena do coitado que
naturalmente pensa que é um Salazar ou um Marcelo Caetano em tempos de
democracia e que pode impor a sua vontade recorrendo à sua maioria como se ela
fosse uma espécie de UN – União Nacional, ou de ANP Acção Nacional Popular dos
tempos do Estado Novo. Provavelmente está à espera que os portugueses lhe
agradeçam muito “Obrigados Atentos e Veneradores”.
Querendo
fazer boa figura perante os seus adeptos, mas esquecendo-se da má figura que
faria perante os portugueses, Passos Coelho resolveu criticar o tal documento
que servirá de base à elaboração do programa de governo do PS, dizendo que o
mesmo não tinha credibilidade, pois não aceitava compromissos assumidos com a
União Europeia. Esquece-se Passos Coelho que os tais compromissos de que ele fala
foram uma principais das causas que conduziram Portugal e os portugueses ao
empobrecimento e alguns à miséria. Para Passos Coelho é mais importante
obedecer às ordens da União Europeia (diga-se a frau Merkel) do que tirar
muitos portugueses da pobreza ou do limiar da pobreza.
Pobre
País que tal primeiro-ministro tem!
1 comentário:
Está visto, o programa eleitoral da coligação é tentar destruir o programa do PS, a ver se passa.
Enviar um comentário